Variedades letais da tuberculose resistentes a múltiplas drogas estão se espalhando pelo mundo, e as autoridades precisam urgentemente de mais US$ 1,6 bilhão por ano para enfrentá-las, disseram autoridades sanitárias globais na segunda-feira. Em nota conjunta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo Global para o Combate a Aids, Tuberculose e Malária cobraram dos doadores um "financiamento significativo" para ajudar os especialistas a detectar todos os casos existentes da doença, tratando os mais sérios.

 

"Estamos com a água pelo pescoço num momento em que precisamos desesperadamente ampliar nossa resposta à tuberculose resistente a múltiplas drogas", disse Margaret Chan, diretora-geral da OMS.

 

A tuberculose costuma ser vista como uma doença do passado, mas o surgimento de cepas resistentes a várias drogas fez com que ela virasse na última década um dos mais prementes problemas sanitários do planeta.

 

De todas as doenças infecciosas, só o HIV (vírus que causa a Aids) mata mais gente.

 

Em 2011, 8,7 milhões de pessoas contraíram tuberculose, e 1,4 milhão morreram. A OMS diz que até 2 milhões de pessoas poderão estar contaminadas com cepas resistentes até 2015. Mesmo a tuberculose comum tem uma cura demorada. Os pacientes precisam usar um coquetel de antibióticos durante seis meses, e muita gente abandona o tratamento. Isso, junto com o uso excessivo ou equivocado de antibióticos, tem contribuído para que o bacilo desenvolva resistência.

 

A tuberculose multirresistente consegue "driblar" dois remédios habitualmente usados, e uma forma ainda mais severa, conhecida como tuberculose extensivamente resistente a drogas, é capaz de sobreviver até mesmo a algumas drogas mais eficazes. A OMS disse que casos desse tipo foram localizados em 77 países em 2011.

 

Na Índia, médicos relataram também casos de tuberculose totalmente resistente, para a qual não há drogas eficazes. A OMS e o Fundo Global calculam que haverá um déficit de 1,6 bilhão de dólares na quantia anual necessária para o combate à tuberculose em 118 países de baixa e média renda.

 

Se essa lacuna for preenchida, 17 milhões de pacientes de tuberculose -inclusive das cepas resistentes- poderiam ser totalmente tratados, salvando cerca de 6 milhões de vidas entre 2014 e 16, segundo as agências.

 

"É crítico que arrecademos a verba que é urgentemente necessária para controlar a doença", disse na nota Mark Dybul, diretor-executivo do Fundo Global. "Se não agirmos agora, nossos custos podem disparar. É investir agora ou pagar para sempre."

 

Reuters

Histórico de consumo abusivo de álcool, síndrome de abstinência e manutenção do uso, mesmo com problemas físicos e sociais relacionados, é o tripé que caracteriza a dependência em álcool, segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

 

O tratamento da doença, que atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no país, segundo o Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, de 2005, não é fácil: dura pelo menos um ano e meio em sua fase mais intensiva e tem índice de recaída de cerca de 50% nos primeiros 12 meses.

 

"Ele precisa preencher os três critérios. Um só não basta para se considerar dependente", destaca a psiquiatra. Ela explica que o consumo contínuo e abusivo leva a uma tolerância cada vez maior do usuário à bebida. "O corpo acostuma-se com o [álcool]. Ele resiste mais e, para obter o efeito que tinha no começo com uma lata de cerveja, precisará tomar cinco". A falta do álcool provoca uma série de sintomas graves, como elevação da pressão arterial, tremores, enjoo, vômito e, em alguns pacientes, até mesmo convulsão. Esse é o quadro da síndrome de abstinência.

 

O terceiro critério para caracterização da dependência alcoólica está ligado aos problemas de relacionamento e de saúde provocados pelo consumo abusivo. "O indivíduo tem problemas no trabalho por causa da bebida. Ele perde o dia de trabalho mas, mesmo assim, bebe de novo". A professora destaca que, além da questão profissional, devem ser considerados diversos aspectos da vida do paciente, como problemas familiares, afetivos, econômicos, entre outros.

 

Em relação às outras drogas, a psiquiatra informou que o tratamento da dependência de álcool se diferencia principalmente na primeira fase, que dura em média dois meses. "Cada substância tem uma forma de atuar no cérebro, portanto, vai exigir, principalmente na primeira fase do tratamento, diferentes procedimentos farmacológicos para que a gente consiga promover a estabilização do paciente", explica.

 

De acordo com a médica, o álcool se enquadra na categoria de substâncias psicotrópicas depressoras, juntamente com os inalantes, o clorofórmio, o éter e os calmantes. Há também as drogas estimulantes, como a cocaína, a cafeína e a nicotina, e as perturbadoras do sistema nervoso central, como a maconha e o LSD.

 

"Na segunda e terceira fases, o tratamento entra em uma etapa mais semelhante, que é quando você vai se aprofundar no diagnóstico e preparar o individuo para não ter recaída", acrescenta.

 

A segunda fase do tratamento, a chamada estabilização, quando se trabalha a prevenção da recaída, dura, em média, de oito a dez meses. Nessa etapa, são percebidas e tratadas as doenças correlatas adquiridas pelo consumo do álcool e, então, o paciente é preparado para readquirir o controle sobre droga. "A dependência é a doença da perda do controle sobre o consumo de determinada substância. [É feito um trabalho] para que ele volte a se controlar, a entender esse processo e readquirir a autonomia. Não é mais a droga que manda nele".

 

A psiquiatra destaca que, nesse processo, a recaída é entendida como algo normal e que não invalida o tratamento. "Ele pode ter uma recaída e não é que o tratamento não esteja no caminho certo ou que ele não queira se tratar. Faz parte da doença, é um episódio de agudização dessa doença crônica que é a dependência do álcool. Faz parte recair", esclarece.

