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Após um intervalo de cinco anos sem revisão, o Ministério da Saúde publicou neste mês um novo protocolo clínico com diretrizes para o manejo da infecção pelo HIV e incluiu no texto, pela primeira vez, o conceito de que pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) com carga viral indetectável têm risco zero de transmitir o vírus por via sexual.

remedioshiv

No documento, também foi adicionada a opção de “terapia dupla” que consiste na tomada de um novo comprimido único e diário composto por lamivudina e dolutegravir (entenda mais abaixo).

A proposta de texto teve recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) em setembro, mas somente agora foi publicada no Diário Oficial da União.

O documento, chamado tecnicamente de Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Manejo da Infecção pelo HIV, é uma espécie de guia para profissionais de saúde, pois fornece orientações importantes para prevenir a transmissão do HIV, tratar a infecção e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus.

Em 2013, por exemplo, o Brasil abraçou a ideia da Prevenção Combinada, um conceito que combina várias estratégias para evitar o HIV, com a atualização do protocolo clínico que modificou o critério para início da terapia antirretroviral (TARV).

"Nos últimos quatro anos, a causa da aids se tornou praticamente invisível, mas o novo governo trouxe à tona essa questão crucial. O abandono do tema deixou as pessoas vulneráveis em situações difíceis", critica Draurio Barreira, médico sanitarista e diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde. O Protocolo Clínico traz inovações importantes para o cuidado e a conscientização no tratamento do HIV. Entre elas:

Agora, o texto reconhece que estar indetectável significa NÃO transmitir o vírus. Um conceito que a ciência vem reforçando nos últimos 20 anos visto que o tratamento antirretroviral previne a transmissão do HIV. Em outras palavras, quando a carga viral é indetectável, o vírus não se transmite durante relações sexuais. A recomendação de que o tratamento antirretroviral seja iniciado no mesmo dia ou, no máximo, até sete dias após o diagnóstico. Preconiza o rastreio da tuberculose em todas as consultas, bem como o diagnóstico precoce com a utilização do LF-LAM (um teste rápido) em sintomáticos e pessoas com doença avançada, ou seja, com a contagem de linfócitos T-CD4 inferior a 200 células/mm3. Isso porque as pessoas vivendo com HIV ou aids possuem 19 vezes mais riscos de desenvolver tuberculose. No tratamento antirretroviral, foi adicionada a opção de “terapia dupla” que consiste na tomada de comprimido único e diário composto por lamivudina e dolutegravir (entenda mais abaixo). Por fim, de forma geral, o texto traz diversas atualizações com recomendações para dosagens de medicamentos em casos específicos.

Somada a essa nova publicação, a pasta também está prestes a disponibilizar um novo medicamento para o tratamento do HIV. Chamado comercialmente de Dovato, a droga é uma combinação dos antirretrovirais dolutegravir e lamivudina em um único comprimido, algo que simplifica a terapia para pessoas que vivem com o vírus.

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro de 2021, o Dovato está na fase final de licitação e sua distribuição pelo Ministério da Saúde aos estados está prevista para iniciar até dezembro deste ano.

Recentemente, a Fiocruz divulgou que o governo solicitou 10,8 milhões de unidades, um número que aumentará para 30 milhões em 2024.

Como funciona o medicamento? ? Os antirretrovirais dolutegravir e a lamivudina já são oferecidos pelo SUS separadamente aos pacientes com HIV, mas a combinação das drogas em uma única dose representa um avanço, visto que a expectativa é que essa nova opção traga mais facilidade e praticidade para o tratamento.

Com a possibilidade de ingerir apenas uma dose diária e de tomar o medicamento em jejum, o Dovato tem o potencial de melhorar a adesão dos pacientes ao tratamento.

? Ele poderá ser prescrito para o tratamento completo da infecção pelo vírus em adultos e adolescentes acima de 12 anos com pelo menos 40 kg, sem resistência conhecida ou suspeita aos seus compostos.

As duas substâncias ativas na droga, dolutegravir e lamivudina, bloqueiam a atividade de enzimas que o HIV usa para criar novas cópias de si mesmo no corpo.

