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Mulheres negras com histórico de hipertensão na gravidez têm um risco 66% maior de sofrer um acidente vascular cerebral a longo prazo, mostra um estudo publicado no New England Journal of Medicine feito na Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

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Sabe-se que mulheres e homens negros têm maior tendência à hipertensão arterial e, por isso, a prevalência da pré-eclâmpsia e eclâmpsia, doenças específicas da gravidez caracterizadas por pressão elevada e outras complicações, é maior nas grávidas negras.

Nesses casos, além da hipertensão, há perda de proteínas pela urina e pode haver lesões em órgãos como os rins e hemorragias cerebrais. Embora essas condições afetem mais a população negra, a maioria das pesquisas têm sido feita com mulheres originárias principalmente do norte europeu.

O novo estudo preenche essa lacuna ao avaliar informações do Black Women’s Health Study, financiado pelos NIH (Institutos Nacionais da Saúde), dos EUA.

Esses dados acompanham quase 60 mil mulheres desde 1995 para entender as causas e fatores de risco de doenças que são mais prevalentes em negros, como hipertensão, diabetes e derrames.

Ao iniciar o acompanhamento, nenhuma mulher tinha doença cardiovascular. A cada dois anos, os pesquisadores analisaram os registros de saúde e os prontuários. Ao final, aquelas que apresentaram distúrbios da pressão arterial na gestação tiveram maior probabilidade de sofrer um derrame, independentemente da idade e índice de massa corporal.

“O AVC poder ser desencadeado por vários fatores, desde congênitos e familiares até relacionados ao estilo de vida e doenças adquiridas. O histórico de hipertensão na gravidez pode levar a alterações vasculares e da coagulação e ser um marcador de mulheres maior chance de desenvolver hipertensão crônica, o que é por si só um fator de risco para derrame”, diz o ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein.

A pré-eclâmpsia e eclâmpsia são a segunda causa de morte materna mundial e estima-se que 7% dos AVCs estejam associados à pressão elevada na gestação, segundo o artigo.

A Associação Americana do Coração já atualizou suas diretrizes para incluir as complicações da gestação como fator de risco para AVC.

“A relevância do estudo está em alertar sobre a importância de acompanhar a longo prazo mulheres que tiveram alguma forma de hipertensão relacionada à gravidez, especialmente as mulheres negras, que são aquelas com maior risco para eventos cardiovasculares”, diz Tamura.

Nesse sentido, o pré-natal deve levar em conta o diagnóstico e tratamento corretos das alterações da pressão arterial nas gestantes.

E as recomendações para essas pacientes devem se estender ao longo da vida, buscando rastrear e minimizar outros fatores de risco como tabagismo, obesidade, sedentarismo, diabetes e hipertensão crônica, todos passíveis de tratamento e prevenção.

Gabriela Cupani, da Agência Einstein

Foto: Freepik

O cenário de uma alta temperatura leva o organismo do ser humano ao quadro de insolação, que provoca sintomas como tontura, dor de cabeça, náusea, pele quente e seca, respiração rápida e difícil. 

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Isso, conforme estudos, ocorre porque o tempo quente também dilata os vasos sanguíneos de forma exagerada, o que abaixa a pressão arterial. Os cuidados necessários no tempo quente, como o que estamos vivendo neste momento, são repassados aos internautas do Piauí Notícias pela dermatologista Dra. Aline Rocha. Veja a entrevista. 

Da redação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta terça-feira (26), o uso da semaglutida, em doses semanais de até 2,4 mg, para o tratamento de sobrepeso e obesidade em adolescentes com idade a partir de 12 anos. O medicamento, cujo nome comercial é o Wegovy, tem o mesmo princípio ativo do Ozempic (aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2), mas em um regime de dose mais elevado.

"A obesidade é uma doença que pode começar na infância ou adolescência, e até 90% dos adolescentes com obesidade podem continuar convivendo com a doença na idade adulta. Esses pacientes também correm um risco maior de desenvolver problemas de saúde graves relacionados com o peso", afirmou o fabricante do medicamento, em nota. O estudo apresentado pelo laboratório comprovou que adolescentes com obesidade que fizeram uso de 2,4 mg de semaglutida semanalmente tiveram uma redução média de 16,1% no IMC (índice de massa corporal).

O mesmo remédio já havia sido aprovado pela Anvisa para o público adulto, em janeiro deste ano. A venda no Brasil, todavia, ainda não começou.

O fármaco "imita" um hormônio que nosso intestino libera após as refeições e que atua nos receptores do cérebro que controlam o apetite, a sensação de saciedade e a fome, o GLP-1.

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A chegada ao Brasil, nos próximos meses, de um novo medicamento para o tratamento de diabetes tipo 2 — após aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na segunda-feira (25) — traz esperanças também para pacientes com obesidade. Isso porque o fármaco, a tirzepatida, também tem sido usado nos Estados Unidos em casos de obesidade, sendo esse o único remédio até o momento cujos efeitos na perda de peso se assemelham ao de uma cirurgia bariátrica.

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Em um estudo realizado com mais de 2.500 pessoas obesas ou com sobrepeso e alguma doença associada, 36,2% dos participantes que tomaram injeções semanais de tirzepatida, cujo nome comercial é Mounjaro, conseguiram perder 25% ou mais do peso corporal após 72 semanas (um ano e meio).

"A cirurgia bariátrica resulta em uma redução de peso de aproximadamente 25% a 30% em um a dois anos", sublinharam os autores no documento, publicado no ano passado no The New England Journal of Medicine.

Outros grupos analisados no ensaio clínico tomaram doses semanais de 5 mg e 10 mg. O estudo constatou que todas as três doses de tirzepatida resultaram em reduções substanciais e sustentadas no peso corporal, com a dose mais alta (15 mg) mostrando o maior efeito.

Para efeito de comparação, o artigo cita a semaglutida (Ozempic), que tem sido usada off-label (sem indicação em bula) para a perda de peso.

Pacientes que fazem uso semanal de 2,4 mg de semaglutida conseguiram uma redução média do peso de 12,4%. Um terço, porém, conseguiu emagrecer 20% ou mais.

Os dois remédios são prescritos com indicações de mudanças na alimentação e prática regular de exercícios físicos como parte do tratamento.

A tirzepatida difere da semaglutida em seus mecanismos de ação, pois age em duas frentes.

O remédio é um "receptor dual de polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose", o GIP. Este é um hormônio que é liberado pelo intestino em resposta à ingestão de alimentos, especialmente glicose (açúcar).

Ele estimula a secreção de insulina pelo pâncreas, o que ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue após as refeições.

Portanto, a tirzepatida tem a capacidade de interagir com os receptores para o GIP.

Em segundo lugar, é também um agonista do receptor de peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), função que também é da semaglutida.

O GLP-1 é outro hormônio liberado pelo intestino em resposta à ingestão de alimentos. Ele desempenha um papel importante na regulação dos níveis de açúcar no sangue, uma vez que estimula a liberação de insulina e reduz a liberação de glucagon, que é outro hormônio que aumenta os níveis de açúcar no sangue.

Um agonista do receptor GLP-1 é uma substância que imita a ação do GLP-1, ou seja, ela atua nos receptores GLP-1 do corpo como se fosse o próprio hormônio.

Estudo recente, conduzido pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas) e pela organização global de saúde pública Vital Strategies, revelou que 56,8% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesidade.

Também foi identificado que 10,3% da população tem diagnóstico médico de diabetes.

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Foto: Freepik

 

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