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A falta do diagnóstico precoce ainda é a principal causa que dificulta o combate ao câncer e sua cura. Especialistas garantem que um nódulo de apenas um centímetro, se diagnosticado a tempo, pode ser tratado, caso contrário, é capaz de levar a perda da mama ou até mesmo à morte.

 

Por conta disso, cerca de 450 casos de câncer de mama são diagnosticados anualmente só no Piauí. Visando melhorar o atendimento a essas pacientes, o Governo Federal juntamente com os estados e entidades estão investindo em tratamento e aparelhagem de última geração.

 

Em Teresina, desde o primeiro dia do mês de outubro diversas ações na área cultural e da saúde pública estão sendo realizadas para comemorar mais uma edição da Campanha Outubro Rosa. O objetivo da campanha é estimular a prevenção do câncer de mama na sociedade, bem como cobrar uma postura mais firme das autoridades no combate à doença.

 

A campanha, que sempre acontece no mês de outubro, é promovida pela Fundação Maria Carvalho Santos (FMCS), entidade sem fins lucrativos que presta apoio a mulheres carentes diagnosticadas com a doença, oferecendo assistência médica, psicológica, fisioterapêutica e jurídica, além de fornecer próteses mamárias, perucas e medicamentos às pacientes.

 

No interior, a Sesapi participa da campanha oferecendo suporte às unidades de Saúde para divulgação de campanhas na área da prevenção. “Sempre buscamos oferecer suporte às regionais para campanhas de prevenção, pois só através desta estratégia que podemos aliviar as estatísticas desta doença; além disso, estamos finalizando a compra de mais dois mamógrafos móveis para oferecer exames gratuitos às mulheres do interior”, destaca Alzenir Moura Fé, coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher, da Sesapi.

 

Para a fisioterapeuta da FMCS e uma das coordenadoras do Outubro Rosa em Teresina, Gracélia da Silva, é necessário investir na prevenção e implantar novos aparelhos que facilitem o exame do câncer de Mama. “Aguardamos ansiosamente os mamógrafos móveis, pois nossos diagnósticos já são feitos tardiamente e devemos cobrar essas e outras reivindicações durante nossos eventos. Temos que gritar por esta causa, pois mesmo sendo um clichê antigo, prevenir é a melhor forma de evitar este mau que acomete tantas vidas pelo mundo”, frisa a coordenadora do evento. 

 

 

governodopiaui

cancer mamUm sutiã desenvolvido pela empresa norte-americana First Warning Systems promete diagnosticar o câncer de mama. O produto é equipado com uma série de sensores capazes de captar mudanças de temperatura no tecido mamário e oferecer uma impressão digital que detecta a presença de células malignas.

 

De acordo com a empresa, os dados gerados pelo sutiã têm 90% de acerto. As mulheres podem usá-lo por 12 horas para acumular uma leitura precisa da temperatura. A partir disso, podem ser gerados quatro tipos de resultados: normal, benigno, suspeita de anormalidades do tecido mamário ou prováveis anormalidades do tecido mamário.

 

A ideia de usar a temperatura para diagnosticar a doença surgiu porque os tumores precisam de nutrientes para crescer e acumular células. E, consequentemente, esse trabalho metabólico gera calor. Ainda assim, os especialistas alertam que o produto precisa de mais estudos para que sua precisão seja comprovada.

 

"Vejo alguns termogramas (exame que detecta o calor ) voltarem como anormal e nós fazemos todos os tipos de testes com ultrassom, mamografia e ressonância magnética e não encontramos tumores", explica Teresa Bevers, diretora do centro de prevenção de câncer na Universidade do Texas. "Por outro lado, temos mulheres com câncer de mama que não são detectados nos termogramas. Não é perfeito, e precisa passar por testes muito mais rigorosos para entender o que as leituras de temperatura podem desempenhar no diagnóstico”, afirmou.

 

 

Terra

alcoolismoSabe-se que o abuso no consumo de substâncias alcoólicas pode causar dependência e problemas de saúde. Agora, um estudo aponta que também aumenta o risco de morte em relação à população em geral, especialmente entre as mulheres.

 

Um levantamento feito ao longo de 14 anos pelo Institute of Epidemiology and Social Medicine na University Medicine Greifswald, na Alemanha, mostra que os homens dependentes de álcool têm duas vezes mais chances de morrer do que pessoas da mesma idade que não bebem em excesso. Entre as mulheres, as taxas de mortalidade são 4,6 vezes maiores.