O dolutegravir impede a atividade de uma enzima chamada integrasse, enquanto a lamivudina impede a atividade de outra enzima chamada transcriptase reversa, bloqueando assim a multiplicação do vírus e reduzindo a quantidade de HIV no organismo.

Em dois estudos, com a participação de 1441 pacientes, foi comprovado que a combinação das duas substâncias ativas encontradas no medicamento é tão eficaz na redução do vírus HIV no sangue quanto a terapia tripla com os medicamentos dolutegravir, tenofovir e emtricitabina.

De acordo com os resultados, 91% dos pacientes com HIV-1 que utilizaram o Dovato deixaram de ter níveis detectáveis do vírus (abaixo de 50 cópias por ml) após 48 semanas, enquanto 93% dos que utilizaram o tratamento tripo também alcançaram esse resultado. Além disso, NÃO foram identificados casos de resistência ao tratamento em nenhum dos estudos durante o período de 48 semanas de análise. O Brasil possui uma trajetória de sucesso na distribuição gratuita de antirretrovirais desde 1996 e, desde 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral.

E a atual administração do Ministério da Saúde destaca a prioridade de erradicar a aids como um desafio de saúde pública. A pasta assegura que investiu significativamente na área, com mais de R$ 1,7 bilhão alocados em medicamentos para o HIV.

G1 Saúde

Foto: Divulgação/Semsa

Sabe-se que o fio dental é um aliado que jamais deve ser esquecido quando o assunto é saúde bucal. Mas uma questão específica foi objeto de estudos científicos nos últimos anos: ele deve ser usado antes ou depois da escovação?

fio dental

Um artigo publicado no Journal of Periodontology em 2018 trouxe uma resposta. Um grupo de pesquisadores analisou 25 voluntários, que haviam sido instruídos a escovar os dentes e, posteriormente, usar o fio dental. Em uma segunda fase, eles inverteram a ordem, passando o fio primeiro.

Os autores do trabalho observaram que a quantidade de placa bacteriana acumulada entre os dentes foi, em geral, "reduzida significativamente" quando se fazia o uso do fio dental primeiro.

Segundo os pesquisadores, o fio dental afrouxa as bactérias e os detritos presos entre os dentes. Dessa forma, a escovação posterior — em que há o enxágue da boca com água — limpa ainda mais essas partículas.

As bactérias da placa desempenham um papel fundamental no surgimento da doença periodontal, uma condição inflamatória que se manifesta quando essas bactérias se acumulam abaixo da linha da gengiva.

Caso não seja tratada, a doença periodontal pode resultar em inchaço, irritação, retração das gengivas e até mesmo na perda de dentes.

Um dos motivos alegados por pessoas que não utilizam o fio dental, segundo dentistas, é o fato de ele provocar sangramento na gengiva. Mas é justamente por isso que deve ser usado.

A gengivite é geralmente provocada pela presença de placa bacteriana nos dentes e ao redor da linha da gengiva.

O fio dental ajuda a remover a placa, mas, se as pessoas não o utilizam diariamente ou corretamente, as bactérias podem se acumular e causar inflamação gengival, resultando em sangramento.

O estudo de 2018 foi objeto de uma revisão, juntamente com outro trabalho. O artigo, publicado em 2022 no International Journal of Dental Hygiene, traz uma conclusão diferente.

Os resultados da análise mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa no que tange a usar o fio dental antes ou depois da escovação na redução do índice de placa bacteriana.

No entanto, os autores recomendam que sejam realizados mais estudos clínicos sobre o assunto para uma conclusão mais definitiva.

Sendo assim, o mais importante é o uso do fio dental.

O NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) orienta como deve ser a utilização correta dele.

1- Pegue de 30 cm a 45 cm de fio dental (ou fita dental) e segure-o de forma que você tenha de 3 cm a 4 cm de fio esticado entre as mãos.

2- Deslize o fio dental entre os dentes e na área entre os dentes e as gengivas o mais longe que conseguir.

