O Outubro Rosa é o mês de conscientização e combate do câncer de mama. No Brasil, estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indicam que a doença será responsável por 52.680 novos casos até o fim do ano.
O movimento que dura o mês inteiro busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.
Dentre as razões para o aumento da incidência, o mastologista Dr. José Roberto Filassi, coordenador de mastologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), aponta a adoção de novos hábitos e estilo de vida.
Exame de sangue detecta câncer de mama e pulmão em menos de uma hora
— A incidência vem aumentando nos últimos anos e algumas razões tentam explicar isso: hoje as mulheres engravidam mais tarde e amamentam menos. Além disso, tendem a ter maior índice de obesidade, ingerem mais bebida alcoólica e consomem mais alimentos industrializados.
Além disso, existem os fatores de risco para o câncer de mama, que estão ligados a aspectos hormonais, genéticos e idade. Assim, correm mais risco de desenvolver a doença mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos, aquelas que entraram na menopausa após os 50 anos, quem teve a primeira gravidez após os 30 anos, aquelas que passaram por terapia de reposição hormonal pós-menopausa por mais de cinco anos, ou mesmo quem passou por radioterapia antes dos 40 anos. Vale lembrar que histórico familiar, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, podem indicar predisposição genética.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, em parte porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Em 2010, a doença foi responsável por 12.852 mortes, sendo 12.705 mulheres e 147 homens, que também podem ser surpreendidos pela doença. Especialistas alertam que quando mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de cura.
A prevenção, ferramenta que pode ajudar a reverter esses índices, é dividida em dois tipos. “Na prevenção primária, com a qual reduzimos o risco de a mulher desenvolver a doença, aconselhamos uma alimentação balanceada, evitando excessos e sobrepeso, assim como a bebida alcoólica. Além disso, a atividade física regular quatro vezes por semana é essencial. Já a prevenção secundária, ou seja, quando o câncer já existe e é detectado na fase inicial, é feito através do exame mamografia”, explicou o mastologista Dr. Ruffo de Freitas Jr., diretor da Escola de Mastologia da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), ao lembrar que o recomendado é todas as mulheres acima de 40 anos fazerem o exame anualmente.
R7