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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realizou mais uma etapa do lançamento estadual Campanha Nacional de Multivacinação, desta vez no interior do estado, na cidade de Alvorada do Gurgueia. O evento contou com a presença do diretor do Programa Nacional de Imunização (PNI), Éder Gatti, e da primeira-dama Isabel Fonteles, além da superintendente de atenção aos municípios da Sesapi, Leila Santos.

multivacinaçao

Em visita ao Centro de Saúde da Família do município, que fez parte das ações de lançamento da campanha, o diretor elogiou o trabalho da Sesapi pela execução do microplanejamento nos 224 municípios do estado.

"Estamos muito felizes em saber que o microplanejamento chegou tão perto dos municípios. Algo que começamos no mês de abril em Brasília chegar aqui em Alvorada do Gurguéia, ouvindo do gestor que já estão com o comitê criado é algo espetacular. Queremos parabenizar o governo do Piauí e a Secretaria de Saúde, por ter concretizado com efetividade esta ação", destacou Éder Gatti.

O Piauí é o primeiro estado onde o PNI fez o lançamento da etapa estadual da campanha na capital e no interior.

O microplanejamento realizado pela Coordenação de Imunização da Sesapi é o método recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consistem em diversas atividades com foco na realidade local, desde a definição da população alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística.

"Nós trouxemos hoje o diretor do PNI para fazer esse lançamento no sul do nosso estado, para conhecer a realidade dos municípios e engajamento dos nossos gestores na Campanha de Multivacinação", disse a superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi, Leila Santos.

Na Campanha de Multivacinação serão ofertadas para as crianças de até sete anos (06 anos 11 meses e 29 dias) as vacinas: BCG, Hepatite B, Penta, Pólio inativada, Pólio oral, Rotavírus, Pneumocócica 10-valente, Meningocócica C, Febre amarela, Tríplice viral (SCR – sarampo, caxumba e rubéola), DTP, Hepatite A.

Já para aquelas a partir dos sete anos de idade até menores de 15 anos, serão ofertadas as seguintes vacinas: Hepatite B, Febre amarela, Tríplice viral, Difteria e tétano (dT), Meningocócica ACWY, HPV quadrivalente e dTpa. Em relação às doses da vacina contra Covid-19 e Influenza, elas seguem definições específicas de acordo com a faixa etária.

"Essa ação de Multivacinação é Nacional, porém, de forma regionalizada, seguindo as particularidades de todas as regiões e hoje estamos vendo a vacinação aqui de perto, com as características da população e trabalhando para recuperar a as coberturas vacinais. Somente com esses esforços integrados do Governo Federal, Estadual e municipal vamos conseguir alcançar", reforça o diretor do PNI.

A primeira-dama do Piauí, Isabel Fonteles, lembrou a importância dos pais e responsáveis das crianças e jovens em atualizarem a caderneta de vacinação dos seus filhos. "Vamos juntos reconstruir o nosso país, vacinação é um ato de amor, e é essencial que papais, mamães e responsáveis levem seus filhos para vacinarem", lembra.

O município de Alvorada do Gurguéia apresentou o seu projeto para a realização da Campanha de Multivacinação, onde está buscando realizar ações para atingir as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunização.

"Estamos muitos felizes em estar recebendo este evento tão importante em nosso município. Percebemos que nossa população está avançando na questão da vacinação e estamos trabalhando com várias estratégias para atingir as metas definidas", pontuou o prefeito Lécio Gustavo.

Sesapi

A agente Auricélia Lima, que está como presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias, de Floriano-PI, foi uma das participantes do evento.

auricelia

Numa entrevista ao Piauí Notícias, a jovem Auricélia afirmou que ações devem continuar e está cada dia mais forte. O evento ocorre na data comemoratva da classe dos Agentes. 

 

Da redação

O Brasil tem as mais altas taxas de depressão em toda a América Latina. Atualmente, é o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com a doença na região, onde mais indivíduos receberam o diagnóstico no último ano e mais pessoas irão desenvolver ao longo de suas vidas. Esses dados são provenientes de uma revisão de estudos que mapeou a prevalência da doença no continente, conduzida por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Chile e publicada no The Lancet.

