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romãUma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo,  demonstrou que a casca da romã pode prevenir o surgimento do mal de Alzheimer.

 

"Isso se deve ao fato de que a quantidade de antioxidante presente na romã é elevada", comenta a autora do trabalho, a pesquisadora Maressa Caldeira Morzelle, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. A pesquisa, uma dissertação de mestrado, foi feita sob a orientação da professora Jocelem Mastrodi Salgado, também da Esalq.

 

Morzelle identificou uma enzina com atuação específica na prevenção do mal de Alzheimer, doença degenerativa e atualmente incurável que afeta, na maioria dos casos, idosos com idade entre 60 e 70 anos. No Brasil, cerca de 900 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença.

 

Morzelle elaborou, em sua pesquisa, uma forma de processamento para que o produto seja industrializado em cápsulas. Ela buscou alternativas que pudessem concentrar todo o extrato da casca, em pó, para ser diluído ou adicionado a sucos de outros sabores, levando em consideração os desafios do processamento e armazenagem, e o fato de que a adição do composto bioativo não poderia afetar as propriedades sensoriais do produto final. Segundo ela, os testes já permitem dizer que o produto foi aprovado e estará disponível para uso industrial.

 

Poder antioxidante

 

Antioxidantes são essenciais para a prevenção dos radicais livres, substâncias que produzimos em nosso organismo e que contribuem para o envelhecimento e surgimento de doenças. De acordo com a pesquisa, apenas na casca da romã é possível encontrar mais antioxidantes do que no suco e na polpa da fruta.

 

Segundo Morzelle, a casca da romã, quando industrializada, não teve sua atividade anticolinesterásica (inibidora de enzimas associadas ao Alzheimer) e sua capacidade antioxidante afetadas. "Desta forma, verifica-se o potencial para a indústria no emprego das microcápsulas à base do extrato da casca de romã como um ingrediente a ser incorporado na dieta, sendo um aliado na prevenção do mal de Alzheimer", conclui a pesquisadora.

 

O poder das frutas

 

Zilmar de Barros, outro pesquisador da casca da romã, constatou seu benefício na proteção a doenças degenerativas em 2011, quando defendeu sua dissertação de mestrado também na Esalq.

 

Para ele, não só a romã como outras frutas, especialmente as brasileiras, não recebem a devida atenção quando o assunto é saúde. "Desde a pré-história, as frutas desempenham papel importante na alimentação do homem, mas só agora começamos a prestar mais atenção aos fatores medicinais de seu consumo", comentou em sua dissertação.

 

Segundo o pesquisador, a romã tem efeito anti-inflamatório e possui elevada quantidade de antioxidante, especialmente na casca. "Elas são subaproveitadas, embora sejam uma excelente fonte de antioxidantes", comentou.

 

A pesquisa conduzida por ele demonstrou, ainda, que a casca de romã processada pode ser utilizada para fornecer a sucos industriais já comercializados no mercado sua característica antioxidante sem que alterações no sabor sejam registradas. O preparado desenvolvido por Barros, feito à base de um grama de casca de romã desidratada, quando adicionado aos sucos, aumenta em praticamente 30 vezes a capacidade antioxidante do suco ao qual é acrescentado.

 

Após essa adição, a taxa de antioxidantes manteve-se estável. "Isso é importante, já que, se for utilizado comercialmente, a estocagem não deve tirar as características do produto", informou. Segundo a Esalq, o composto foi aprovado para uso industrial e sua comercialização por empresas do setor está em fase de negociações.

 

Benefícios

 

Originária do sudeste asiático, a romã ganhou fama, no Brasil, graças às simpatias de fim de ano. Segundo o dermatologista Claudemir Peixoto, porém, os benefícios da fruta são desconhecidos da maioria das pessoas.

 

Segundo ele, os antioxidantes atuam no combate aos radicais livres que causam envelhecimento precoce, flacidez da pele, celulite, perda da elasticidade, rugas etc. "Por ter muito antioxidante, a romã também inibe a proliferação de melanócitos, prevenindo manchas na pele causadas pelo sol", comenta.

