Uma pesquisa realizada pela Universidade do Sul da Califórnia publicada no jornal britânico Daily Mail alertou para os riscos do consumo de carnes cozidas em altas temperaturas, como é o caso dos hambúrgueres. Eles podem aumentar em até 40% as chances de câncer de próstata.
Cozida desta forma, a carne danifica o DNA, sendo que a carne vermelha representa maior perigo, conforme apontou o estudo realizado com quase 2 mil homens, que tinham por hábito comer o alimento produzido desta maneira. Os que consumiam maisde uma porção e meia de carne vermelha por semana tinham mais 30% de chances de contrair câncer de próstata.
Quando a proteína é cozida a temperaturas elevadas durante longo período de tempo a gordura da carne encosta no fogo, o que cria uma chama que deposita química no organismo, formando as aminas heterocíclicas e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.
Há evidências que ambas as substâncias contribuem para determinados tipos de câncer, incluindo o de próstata. Em se tratando de hambúrgueres, o risco de acumulação de cancerígenos é ainda maior, uma vez que podem alcançar altas temperaturas, tanto interna quanto externamente, mais rápido que um bife comum.
Cientistas britânicos descobriram uma proteína presente em muitos tipos de câncer, o que poderia, no futuro, levar a um exame único capaz de detectar várias modalidades diferentes da doença e também auxiliar no diagnóstico precoce da doença.
O grupo, baseado no Instituto Gray de Oncologia e Biologia da Radiação, relatou ao Instituto Nacional de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha ter identificado câncer de mama em ratos semanas antes de um caroço inicial ser detectado.
A mesma proteína, chamada gamma-H2AX, é encontrada em tumores de pulmão, pele, rins e bexiga e é produzida como uma reação do organismo a DNA danificado.
De acordo com os cientistas, este é um dos primeiros indícios de que uma célula está se tornando cancerígena.
Formação de tumores
O estudo utilizou um anticorpo que é o "parceiro perfeito" para a gamma-H2AX e capaz de procurá-la no organismo. O anticorpo recebeu então pequenas quantidades de material radioativo, servindo como "termômetro" para identificar a presença de câncer no organismo.
Caso os médicos identifiquem um acúmulo de radiação num determinado ponto do corpo, há grandes chances de que ali esteja o início da formação de um tumor.
Diagnóstico precoce
A professora Katherine Vallis diz que, nos ratos usados em laboratório, caroços só puderam ser sentidos quando as cobaias já tinham cerca de 120 dias de idade, mas "nós detectamos mudanças antes disso, entre 90 e 100 dias — antes de um tumor ser clinicamente aparente".
Ela disse à BBC que a proteína gamma-H2AX era, em grande parte, um "fenômeno comum" e que "seria um sonho" desenvolver um exame único para vários tipos de câncer.
Estágio inicial
Embora a comunidade científica e os pacientes que lutam contra a doença tendam a ver os estudos em torno da nova técnica com muita esperança, eles ainda se encontram em um estágio bastante preliminar.
— Esta pesquisa inicial revela que rastrear essa molécula importante poderia nos permitir detectar danos no DNA em todo o organismo. Se estudos mais aprofundados comprovarem isso, a proteína poderia nos fornecer uma nova rota para detectar o câncer em sua fase muito inicial, quando ainda há mais chances de tratá-lo com sucesso.
Julie Sharp, do instituto britânico Cancer Research UK, avalia o estudo como um avanço.
— Esta pesquisa importante revela que ter como alvo esta molécula-chave poderia nos fornecer uma rota animadora por novos caminhos para detectar o câncer em um estágio inicial e ajudar a aplicar radioterapia e monitorar seus efeitos sobre os tumores.
A Fundação Internacional de Osteoporose estima que o número de fraturas e lesões no quadril provocadas pela osteoporose deve aumentar 32% até o ano de 2050. Em todo o mundo, o dia mundial da Osteoporose é comemorado em 20 de outubro e, no Piauí, até o final do ano outras atividades serão desenvolvidas através da Coordenação de Atenção a Saúde do Adulto e Idoso da secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).
Por conta da importância que o Ministério da Saúde está dando a doença, a Sesapi aproveita para mostrar aos municípios da importância de se ter profissionais de educação física contratados, no sentido de levar a população mais qualidade de vida.
“É importante que os novos gestores percebam que somente com profissionais de educação física formados poderemos ter instrutores de qualidade nas academias, praças e avenidas, pois a população precisa ter acompanhamento especializado e assim evitar problemas causados pela osteoporose”, frisa Yula Pires, educadora Física da Sesapi.
Complicações no Quadril
Segundo a educadora Física, outro problema comum que deve ser acompanhado pelas secretarias municipais de saúde são as "famosas" complicações no quadril. De acordo com Yula Pires, elas “são muito mais frequentes em pessoas idosas do sexo masculino. Isso porque, com o tempo, o homem vai perdendo a força muscular e comprometendo os mecanismos de equilíbrio e estabilidade”, destaca aproveitando para lembrar algumas dicas que podem evitar o problema.
"Devemos deixar claro que a osteoporose se descoberta a tempo tem tratamento. Por isso, a pessoa deve saber se tem osteoporose e tratá-la o mais precocemente possível, uma boa ingestão de cálcio, uma exposição solar pelo menos 15 minutos por dia, e exercícios físicos moderados como corrida, caminhada pode aliviar bastante os sintomas de dores”, ensina.
De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, 30% dos idosos do mundo caem pelo menos uma vez ao ano, sendo que 5% desses idosos acabam fraturando o quadril. Por isso ela enfatiza a importância de reforçar o acompanhamento desse público com profissionais especializados.
“A caminhada é um ótimo exercício, mas muitas cidades ainda preferem o estagiário e isso reflete nos cuidados à população. Para um grupo de sete pessoas, é recomendado um educador físico, assim poderemos melhorar o atendimento aos nossos idosos”, destaca.
As taxas de tabagismo no Brasil caíram quase pela metade nas últimas duas décadas graças ao rigor de políticas antitabaco. É isso que afirma um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, publicado na revista PLOS Medicine desta semana. O Brasil introduziu o imposto específico para cigarro em 1990, depois determinou restrições a propagandas de cigarros, colocou advertências nas embalagens e iniciou políticas antifumo a partir de 1996.
Como resultado, o País teve uma redução de 46% no número de fumantes entre 1989 e 2010. De acordo com os pesquisadores do Centro de Câncer Lombardi Comprehensive, da Universidade Georgetown, em Washington, Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a redução não conseguiria ser tão elevada sem esse tipo de política.
Usando o modelo da pesquisa Brazil SmokeSim, os autores do estudo descobriram que quase metade dessa redução de 46% de fumantes veio do aumento de preços, 14% das leis antifumo, 14% das restrições de propaganda, 8% das advertências à saúde, 6% das campanhas antitabagismo promovidas na mídia e 10% dos programas de tratamentos que ajudam o paciente a deixar o fumo.
Além disso, os autores estimam que as políticas antitabaco evitaram cerca de 420 mil mortes relacionadas ao cigarro. Em uma projeção para 2050, até 7 milhões de mortes seriam evitadas. E com políticas ainda mais restritivas, como um aumento da taxa de imposto, esse número poderia ser ainda maior. "O Brasil oferece uma das notáveis histórias de sucesso de saúde pública na redução de mortes devido ao fumo, e serve como um modelo para outros países de baixa e média renda. No entanto, um conjunto de políticas mais rigorosas poderia reduzir mais o tabagismo e salvar ainda mais vidas", defendem os autores do estudo.