Em média, cerca de 12% das pessoas na América Latina apresentarão a doença ao longo da vida, enquanto no Brasil esse número chega a 17%.

A taxa de diagnóstico nos últimos 30 dias é de 5,48% no Brasil e, no continente, de 3,12%.

Nos últimos 12 meses, 8,11% dos brasileiros preencheram os critérios diagnósticos para a depressão, em comparação com 5,3% na América Latina. O número de brasileiros que atualmente sofrem com a doença está acima das estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), que apontam para cerca de 5% dos adultos do mundo.

Segundo os autores, o cenário da depressão é bem conhecido em países desenvolvidos e de renda mais alta, mas faltam dados sobre a realidade dos países de renda média ou baixa.

Para suprir essa lacuna, eles fizeram uma análise de todas as pesquisas realizadas no continente publicadas em diversas bases de dados nos últimos 30 anos. Uma das explicações para a grande discrepância entre os países é a dificuldade de encontrar um padrão de qualidade e homogeneidade entre os estudos avaliados, pois nem todos seguem os mesmos requisitos para estabelecer o diagnóstico, nem a mesma metodologia. Tanto que os autores só conseguiram avaliar estudos de sete países, totalizando 40 pesquisas que englobam quase 80% da população da região.

“Embora tenhamos cuidado muito da metodologia, avaliando apenas estudos populacionais com mais de mil pacientes, baseados em diagnósticos clínicos de acordo com os sistemas de classificação e não em sintomas relatados, há muita diferença entre os estudos e entre os países”, ressalva Antonia Errázuriz, professora do departamento de Psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica do Chile e uma das líderes do trabalho, em entrevista à Agência Einstein.

No Brasil, segundo ela, a enorme maioria das pesquisas analisadas foi feita em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, com uma população essencialmente urbana, onde a prevalência da doença é geralmente maior.

Já na Guatemala, por exemplo, há menos estudos, mas englobando também populações rurais, onde a incidência é menor.

Na Argentina, foi avaliado apenas um trabalho, que levou em conta pacientes da Grande Buenos Aires.

“Apesar disso, observamos que, no Brasil, especialmente nos grandes centros, há uma taxa mais elevada da doença do que no resto do continente”, diz a autora.

“É interessante esse olhar mais regional, mas, por outro lado, vemos a carência de dados e de bons estudos na região”, diz o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso ocorre por várias dificuldades, desde o acesso ao sistema de saúde pela população — o que impacta a coleta de dados — até o desenvolvimento das pesquisas. “Por isso, pode haver uma subnotificação muito grande”, avalia.

Além de estabelecer a prevalência na América Latina, os autores também correlacionaram o diagnóstico com fatores socioeconômicos como IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), desigualdade de renda e de gênero, além da taxa de criminalidade, mostrando uma associação entre esses indicadores e as taxas de depressão.

“Esses fatores são estressores bem conhecidos associados às doenças mentais”, diz o psiquiatra do Einstein.

“Nosso achado sugere também que, na América Latina, melhorar o nível de desenvolvimento humano, reduzir as desigualdades, como de gênero e renda, e a violência são fatores que acompanham a redução da prevalência da depressão”, conclui Antonia. Fique atento aos sintomas da depressão Os especialistas explicam que depressão não é sinônimo de tristeza, nem das flutuações naturais de humor.

Vale prestar atenção se os sintomas costumam durar a maior parte do dia, quase diariamente e por algumas semanas.

A doença afeta todos os aspectos da vida e pode ser classificada como leve, moderada ou severa.

Confira alguns dos sintomas, segundo a OMS:

  • Sentimento de tristeza, irritabilidade, falta de prazer ou interesse nas atividades;
  • falta de concentração;
  • sentimento de culpa, falta de esperança no futuro;
  • pensamentos sobre morte e suicídio;
  • mudanças de peso e apetite;
  • falta de energia e cansaço;
  • prejuízos no sono.

Agência Einstein

A hepatite A é uma infecção viral que afeta o fígado, sendo uma preocupação de saúde pública em todo o mundo. O estado de São Paulo registrou aumento de 144% no número de diagnósticos entre janeiro e agosto em comparação com o mesmo período do ano passado.

hepatite

A doença é causada pelo vírus A da hepatite (HAV) e pode variar em gravidade, com maior risco de complicações em adultos e idosos, segundo o Ministério da Saúde.

