Imagine que uma pessoa com deficiência visual tenha à sua disposição um equipamento, que durante o seu deslocamento lhe informe quando ele se aproxima de algum obstáculo, podendo assim desviar e continuar a se locomover. Parece história de filme de ficção científica, mas isso começa a se tornar realidade no Piauí. Esse e outros equipamentos voltados para melhorar a vida de pessoas com deficiência estão sendo desenvolvidos por pesquisadores piauienses nos laboratórios das universidades públicas do Estado.
A luva ultrassônica, como foi batizado o equipamento que identifica obstáculos para os deficientes visuais, foi desenvolvida pelo professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Marcelino Almeida, juntamente com os alunos dos cursos de sistema de informação e eletrotécnica, do campus de Parnaíba. O experimento, que ainda está na fase de protótipo, foi premiado como um dos 20 melhores projetos na Mostra Nacional de Robótica de 2012, realizada em Fortaleza-CE.
Durante reunião realizada entre representantes da Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência (Seid), da Coordenadoria Estadual da Juventude (Cojuv), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Piauí (Sedet), o professor Marcelino fez uma demonstração do seu experimento. O servidor da Seid, Luís Sampaio, que é deficiente visual, utilizou a luva e ficou impressionado. “Esse é um equipamento super importante, que será muito útil para pessoas com deficiência visual, como é o meu caso”, destaca.
A reunião entre os órgãos do Estado teve como objetivo encontrar alternativas para despertar em pesquisadores e estudantes o interesse em desenvolver tecnologias que ajudem as pessoas com deficiência no seu dia-a-dia. O secretário Hélder Jacobina (Seid), conta que o Piauí deve se integrar a uma rede nacional de pesquisa já existente, que desenvolve tecnologias assistivas. “Já realizamos algumas reuniões e queremos que o Piauí faça parte da rede de pesquisa do Centro Nacional de Referência em Tecnologias Assistivas (CNRTA), que atualmente conta com 29 universidades”, explica.
Para a presidente da Fapepi, Bárbara Melo, é muito importante firmar essa integração entre as pessoas com deficiência, com as universidades, para que se desenvolvam tecnologias voltadas a melhorar a vida dessas pessoas. O professor Marcelino ressalta que a luva ultrassônica ainda está em fase de protótipo, mas que tecnologias como essa, desenvolvidas no Piauí podem ajudar para melhorar a vida de pessoas com deficiência.
O diretor técnico-científico da Fapepi e professor da Uespi, Ricardo de Andrade, ressalta que a aproximação entre a academia e a sociedade é essencial para que os pesquisadores compreendam as demandas da sociedade e possam trabalhar para solucioná-las.
Luís Sampaio destacou a importância de ouvir as pessoas com deficiência durante o desenvolvimento dessas tecnologias. “Gostaria de parabenizar aqui tanto o secretário Hélder Jacobina, quanto os pesquisadores. O secretário teve a iniciativa, que para mim é louvável, de chamar as partes interessadas para descobrir o que é mais urgente nesse trabalho”, conta.
Para Hélder Jacobina não há como beneficiar as pessoas com deficiência, sem a participação da parte mais interessada. “Existe uma máxima nesse segmento que diz: nada sobre nós, sem nós. E é isso que estamos procurando fazer”, afirma.
govpi
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