Quarenta e seis cidades do Piauí podem perder um equipamento doado pelo Ministério da Saúde que é essencial para acompanhar o desenvolvimento da gestação: o detector fetal. Os aparelhos encontram-se no almoxarifado da sede do MS em Teresina, localizada na Treze de Maio, 155 – Centro.

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De acordo com a Superintendência de Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, o prazo termina dia 28 de março.

 

“O primeiro prazo foi de 60 dias, depois o Ministério da Saúde deu mais 60. Foram 120 dias para pegarem esse aparelho.

 

Agora, o prazo encerra no dia 28 e ainda faltam equipamentos a serem entregues”, afirma Cristiane Moura Fé, superintendente, alertando que, caso os municípios não compareçam para retirar os equipamentos, os mesmos serão doados para outros estados.

 

 

O Detector Fetal é indicado para ausculta dos batimentos cardíacos do feto e fluxo sanguíneo do cordão umbilical, além de auxiliar na localização da placenta a partir da 10ª semana de gestação. A finalidade é avaliar, a partir da ausculta, a vitalidade fetal, número de fetos e posição fetal.

Lista de municípios beneficiados que ainda não retiraram o equipamento:

  • Anisio de Abreu
  • Antonio Almeida
  • Aroeiras do Itaim
  • Assunção do Piauí
  • Barreiras do Piauí
  • Belém do Piauí
  • Betânia do Piauí
  • Boa Hora
  • Caldeirão Grande do Piauí
  • Campo Alegre do Fidalgo
  • Campo Grande do Piauí
  • Caxingó
  • Cocal dos Alves
  • Cristalândia
  • Dom Expedido Lopes
  • Floresta do Piauí
  • Francinópolis
  • Francisco Macedo
  • Geminiano
  • Jerumenha
  • Juazeiro do Piauí
  • Jurema
  • Lagoa do Sítio
  • Miguel Alves
  • Miguel Leão
  • Novo Santo Antonio
  • Olho D’água do Piauí
  • Paes Landim
  • Pajeú do Piauí
  • Pedro Laurentino
  • Porto
  • Queimada Nova
  • Santa Rosa do Piauí
  • Santo Antonio de Lisboa
  • Santo Antonio dos Milagres
  • São Braz
  • São Gonçalo do Gurgueia
  • São Gonçalo
  • São João da Canabrava
  • São João da Fronteira
  • São Luís do Piauí
  • São Miguel da Baixa Grande
  • Socorro do Piauí
  • Sussuapara
  • Uruçuí
  • Várzea Grande

Nosso organismo tem um relógio biológico que regula várias de nossas funções, tais como apetite e sono. Entretanto, nossa vida cada vez mais atribulada e agitada nem sempre é compatível com esse relógio interno, o que pode afetar a saúde.

 

Segundo Claudia Moreno, professora associada ao Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade São Paulo, a imposição de horários sociais contrários ao nosso ritmo temporal interno pode agravar ou contribuir para o desenvolvimento de distúrbios.

 

"É o caso da pessoa que precisa acordar cedo por conta do trabalho, mas quando chega em casa não consegue dormir cedo porque sempre teve o hábito de ir para a cama por volta da meia-noite, uma da madrugada. Daí acorda cansada no dia seguinte e tem uma necessidade maior de sono, o que configura um conflito social entre o trabalho, suas tarefas e seu ritmo circadiano", exemplifica a médica.

 

No curto prazo, esse descompasso não é preocupante. Porém, de acordo com a neurologista Dalva Poyares, médica do Instituto do Sono da Unifesp e especialista em Medicina do Sono, a privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo, podendo resultar em distúrbios crônicos.

 

 

Dormir e acordar no mesmo horário

 

Entre os distúrbios que podem surgir quando nosso estilo de vida não é compatível com nosso relógio biológico interno estão a síndrome jet lag,  distúrbio dos tralhadores em turnos e síndrome de avanço/atraso da fase do sono.

 

Todos estão relacionados com o desequilíbrio do nosso ritmo circadiano. Para entender melhor, é preciso esclarecer que o ritmo biológico pode ser conceituado como um evento que se repete regularmente, conforme explica Claudia Moreno. "Um ritmo circadiano repete-se a cada 24 horas (expressão que vem do latim e quer dizer cerca de um dia)". 

