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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulgou, nesta segunda-feira (09), o Boletim Epidemiológico de Arboviroses referente a 40° semana epidemiológica do ano de 2023. De acordo com os dados do informe, o número de notificações de dengue, zika vírus e febre chikungunya apresentaram redução em relação ao mesmo período de 2022.

Os dados do boletim mostram que, em relação a dengue, o estado apresentou redução de 76,8% em relação ao mesmo período de 2022. Até o momento, em 2023, o Piauí registrou 7.280 notificações de dengue em 153 municípios, enquanto que em 2022, no mesmo período, foram registradas 31.397 notificações provenientes de 207 municípios.

No ano de 2023, as notificações de casos prováveis de dengue também apresentaram redução em relação a semana anterior desde a 17° semana epidemiológica do ano, totalizando 24 semanas seguidas com redução de notificações. Até o momento, 04 óbitos causados por dengue foram registrados no ano de 2023.

Em relação aos números de zika vírus, a redução das notificações quando comparado o mesmo período do ano de 2023 e 2022 é de 84,5%. São 24 notificações em 2023, em comparação a 155 registros de 2022. O comparativo em relação às semanas epidemiológicas do ano atual mostra que os dados informados aos sistemas de notificação apresentam redução desde a semana epidemiológica de número 22, totalizando 19 semanas seguidas com redução.

Sobre Febre Chikungunya, o informe mostra uma redução de 64,4% nas notificações durante o mesmo período de 2022 e 2023. Até o momento são 4.265 notificações cadastradas no sistema em 2023, ao passo que no mesmo período de 2022 foram 10.655 registros. Em 2023 as notificações de casos prováveis de chikungunya apresentam redução desde a semana epidemiológica de número 26.

Depois de sofrer com muitas dores e até receber diagnóstico incorreto, a jornalista Mariana Felipe de Oliveira, de 29 anos, finalmente descobriu, no início deste ano, a doença que a afligia: espondilite anquilosante. De nome estranho, a doença é um tipo de reumatismo que causa inflamação principalmente na coluna vertebral e nas articulações sacroilíacas (localizadas na região das nádegas).

reumaticas

“Eu não tive limitações graves porque eu descobri muito no início. Quando eu comecei a sentir as dores eu fui ao ortopedista, que não me deu o diagnóstico correto. Depois, por outro médico, eu descobri que poderia ser uma doença autoimune por conta de uma inflamação na sacroilíaca, que é uma articulação perto do cóccix. Ele me explicou que essa inflamação era muito característica de um tipo de doença autoimune que é a espondilite anquilosante. E aí sim, eu procurei uma reumatologista, fiz os exames e fui diagnosticada”, disse à Agência Brasil, durante a realização do Encontro Nacional de Pacientes Reumáticos, que ocorreu dentro do Congresso Brasileiro de Reumatologia. Neste ano, o Congresso acontece em Goiânia (GO).

Como sintoma de sua doença, Mariana sente uma dor muito forte na lombar, que costuma piorar quando ela está em repouso. “Se eu estiver em movimento, praticamente não sinto nada, mas quando eu estou em repouso a dor fica mais forte”, contou ela.

A doença de Mariana é apenas uma dos mais de 100 tipos existentes de doenças reumáticas, que atingem mais de 15 milhões de brasileiros, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia. As doenças reumáticas acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Algumas dessas doenças também podem comprometer outras partes do corpo humano como rins, coração e pulmão. “Doenças reumáticas são doenças autoimunes, aquelas patologias em que o próprio organismo se incompatibiliza ou não reconhece suas próprias células”, explicou Marco Antônio Araújo da Rocha Loures, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia. “Normalmente o anticorpo é para você combater vírus, bactérias e fungos. Mas se você tem essa briga [com o próprio organismo], você tem um processo inflamatório. Qualquer que seja o órgão, independente dessa reação, ele tem uma lesão maior ou menor de intensidade, conforme essa resposta”.

Entre as doenças reumáticas mais comuns estão a osteoartrite [mais conhecida como artrose], fibromialgia, osteoporose, gota, tendinite, bursite e artrite reumatoide. Segundo o médico Rafael Navarrete, presidente do Congresso Brasileiro de Reumatologia, a doença reumática mais frequente é a artrose. “Também está chegando numa incidência muito elevada a fibromialgia e algumas doenças inflamatórias, como a lombalgia, que é a segunda causa para se procurar médicos no mundo, só perdendo para a cefaleia”.

