Na tarde desta quinta-feira (29), a Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi) realizou o lançamento da primeira cotação utilizando o sistema de credenciamento em mercado fluido, conhecido como CredSUS.

O CredSUS representa um Sistema de Compras por Credenciamento direcionado a fornecedores de bens e serviços comuns que possuam uma demanda superior à oferta individual. A iniciativa visa otimizar e agilizar o processo de aquisição de produtos essenciais para a saúde pública no estado.

Nessa primeira cotação foram lançados dez produtos que deverão ser cotados pelos fornecedores credenciados em um prazo de 24 horas. O processo teve início às 17 horas desta quinta-feira (29) e se estenderá até às 17 horas da próxima sexta-feira (01). Os fornecedores selecionados terão um prazo de cinco dias para realizarem a entrega dos produtos cotados.

O Secretário Estadual de Saúde, Antonio Luiz, destacou a inovação trazida pelo CredSUS, ressaltando a importância de os credenciados acessarem o sistema, apresentarem suas cotações e aguardarem os resultados. “O sistema proporcionará maior agilidade aos processos de compra, contribuindo para a eficiência da saúde no Piauí”, explica.

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O CredSUS é uma plataforma eletrônica especializada no recebimento de demandas hospitalares, abrangendo uma variedade de itens, como materiais, medicamentos, OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), dietas e serviços comuns. A Sesapi conduzirá as cotações, permitindo a participação ativa dos fornecedores no processo de compra por meio desse sistema.

Com essa iniciativa, a Sesapi busca modernizar e otimizar suas operações, proporcionando um ambiente mais transparente, eficiente e equitativo no âmbito das compras públicas na área da saúde. O CredSUS promete contribuir significativamente para o atendimento ágil e eficaz das demandas dos hospitais e unidades de saúde do estado, representando um avanço importante para a gestão pública na área da saúde no Piauí.

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As hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) ligadas à covid-19 estão em alta no Centro-Sul do Brasil, e, em alguns estados, há "cocirculação" com o vírus Influenza A, causador da gripe. O alerta foi feito pelo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (29) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em um cenário em que a circulação simultânea dos vírus da covid-19 e da dengue já causa dúvidas na população pela semelhança entre os sintomas.

O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, descreve a sobreposição das infecções de transmissão respiratória como preocupante.

"É um cenário nacional que preocupa bastante. Praticamente todo o Centro-Sul com o crescimento associado à covid-19, alguns estados do Sudeste e do Sul com uma cocirculação - ou seja, circulando ao mesmo tempo covid-19 e influenza A. Embora a covid esteja gerando um número muito mais expressivo de internações do que a gripe, observamos essa circulação simultânea. Alguns estados do Nordeste, em particular a Bahia, também mostram aumento de internações com uma associação bastante sugestiva da gripe."

Marcelo Gomes recomenda que quem estiver com sintomas e sinais de infecção respiratória fique em casa e faça repouso. Se for indispensável sair, a recomendação é usar uma máscara PFF2 ou N95 para evitar a disseminação do vírus. Essas orientações valem especialmente para quem precisar ir a uma unidade de saúde.

A SRAG por covid-19 apresenta tendência de alta no Distrito Federal, Espírito Santo, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo.

Já as associações entre a síndrome e a influenza A (gripe) se dão principalmente na Bahia, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo.

Segundo o boletim, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os vírus respiratórios que mais causaram os casos de SRAG foram influenza A (10,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e Sars-CoV-2/covid-19 (70,6%).

Agência Brasil

Tem início nesta quinta-feira, dia 29, o I Congresso da Rede de Urgência e Emergência (RUE). O evento acontece até o dia 2 de março no Centro de Convenções de Teresina. A abertura, marcada para às 20h, contará com a presença de gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Na ocasião, Felipe Augusto Reque, coordenador nacional de urgência e Emergência fará a conferência magna.

