obesoAs doenças relacionadas à obesidade custam R$ 488 milhões todos os anos aos cofres públicos, informou hoje, 19, o Ministério da Saúde. Dados divulgados pela pasta indicam que 25% desse valor destinam-se a pacientes com obesidade mórbida, que, segundo o ministro Alexandre Padilha, custam cerca de 60 vezes mais do que uma pessoa obesa sem gravidade.

 

A pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que apontou esses valores considerou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças relacionadas, como alguns tipos de câncer, isquemias cardíacas e diabetes.

 

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011.

 

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009 apontou que 21,7% dos brasileiros que têm entre 10 e 19 anos apresentam excesso de peso; em 1970 esse índice era 3,7%. Segundo os dados, 1,14% das mulheres e 0,44% dos homens apresentam obesidade grave, o que representa 0,8% da população.

 

Ao todo, há 14,8 milhões de brasileiros obesos. O número equivale à quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com Padilha, considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é o dobro do verificado entre a população que frequentou a escola por mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na população mais pobre.

 

Agência Brasil

capsNesta quarta-feira, 20, a Secretaria de Estado da Saúde realizará, a partir das 8h, o IV Encontro Estadual de Coordenadores de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). O evento será realizado durante todo o dia no auditório do Hemopi.

 

“O objetivo do encontro é discutir o processo de implantação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a integração do CAPS com os demais componentes da Rede e o processo de trabalho nesses dispositivos de saúde mental”, explica Leda Trindade, gerente de Saúde Mental da Sesapi.

 

Promovido pela da Gerência de Atenção à Saúde Mental, o evento reunirá todos os coordenadores e dois técnicos de cada CAPS, secretários de Saúde, coordenadores regionais de Saúde e coordenadores de Comunidades Terapêuticas que existem no Estado.

 

Além desses, também, foram convidados o presidente da Associação de Psiquiatria do Piauí, a Coordenação do Conselho Regional de Psicologia do Piauí, o presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina e áreas técnicas afins.

 

 

Sesapi

padilha copyUm material educativo para prevenção de Aids dirigido a adolescentes teve sua distribuição suspensa por determinação do governo federal. O kit, formado por seis revistas de histórias em quadrinhos, aborda temas como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade. A suspensão ocorre quase dois anos depois da polêmica interrupção da distribuição do kit anti-homofobia , por pressão de grupos religiosos.

 

As revistas em quadrinhos foram produzidas em 2010, numa parceria entre os Ministérios da Saúde, da Educação e organismos internacionais. O material seria usado como apoio do programa Saúde e Prevenção nas Escolas. Em seu primeiro fascículo, procura abordar o preconceito enfrentado por jovens gays.

 

Embora tenha sido lançado com entusiasmo pelo então ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sua distribuição foi abortada pela proximidade com as eleições presidenciais. A ordem era evitar qualquer tipo de conflito ou descontentamento com grupos religiosos. Neste ano, o material foi resgatado. Cerca de 15 mil exemplares foram distribuídos para os serviços de DST/Aids de 12 Estados.

 

A operação foi interrompida no fim de fevereiro, por determinação do Planalto, segundo informações obtidas pela reportagem. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no entanto, chama a responsabilidade para ele. "Eu vetei o material", disse. Segundo ele, a distribuição foi feita sem a sua autorização e sem o seu conhecimento. Na sexta-feira, ele enviou um ofício para as secretarias, desautorizando a circulação das revistinhas. O ministro afirma que a distribuição foi feita a partir do Departamento de DST-Aids. Ele admitiu não saber se o material teve uma nova impressão ou se os kits agora enviados teriam sido produzidos em 2010.

 

Padilha afirmou que a suspensão da distribuição ocorreu apenas esta semana, depois de sua assessoria ter sido procurada pela reportagem do Estado. O Planalto foi procurado, mas não se manifestou.

 

 

 Com informações do Estadão

ades1832013A ingestão da bebida de soja Ades com resíduo de hidróxido de sódio (soda cáustica), em princípio, pode causar apenas queimaduras superficiais na mucosa da boca e do esôfago, segundo o toxicologista Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo. Nesta segunda-feira, 18, como medida preventiva, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da fabricação, distribuição, venda e consumo de todos os lotes de produtos da marca – de diferentes sabores e tamanhos – fabricados em uma linha da Unilever em Pouso Alegre (MG).

 

A Unilever informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a solução de limpeza envasada nas embalagens do lote com problema é soda cáustica a 2,5%. Isso significa que a substância está diluída na concentração de 2,5% do total de líquido.

 

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça, que está acompanhando o recall, informou em comunicado divulgado na sexta-feira, 15, que o lote com problema não contém o produto, mas uma solução de limpeza imprópria para o consumo. "Ainda de acordo com a empresa, o conteúdo apresenta pH elevado (aproximadamente 13) e pode representar risco de queimadura ou sensação de forte ardência na boca, caso venha a ser ingerido", afirma a secretaria.

