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Dawn Heidlebaugh é uma corretora de imóveis de 53 anos em Ohio que tomou injeções de semaglutida (Ozempic) para ajudar a controlar seu nível de açúcar no sangue.

Ela disse à Reuters que, após aumentar a dose do medicamento, um padrão perturbador emergiu. Ela tomava o medicamento no domingo à noite. Na terça-feira, ela se sentia letárgica, deprimida e às vezes com pensamentos suicidas.

"Lembro-me de pensar que minha família estaria muito melhor sem mim porque eu estava tão deprimida, como se estivesse apenas dentro de mim. Eu nem sequer conversava."

Dawn diz que não enfrentou problemas de depressão no passado. Portanto, esses sentimentos pareceram incomuns para ela. E se ela deixasse de tomar o medicamento por uma semana, ela não experimentava os sintomas.

Uma investigação de agência de notícias Reuters descobriu que Dawn não está sozinha.

Foram contabilizados mais de 250 relatos enviados à FDA, a agência reguladora de medicamentos dos EUA, descrevendo pacientes que tiveram pensamentos ou comportamentos suicidas ao tomar este ou medicamentos similares desde 2010.

Foram examinados detalhadamente muitos desses relatos, e frequentemente eles descrevem sintomas que surgiram após o início do medicamento ou o aumento da dose e cessaram após a interrupção do tratamento.

Em entrevistas, três pacientes, incluindo Heidlebaugh, disseram que ficaram assustados ao experimentar impulsos para se matar causando acidentes de carro.

Relatos como esses chamaram a atenção de especialistas com os quais a reportagem conversou, que afirmam que eles merecem uma análise mais rigorosa.

Essas drogas fazem parte de um mercado explosivo de novos remédios para perda de peso, que capturou a atenção do público e despertou grande interesse nas redes sociais.

Em julho, reguladores de saúde europeus e do Reino Unido anunciaram que haviam iniciado revisões de segurança desses medicamentos e seu risco de suicídio.

Em comunicado à Reuters, a Novo Nordisk, fabricante de Ozempic e Wegovy — o mesmo princípio ativo, mas em regimes de doses diferentes —, disse que a empresa leva esses relatos a sério e permanece confiante no perfil de benefício e risco desses produtos.

O monitoramento de segurança da Novo não encontrou associação causal entre esses medicamentos e pensamentos de autoagressão.

"Acho que precisamos ter algum tipo de etiqueta de advertência. Acho que as pessoas precisam ser informadas de que isso pode acontecer, não acontece com todos. [...] Não sei quantas vezes está acontecendo, mas sei que aconteceu comigo", afirmou a corretora.

A FDA disse à Reuters que a agência está avaliando esses relatos e decidirá quais medidas, caso haja, tomar após uma revisão detalhada.

Reuters

Mais de 16 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, e esse número pode chegar a 21 milhões em 2030, segundo projeções do Ministério da Saúde. O que nem sempre está claro sobre essa doença é que ela pode ser agravada ou piorar infecções e isso requer uma atenção especial à vacinação.

diaetes

Coordenadora dos CRIEs (centros de referência em imunobiológicos especiais) de Vitória desde 2004 e diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Ana Paula Burian explica que o diabetes é uma das situações que dão direito a pacientes das redes pública e privada de acessar a imunização especial.

A alta concentração de açúcar no sangue, comum em quem vive com diabetes, pode afetar mecanismos do sistema imunológico e aumentar a chance de contrair infecções e ter quadros mais graves. Entre os principais riscos, está o da hepatite B.

"O sangue mais doce facilita a proliferação de bactérias, vírus e outros micro-organismos", resume. "A hepatite B tem com o diabetes o que a gente chama de risco duplo. Se eu tenho uma pessoa com diabetes e ela pega hepatite B, ela evolui mais rápido para câncer de fígado e cirrose hepática, e ela descompensa mais rápido o diabetes dela, causando complicações, como amputações, descompensação renal, cegueira. A união de hepatite B e diabetes complica para os dois lados."

A Sociedade Brasileira de Imunizações também ressalta que pessoas que vivem com diabetes têm risco 50% maior para pneumonia pneumocócica e até 4,5 vezes maior para as doenças pneumocócicas mais graves, como meningite e infecção generalizada.

A gripe é outra doença que pode ser agravada pelo diabetes. Pessoas que vivem com diabetes estão entre os indivíduos com maior chance de desenvolver formas graves da doença, necessitar de hospitalização e até morrer. Entre as vítimas da gripe no Brasil, sete em cada dez tinham alguma comorbidade. E, entre essas sete, entre 20% e 30% sofriam de diabetes mellitus.

Nos CRIEs, os pacientes com diabetes têm direito a receber a vacina da gripe todo ano e também são imunizados com a vacina pneumocócica 23-valente, disponível no PNI apenas para situações de risco específicas. A imunização contra esse vírus já faz parte do calendário vacinal, com a vacina pentavalente, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses.

Agênia Brasil

Foto: DÊNIO SIMÕES/AGÊNCIA BRASÍLIA

Neste 29 de setembro, celebra-se o Dia Mundial do Coração, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de manter hábitos saudáveis para evitar doenças cardíacas. A prevenção é fundamental, mas quando algum problema surge, é crucial identificar os primeiros sinais dele e buscar ajuda médica. No caso de um infarto, também chamado de ataque cardíaco, o tempo é determinante no desfecho. Veja a seguir como identificar os principais sintomas dessa condição.

infarto

"Infarto agudo do miocárdio é necrose miocárdica resultante de obstrução aguda de uma artéria coronária", descreve o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento. Esse entupimento pode se dar devido a uma placa de gordura ou por um coágulo, dentre outras causas.

Somente neste ano, mais de 75 mil pessoas morreram vítimas de infarto agudo do miocárdio, segundo dados da Arpen Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). Em uma grande parte dos casos, chegar ao hospital rapidamente é o que determina se o infarto será fatal ou não, mas para que isso ocorra, é necessário entender quando suspeitar de um ataque do coração.

Desconforto no peito

A Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), lista os sinais que devem acender o alerta. O primeiro deles é o desconforto no peito.

“A maioria dos ataques cardíacos envolve desconforto no centro do peito que dura mais do que alguns minutos — ou pode ir embora e depois voltar. Pode parecer uma pressão desconfortável, aperto, sensação de plenitude ou dor”, descreve.

Tontura, suor frio e náuseas

Outros sintomas frequentes, segundo a associação, incluem suor frio, tontura, náuseas e vômitos, estes dois últimos podem ser confundidos com algum problema gastrointestinal.

Desconforto em outras partes do corpo

É possível que o infarto se manifeste também por meio de dores e formigamento nos membros superiores, na mandíbula, no estômago ou até mesmo nas costas.

Falta de ar

Sentir-se ofegante, mesmo sem fazer esforço físico, é um sinal de alerta. Este sintoma pode vir acompanhado ou não de desconforto no peito.

"Algumas mulheres que sofrem um ataque cardíaco descrevem uma pressão na parte superior das costas que parece um aperto ou uma corda amarrada em volta delas. Tonturas, desmaios ou desmaios são outros sintomas", explica a Associação Americana do Coração. Em alguns casos, as manifestações de um infarto podem ser mais brandas nas mulheres.

R7

Foto: Frreepik

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