Foi assinado, na manhã desta terça-feira, 2, o reajuste nos valores pagos a exames e procedimentos laboratoriais do Iapep Saúde. O acordo foi celebrado pelo diretor-geral do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (Iapep), Flávio Nogueira, e representantes do Sindicato dos Laboratórios, na sede do Instituto.
Os reajustes, já em vigor, são para exames laboratoriais e também para as especialidades de gastroentereologia, psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia e cardiologia. Além disso, as consultas de usuários maiores de 65 anos terão um valor de R$ 60, sendo que antes o valor pago era de R$ 50.
O diretor-geral do Iapep explica que o reajuste não irá oferecer nenhum tipo de aumento na contribuição aos segurados e dependentes do plano. “O objetivo maior do Iapep é de fortalecer a relação entre o Instituto e sua rede credenciada, garantindo aos usuários um melhor atendimento através do Iapep Saúde”, explica Flávio Nogueira.
De acordo com os representantes dos laboratórios, este acordo é um reconhecimento do Iapep Saúde com a rede credenciada. Com o aumento concedido, os laboratórios têm mais garantia e possibilidade de atender melhor os beneficiários do Iapep Saúde.
Os usuários podem acessar a rede credenciada do Iapep Saúde através do site do Instituto. Dessa forma, podem ser visualizados os nomes das clínicas, hospitais e médicos de cada especialidade com seus respectivos endereços e telefones.
Um laudo do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, confirmou que a embalagem do suco de maçã Ades, consumido por uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, continha soda cáustica. O exame foi encomendado pelo advogado da mulher, que alega ter passado mal depois que engoliu o produto à base de soja. O laudo ficou pronto no dia 20 do último mês, mas a consumidora só teve acesso durante o último fim de semana.
A Unilever foi procurada pela reportagem e reafirmou que 96 unidades de Ades sabor maçã foram envasadas com solução de limpeza, mas que alertou a população anunciando, a partir do dia 14 de março, o recall do produto.
Segundo o documento, o pH (Potencial Hidrogeniônico), ou índice de acidez do produto, é 13,5, que corresponde à soda cáustica. "Agora o laudo vai ser anexado à ação de indenização por dano moral que movi contra a Unilever, na 2ª Vara Cível de Guarujá", explica o advogado Airton Sinto.
O advogado afirma que o vice-presidente da Unilever Brasil, Newman Debs, mentiu durante audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, realizada no dia 27 de março em Brasília (DF). "Ele disse que desde o primeiro momento em que a empresa teve conhecimento da contaminação já tomou medidas para avisar a população, a imprensa e os órgãos competentes. Isso é mentira. A minha cliente ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no mesmo dia. Ela tem um protocolo que confirma isso. É só resgatar a gravação da conversa. Também avisamos a Vigilância Sanitária de Guarujá. Ainda assim, a Unilever só se pronunciou sobre o assunto uma semana depois", explica.
Sinto diz que sua cliente, que não quer se identificar por medo de represálias, já está melhor de saúde, mas ainda tem uma sequela psicológica. "Ela não se conforma de ter sido ignorada. E eu também, como cidadão, não entendo como uma empresa desse porte pode se comportar de forma tão evasiva, desrespeitando o consumidor", conclui.
Medidas corretivas
Em nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Unilever reafirma que imediatamente após certificar-se do problema - que até 96 unidades de Ades sabor maçã, de 1,5 litro (lote AGB25), foram envasadas com solução de limpeza - alertou a população, anunciando, a partir do dia 14 de março, o recall do produto e informando oficialmente às autoridades competentes. A empresa reforça que deu todo o atendimento necessário aos consumidores afetados que entraram em contato com a empresa.
A Unilever afirma ainda que a fábrica de Ades já foi visitada em duas ocasiões pelas autoridades e todas as medidas corretivas solicitadas pela Secretaria Estadual de Saúde já foram implementadas.