Segundo a médica reumatologista Camila Guimarães, presidente da Sociedade Goiana de Reumatologia, o diagnóstico da maioria das doenças reumatológicas é feito de maneira clínica. “A gente precisa de um bom exame físico para que a doença seja diagnosticada. É claro que a gente conta com exames laboratoriais, exames radiográficos mas são exames complementares. Não existe um exame que isoladamente faça o diagnóstico das doenças reumatológicas”.

No geral, as pessoas costumam pensar que as doenças reumáticas só ocorrem em idosos, mas Mariana é um exemplo de que elas podem atingir também pessoas mais jovens.

“É importante salientar que as doenças reumáticas não acometem somente pessoas idosas, mas de qualquer faixa etária”, destacou Navarrete. Importância do diagnóstico precoce Segundo o reumatologista Nilzio Antonio da Silva, as pessoas costumam procurar o médico reumatologista só quando sentem dores. “Na maioria das vezes, a pessoa recorre ao reumatologista com dor no aparelho locomotor, ou seja, dor na articulação, dor muscular ou dor na coluna”, disse. Mas há outros sintomas característicos de doenças reumáticas, como alterações na pele ou inflamação ocular.

Há também doenças reumáticas que podem progredir de forma silenciosa, como a osteoporose. E, se há demora no diagnóstico, o tratamento para a doença pode ficar prejudicado. Por isso, é importante que se busque um médico o quanto antes. “Quanto antes a gente diagnostica, antes a gente intervém e muda a evolução da doença. Por isso, tendo algum sintoma do músculo esquelético, é importante procurar um reumatologista”, disse o reumatologista José Eduardo Martinez, que integra a Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Mariana, por exemplo, conseguiu obter um diagnóstico rápido sobre a sua doença, o que permitiu tratamento num estágio inicial. “Eu não tive limitações físicas, embora muitas pessoas tenham. Como o diagnóstico demora muito, entre 8 e 10 anos - e essa é uma doença progressiva - muitas pessoas quando descobrem já estão com estágio avançado. Mas como eu descobri no início ainda, eu não tive nenhuma limitação física, mas eu tenho limitações de estresse de lidar com a dor crônica, já que tudo que eu faço durante o dia, estou sentindo dor. O cérebro está trabalhando ali e, além de te ajudar no que você está fazendo, ele está também o tempo inteiro te lembrando que você tem essa dor. Então é um estresse muito grande”.

“Tenho horário para comer, para ir na terapia, para ir na fisioterapia e isso acaba prejudicando a gente um pouco nos relacionamentos. Eu também não posso mais usar os sapatos que usava antes. Eu preciso usar um sapato mais confortável. Não posso mais ficar muito tempo sentada, mas eu trabalho sentada o dia inteiro. Então são essas algumas limitações que foram colocadas no meu dia a dia que acabam me prejudicando um pouco, mas eu tenho consciência de que, por ter sido diagnosticada cedo, não desenvolvi outras limitações que poderiam me prejudicar [ainda mais]”, acrescentou Mariana.

De acordo com Ivanio Alves Pereira, diretor científico da Sociedade Brasileira de Reumatologia, os tratamentos para as doenças reumáticas disponíveis hoje podem aumentar muito a qualidade de vida do paciente.

“A gente vive hoje um momento em que alguns tratamentos inteligentes bloqueiam o que está ocorrendo de forma anormal. E aí apareceram uma série de oportunidades como medicamentos biológicos que tem vários alvos da doença. Então, doenças que até há pouco tempo geravam deformidades irreversíveis ou incapacidade definitiva como artrite reumatoide ou artrite de outras causas como psoríase e lúpus, hoje você tem uma série de novos tratamentos, disse acrescentando que "os pacientes com doenças reumáticas tem a oportunidade de não só ter diagnóstico precoce, mas de ter acesso a tratamentos hoje que são muito efetivos e que mudaram a qualidade de vida, aumentaram a longevidade e a sobrevida desse paciente.”

E, no geral, esses tratamentos estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde). “O tratamento da minha doença, assim como de muitas outras doenças reumáticas, tem pelo SUS. Esse é um avanço dos últimos 20 anos”, disse a paciente Mariana.

Sua dificuldade de tratamento, no entanto, se refere aos tratamentos complementares como fisioterapia, RPG e acompanhamento nutricional. “São terapias que não estão disponíveis para todo mundo, não são acessíveis para todo mundo, infelizmente. E são muito necessárias para o controle da dor e para o controle do stress e para a saúde mental. Não consegui nem pelo plano de saúde”.

Agência Brasil

Foto: Freepik

18 de janeiro é comemorado o dia Internacional do Riso, é uma ocasião que nos convida a valorizar o poder transformador do riso e do humor em nossas vidas.

