Pela primeira vez o Piauí será palco para um Encontro de Assistência Pré-Hospitalar Móvel. Realizado pelo Samu Estadual, o Encontro acontecerá nos dias 08, 09 e 10 de novembro e espera receber participantes interessados de todas as áreas, na sede do Serviço, localizado no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina.
“Não somente quem trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas, profissionais de saúde, estudantes e interessados pelo tema”, explica a coordenadora estadual do Samu, Christianne Rocha.
O Encontro será dividido em vários eixos temáticos que incluem Intersetorialidade no atendimento, transporte aeromédico, ressuscitação volêmica, atendimento a múltiplas vítimas, dentre outros. Além disso, serão realizados mini-cursos de Gestão em assistência pré-hospitalar, reanimação neonatal, regulação médica, imobilizações, ECG e as novas diretrizes de RCP.
“O objetivo é integrar os profissionais do Samu e de demais camadas da sociedade. A intenção é que esses cursos sejam realizados, anualmente, através do Samu”, reitera Christianne.
As inscrições podem ser feitas através do site da Sesapi: www.saude.pi.gov.br
Se sempre que uma pessoa sente dor de cabeça, toma um analgésico, e assim que tem prisão de ventre busca logo um laxante, pode ter efeitos a longo prazo. Outros medicamentos vendidos nas farmácias sem receita médica também representam um alívio rápido a vários problemas, como dor muscular, cólica, inchaço e inflamações, mas podem ser perigosos quando usados de forma indiscriminada e contínua. Segundo o farmacêutico Tarcísio Palhano e o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui, há interações entre remédios e também com alimentos que podem fazer mal, diminuindo ou até anulando o efeito de determinados princípios ativos.
Os especialistas destacaram outros riscos e consequências da automedicação, como mascarar um problema mais grave por trás daquele sintoma. Uma enquete feita no site do Bem Estar revela que 61% das pessoas tomam analgésicos sem consultar um profissional; 17% usam anti-inflamatórios por conta própria, 12% consomem relaxantes musculares, 3% ingerem laxantes e apenas 7% não costumam fazer isso. Uma pesquisa feita pelo Ibope a pedido da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e divulgada no ano passado mostra que o principal meio de orientação que os participantes buscam para saber mais sobre questões de saúde é o médico (87%), em consultórios, postos de saúde e hospitais.
A compra de remédios pela internet, segundo o levantamento, ainda é pequena: 3%. Barracas e camelôs são responsáveis por 6%, e as farmácias por 91%.
Os convidados também alertaram que os analgésicos, além de ter um efeito rebote e aumentar a incidência de dor de cabeça a longo prazo, podem alterar a coagulação do sangue, causar gastrite, sangramento, diarreia, náusea e vômito. Já os diuréticos, que levam a pessoa a fazer mais xixi, eliminam água e sais minerais importantes para o corpo, como potássio, cálcio, magnésio e sódio. No caso de um uso frequente de laxantes, a mucosa do intestino pode sofrer alterações, como irritações e inflamações crônicas.
Usados principalmente contra dor nas costas e após exercícios físicos intensos, os relaxantes musculares, por sua vez, podem provocar fraqueza nas fibras e limitar as funções dos músculos. Isso porque esse tipo de medicamento atua no corpo todo, desde o coração até o intestino – e não só nos membros ou nas partes que doem.
Já os anti-inflamatórios agem contra dores de garganta, por exemplo. Mas podem irritar a mucosa do intestino e causar gastrite, úlcera, diarreia, náusea e vômito. Alguns, como a aspirina (ácido acetilsalicílico), podem atrasar o processo de coagulação sanguínea e até dar uma hemorragia. Outros podem provocar asma, febre, urticária e rinite em indivíduos mais suscetíveis.
Anti-inflamatórios esteroides, conhecidos como corticoides, devem ser usados apenas para tratar problemas graves, como asma. Eles podem interferir na distribuição de gordura pelo organismo, causando celulite e estrias, além de desencadear úlcera e engordar.
Viva mais leve
A Rosineide, de Fortaleza, continua com dificuldade para emagrecer. Assim como acontece com várias pessoas que tentam perder peso, ela está descobrindo problemas de saúde que aparentemente não têm a ver com a comida, mas que podem fazer diferença no estado psicológico.
Rosineide contou que sofre com convulsões e, então, passou por uma tomografia computadorizada. Há quatro anos, ela foi atingida na cabeça, de raspão, por uma bala perdida. Depois de 11 dias internada, a recifense continua com um pedaço do projétil alojado.
Oficialmente, o dia 14 de novembro é conhecido como o Dia Mundial do Diabetes. Através de dados fornecidos pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas têm a doença e um alto percentual vive em países em desenvolvimento, como o Brasil, por exemplo.