 

O chá da casca também é popularmente utilizado contra infecções de garganta, já que as cascas e sementes da fruta possuem propriedades anti-inflamatórias capazes de aderir à mucosa, protegendo-a e aliviando as dores. "Consumir romã, certamente, é um excelente ganho para a saúde", comenta o clínico geral Joaquim Ribeiro.

 

 

 Uol

No período do carnaval as pessoas não devem prescindir do uso da camisinha para se proteger de doenças como a clamídia. Desconhecida do grande público, a doença sexualmente transmissível é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa evitável da infertilidade de homens e mulheres, em todo o mundo. Segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica do Rio de Janeiro, Hélio Magarinos Torres Filho, a doença afeta principalmente as mulheres.

 

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De acordo com a OMS, ocorrem 92 milhões de novos casos da infecção a cada ano. A preocupação, acentuou, é que essa doença acomete mais a população jovem. No Brasil, cerca de 10% das jovens na faixa de 15 anos a 24 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são identificadas com a doença, de acordo com estudo elaborado em 2011 pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. “Como é uma doença sexualmente transmissível, [a clamídia] ataca mais as pessoas que têm múltiplos parceiros. Por isso, acomete pessoas mais jovens”, disse Magarinos.

 

Especialista em reprodução humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e membro da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (Redlara), Márcio Coslovsky explicou que a clamídia é um micro-organismo, transmissor de uma bactéria que acomete casais em plena atividade sexual. É uma infecção sem aparência nas meninas. “Não aparece no preventivo, no exame de sangue comum. Não dá ardência, não dá mau cheiro nem dá secreção vaginal exagerada. A pessoa simplesmente não sabe que tem a doença”, disse.

 

EBC

 

Hélio Magarinos confirmou que a infecção é pior na mulher porque vem, em geral, sem sintomas. “Na mulher, preocupa um pouco mais por causa disso”. Ele advertiu, contudo, que a clamídia só vai causar infertilidade depois de um tempo de infecção. “Ela começa a sair do útero e vai para as trompas [onde pode causar danos por obstrução ou aderência]. Isso é que pode causar infertilidade na mulher”. A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

 

Segundo a OMS, a doença responde por 25% das causas de infertilidade, sendo 15% nas mulheres e 10% nos homens. Márcio Coslovsky explica que a doença só é descoberta “anos depois, quando [o casal vai] tentar a gravidez e não consegue”. O tratamento é feito com antibióticos e pode reverter a infertilidade se o diagnóstico é feito em tempo hábil.

 

Magarinos informou que há dois tipos de exames para detectar a clamídia: a pesquisa de anticorpos no sangue, e o de secreções genitais, que é feito por biologia molecular na uretra, no homem, e no colo uterino, na mulher. O exame de secreções captura fragmentos do DNA da clamídia nas amostras.

 

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de 2,8 milhões de americanos estão infectados com clamídia e não sabem. Márcio Coslovsky estimou que no Brasil o número pode ser a metade disso, tomando por base a população de jovens na faixa dos 17 aos 26 anos, com vida sexual ativa. Não há números catalogados, entretanto, frisou.

 

Ele recomendou que o exame para detecção de clamídia deve ser feito duas vezes por ano, especialmente por mulheres e homens jovens, com vida sexual ativa. “Já faria muita diferença”. A precaução, insistiu, continua sendo o uso de camisinha, ainda mais nessa época do carnaval.

Fazer gargarejo com enxaguante bucal acusa no bafômetro? É verdade que existem alimentos capazes de “curar” a ressaca? Qual é a quantidade máxima de álcool que pode ser ingerida diariamente? Sair para tomar um drinque ou uma noite para afogar as mágoas ainda rendem muitas dúvidas, ainda mais depois que o Conselho Nacional de Trânsito publicou a nova resolução que torna a Lei Seca mais rígida para os motoristas.

 

De acordo com as novas regras, o limite para que o condutor não seja multado passa de 0,1 miligramas de álcool para 0,05. Além disso, antes os exames de sangue poderiam acusar até 2 decigramas de álcool, mas agora nenhuma quantidade será tolerada. Para os infratores, a multa considerada gravíssima custa R$ 1.915,40.

