• hospital-de-olhos.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

tuberculose2532013Os casos de tuberculose no país sofreram uma redução de 9,6% entre 2002 e 2012, segundo um balanço apresentado nesta segunda-feira, 25, pelo Ministério da Saúde, em Brasília. O evento foi comandado pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e fez referência ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, lembrado em 24 de março.

 

Em 2012, foram registrados 70.047 novos casos da doença, contra 77.496 dez anos antes. Em comparação a 2011, os números do ano passado tiveram uma queda de 1,8%.

 

A taxa de incidência da tuberculose – que é transmitida por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, conhecida como bacilo de Koch, e atinge principalmente os pulmões – também diminuiu 18,6% em uma década: de 44,4 casos por 100 mil habitantes em 2002, passou para 36,1 em 2012.

 

Segundo o ministério, 66,8% dos pacientes notificados no ano passado eram homens. E a doença atingiu mais a faixa dos 25 aos 34 anos, em ambos os sexos. Entre os grupos de maior risco, estão indígenas (até três vezes mais vulneráveis que a média), presidiários, moradores de rua e pessoas com HIV – a tuberculose é a principal causa de morte em indivíduos soropositivos. Além disso, 15% dos pacientes também recebiam o Bolsa Família.

 

Os números mais recentes de óbitos por tuberculose divulgados pelo ministério são de 2010, quando 4,6 mil brasileiros morreram em decorrência da doença, uma taxa de 2,4 pessoas por 100 mil habitantes.

 

Em todo o planeta, a tuberculose é a quarta causa de morte por doenças infecciosas – perde apenas para septicemia (infecção generalizada), HIV e mal de Chagas. Em 2011, atingiu 8,7 milhões de pessoas e vitimou 1,4 milhão, uma queda de mais de 40% desde 1990, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, um terço da população global está infectada com o bacilo de Koch e corre risco de desenvolver a doença, destaca a OMS.

 

Campanha nacional

O governo também anunciou nesta segunda-feira que vai destinar 1,5 milhão de folhetos para a população em geral e 156 mil cartazes e 251 cartilhas para os profissionais da saúde de todo o país. A ação faz parte de uma campanha cujo slogan é "Tuberculose: Tosse por mais de três semanas é um sinal de alerta. Quanto antes você tratar, mais fácil de curar. Procure uma unidade de saúde".

 

A meta é alertar as pessoas sobre os riscos de contrair a doença e como se prevenir dela. Os principais sintomas da tuberculose são: tosse persistente, com ou sem catarro, dor no peito, febre, suor noturno, fraqueza, falta de apetite e perda de peso.

 

Quem apresentar esses sinais, isolados ou em conjunto, deve ir até uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. O tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e demora seis meses, sem interrupção.

 

A transmissão da doença ocorre pelo contato prolongado com secreções expelidas ao tossir, espirrar, cumprimentar alguém ou encostar em objetos como maçanetas e corrimãos.

 

Casos por região

Entre as regiões do país, a tuberculose predominou em 2012 no Sudeste, com 44,1%, seguido pelo Nordeste (27,1%), Sul (12,3%), Norte (11,7%) e Centro-Oeste (4,7%). Por Unidade da Federação (UF), o Amazonas teve a maior incidência de casos, com 68,3 por 100 mil habitantes, e o Distrito Federal ficou em último lugar, com 12,9.

 

Por capital, Porto Alegre liderou o ranking, com 104,6 pacientes por 100 mil habitantes, e Palmas ficou com a última posição, com 9,1 pacientes por 100 mil moradores.

 

Segundo Jarbas Barbosa, Porto Alegre apresenta uma alta incidência de casos de HIV, o que tem relação com os números de tuberculose, pois as duas doenças muitas vezes andam juntas. Entre a população do Rio Grande do Sul, 19% dos que têm tuberculose também estão infectados com o vírus da Aids.

 

G1