Portaria do Ministério da Saúde publicada hoje, 1º, no Diário Oficial da União libera R$ 7,4 milhões para a produção de próteses dentárias no país. Ao todo, 18 estados serão contemplados – Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Groso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
De acordo com o texto, a decisão foi tomada devido à necessidade de implementação de laboratórios regionais de próteses dentárias, ampliando o acesso às ações de reabilitação em saúde bucal.
Os recursos liberados serão incorporados ao Teto Financeiro Anual do Bloco de Atenção de Média e Alta Complexidade dos Estados e Municípios, conforme anexo publicado no Diário Oficial.
Portaria do Ministério da Saúde que cria o Programa de Mamografia Móvel foi publicada hoje, 31, no Diário Oficial da União. Lançado pelo governo no início do mês, o programa tem como objetivo ampliar a assistência oncológica no país, sobretudo para mulheres carentes com idade entre 50 e 69 anos.
Por meio de nota, a pasta informou que o programa consiste na liberação de unidades oncológicas móveis terrestres e fluvial (carretas ou barcos) que vão percorrer locais considerados estratégicos nos municípios, definidos pelas secretarias de Saúde. A estimativa é que essas unidades tenham capacidade de fazer até 800 mamografias por mês.
Cada unidade contará com um técnico em radiologia e deverá ser equipada com pelo menos um mamógrafo entre as seguintes opções: mamógrafo com comando simples, mamógrafo com estereotaxia e mamógrafo computadorizado. Dependendo da estrutura do serviço, o gestor também poderá disponibilizar um médico radiologista, um mastologista ou um ginecologista obstetra.
De acordo com o ministério, a ideia é que a mulher seja encaminhada ao serviço, preferencialmente, por meio das unidades básicas de saúde. “O gestor local deverá estar preparado para atender às mulheres que apresentarem alterações mamárias, prestando atendimento via atenção básica, com encaminhamento aos serviços especializados de diagnóstico e tratamento”, informou.
Os resultados dos exames feitos nas unidades poderão ser entregues no mesmo dia ou por agendamento. Dependendo do tipo de unidade móvel, o resultado também poderá ser enviado via satélite para um estabelecimento de saúde de referência para que um médico especialista faça a avaliação.
A oferta do serviço de mamografia móvel se dará por adesão dos gestores locais, que deverão solicitar habilitação no ministério. A pasta destacou que a contratação e a execução do programa serão de responsabilidade dos estados e municípios, cabendo ao governo federal o repasse financeiro referente aos procedimentos realizados aos gestores locais.
Dados do ministério indicam que, no primeiro semestre deste ano, foi registrado um aumento de 41% no número de mamografias feitas no Sistema Único de Saúde (SUS) entre mulheres na faixa prioritária (50 a 69 anos) em relação ao mesmo período de 2010. Em relação a 2011, houve aumento de 21%.
A pasta informou que, até 2014, vai investir R$ 4,5 bilhões para fortalecer o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e de Mama. Em 2011, os investimentos no setor somaram R$ 2,1 bilhões e, em 2010, R$ 1,9 bilhão.
O Ministério da Saúde aprovou, ainda no primeiro semestre deste ano, a primeira etapa da Rede Cegonha no estado do Piauí. A decisão consta na Portaria de nº 1.616, publicada no Diário Oficial da União (DOU). Serão repassados R$ 7,41 milhões para custear as primeiras ações previstas na estratégia Rede Cegonha.
Para Cristiane Moura Fé, superintendente de Atenção à Saúde (Supat), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), todos esses investimentos e as estratégias criadas pelo Ministério da Saúde só serão mais aproveitadas pela população com a dedicação e empenho dos gestores municipais, no sentido de reforçarem a parceria voltada para a assistência à mulher.
“Todos os municípios, principalmente, agora, com os novos gestores que foram eleitos, devem fazer como a Sesapi, a nível estadual: definir metas e estratégias que vão desde a capacitação até a fiscalização dos recursos investidos. Somente dessa forma poderemos agir consistentemente para a expansão desse projeto e, dessa maneira, continuar reduzindo as taxas de mortalidade infantil e materna do nosso Estado”, ressaltou Cristiane.