3- Faça de oito a dez movimentos para cima e para baixo entre cada dente com o fio dental para remover alimentos e placa.

R7

Foto: Freepik

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) participou da abertura da semana do servidor público nesta quinta-feira (26) com vários serviços oferecidos à população e servidores do Centro Administrativo. Foram ofertadas testagens para sífilis, hepatites e HIV, além de vacinas.

serviços

No stande da saúde, organizado pela coordenação de IST’s, estão sendo disponibilizadas testagens rápida para HIV, hepatites e sífilis, além da distribuição de preservativos e orientações para prevenção das doenças.

“Estamos ofertando esses serviços aos nossos servidores, durante os dois dias de evento, o resultado dos testes sai em 40 minutos e em seguida, caso o resultado seja reagente, fazemos o encaminhamento para os centros de cuidados”, explica a gerente de Vigilância em Saúde da Sesapi, Josélia Moreira.

Na oportunidade, o secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz, parabenizou os servidores do estado do Piauí pelo excelente trabalho prestado à sociedade. “Parabéns servidor público do Piauí! São vocês quem fazem desse estado avançar e atender à população como merecem”, destaca o gestor.

A Sesapi também está com o serviço de vacinação contra Hepatite B, Influenza,Tétano e Tríplice Viral, por meio do Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest). “Nesta semana do servidor estamos oferecendo o serviço de vacinas disponibilizado pelo Cerest, e queremos lembrar que o centro está à disposição dos trabalhadores no decorrer de todo o ano, tanto para os servidores ativos como aposentados, além de realizar capacitação aos servidores na área da saúde”, disse a Tatiana Chaves, diretora da Vigilância Sanitária Estadual.

Sesapi

Um ensaio clínico realizado por pesquisadores no Hospital Geral de Massachussets (EUA) mostrou que pacientes com depressão podem ter uma diminuição dos sintomas a partir da prática de hot ioga. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Psychiatry.

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Para o estudo, os pesquisadores reuniram 80 participantes adultos, diagnosticados com depressão moderada. Eles foram divididos em dois grupos randomizados, e acompanhados durante oito semanas.

O primeiro grupo, com 33 participantes, foi submetido a sessões de 90 minutos de Bikram yoga, em uma sala aquecida a 40°C, duas vezes por semana, enquanto o outro grupo, com 32 pessoas, ficou em uma lista de espera (e fez as aulas após esse período).

Após o período, foi observado que os participantes que praticaram a atividade, apresentaram uma redução significativa nos sintomas depressivos, quando comparados ao outro grupo, em análise da escala do IDS-CR (Inventário de Sintomatologia Depressiva).

As taxas mostraram que 59,3% dos adultos que compunham o primeiro grupo tiveram uma diminuição de 50% ou mais nos sintomas, contra 6,3% dos participantes da lista de espera. Ainda, 44% das pessoas que praticaram a ioga apresentaram pontuação tão baixa no IDS-CR, que o diagnóstico foi considerado em remissão.

Os pesquisadores relataram, também, que foram percebidas reduções nos sintomas entre os pacientes que fizeram as aulas de ioga apenas uma vez por semana.

“Intervenções baseadas em ioga e calor podem, potencialmente, mudar o curso do tratamento para pacientes com depressão, fornecendo uma abordagem não baseada em medicamentos com benefícios físicos adicionais como bônus”, diz a autora principal, Maren Nyer, diretora de estudos de ioga no Programa Clínico e de Pesquisa em Depressão do Hospital Geral de Massachusetts.

O autor sênior do estudo e diretor do Programa Clínico e de Pesquisa em Depressão do Hospital Geral de Massachusetts afirma que ainda são necessárias pesquisas futuras para comparar a hot ioga com a ioga sem aquecimento, a fim de explorar se o calor tem benefícios superiores aos da ioga no tratamento da depressão, especialmente dadas as evidências promissoras da hipertermia de corpo inteiro como tratamento para o transtorno depressivo maior.

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Foto: Freepik/SENIVPETRO

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