O consumo moderado ou abusivo de álcool pode diminuir a produção de células cerebrais, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos. Ainda segundo o estudo, o hábito pode prejudicar também a capacidade de aprendizagem e a memória. Os dados são da publicação Neuroscience.
Para a pesquisa, Megan Anderson e Tracey J. Shors, em parceria com Miriam Nokia, da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, analisaram roedores que atingiram um nível de álcool no sangue de 0,08%, o limite legal para dirigir nos Estados Unidos. Nesse nível de intoxicação, o número de células nervosas no hipocampo - parte do cérebro onde são produzidos novos neurônios - foi reduzido em cerca de 40% em comparação ao grupo dos abstinentes.
Segundo a pesquisa, essa quantidade de álcool não foi suficiente para prejudicar as habilidades motoras ou impedir a aprendizagem associativa a curto prazo. No entanto, de acordo com Anderson, essa diminuição substancial no número de células cerebrais pode ter efeitos profundos sobre a plasticidade estrutural do cérebro adulto a longo prazo.
A diferença principal entre homens e mulheres é o cromossomo Y, mas isso afeta vários aspectos, entre eles anatômicos e comportamentais. Além disso, diferenças no cérebro e nos hormônios também são fatores que diferem principalmente nas habilidades femininas e masculinas. Testes mostram, por exemplo, que a mulher tem mais facilidade em processar a linguagem (falada, lida, ouvida e escrita) do que os homens. Isso acontece porque nela os dois lados dos lobos frontais são ativados ao falar; já nele, apenas o lado esquerdo.
Por causa disso, no caso de um AVC, por exemplo, a mulher tem mais condições de recuperar a fala porque trabalha a linguagem nos dois lados do cérebro. Para os homens, caso o lado ativado seja atingido, isso se torna ainda mais difícil. Essa distinção influencia também em alguns outros fatores, como nas mulheres, maior habilidade para falar, melhor vocabulário, maior avaliação de estética e cores, maior sensibilidade para interpretar emoções, mais sensibilidade, mais atenção e capacidade de realizar duas tarefas ao mesmo tempo.
Já nos homens, a linguagem é mais objetiva e a habilidade é maior na área de cálculos, matemática, engenharia, aviação e direção. Além disso, eles são mais focados e têm maior chance de desenvolver uma inteligência espacial, por isso existem mais homens “gênios” do que mulheres. Homens também tendem a arriscar mais e são mais corajosos, ou seja, têm menos medo de assumir dívidas ou de largar um emprego, enquanto a mulher é mais limitada pela segurança e comodidade. Eles também têm maior senso de direção, que é uma diferença muito interessante. Por exemplo, um homem consegue encontrar um endereço apenas com as coordenadas de virar à direita ou esquerda. Já a mulher se orienta com detalhes, como uma padaria na esquina da rua que deve virar, uma árvore no meio do caminho ou uma casa com a parede colorida, que são pistas sensoriais.
A testosterona faz o homem ter mais músculos, menos gordura, menos celulite e também ter maior facilidade em gastar energia e perder peso. No caso da mulher, o estrógeno a faz delicada, cheia de curvas e com a gordura distribuída nas nádegas, mamas e coxas. No entanto, mulheres também podem ser expostas aos hormônios masculinos ainda no útero materno, o que pode contribuir para que elas se interessem mais por matemática ou engenharia, por exemplo.
Para descobrir isso, o Bem Estar mostrou o teste do dedo anelar: se for maior que o indicador, indica que ela foi exposta a maiores níveis de testosterona ainda no útero materno. O homem também tem muito mais neurônios, por causa do número de células musculares, que neles é maior. Por causa disso, a incidência de doenças como o mal de Alzheimer é maior na mulher, já que o número de neurônios é reduzido. No homem, existe uma reserva maior e por isso a chance é menor.
Saber quais são essas diferenças e entendê-las é importante porque, além de ajudar a compreender o cérebro feminino e masculino, também auxilia na reabilitação cognitiva e no diagnóstico precoce de doenças, como o Alzheimer, entre outros benefícios.
Crianças obesas têm papilas gustativas menos sensíveis. E é justamente a menor percepção dos cinco sabores (amargo, doce, salgado, azedo e umami) que faz com que comam mais. A descoberta é da Universidade Charité Hospital, em Berlim, Alemanha. Os dados foram divulgados pelo jornal Daily Mail.
Os cientistas analisaram voluntários entre 6 e 18 anos, sendo 94 de peso normal e 99 obesos. Todos estavam com a saúde em dia e não tomavam medicamentos que pudessem afetar o paladar e o olfato. A sensibilidade ao gosto foi testada com tiras gustativas na língua, que abrangiam os cinco sabores em quatro intensidades.
Constatou-se que, embora os pequenos obesos tenham capacidade semelhante dos outros de saborear o doce, apresentaram menor sensibilidade aos outros tipos de gosto. Com o tempo, os participantes do grupo de controle melhoraram a capacidade de diferenciar as sensações, o que não ocorreu com os obesos.
O motivo exato para essas diferenças não foi identificado. Os pesquisadores acreditam que genes, hormônios, cultura e exposição a diferentes gostos no início da vida desempenhem um papel importante.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Superintendência de Assistência à Saúde (Supas), reuniu, durante esta sexta-feira, 26, os diretores dos Hospitais Regionais e Estaduais do Piauí. Ao todo, 17 gestores reunidos, sob a coordenação do superintendente, Pedro Leopoldino, que também representa o secretário Ernani Maia – que cumpre agenda em São Paulo, nesta sexta – e do diretor da Unidade de Organização Hospitalar, Telmo Mesquita.
O encontro foi no auditório do Hospital Getúlio Vargas (HGV). Durante a abertura, Pedro Leopoldino fez questão de ressaltar a importância de se trabalhar humanitariamente com a saúde, especialmente, a pública. “Estamos tratando sobre soluções e projetos mais permanentes e não somente aqueles pontuais. Não queremos que aconteça o ‘incêndio’, mas, prevenir, através de ações de médio e longo prazo, para que não tenhamos problemas maiores. Nós mexemos, afinal, com aquilo que há de mais sagrado: a vida humana”, enfatizou.
Na programação, os gestores dos Hospitais e os técnicos da Sesapi discutiram sobre o projeto de Acolhimento por classificação de risco na Atenção Hospitalar. Será feito, ainda, um monitoramento da Rede Hospitalar, pontuando o relatório de diagnóstico/encaminhamento e o fluxo assistencial.
Ainda na programação do encontro, a discussão sobre o Acolhimento com classificação de risco pela Rede Cegonha, a implantação de equipamentos para o suporte adequado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), soluções para a realização imediata de cirurgias eletivas, assistência farmacêutica, ortopedia e, por último, a fala de cada diretor, expondo suas experiências e solicitações.
“Esta atual gestão estadual está realmente preocupada em uma saúde para todos e não para poucos. O que vemos, hoje, são os princípios do SUS sendo bem aplicados. Lógico, ainda temos muito que crescer, aprender e fazer, porém, estamos no caminho certo: o do diálogo, da humanização, da troca de experiências”, disse Samara Sá, diretora do Hospital Regional de Corrente, uma das gestoras participantes da reunião técnica.