Esta celebração serve para mostrar o riso como uma ferramenta para melhorar nosso bem-estar físico e mental. O riso não é apenas uma expressão de alegria, mas também uma terapia natural que estimula a liberação de endorfinas, neurotransmissores associados ao prazer.

Compartilhar risadas com amigos e familiares ajuda a construir laços mais fortes e profundos. Ao rir podemos inspirar e influenciar positivamente aqueles ao nosso redor, criando um ambiente mais positivo e acolhedor para todos.

Se tratando de uma das formas universais de comunicação não-verbal, ultrapassando as barreiras linguísticas e culturais. Uma expressão natural de alegria, felicidade e humor. Independentemente de onde uma pessoa vem ou que idioma fala, o riso é reconhecido como um sinal de contentamento e satisfação.

A seguir, o artigo irá explicar alguns benefícios e importâncias que a risada tem na nossa vida!

Índice:

Quais são os benefícios da risada? Rir é o melhor remédio? Hormônios da risada Importância para saúde mental Quais são os benefícios da risada? Nossas emoções, pensamentos e sensações estão intrinsecamente ligados à linguagem corporal, assim como nossos estados mentais influenciam diretamente o comportamento do corpo.

Isso significa que não precisa estar necessariamente em um estado de alegria ou entusiasmo provocado por piadas para experimentar os benefícios das risadas.

Quando rimos, nosso corpo envia sinais positivos ao cérebro. Os músculos se contraem, e a respiração se torna mais profunda e regular.

Essas mudanças ativam áreas do cérebro associadas à sensação de prazer e bem-estar, liberando neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que promovem uma sensação de felicidade.

Se tratando de um exercício para o corpo e a mente, desencadeando as mudanças fisiológicas associadas ao riso. Pode ser através de assistir a comédias, passar tempo com amigos engraçados ou praticar o riso conscientemente através de técnicas como o yoga do riso.

Um ótimo exemplo de como as gargalhadas fazem diferença na saúde, é na menopausa. Um período de transição na vida das mulheres, marcado por mudanças hormonais e sintomas físicos e emocionais.

Um treino chamado de yoga do riso combina exercícios de respiração, movimentos corporais suaves e risadas. É adotado um método controlado e randomizado, o que significa que um grupo de participantes foi submetido à prática, chamado de grupo intervenção, enquanto outro grupo foi mantido como grupo de controle.

A prática também envolve a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios, alimentação equilibrada e a atenção à saúde mental. Em sua conclusão, é observado que o grupo que incluiu as risadas teve uma melhora significativa nos sintomas relacionados à menopausa, como redução de ondas de calor, insônia e alterações de humor.

Por fim, o estudo examina os níveis de estresse das participantes, mostrando que o bom humor é crucial para promover uma transição mais suave através da menopausa e para evitar complicações de saúde relacionadas ao estresse crônico.

Todos podem praticar a Yoga do Riso, e esse é apenas um exemplo dos seus benefícios. Porém, a risada possui uma série de benefícios para a saúde física, mental e emocional. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

Redução do estresse Rir é uma maneira eficaz de reduzir os níveis de estresse. Quando rimos, nosso corpo libera endorfinas, substâncias químicas que promovem a sensação de bem-estar e aliviam a tensão. A redução do estresse tem inúmeros benefícios para a saúde, incluindo a diminuição da pressão arterial e a melhoria da saúde cardiovascular.

Fortalecimento do sistema imunológico O riso é muito mais do que uma expressão de alegria, também é um aliado para fortalecer nossa saúde e bem-estar. Atua na promoção do sistema imunológico, que é fundamental para a defesa do nosso corpo contra infecções e doenças.

Quando rimos, nosso corpo experimenta uma resposta positiva no sistema imunológico, pois o riso atua como um gatilho para a liberação de hormônios e substâncias químicas.

Conta com a endorfina, que é capaz de melhorar o humor, mas também reduz a percepção da dor e a inflamação. Aumentando também a produção de anticorpos, que são proteínas essenciais para combater invasores, como vírus e bactérias.

O estresse crônico enfraquece o sistema imunológico, tornando-nos mais suscetíveis a doenças. Como o riso atua como um agente de combate ao estresse, reduzindo os níveis de cortisol (hormônio do estresse) no corpo, por sua vez, ajudando a manter o sistema imunológico robusto.

Alívio da dor A liberação de endorfinas, substâncias químicas naturais do corpo com efeitos semelhantes aos analgésicos, desempenha um papel central nesse processo.

As endorfinas são neurotransmissores produzidos pelo corpo que têm a capacidade de aliviar a dor. Elas atuam em receptores no cérebro, proporcionando alívio e uma sensação geral de bem-estar.