 

Uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, mais conhecido cientificamente como sistema de temporização. Trata-se de mecanismos capazes de gerar ciclos, como o de acordar e dormir.

 

Ciências, como a cronobiologia e a nutrição, indicam que os bons estados de saúde aparecem associados à manutenção relativamente estável na relação de fases entre ritmos.  Portanto, ter um ritmo circadiano (principalmente uma relação estável entre o ciclo de vigília e sono) pode ser preponderante para estarmos saudáveis ou não. Portanto, procurar acordar e dormir nos mesmos horários faz bem à saúde.

 

Uol

O isolamento social tem um impacto maior sobre a expectativa de vida dos idosos que a solidão, aponta um novo estudo feito pelo University College de Londres. Isso significa que se afastar fisicamente dos outros é pior para a saúde do que, de fato, se sentir sozinho. Na definição dos pesquisadores, a solidão personifica o isolamento, ao refletir a insatisfação de uma pessoa com a frequência e a proximidade de seus contatos sociais em relação às relações que ela realmente gostaria de ter.

 

Os resultados do trabalho, liderado por Andrew Steptoe, do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública do University College, foram publicados na edição de segunda-feira, 25, da revista científica americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).

 

Os autores avaliaram 6.500 homens e mulheres com 52 anos ou mais que participaram do Estudo Longitudinal de Envelhecimento Inglês (Elsa), entre 2004 e 2005, e acompanharam o risco de morte deles até março de 2012. Nessa data, haviam morrido 918 (14,1%) voluntários, com prevalência do sexo masculino.

 

Os participantes que mantinham contato limitado com a família, amigos e organizações comunitárias foram classificados como socialmente isolados, e foi usado um questionário para medir o nível de afastamento de cada um.

 

De acordo com os pesquisadores, tanto a solidão quanto o isolamento social podem favorecer uma morte precoce, mas no segundo caso nem precisaram ser considerados critérios como a saúde física e mental da pessoa e dados demográficos (expectativa de vida, educação, religião, etnia, etc) da população. Isso significa que se isolar do restante do mundo pode fazer mal à saúde independentemente do sentimento interno de solidão.

 

Além de aumentar o risco de morte, o isolamento social pode contribuir para o desenvolvimento de doenças infecciosas e cardiovasculares, o aumento da pressão arterial e do hormônio do estresse (cortisol), e a deterioração do funcionamento cerebral. Segundo o estudo, a solidão também interfere na pressão, nos níveis de cortisol e outros hormônios, e nos processos inflamatórios do organismo.

 

Não foram encontradas diferenças de sexo para o isolamento social, mas esse comportamento foi visto com maior incidência em pessoas mais velhas, casadas, pobres e com menor grau de instrução. Além disso, o problema foi mais frequente em indivíduos com alguma limitação de longo prazo, como depressão, artrite, falta de mobilidade e doença pulmonar crônica.

 

Já a solidão foi mais comum em mulheres, principalmente casadas, e estava associada a uma idade avançada, baixa escolaridade e menor riqueza. Essas pessoas também tinham mais depressão, doença arterial coronariana ou acidente vascular cerebral (AVC) que a média.

 

Na conclusão dos autores, tanto para casos de solidão quanto de isolamento social, são indicadas atividades que incentivem a interação entre os indivíduos, na tentativa de promover uma maior longevidade aos idosos.

 

G1

lvcUma boa notícia para quem tem cães: o teste de leishmaniose visceral canina (LVC) tornou-se mais rápido e confiável. O novo protocolo está sendo implantado pelo Ministério da Saúde em todo o país e a IV Coordenação Regional de Saúde do Piauí, iniciou na manhã dessa segunda-feira, 25, o treinamento para supervisores de Endemias de vários municípios.

 

O treinamento é ministrado pelo coordenador Estadual de Leishmaniose, José Gregório da Silva, juntamente com o laboratorista de Parasitologia da Universidade Federal do Piauí, José Henrique Furtado. Durante a capacitação os profissionais contam com aulas teóricas e práticas sobre procedimentos padrões do Teste Rápido, além de discussões sobre a doença, situação epidemiológica, prevenção e controle.