 

Antes de pular Carnaval e cair na folia, vale a pena saber os limites da nova lei e, claro, também do próprio corpo. Por isso, o Terra conversou com da hepatologista Débora Dourado, do Hospital e Maternidade São Luiz, e com a nutricionista Tereza Cibella, da Consultoria Equilibrium, para tirar as principais dúvidas sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Confira a seguir.

 

Qual é a quantidade máxima de álcool que se pode ingerir diariamente?

A quantidade varia dependendo do sexo. De acordo com Débora, as mulheres podem consumir 40 g de álcool por dia, enquanto para os homens esse número sobe para 80 g. “Uma lata de cerveja tem 4% de teor alcoólico, enquanto um uísque tem de 40 a 50% - 100 ml de uísque equivalem a 40 g de álcool. Sendo assim, a mulher e o homem podem, respectivamente, tomar cinco e oito doses de uísque por semana sem que isso interfira significantemente na sua saúde”, explica a hepatologista. Vale lembrar que essa quantidade deve ser dividida durante os sete dias, e não consumida de uma vez só.

 

O único órgão afetado pela bebida é o fígado?

Diferentemente do muitas pessoas pensam, o fígado não é o único afetado pela bebida alcoólica. “Muito antes de atingir o fígado, o álcool age no sistema nervoso central e no cérebro, provocando alteração na consciência, euforia inicial e depressão. Em longo prazo, afeta também os nervos periféricos, causando neuropatias”, detalha Débora.

 

Quem já bebeu depois de algumas horas sem comer sabe que a experiência pode trazer consequências desagradáveis. De acordo com Tereza, isso acontece porque beber com o estômago vazio acelera e intensifica a absorção do álcool. “A ingestão de bebidas alcoólicas juntamente com alimento diminui essa absorção pelo organismo. É sempre recomendado consumir algo antes, durante e depois de consumir álcool. Evite alimentos com gordura e excesso de sal”, aconselha a nutricionista.

 

É verdade que os fermentados são menos agressivos ao organismo que os destilados?

Sim. Isso acontece porque os fermentados tem uma concentração menor de álcool. “As bebidas fermentadas, como a cerveja e o vinho, têm no máximo 18% de álcool, enquanto as destiladas podem atingir até 70%”, explica Tereza.

 

A mistura entre fermentados e destilados deixa bêbado mais rápido?

Pode parecer que sim, mas a mistura de bebidas não influencia na velocidade da embriaguez. “Não é a mistura que deixa a pessoa bêbada, mas sim a quantidade de álcool ingerida. Quem toma duas cervejas e depois consome uma dose de uísque ficará bêbado mais rápido do que quem só bebe cerveja, devido à unidade consumida”, justifica a hepatologista do Hospital São Luiz.

 

Alguns alimentos, como o bombom de licor, podem alterar o resultado do bafômetro. A quantidade de álcool presente no doce é suficiente para causar alterações na corrente sanguínea?

Não. Para quem fica receoso em ter problemas com a Lei Seca após comer um bombom de licor, saiba que o doce deixa de ser acusado no bafômetro entre 10 e 20 minutos após consumido. Além disso, a quantidade de álcool também não causa alterações no organismo, já que, de acordo com Débora, é rapidamente absorvida e não afeta o funcionamento das células nervosas.

 

 

Mesmo sem ser ingeridos, enxaguantes bucais também podem causar alteração no bafômetro. Por que isso acontece?

De fato, os enxaguantes bucais podem causar alterações no bafômetro, mas isso só pode ser constatado pouco tempo após o uso, assim como o bombom de licor. “Isso acontece pois o álcool presente no enxaguante bucal é umas das formas de eliminar as bactérias presentes na via oral, ficando presente tempo suficiente para ter ação eficiente e evaporando depois de alguns minutos”, disse Tereza.

 

Por que algumas pessoas têm amnésia alcoólica?