No Piauí, o valor do Projeto Rede Cegonha é destinado ao custeio de um Centro de Parto Normal e uma Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, além da criação de oito leitos de Gestação de Alto Risco, 10 leitos de UTI Neonatal Tipo II, 20 leitos de UCI Neonatal e três leitos de UCI Canguru. “Esse montante vai permitir que o Estado qualifique e amplie a rede de assistência à mulher e ao bebê”, destaca Cristiane Moura Fé.
Ações da Rede Cegonha
Lançada no ano passado, a estratégia fortalece um modelo de atenção que vai do reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança. A portaria aprova a primeira etapa do Plano de Ação da Rede Cegonha no Estado, referente à Região do Vale dos Rios Piauí e Itaueira.
As ações previstas na estratégia Rede Cegonha visam qualificar, até 2014, toda a rede de assistência, ampliando e melhorando as condições para que as gestantes possam dar à luz e cuidar de seus bebês de forma segura e humanizada.
A tontura é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e pode ter diversas causas, que em geral, estão ligadas ao labirinto, órgão do sistema nervoso que está relacionado à audição e à percepção de posição do corpo. Esses desequilíbrios são comuns em dias de muito calor e, para evitar que isso aconteça, é importante se hidratar, beber muita água e comer alimentos leves e frutas com bastante água. Segundo a pediatra Ana Escobar, as pessoas devem também evitar movimentos bruscos durante os dias muito quentes. Ao acordar e levantar, é ideal que os movimentos sejam realizados devagar para que não desencadeie crises de tontura.
Existem também outras causas como estresse, hipoglicemia, jejum prolongado, anemia, gripe, enxaqueca, queda de pressão, medicamentos, doenças cardiovasculares e o uso de bebidas alcoólicas. Quando o labirinto é afetado por fatores infecciosos, inflamatórios ou decorrentes de tumores, a pessoa fica com a sensação de ter perdido o equilíbrio.
Para funcionar perfeitamente, o labirinto precisa de energia, ou seja, glicose, por isso ficar sem comer por muito tempo pode causar problemas. Alimentos doces, como uma barra de cereal ou uma banana, ou até mesmo açúcar já podem minimizar o efeito da tontura. Falta de oxigênio, desidratação e baixo fluxo sanguíneo também comprometem o funcionamento do labirinto e do cérebro como um todo.
Esse baixo fluxo sanguíneo pode ser desencadeado pelo estresse, que causa maior carga de adrenalina. Além disso, quem se estressa fica com a respiração mais curta, o que faz com o que o pulmão retenha mais gás carbônico e atrapalhe a oxigenação do sangue. Para que o sangue volte para a cabeça em casos de crises de tontura, a recomendação é abaixar a cabeça ou deitar com as pernas para cima.
Pessoas que consomem bebidas alcoólicas podem ter tontura e também vertigem. A tontura é uma ilusão de movimento que a pessoa tem de si mesma e do ambiente e pode causar vontade de desmaiar, sensação de cabeça vazia e desequilíbrio.
Já a vertigem dá a sensação de que o ambiente gira em torno da pessoa ou de que ela está girando em torno do ambiente e pode causar enjoos – situação característica em quem acabou de beber.
O álcool causa intoxicação do labirinto, o que também diminui os níveis de glicose no sangue, prejudica a descarga de informação que o labirinto manda para o cérebro e dá a sensação de tudo estar girando. O nervo vago, então, tenta eliminar a causa da irritação no labirinto (o álcool) e faz com que o estômago queira jogá-la fora, o que causa o enjoo e os vômitos.
Além do labirinto, existem outros dois sistemas no corpo responsáveis por mantê-lo equilibrado: a propriocepção (capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo) e a visão.
Quando estão em sintonia, esses sistemas garantem o equilíbrio. Situações como viagens de navio ou viagens de carro podem causar desequilíbrio entre esses sistemas, ou seja, o movimento detectado pela visão tira a referência do labirinto, causando enjoo e tontura.
Algumas pessoas, no entanto, sofrem mais com esses problemas porque são mais sensíveis e perdem o equilíbrio com mais facilidade. Por exemplo, os idosos já têm as estruturas do corpo mais degeneradas e sofrem muitas quedas por tontura. Alterações no organismo ao longo do tempo causam compressão dos vasos e dificultam a ida do sangue para o cérebro e para o labirinto, o que deixa o idoso tonto apenas ao levantar a cabeça, abaixar ou levantar.