 

O Teste Rápido para diagnóstico Leishmaniose Visceral Canina-LVC permite maior agilidade na obtenção do resultado e consequentemente melhorias na tomada de decisão. “Antes, todos os exames eram realizados em laboratório. A partir do ano passado, o diagnóstico começou a ser realizado na presença do proprietário do animal, com o teste rápido, em campo”, afirma o coordenador da IV Regional de Saúde do Piauí, Vinícius Oliveira.

 

O teste rápido Leishmaniose Visceral Canina oferece resultado em cerca de 20 minutos. O produto dispensa estrutura laboratorial e equipamentos, facilitando o uso no campo. Possui uma tecnologia de alta sensibilidade, o que agrega precisão ao diagnóstico da LVC em sangue soro ou plasma. Por ser um teste de triagem, permite que apenas os casos positivos sejam levados para confirmação, desonerando, desta forma, o laboratório.

 

Quando o teste rápido detecta casos positivos, entretanto, é necessário outro exame para confirmação, chamado Elisa, feito por meio de análise de amostra de sangue em laboratório. Antes da mudança, o Elisa era utilizado como triagem e identificação dos animais doentes e, em caso positivo, a confirmação era feita por meio de uma reação de imunofluorescência indireta (Rifi), também com análise laboratorial.

 

"Esta nova metodologia de diagnóstico da LVC possibilitará resultados mais práticos e rápidos, contribuindo para que os animais infectados, que são os principais hospedeiros da doença, sejam afastados da comunidade, diminuindo assim novos casos de transmissão para os humanos", enfatiza Vinícius.

 

Segurança

 

Para José Gregório da Silva, a novidade deverá ajudar a minimizar as desconfianças quando cães que não apresentam sintomas da doença tiverem resultados positivos. “Ele reduz a praticamente zero as chances de sacrificar um animal saudável, o que era motivo de polêmica até então. Agora, haverá uma tranquilidade maior para os donos de cães que precisarem ser eutanasiados”, diz.

 

Distribuição

 

De acordo com o técnico em Vigilância em Saúde da IV CRS, Antonio Luiz, os kits para realização do teste rápido estão sendo distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde e, neste primeiro momento, estão sendo certificados os municípios de Palmeirais, Altos, União, Lagoa Alegre, Miguel Alves, Monsenhor Gil, São Felix, Barro Duro, Alto Longá, Lagoa do Piauí, Nazária, Prata, São Miguel da Baixa Grande. A intenção é de que a capacitação seja realizada ainda esse semestre para todos os municípios da IV Regional de Saúde.

 

Doença infecciosa crônica tem origem em protozoários

 

A leishmaniose é uma doença infecciosa que tem por agente de origem diferentes espécies de protozoários parasitas do gênero Leishmania sp. Trata-se de uma moléstia crônica e potencialmente letal se não for tratada antes do aparecimento dos sintomas. Sinais clínicos da doença incluem indisposição, anemia, febre, perda de peso e inchaço no baço, fígado e gânglios linfáticos.

 

A leishmaniose visceral é uma zoonose cujos principais reservatórios domésticos do parasita são os cães, animais fundamentalmente responsáveis pela manutenção da transmissão da doença. Os vetores das leishmanioses são insetos conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos e, em linguagem popular, como cangalhinha, mosquito-palha ou birigui.

 

O Ministério da Saúde preconiza a eutanásia de cães infectados, identificados por meio de teste sorológico, como uma das medidas de controle para a transmissão da doença. Este procedimento tem provado ser uma importante etapa do controle empregado no Brasil, visando prevenir a infecção do vetor e, consequentemente, a transmissão do parasita ao homem.

 

Tratamentos para leishmaniose visceral em humanos são considerados muito difíceis. Já para cães e outros reservatórios do parasita, não é indicado nenhum tipo de tratamento - somente a eutanásia. O objetivo é diminuir a possibilidade do surgimento de resistência parasitária aos medicamentos.

 

govpi