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Durante o congresso também acontecerá o I Simpósio de Responsabilidade Social no Atendimento Pré-Hospitalar e o I Simpósio Multiprofissional de Urgências Pediátricas.

“Esperamos que esse encontro resulte na construção de um espaço colaborativo para a produção de conhecimento e diálogos que, por sua vez, se transformarão em sabedoria para o cenário das urgências e para a vida da comunidade, promovendo mudanças sustentáveis em nosso sistema único de saúde”, destaca Telmo Mesquita, coordenador do RUE.

Com palestrantes do Piauí e outros seis estados do país, o evento propõe uma profunda reflexão científica sobre os desafios e avanços nos serviços de urgência e emergência no estado. A programação também conta conferências, talk-shows, painéis, relatos de experiência, apresentações de trabalhos científicos e trilhas com simulação realística.

“É um congresso multiprofissional, portanto, atende não somente aos profissionais que atuam na área de emergência, mas também em unidades básicas de saúde, consultórios, ambulatórios e gestores hospitalares que devem trabalhar em parceria com profissionais especializados em emergência, além de estudantes, que são muito bem-vindos”, afirma Christianne Rocha, coordenadora do SAMU estadual.

Todos os profissionais e estudantes da área de saúde podem participar do congresso e simpósios. Já para receber o certificado do evento e ter acesso aos minicursos, os interessados deverão fazer obrigatoriamente a inscrição no congresso por meio do site oficial do evento: www.congressorue.com.br.

Serviço:

Evento: 1° Congresso da Rede de Urgência e Emergência Data: de 29.02 a 02.03 Abertura: 29.02 (20h) Local: Centro de Convenções de Teresina

Sesapi

Em quase três meses, o Brasil registrou mais de 920 mil casos prováveis de dengue desde o início do ano, o índice supera a metade do total de casos notificados em 2023, quando 1.658.816 de diagnósticos foram registrados, aponta o Ministério da Saúde. Segundo a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses, o país já registrou 184 óbitos pela doença e 609 estão em investigação.

Em 2023, o coeficiente de incidência da dengue no país foi de 777,6 casos a cada 100 mil habitantes. Já este ano, o índice é de 453,3 casos, sendo que o pico da doença, segundo autoridades sanitárias, ainda não foi atingido. Distrito Federal, Minas Gerais, Acre e Parana são as unidades da federação com maior incidência da doença.

Em relação aos infectados, mulheres estão entre as mais afetadas, representando 55,3% dos casos. A faixa etária mais acometida é a de 30 a 39 anos, seguida por aqueles que têm entre 40 a 49 e 50 a 59.

Nos últimos 20 anos, 10.027 pessoas morreram vítimas de dengue no Brasil e mais de 16 milhões de casos prováveis da doença foram registrados, segundo o Ministério da Saúde. Entre 2004 e 2023 o número de mortes saltou de 19 para 1.094, o que representa um aumento de 5.657%. São Paulo (2.132 mortes), Goiás (1.186), Minas Gerais (1.179), e Rio de Janeiro (796) são os estados com maior número de registros. Vacina contra dengue Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas contra a dengue neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões. Até o momento, 492 localidades já receberam os imunizantes, mas a previsão é que outras 29 cidades recebam a vacina nos próximos dias.

A vacinação começou com crianças de 10 a 11 anos e será progressivamente estendida conforme novos lotes sejam entregues pelo laboratório fabricante. Na primeira fase, 521 municípios brasileiros foram selecionados para a imunição, via SUS (Sistema Único de Saúde).

Atenção nos repelentes A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu recomendações sobre o uso de repelentes no último domingo (11), destacando a importância de entender o modo de uso e a eficácia do produto, especialmente contra o Aedes aegypti.

O uso em crianças requer atenção especial, com restrições de uso para menores de 2 anos e concentrações limitadas para crianças de 2 a 12 anos. A Anvisa também enfatiza a importância de repelentes aprovados pela agência e alerta sobre produtos sem comprovação científica de eficácia, como os à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, que não são recomendados.

R7