 

Questionada pelo G1, a Unilever não esclareceu se o lote do recall foi envasado apenas com a solução de hidróxido de sódio ou com suco Ades misturado com a solução de limpeza.

 

Segundo o toxicologista Ernani Pinto Junior, professor do curso de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP), é provável que a soda cáustica estivesse misturada com a bebida, do contrário o produto seria intragável.

 

"Se fosse apenas solução de hidróxido de sódio, sem suco, seria muito desconfortável, o gosto seria péssimo, a aparência ficaria viscosa. Se a substância estivesse pura, sem ser diluída no Ades, o consumidor não conseguiria tomar de jeito nenhum. Seria um caso muito grave, com ardor intenso e uma grande irritação do trato gastrointestinal. Não é possível uma pessoa beber isso achando que é suco. Iria cuspir, não conseguiria engolir", afirma.

 

"A queimadura causada pela solução de soda cáustica nos lábios, na língua e na garganta não é grave, é como se fosse uma pequena afta. A maioria das pessoas só vai sentir um gosto ruim, metálico, na boca e formigamento na língua. Isso se recupera em 24 horas, mas é sempre bom procurar um médico se houver sintomas", explica Wong.

 

De acordo com Pinto Junior, o pH do suco se altera e a pessoa percebe isso imediatamente ao tomá-lo, razão pela qual fica difícil beber grandes quantidades. "O risco é muito baixo se for resíduo. O indivíduo pode sentir um leve desconforto e vai perceber na hora um sabor diferente. Fica parecido com água sanitária", diz Pinto Junior. Segundo os toxicologistas, os sinais podem incluir ainda ardência na boca, náusea e vômito. E tudo isso aparece instantaneamente – não há efeitos tardios.

 

"Os sintomas indicam que o produto de limpeza usado seja uma substância básica, como a soda cáustica. A proteína do leite de soja, nesse caso, pode neutralizar em parte os efeitos da alcalinidade da soda", ressalta Wong. O médico destaca que, em um pronto-socorro ou consultório, são feitos apenas um exame clínico e uma limpeza local ou outro tratamento paliativo, e não uma lavagem, já que esse é um procedimento muito invasivo e se trata de uma ingestão de pequena quantidade de produto de limpeza.

 

Pinto Junior recomenda também fazer repouso e tomar bastante água. Se o caso for muito grave, o paciente deve ficar em observação. Em última instância, se houver uma grande intoxicação, é indicada a lavagem.

 

"Geralmente, as empresas usam soda cáustica para limpeza dos equipamentos de produção. Mas isso nunca poderia ter acontecido dentro dos padrões de qualidade. Houve uma falha e deve ser investigada. Por precaução, a Anvisa acabou mandando retirar o suco do mercado", ressalta Pinto Junior.

 

14 consumidores com problemas

Na quinta-feira, 14, a Unilever anunciou recall de 96 unidades de um lote do suco de maçã Ades de 1,5 litro por risco de queimadura. Segundo a fabricante, foi detectada uma contaminação no lote com as iniciais AGB25, produzido em 25 de fevereiro e distribuído nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

 

Segundo a Unilever, até a manhã de sexta-feira, 15, 14 consumidores haviam entrado em contato com a empresa para relatar problemas com o produto. "Dos 14 atendimentos já realizados pelo SAC, 12 já receberam atenção médica adequada e estão sendo acompanhados, e dois não aceitaram", informou em comunicado.

 

Segundo a Unilever, os clientes atendidos relataram queimaduras na mucosa, enjoo e náusea. Nenhum deles precisou ser internado.

"A falha identificada já foi solucionada, os produtos existentes na empresa foram retidos e os ainda presentes nos pontos de venda já estão sendo recolhidos", acrescentou. A empresa disse ainda que está colaborando e oferecendo todas as informações solicitadas pela Anvisa. Desde o dia 13 de março, segundo a Unilever, nenhum produto fabricado na linha de Pouso Alegre foi distribuído ao mercado. A linha também se encontra inativa. Ainda de acordo com a empresa,  todos os demais produtos Ades não correspondentes aos lotes com iniciais AG permanecerão no mercado e estão em perfeitas condições para consumo.

 

O consumidor que tiver adquirido o produto não deve consumi-lo. Para fazer a troca ou reembolso do produto, o consumidor deve entrar em contato com a Unilever gratuitamente pelo SAC (0800 707 0044), das 8h às 20h, ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Em caso de dúvida, a  Anvisa também dispõe de uma Central de Atendimento: 0800 642 9782.

 

Além disso, o Procon-SP informou que está acompanhando o caso. "A empresa deverá apresentar os esclarecimentos que se fizerem necessários, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, inclusive com informações claras e precisas sobre os riscos", afirmou o órgão.

 

O Procon lembra ainda que os consumidores prejudicados poderão solicitar "por meio do Judiciário, reparação por danos morais e patrimoniais, eventualmente sofridos".

 

G1