No país, a cada ano, o Dia Mundial do Diabetes é centrado em um tema relacionado, direta ou indiretamente, ao diabetes. Os tópicos abordados em anos anteriores incluíram diabetes e direitos humanos, diabetes e estilo de vida, e os custos de diabetes. Em 2012, sob o tema "Educação e Prevenção em Diabetes", o foco é a crescente necessidade de educação sobre diabetes e o aumento de programas de prevenção.
Para o Piauí, dezenas de atividades já estão sendo programadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Coordenação de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso. “Sugere-se como atividades: rodas de conversa com os diabéticos ou familiares desses, sobre a convivência com a doença e o seu manejo (troca de experiências); estamos programando, ainda, em parceria com algumas entidades ligadas à causa, caminhadas na capital e no interior, mutirão de detecção, monitoramento do perfil alimentar e nutricional dos diabéticos, oficinas sobre o autocuidado, entre outros”, destaca a coordenadora responsável, Gisela Brito.
Dados sobre Diabetes no Brasil e no Piauí
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente, 5,8% da população a partir dos 18 anos têm diabetes tipo 2, o que equivale a 7,6 milhões de pessoas. E aparecem 500 novos casos por dia. O diabetes tipo 1 e 2, juntos, atingem 10 milhões de pessoas. Dessas, pouco mais de 100 mil está no Piauí (VIGITEL/2011).
Esses dados reforçam a importância de gestores, profissionais, diabéticos e familiares intensificarem medidas de prevenção e controle da doença, de forma permanente. Gisela Brito frisa, também, que “é de suma importância que os diabéticos recebam orientação para o manejo adequado da doença, visando prevenir as complicações, invalidez e morte precoce, investindo, assim, no autocuidado”, finalizou.
A Coordenadoria de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso aproveita para pedir às secretarias municipais de Saúde que enviem informações sobre suas atividades alusivas à data, para compor o relatório do Estado. Para aquelas interessadas, serão disponibilizados materiais educativos para diabéticos, proporcional ao número cadastrado no SISHIPERDIA.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, aos 5 anos de idade, mais de 53% das crianças já tiveram cárie. A Associação Brasileira de Odontologia (ABO), com base em informações do ministério, alerta que as crianças nessa idade já têm, em média, mais de duas cáries nos dentes de leite. De acordo com a consultora da ABO em odontopediatria, Dra. Márcia Vasconcelos, o índice é baixo quando comparado a dados anteriores. Para ela, é fácil uma pessoa chegar à idade adulta sem cáries.
— Com tudo que se sabe hoje sobre como prevenir a cárie, a criança com 5 anos não deve ter duas cáries, não deve ter nenhuma. É possível chegar à idade adulta sem cárie. E não é difícil.
No Dia da Saúde Bucal e também do Cirurgião-Dentista, lembrados hoje (25), a odontopediatra recomenda que as mães façam um pré-natal odontológico, ou seja, consultem o dentista antes do nascimento do bebê, para que possam ser orientadas sobre os cuidados com a própria saúde bucal e da criança.
— As mães costumam soprar a papinha e dar beijo na boca da criança. Se ela tiver a boca contaminada, vai contaminar o bebê.
Vídeo divulgado este ano na internet mostra uma atriz de Hollywood mastigando a comida e depois passando para a boca da filha. O presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, diz que isso não é aconselhável.
— É uma excrescência. Ela está fermentando a comida e a fermentação do alimento é um meio ideal para o crescimento de bactérias. Ela está aumentando o risco de passar alguma doença para a criança.
Márcia Vasconcelos sugere que nos primeiros meses de vida, os pais levem a criança para uma consulta odontológica, a fim de que o profissional possa orientá-los sobre como fazer a higiene bucal.
— A mãe tem muito medo de pôr a mão na a boca da criança, tem medo de machucar o bebê. Por isso, o profissional mostra como limpar a boca com uma fralda molhada com água filtrada. Ela vai limpar a gengiva, onde fica resto de leite. É preciso limpar a língua também.
Para a especialista, o ideal é que até o nascimento do primeiro dente, os pais limpem a boca da criança uma vez por dia. Depois que nasce o primeiro dente, é preciso aumentar a atenção, limpando ainda com uma fralda ou gaze depois das principais refeições. Márcia diz que não há uma fórmula que permita dizer, após determinado número de visitas ao dentista, que a criança não terá problemas de saúde bucal. Ela destaca, no entanto, a importância de um profissional acompanhar o nascimento dos primeiros dentes e os hábitos de higiene que estão sendo seguidos. Márcia lembra que o odontopediatra é o especialista apto a atender pacientes até 18 anos.