Estudo da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, aponta que não realizar a mastectomia (retirada total das mamas) pode aumentar as chances de sobrevivência a um câncer de mama. As informações são do jornal inglês Daily Mail.
Mulheres acima dos 50 anos que optam por retirar apenas o tumor, e com acompanhamento de radioterapia por 5 ou 6 semanas, têm cerca de 19% mais de chances de superar a doença.
A pesquisa, publicada no jornal Cancer, foi feita com os dados de 112.154 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 1994 e 2004. As mulheres que preservaram as mamas tiveram 13% mais chances de sobreviver à doença. No entanto, em mulheres de mais de 50 anos, essas chances aumentaram para 19%, em comparação às que realizaram a mastectomia.
Outro resultado aponta que mulheres de todas as idades que não retiraram as mamas tiveram um quinto mais de chance de não morrer de outras causas, como doenças do coração.
O estudo considerou apenas o câncer de mama nos estágios I ou II, não os em estágios já avançados.
Os especialistas acreditam que a radioterapia é mais efetiva no combate às células cancerígenas do que a remoção dos seios.
Um incêndio em uma boate na madrugada desse domingo, 27, resultou na morte de mais de 230 pessoas em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. O fogo teria começado por volta das 2:30h na boate Kiss, quando o vocalista da banda que se apresentava fez uma espécie de show pirotécnico, usando um sinalizador.
As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico no teto do estabelecimento e as chamas se espalharam. Mais de 90% das vítimas morreram por intoxicação respiratória e pelo menos 123 jovens ficaram feridos - eles seguem internados, alguns em estado grave.
No Bem Estar desta segunda-feira, 28, o infectologista Caio Rosenthal alertou para a importância de observar o local e saber onde fica a saída de emergência como medida de proteção; o uso de pano molhado no rosto pode ajudar em algo, mas não é um jeito determinante de se salvar.
No caso do incêndio em Santa Maria, o fato de a boate estar lotada e com pouca luz dificultou ainda mais a circulação do ar e a visibilidade das pessoas, que entraram em pânico e não conseguiram manter a calma para sair. De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Rodrigo de Lima Dib, o controle emocional é importante na hora da emergência para se proteger e proteger os outros que estão por perto.
Em caso de fumaça, os bombeiros recomendam que as pessoas se abaixem o máximo que puderem para evitar o contato com a substância. Como a visibilidade é baixa, é importante usar as mãos como maneira de encontrar a saída de emergência. Quem sai desse ambiente do incêndio, deve usar máscaras de oxigênio.
A fumaça tóxica inalada percorre o mesmo caminho do oxigênio no corpo e demora o mesmo tempo para chegar aos pulmões, como explicou o pneumologista Carlos Carvalho.
Como primeira reação, o corpo tenta combater essas substâncias prejudiciais e as células de defesa começam a liberar enzimas. Porém, essas enzimas atacam as próprias células do pulmão e prejudicam a oxigenação dos alvéolos. Com isso, a pessoa pode morrer.
O pulmão pode demorar semanas para sair desse quadro respiratório - as primeiras 3 semanas caracterizam a fase aguda do problema e, nesse período, o organismo precisa ser ventilado muitas vezes de forma artificial. O alerta do pneumologista Carlos Carvalho é para as pessoas que foram expostas ao fogo e à fumaça, que devem prestar atenção a sintomas nas vias respiratórias, como tosse e falta de ar. Aos primeiros sinais, é importante procurar um médico.
O cigarro eletrônico é apontado como uma alternativa mais saudável do que a sua versão original, no entanto, especialistas agora afirmam que o hábito pode ser mais perigoso do que parece. As informações são do Daily Mail.
Os tubos movidos à bateria contêm um sistema de aquecimento, que transforma a nicotina em líquido em uma fumaça, que é inalada. Assim, o cigarro eletrônico produz um efeito similar ao do cigarro tradicional, mas, de acordo com os fabricantes, sem as substâncias químicas cancerígenas. No entanto, Elisabeth Pott, diretora do Federal Centre of Health Education, na Alemanha, afirma que esse método pode causar "irritação aguda do sistema respiratório".
Além disso, em 2009, a Food and Drug Administration, nos Estados Unidos, analisou os cartuchos dos cigarros eletrônicos e encontrou vestígios de diversas substâncias cancerígenas, como a nitrosamina. No entanto, os fabricantes dos produtos deste tipo afirmam que os níveis dessas substâncias nos cigarros tradicionais são muito mais elevados.
Os cigarros eletrônicos já foram banidos em países como Canadá e Austrália e alguns estados americanos.
Pelo menos uma em cada cinco pessoas foi infectada pela gripe suína (H1N1) durante o primeiro ano da pandemia, em 2009, embora alguns não tenham apresentado os sintomas mais graves da doença, revela estudo publicado no jornal “Influenza and Other Respiratory Viruses”. Os resultados são fruto de uma colaboração internacional liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Colégio Imperial de Londres. Os pesquisadores analisaram dados de 19 países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, China e Índia, para avaliar o impacto global da pandemia de influenza de 2009.
O estudo revela que entre 20% e 27% das pessoas estudadas foram infectadas pela pandemia, durante o primeiro ano de circulação do vírus. Os pesquisadores acreditam que a incidência da gripe tenha sido a mesma em países em que não há dados disponíveis, o que significa que mais de um quarto da população mundial pode ter sido infectada.
De acordo com o artigo, as maiores taxas de infecção foram registradas em crianças e jovens, com 47% das pessoas com idades entre cinco e 19 anos mostrando sinais de contaminação pelo vírus. Os mais velhos foram menos afetados, com a infecção de apenas 11% das pessoas com 65 anos ou mais.
O estudo foi baseado em resultados de mais de 20 pesquisas, envolvendo cerca de 90 mil amostras de sangue coletadas antes, durante e depois da pandemia. O material foi testados a partir de anticorpos produzidos pelo corpo em resposta à cepa específica da gripe que causou a pandemia.
Estima-se que 200 mil pessoas morreram da doença, que começou no México e se espalhou rapidamente para os demais países ao redor do planeta. Com base nesse número, os autores sugerem que a taxa de mortalidade da H1N1 foi inferior a 0,02%.
“Conhecendo a proporção da população infectada em diferentes grupos etários e a proporção de pessoas que morreu, podemos ajudar na criação de um plano de saúde pública para responder às pandemias. Essas informações serão utilizadas [...] para desenvolver modelos matemáticos que prevejam como os surtos de gripe se espalham e quais os efeitos das diferentes intervenções", acredita o principal autor do estudo, Anthony Mounts, da OMS. O artigo afirma ainda que as múltiplas exposições ao vírus em circulação antes do surgimento da gripe suína podem ter dado às pessoas mais velhas alguma proteção contra o H1N1 que surgiu em 2009.
Isso porque as amostras de sangue anteriores à pandemia revelam que 14% das pessoas com 65 anos ou mais já tinham anticorpos que reagiram com a cepa da gripe suína.
"Este estudo é o resultado de um esforço conjunto de mais de 27 grupos de pesquisa em todo o mundo. Todos compartilharam seus dados e experiências conosco para ajudar a melhorar nossa compreensão do impacto global da pandemia", afirmou uma das principais autoras do estudo, Maria Van Kerkhove, do Colégio Imperial de Londres.