Quando rimos, especialmente durante um riso prolongado e genuíno, o corpo libera uma quantidade significativa de endorfinas. Isso ocorre porque o riso é considerado um estímulo agradável e recompensador para o cérebro.

Melhoria da função cardiovascular Vários processos fisiológicos ocorrem no corpo que contribuem para esse efeito positivo.

Primeiramente, as endorfinas, que são neurotransmissores, são conhecidas como "hormônios da felicidade". Essas substâncias químicas naturais têm a capacidade de aliviar o estresse e induzir uma sensação de bem-estar geral.

À medida que as endorfinas são liberadas, os músculos relaxam, incluindo os músculos ao redor dos vasos sanguíneos.

Além disso, a risada também reduz os níveis de hormônios do estresse, como o cortisol. Menores níveis de cortisol no corpo estão associados a uma diminuição na constrição dos vasos sanguíneos, o que, por sua vez, melhora a circulação sanguínea.

Quando os vasos sanguíneos estão mais relaxados, o sangue flui mais facilmente, o que pode resultar em uma diminuição da pressão arterial.

Redução da ansiedade e depressão A risada regular pode ajudar a aliviar sintomas de ansiedade e depressão, proporcionando uma sensação geral de bem-estar, também sendo proporcionada pela endorfina. Enfatizando que o tratamento dessas doenças é feito com uma equipe médica, psicológica e em alguns casos psiquiátricas.

Relaxamento muscular Quando rimos, especialmente durante uma boa gargalhada, nossos músculos tendem a relaxar naturalmente. Isso é particularmente perceptível nos músculos do rosto, ombros e pescoço, que frequentemente carregam a tensão acumulada.

Funcionando como um mecanismo de liberação para a tensão acumulada no corpo. Ele desfaz os nós de tensão que podem se formar após um dia estressante ou de trabalho árduo.

minuto saudável

Praticar corrida pode ter o mesmo efeito no combate à depressão e à ansiedade observado com o uso de antidepressivos, mostrou um estudo apresentado nesta sexta-feira (6) no 36º Congresso do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia, em Barcelona, na Espanha.

corrida

O trabalho foi o primeiro a comparar o efeito dos antidepressivos com exercícios de corrida para os quadros de depressão e ansiedade, que estão entre os mais prevalentes na população mundial.

O time da professora Brenda Penninx, da Universidade Vrije, na Holanda, selecionou 141 pacientes com depressão e/ou ansiedade.

Foi oferecida a eles a possibilidade de tomar um antidepressivo (escitalopram) ou participar de uma corrida em grupo — 45 escolheram a primeira opção, e 96, a segunda.

Os membros do grupo que optou pelo antidepressivo estavam ligeiramente mais deprimidos do que os que escolheram correr.

Os participantes que tomaram escitalopram o fizeram por 16 semanas, o mesmo período em que foram mantidas as corridas de 45 minutos, duas ou três vezes por semana.

A taxa de abandono foi maior no grupo do exercício físico, no qual 52% se mantiveram. Já 82% dos que tomaram o remédio concluíram o protocolo. Ao final, os pesquisadores constataram que cerca de 44% dos participantes dos dois grupos apresentaram alguma melhora nos quadros de depressão e ansiedade.

Eles observaram, porém, que o grupo que optou pela corrida teve melhorias no peso, circunferência da cintura, pressão arterial e função cardíaca.

Por outro lado, os indivíduos que tomaram antidepressivo tiveram uma tendência para uma leve deterioração desses marcadores metabólicos.

“Este estudo deu às pessoas ansiosas e deprimidas uma escolha da vida real: medicação ou exercício”, comenta Brenda.

Segundo a pesquisadora, uma alternativa não invalida a outra, sendo possível conciliar o uso de antidepressivo, quando prescrito por um médico, e a atividade física.

“É importante destacar que há espaço para ambas as terapias no tratamento da depressão. O estudo mostra que muitas pessoas gostam da ideia de fazer exercícios, mas pode ser difícil seguir em frente, mesmo que os benefícios sejam significativos.”

Ela acrescenta que “os antidepressivos são geralmente seguros e eficazes”, mas que é preciso “expandir nosso arsenal de tratamento, pois nem todos os pacientes respondem aos antidepressivos ou estão dispostos a tomá-los”.

“Nossos resultados sugerem que a implementação da terapia de exercícios é algo que devemos levar muito a sério, pois pode ser uma boa — e talvez até melhor — escolha para alguns de nossos pacientes”, finaliza.

R7

Foto: Frepik

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