 

"Dados clínicos mostram proporção maior de indivíduos que morreram do que outros da população em geral da mesma idade. Dados específicos para gêneros diferentes são raros, mesmo quando se estudam pacientes. Mas há dois pontos para esclarecer. Primeiro, sabemos que apenas uma minoria de dependentes do álcool é tratada. Segundo, não há evidências dos reais efeitos do tratamento contra dependência sobre as taxas de mortalidade. Queremos saber o quanto o tratamento poderia aumentar a expectativa de vida. Por razões éticas, não dá para controlar isso numa pesquisa", afirmou o professor de epidemiologia e medicina social da entidade, Ulrich John.

 

Ele e a equipe que realizou a pesquisa estudaram prontuários médicos de 4 mil pessoas, selecionadas aleatoriamente, com idades entre 18 e 64 anos. Entre eles, 153 tinham sido classificados como dependentes do álcool e 149 deles (119 homens e 30 mulheres) foram acompanhados clinicamente ao longo de 14 anos. "Primeiro detectamos aumento na taxa de mortalidade. Segundo, descobrimos que a idade média do óbito era de 60 anos para as mulheres e 58 para os homens, cerca de 20 anos a menos do que a média entre a população em geral. Terceiro, ter feito tratamento para curar a dependência não aumentou a expectativa de vida em comparação com os que não fizeram tratamento algum", esclareceu o médico.

 

"Sabemos que as mulheres tendem a reagir mais a toxinas, como o álcool, do que os homens. Elas também parecem desenvolver doenças ligadas à dependência mais rapidamente", completou. As informações da pesquisa serão publicadas na edição de janeiro de 2013 da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research.

 

 

 Ponto a Ponto Ideias

Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, descobriram que uma alta concentração de gás carbônico em um ambiente fechado pode prejudicar o desempenho das pessoas na hora de tomar decisões.

 

A descoberta pode ter impacto no tamanho e na ventilação de salas de aula e em políticas para escritórios e universidades, sugerem os cientistas. O estudo, realizado em conjunto com pesquisadores da Universidade do Estado de Nova York, foi publicado no periódico "Environmental Health Perspectives".

 

Para chegar ao resultado, os cientistas criaram uma escala que cruza atividades que exigem tomada de decisão (divididas por gêneros, por exemplo quanto ao foco, o uso de estratégia e o uso de informações) e avaliações para elas (indo de "superior", que significa 99% de bom desempenho na decisão, a até "disfuncional", que significa 25% ou menos de acerto nas decisões).

 

Foram avaliadas as decisões tomadas por voluntários em diferentes níveis de concentração de carbono no ar. Para o estudo, a unidade usada foi a parte por milhão (que diz quantas são as moléculas de CO2 por milhão de moléculas de gases na atmosfera). Em cinco das nove atividades medidas, um alto nível de CO2 (2,5 mil partes por milhão) fez com que os indivíduos tomassem decisões piores. Em dois destes casos, o desempenho foi considerado disfuncional (25% ou menos de acerto nas decisões). Em três, foi marginal (de 25% a 50% de bom desempenho nas decisões).

 

Os cientistas afirmam que a maior queda de desempenho aconteceu em dois tipos de decisões - as que envolvem iniciativa e as que envolvem estratégia. Em ambos os casos, baixas concentrações de CO2 (600 partes por milhão) permitiram tomar decisões acertadas em 75% dos casos, contra aproximadamente 10% de acerto quando havia alto nível de carbono (2,5 mil partes por milhão).

 

Os principais produtores de carbono em locais fechados são os próprios seres humanos, segundo a pesquisa. A concentração de CO2 em locais abertos costuma ser de 380 partes por milhão. Já em ambientes fechados, o nível de CO2 pode ultrapassar mil partes por milhão facilmente, dizem os cientistas.

 

Os pesquisadores afirmam que o próximo passo é reproduzir o estudo em uma escala maior, para estudar melhor os efeitos do carbono. "Precisamos de uma amostra maior e mais testes em locais de trabalho com humanos", pondera o cientista William Fisk, em entrevista ao site do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.

 

Fisk avalia que, no futuro, pode ser necessário estabelecer índices mínimos de ventilação em prédios, salas de aula e locais de trabalho, por exemplo.

 

G1

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