Hoje em dia, é muito comum encontrar pessoas que passam o dia inteiro conectadas, seja no celular ou no computador. Porém, o uso exagerado dessas novas tecnologias é um problema preocupante, principalmente no caso das crianças, e pode trazer riscos à saúde, para a visão, braços e mãos, e até prejudicar a qualidade de vida e os relacionamentos com outras pessoas, como alertaram a pediatra Ana Escobar e o psicólogo Cristiano Nabuco no Bem Estar desta quinta-feira, 7.
De acordo com a pediatra, não existe uma idade considerada certa para dar os aparelhos tecnológicos para as crianças - o problema não é a idade, mas o tempo que elas permanecem contectadas. Estudos sugerem que o ideal seria que os pequenos usassem tecnologia apenas por duas horas diárias, para que eles pudessem usar o resto do dia para realizar outras atividades.
Geralmente, quem é viciado em tecnologia e internet tem outro problema associado, como obesidade, depressão, fobia social e também lesões por esforços repetitivos por causa dos movimentos no computador. Para conviver bem com a tecnologia, o psicólogo Cristiano Nabuco recomenda que o computador da família fique em um local de passagem da casa, principalmente para os pais conseguirem monitorar os sites que as crianças acessam.
De acordo com o médico, o hábito dos pais também é importante já que são eles que dão o exemplo para os filhos. Por isso, pequenas atitudes como não levar o celular para a mesa de jantar ou, se for o caso, virar a tela do telefone para baixo na mesa podem preservar o encontro da família e não afetar a convivência e o relacionamento entre cada um.
Além de prejudicar a qualidade de vida, o uso exagerado também pode trazer riscos para a saúde, principalmente para a visão. Um estudo realizado pelo National Eye Institute e publicado na edição de dezembro de 2009 no Archives of Ophthalmology concluiu que a prevalência de miopia entre as crianças americanas aumentou de 25% para 41,6% ao longo dos últimos 30 anos, um aumento de mais de 66%. De acordo com a pesquisa, parte desse aumento é creditada ao uso das novas tecnologias.
Por isso, se a pessoa começar a sentir dor de cabeça, ficar com os olhos secos, vermelhos, lacrimejantes ou com sensação de areia, com vontade de piscar mais, pode ser um sinal de alerta de que o computador ou o celular já começaram a afetar a visão. Fora isso, a necessidade de aumentar o grau dos óculos e a sensação de que a lente de contato está incomodando também são resultados desse uso.
Além de diminuir o uso dos aparelhos, há outras atitudes que podem ajudar a evitar esses transtornos. Por exemplo, usar o computador com o brilho baixo em um ambiente escuro, afastar focos de luz dos olhos, afastar o ar-condicionado ou ventilador do rosto, manter os aplicativos abaixo da linha dos olhos e também fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora – levantar e caminhar é uma boa opção para estimular a circulação.
As pausas também são importantes para prevenir problemas graves com as articulações, como alertou a terapeuta ocupacional Mariana Nicolosi. Nesse caso, parar 10 minutos a cada hora para descansar e alongar as mãos é ideal porque esse é o tempo para o corpo relaxar e se recuperar. Se a pessoa já tiver alguma dor, a recomendação é utilizar gelo, órteses ou também fazer uma automassagem - nunca utilizar bolinhas para apertar porque elas podem piorar ainda mais a lesão. Veja abaixo algumas das lesões que podem aparecer pelo uso excessivo de aparelhos tecnológicos:
Tendinite do polegar (lesão dos celulares): acontece principalmente com quem usa celular do tipo 'touch-screen', onde se usa mais o polegar para digitar. Geralmente, essa lesão causa uma dor na articulação da base do polegar. A dica é segurar o celular com apenas uma das mãos e digitar com o indicador.
Tendinite de punho (lesão dos teclados e mouse): mais comum com quem usam muito notebook ou computador. A dica da terapeuta é levar o braço inteiro na hora de alcançar teclas mais distantes para preservar as articulações.
Dedo em gatilho (lesão do videogame): quem joga muito pode ter uma inflamação no tendão flexor do polegar, um problema grave que pode até precisar de cirurgia para ser resolvido. Para evitar, é importante variar os tipos de movimento para preservar os tendões.
Tendinite dos dedos (lesão dos tablets): como esses aparelhos são pequenos, as pessoas acabam usando os mesmos dedos para manuseá-los, o que sobrecarrega os membros. Apoiar o tablet em uma mesa na hora de usá-lo pode ser o início de uma mudança de postura que pode prevenir esse problema futuramente.
G1
Um professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York lançou um alerta sobre as chamadas unhas de gel. Trata-se da aplicação de várias camadas de um tipo especial de esmalte, que é fixado em uma máquina por meio de lâmpadas que emitem raios UV. E, segundo o especialista, aí está o perigo. O médico Chris Adigun diz que os raios danificam a pele, assim como em sessões de bronzeamento artificial. "Mulheres que frequentemente colocam unhas de gel deveriam considerar os riscos de desenvolver câncer de pele", disse ao jornal Daily Mail.
Um exame de hálito simples e rápido pode detectar um câncer no estômago, segundo um estudo realizado por cientistas israelenses e chineses. Em um levantamento com 130 pacientes, os pesquisadores descobriram que o exame tinha 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer de outros problemas no estômago.