Distrito Federal, Minas Gerais, Acre e Paraná são as unidades da federação com os maiores índices de incidência de casos de dengue no Brasil, aponta o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (2).

Os dados do governo federal compilam as notificações até a semana epidemiológica 4, que se encerrou em 27 de janeiro. Nestas quatro primeiras semanas, foram notificados 243.720 casos prováveis de dengue. Neste período, o Brasil teve 24 mortes confirmadas e 163 estão em investigação.

Os mais de 243 mil casos prováveis já superam o verificado em todo o ano de 2017 (veja série histórica dos casos por ano).

"Quando comparado com o mesmo período de 2023 observa-se um aumento de 273% no número de casos prováveis. As regiões geográficas onde se apresentam os maiores coeficientes de incidência são Centro-Oeste, Sudeste e Sul", afirma o Ministério da Saúde. Os casos foram registrados em mais de 3 mil municípios brasileiros.

Coeficiente x números absolutos O coefiiciente de incidência atual é de 120 casos/100 mil habitantes no país. O coeficiente é diferente do número absoluto: São Paulo tem 39 mil casos, mas, de forma proporcional em relação ao total da população, a situação é mais grave no Acre, que teve menos de 3 mil notificações.

O Acre está em situação de emergência por conta da dengue desde o início de janeiro.

O estado de Minas Gerais também está, desde 27 de janeiro, em situação de emergência em saúde pública por causa da alta incidência de casos de dengue e chikungunya.

Nesta sexta, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que a cidade vive uma epidemia de dengue. O município registrou 44,2% dos casos de dengue notificados em todo o ano passado apenas no mês de janeiro deste ano.

Ações do governo federal Na quinta-feira (1º), o Ministério da Saúde anunciou a criação de um centro de operações de emergência de combate à dengue. Haverá a participação de representantes de estados, municípios e outros ministérios.

Em outra frente, o Ministério da Defesa se colocou à disposição dos estados para enviar militares para ajudar no enfrentamento à dengue. O Distrito Federal, que teve um aumento significativo no número de casos, já pediu o apoio dos militares.

Vacinação O avanço da dengue ocorre em meio à expectativa pelo início da vacinação. O Ministério da Saúde informou que a previsão é a de que a distribuição das vacinas aos estados comece na semana que vem.

O imunizante foi desenvolvido por um laboratório japonês é o segundo aprovado pela Anvisa e o primeiro a ser incorporado ao Programa Nacional de Imunizações.

A atual campanha é tem como público-alvo a faixa etária de 10 a 14 anos em 521 cidades do Brasil. O número representa apenas 10% das cidades no país.

Nesta semana o Instituto Butantan publicou estudo em revista científica que afirma que sua vacina de dose única é eficaz (79,6% de eficácia contra casos da doença). O pedido de aprovação deve ser enviada à Anvisa neste ano e uso pode começar em 2025.

Casos de dengue - série histórica 2010 - 1.011.548 casos

2011 - 739.370

2012 - 589.591

2013 - 1.454.871

2014 - 589.107

2015 - 1.688.688

2016 - 1.483.623

2017 - 239.389

2018 - 262.594

2019 - 1.545.462

2020 - 948.533

2021 - 531.922

2022 - 1.420.259

2023 - 1.658.816

G1

Na manhã desta quarta-feira, 31, a Secretaria Municipal de Saúde de Floriano, através da Coordenação de Saúde Mental, ofertou diversos serviços em alusão ao encerramento do Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização sobre a importância da saúde mental.

janeiro branco

Na ação realizada na praça Dr. Sebastião Martins, foram disponibilizadas práticas integrativas, como massoterapia, aferição de pressão arterial, testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites, além uma feira de artesanato e panfletagem. Também participaram da ação a equipe do Centro de Testagem e Aconselhamento de Floriano e acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

Este movimento, que ganhou visibilidade internacional, promove a conscientização sobre a importância da saúde mental e emocional. A cor branca, simbolicamente escolhida, representa a paz e a reflexão, incentivando a sociedade a quebrar tabus em relação às questões psicológicas e a buscar um equilíbrio emocional.

Em 2024, o tema da campanha do Janeiro Branco foi “Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora?” e destaca a importância de um olhar atento para o cuidado psicológico, promovendo ações que buscam fortalecer a saúde mental individual e coletiva, contribuindo para uma sociedade mais saudável e compassiva.

Ascom

Ao longo do mês de janeiro, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), Casa da Gestante e Anexos I e II, sob gestão do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) em parceria com o Governo do Estado, dedicaram-se a diversas ações visando promover a conscientização sobre saúde mental, em alinhamento com a campanha nacional Janeiro Branco.

Os colaboradores foram envolvidos em atividades educativas conduzidas por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e acupunturistas, que ministraram oficinas e palestras destacando a importância da preservação do bem-estar psicológico.

Iniciadas em 10/01, as iniciativas tiveram como foco sensibilizar os colaboradores para a saúde mental e o bem-estar no ambiente de trabalho, fortalecendo uma cultura de cuidado e suporte dentro do HEDA e seus Anexos.

Julianne Cunha, psicóloga organizacional, ressaltou que todas as atividades desenvolvidas durante a campanha tiveram como cerne central criar um ambiente de trabalho mais saudável e seguro para todos os colaboradores, contribuindo para o reconhecimento e valorização, o que repercute diretamente na qualidade do atendimento aos pacientes.

A atenção do HEDA para com seus colaboradores se destaca através de iniciativas como o plantão psicológico disponível durante todo o ano. Este serviço especializado oferece suporte emocional exclusivo para os colaboradores, reforçando o compromisso do hospital com o bem-estar de sua equipe.

A diretora-geral, Wal França, enfatizou o zelo da instituição: "Trazer essa reflexão para a unidade de saúde é ampliar o acesso de todos ao autoconhecimento. É essencial compreendermos a importância de cuidar de nossos sentimentos e saber lidar com situações adversas, incluindo o momento certo de buscar ajuda profissional. Agradeço e parabenizo o trabalho que a equipe está realizando ao longo do mês", pontuou.

Sesapi

Nas primeiras semanas de 2024, o Brasil registrou um acumulado de 243.721 casos prováveis de dengue. Há ainda 24 mortes confirmadas e 163 em investigação. Com base nos números, a incidência da dengue no país é de 120 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

butantandeng

No balanço anterior, o país registrava 15 mortes e 217.841 casos prováveis da doença. Havia ainda 149 óbitos em investigação.

Dados do Ministério da Saúde mostram ainda que nas primeiras semanas de 2024 foram contabilizados 14.958 casos prováveis de chikungunya. Há ainda 3 mortes confirmadas e 12 em investigação. A incidência da doença no país é de 7,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. 

No balanço anterior, o país contabilizava 12.838 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Haviam sido confirmadas 3 mortes pela doença e 11 estavam em investigação.

Agência Brasil

Foto: Butantan divulgação