Entre as hepatites virais, a A é a mais comum. Transmissão A principal forma de transmissão da hepatite A é por via fecal-oral. Isso ocorre quando alguém ingere algo contaminado com fezes de uma pessoa infectada.

A contaminação está frequentemente relacionada a alimentos ou água, bem como à falta de saneamento básico e higiene pessoal.

Além disso, a doença pode ser transmitida pelo contato pessoal próximo, especialmente em ambientes fechados, como domicílios, creches, e também por meio do contato sexual (sexo oral anal), principalmente em HSH (homens que fazem sexo com homens). Os sintomas da hepatite A são inespecíficos e podem incluir fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. Um sinal distintivo é a icterícia, que se manifesta com a pele e os olhos amarelados. Os pacientes infectados também podem apresentar urina escura (em tom semelhante ao de chá-mate ou até mesmo refrigerante de cola), além de fezes amolecidas e esbranquiçadas.

Devido ao aumento do fígado, algumas pessoas com hepatite A também podem ter dor, especificamente no lado direito do abdômen, logo abaixo da última costela.

O quadro geralmente se manifesta de 15 a 50 dias após a infecção e dura menos de dois meses. Crianças pequenas, em particular, podem não apresentar sintomas.

Complicações A hepatite A costuma ter um curso benigno, mas pode se tornar mais grave em uma minoria dos casos. De 1% a 2% dos pacientes podem ter insuficiência hepática aguda, uma condição grave com risco de morte em um curto período.

Quando o atendimento é feito a tempo e da forma correta, existe a chance de a pessoa ser submetida a um transplante de fígado.

Diagnóstico O diagnóstico da hepatite A é realizado por meio de exames de sangue que detectam a presença de anticorpos anti-HAV IgM. Esses anticorpos são indicativos de infecção recente. Também é possível verificar a imunidade passada ou a resposta vacinal por meio da pesquisa do anticorpo IgG.

Tratamento Não há tratamento específico para a hepatite A. Uma vez diagnosticada a doença, o foco é aliviar os sintomas e garantir um balanço nutricional adequado.

Evitar a automedicação é crucial, uma vez que alguns medicamentos podem ser prejudiciais ao fígado.

A hospitalização só é indicada quando os médicos detectam uma inflamação excessiva do fígado.

Nessas situações, é necessário o monitoramento permanente do paciente, até mesmo após os sintomas mais agudos.

Prevenção A prevenção da hepatite A é fundamental e pode ser alcançada por meio das seguintes medidas, conforme destacado pelo Ministério da Saúde:

  • lavar as mãos com frequência, especialmente após usar o banheiro e antes de manipular alimentos;
  • lavar alimentos crus com água tratada, clorada ou fervida, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • cozinhar completamente os alimentos, especialmente frutos do mar;
  • lavar adequadamente utensílios e mamadeiras;
  • usar instalações sanitárias;
  • evitar nadar ou brincar em locais próximos a esgoto;
  • usar preservativos e praticar a higiene antes e depois de relações sexuais;
  • imunizar-se: a vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura, sendo a principal medida de prevenção; ela é recomendada para todas as crianças e para adultos com alto risco de exposição à infecção.

A vacinação é parte do calendário infantil, de 1 a 5 anos. Em SP, outros grupos podem ser imunizados nos Cries (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais).

São eles: portadores de hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do HCV (vírus da hepatite C); portadores crônicos do HBV (vírus da hepatite B); indivíduos com coagulopatias; pacientes com HIV/Aids; com imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; com doenças de depósito; portadores de fibrose cística (mucoviscidose); de trissomias; candidatos a transplante de órgão sólido (cadastrados em programas de transplantes); transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea); doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea); cadastrados em programas de transplantes; e indivíduos com hemoglobinopatias.

O esquema vacinal para adultos é de duas doses e pode ser feito também na rede privada.

No caso de residências com uma pessoa infectada, é preciso haver uma intensificação da higienização do banheiro, caso ele seja compartilhado com outros moradores.

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Foto: Frepik

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