A empresa finaliza pedindo desculpas novamente aos consumidores afetados, reafirmando que o principal objetivo da Unilever é garantir a segurança do consumidor e manter a máxima transparência em relação à qualidade e excelência de seus produtos.
O caso
Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, passou mal depois de ingerir uma bebida à base de soja que comprou em um supermercado da cidade. A vítima alega que bebeu o suco de maçã Ades durante um encontro entre colegas de trabalho. Assim que engoliu o produto, a mulher começou a passar mal, com uma sensação de queimação interna.
Segundo a consumidora, antes de ser levada para o hospital pelos amigos, ela ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da fabricante Unilever para informar o que aconteceu, mas a atendente respondeu que era um caso pontual e que a empresa não iria retirar o suco do mercado. Um exame preliminar, feito em uma empresa particular, apontou as chances de contaminação por soda cáustica.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira, 1º, no Diário Oficial da União a suspensão da importação para todo o território nacional do medicamento Tegeline, fabricado pela empresa francesa LFB Biomedicaments, utilizado para elevar os níveis de imunidade do corpo humano.
A decisão do órgão ocorre após a constatação de irregularidades durante vistoria técnica realizada na sede da empresa, em Lille, na França, entre os dias 20 e 23 de novembro de 2012.
Segundo a Anvisa, fica determinada a suspensão da importação para o território brasileiro de todos os lotes de Tegeline e a empresa deve promover o recolhimento dos lotes com a data de validade vigente.
Ainda de acordo com a agência, trata-se de um medicamento biológico (produzido a partir de células vivas) de uso restrito a hospitais. Isso significa que não está à venda em farmácias e drogarias. A representação brasileira da LFB Biomedicaments foi procurada pelo G1, mas ainda não se manifestou a respeito da suspensão.
Pessoas com depressão podem não ser beneficiadas por alguns hábitos saudáveis, de acordo com novo estudo divulgado pela revista Health.
Os efeitos antiinflamatórios já conhecidos da prática de exercícios físicos ou o consumo moderado de álcool, por exemplo, não são tão eficientes em pacientes depressivos. A pesquisa, realizada pela Duke Medicine, no Estados Unidos, afirma que essa descoberta sugere um novo potencial perigo da depressão, doença que afeta um em cada 10 norte-americanos.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram os hábitos de exercícios e consumo de álcool de mais de 200 adultos, não fumantes e sem histórico de doença mental. Os testes revelaram, no entanto, que 4,5% deles se encaixavam em critérios para depressão.
Os pesquisadores também analisaram os níveis de proteína C-reativa (PCR) em amostras de sangue coletadas dos participantes. A PCR é utilizada para prever o risco futuro de doenças cardíacas e inflamatórias crônicas e pode participar da formação de placas que se acumulam nas artérias.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o exercício e o consumo moderado de álcool - definido como uma dose por dia para mulheres e duas para os homens - podem reduzir inflamações e diminuir o risco de doenças cardíacas e de diabetes tipo 2.
Os participantes do estudo que eram fisicamente ativos geralmente tinham níveis mais baixos de PCR, com exceção daqueles com depressão. Os pesquisadores também descobriram que o consumo moderado de álcool foi associado com baixos níveis de PCR em homens que não estavam deprimidos, mas não nas mulheres com depressão.
Segundo o estudo publicado na revista Brain, Behavior, and Immunity, entre as mulheres, a depressão não teve muito efeito sobre os níveis de PCR em pessoas que não bebem, bebiam ocasionalmente ou moderadamente. "Nossas descobertas sugerem que a depressão não apenas afeta diretamente a saúde física e mental de um indivíduo, mas também pode diminuir os benefícios da prática de atividade física e consumo moderado de álcool. Isso parece ser específico para casos de inflamação, que aumentam o risco de doenças cardíacas, fazendo com que a depressão se torne um fator de risco", explicou o líder da pesquisa, Edward Suarez.