 

Na terceira etapa, que dura cerca de seis meses, ocorre o "desmame da tutela do tratamento". "Ele está manejando essa nova autonomia. Ele volta para as avaliações com menos frequência". Por fim, o paciente passa a ir ao médico com maiores intervalos entre as consultas. "Ele segue em tratamento como qualquer indivíduo que tem doença crônica. Pelo menos uma vez por ano, ele passa pelo médico. A bem da verdade, [no tratamento dessas] doenças crônicas, a gente não dá alta".

 

Levantamento feito em 2005 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Unifesp, e pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), mostra que o uso do álcool prevalece entre os homens em todas as faixas etárias. Mais de 80% deles declararam fazer uso de álcool. Entre as mulheres, o percentual cai para 68,3%.

 

No que diz respeito à dependência, eles também estão na frente. O índice de dependentes do sexo masculino (19,5%) é quase três vezes o do sexo feminino (6,9%). A faixa etária de 18 a 24 anos, por sua vez, apresenta os maiores índices, com 27,4% de dependentes entre os homens e 12,1% entre as mulheres.

 

 

Agência Brasil

Todo mundo sabe a receita para manter os dentes saudáveis e brancos: escovação regular, fio dental e enxaguante. Mas a alimentação também pode contribuir para o desgaste da saúde bucal. Por isso, o site Huffington Post listou os sete piores alimentos para os dentes. Confira a seguir.

 

Frutas secas: enquanto as frutas fazem bem para os dentes, a versão seca é pegajosa e rica em açúcar, provocando efeito contrário. Além de grudar nos dentes com facilidade, o açúcar alimenta as bactérias presentes na boca e pode causar erosão dentária. "Isso não quer dizer que as pessoas não devem comê-las, mas é importante escovar os dentes em seguida”, disse Joy Dubost, porta-voz da Academia Americana de Nutrição.

 

Bebidas açucaradas: este tipo de bebida, como refrigerantes e energéticos, são nocivas à saúde dentária quando ingeridas constantemente. “Se eu beber a cada 20 minutos, meus dentes  recebem com frequência uma camada de ácido”, disse Matt Messina, da Associação Americana de Dentistas. "Então é melhor beber tudo de uma vez do que petiscar ou beber ao longo de uma refeição”, aconselhou.

 

Balas duras: pela mesma razão que os refrigerantes, balas contêm açúcar e, quando duras, permanecem na boca por muito tempo, o que prejudica a saúde bucal.

 

Bebidas alcoólicas: você pode não perceber, mas o álcool é ruim para os dentes. A bebida diminui a produção de saliva, responsável por remover particular de alimentos e proporcionar uma proteção contra o ácido. “A pele da boca é muito delicada e o álcool é corrosivo para as gengivas, bochechas e pele. Ele pode afetar as células do tecido, e é por isso que as pessoas que bebem muito têm uma chance maior de desenvolver câncer na boca ou garganta", justificou o dentista Parimal Nagjee, de Bervely Hills.

 

Alimentos cítricos: alimentos  ácidos, como frutas cítricas e tomate, podem causar cárie, especialmente quando consumidos isoladamente. O ideal é escovar os dentes logo após o consumo.

 

Alimentos ricos em amido: alimentos como batata, pão e macarrão ficam presos com facilidade nos dentes. Isso alimenta as bactérias e colabora para o surgimento de cárie.

 

Café: a bebida não só contribui para um sorriso amarelado, como torna os dentes mais pegajosos, o que facilita o acúmulo de alimentos na boca.

 

 

Terra

Realizou-se na manhã desta segunda-feira, 18, a abertura nacional da Campanha de Ação contra a Hanseníase e as Verminoses. No Piauí, agentes comunitários e profissionais do programa Estratégia Saúde da Família que participam do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, monitorado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), vão levar as atividades para 104 mil alunos de escolas públicas municipais e estaduais em Teresina e no interior.

 

Na capital, a abertura da campanha foi realizada na Unidade Escolar Lisandro Tito e contou com a participação de alunos, diretoria da escola e técnicos da Sesapi. A supervisora estadual de Controle da Hanseníase, Lindalva Marques, explica que o controle da doença nas escolas é importante para preveni-la até mesmo dentro da família.

 

"Nossa prioridade é o diagnóstico preventivo. Por isso se descobrirmos um caso na criança, poderemos utilizar essa situação como indicador de que naquela casa onde a criança vive ou na comunidade onde ela reside deve haver adultos com hanseníase, que ainda não foram diagnosticados pelo sistema de saúde”, explica a supervisora.

 

A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, que, se descoberta tardiamente, pode causar incapacidades físicas. Já a verminose é causada quando as conhecidas lombrigas se alojam no intestino, causando anemia e diarreia, o que prejudica o desenvolvimento escolar da criança. Lindalva Marques afirma que a parceria entre as áreas da Educação e da Saúde proporcionam a melhor prevenção dessas duas doenças.

 

"As nossas ações são apoiadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que entrega um formulário aos pais e, em seguida, os alunos devolvem à escola e essa instituição nos envia, para que se possa dar início ao tratamento, seja da verminose, seja da hanseníase. Então a primeira ação é a gente levar para esse público um tratamento inicial: uma dose única de um medicamento seguro, eficaz, que consegue já reduzir muito a prevalência entre os escolares", destaca Lindalva.

 

A semana de ações contra hanseníase e verminoses se estende até o próximo dia 22. Para os municípios que ainda não aderiram à campanha, o período das atividades nas escolas poderão se estender por até três meses, a ponto de atenderem todos os alunos de cinco a 14 anos que frequentam o Ensino Fundamental.

 

Sesapi