O álcool não causa o mesmo efeito em todos os seus consumidores. “O organismo de alguns indivíduos é mais suscetível aos efeitos das substâncias tóxicas do álcool no cérebro. Todos os efeitos causados pelo álcool variam de pessoa para pessoa. Uns ficam mais extrovertidos, outros ficam mais agressivos, outros choram”, explica Débora.

 

Existem alimentos que ajudam a curar a ressaca?

De acordo com as especialistas, o mais indicado parar “curar” ressaca é manter-se hidratado. “O ideal é consumir bastante água, água de coco e sucos naturais que ajudam a limpar o organismo. Os alimentos devem ser leves e de fácil absorção, como frutas e cereais integrais. Verduras e legumes também são ótimas opções, como pepino, cenoura, alcachofra, couve-flor, espinafre, couve e acelga”, recomenda a nutricionista.

 

Terra

Dividir um copo, uma garrafa na academia e até mesmo um batom é um hábito comum entre algumas pessoas, mas que pode trazer riscos à saúde. Ao compartilhar um copo, por exemplo, é possível pegar herpes, hepatite A, amigdalite e também viroses respiratórias, como explicou o infectologista Caio Rosenthal no Bem Estar desta sexta-feira, 8.

 

Se alguém com alguma doença bebe água e encosta a boca na borda do copo, já contamina a bebida – ou seja, mesmo que outra pessoa tome sem encostar a boca na borda, ela terá contato com a saliva que encostou na água. Para proteger a saúde da boca, a dica é lavar com água e sabão latas, garrafas e copos antes de serem usados; não adianta passar papel higiênico.

 

Além de copos, garrafas e latinhas, não é recomendável dividir também escovas de dente, aparelhos de barbear e batons. Esse hábito de compartilhar pode ou não causar problemas – o que determina isso são fatores como a resistência imunológica da pessoa, a temperatura local e o tempo de permanência dos microorganismos nesses objetos.

 

Os médicos alertaram também para o beijo, que pode transmitir as mesmas doenças transmitidas pelo copo, mas com muito mais riscos por ser um contato ainda mais direto. Porém, a troca de salivas só é um sinal de alerta se uma das pessoas tiver uma doença não tratada, ou seja, pessoas saudáveis não devem se preocupar.

 

Uma das doenças infecciosas causadas pela troca de saliva é a mononucleose, comum entre os adolescentes. Normalmente confundida com amigdalite, a doença não é grave e é diagnosticada por um exame de sangue. O vírus causador dessa infecção deixa a região do pescoço inchada, mas pode ou não aparecer, assim como o vírus do herpes.

 

O beijo também pode transmitir o vírus do herpes, assim como a divisão de copos, batons e também talheres. Porém, ele só é transmitido quando está “ativo”, ou seja, quando a lesão está aparente na boca ou nos lábios. Por isso, pessoas que têm herpes e estão em períodos de crise devem evitar contato com crianças, pessoas doentes e idosos.

 

Baixa imunidade, estresse, exposição solar e machucados são alguns dos fatores desencadeantes para os surtos do vírus do herpes. Normalmente, as lesões aparecem sempre no mesmo lugar, mas isso não é uma regra. Segundo o infectologista Caio Rosenthal, o tratamento da doença, feito com pomadas e comprimidos, é pouco eficaz.

  

Os médicos explicaram também como acontece o sapinho, nome popular dado a uma infecção provocada pelo fungo cândida. Mais comum em bebês de até dois anos, o sapinho pode deixar lesões esbranquiçadas na boca, por dentro ou nos lábios, deixando a criança desconfortável e com dificuldades para se alimentar.

 

A infecção acontece porque os pequenos ainda não têm a flora estabelecida, fazendo com que o fungo se prolifere mais intensamente. Outra causa é a baixa imunidade, quando a criança está sem se alimentar direito ou doente. Para proteger os bebês, a dica principal é cuidar muito da higiene bucal e evitar o contato com outras crianças que tenham sapinho.

 

O tratamento é feito com antibióticos antifúngicos, que podem ser prescritos por médicos ou dentistas. Estima-se que em, mais ou menos, 5 dias as lesões diminuam ou desapareçam. Porém, se os surtos de infecções forem recorrentes e os machucados não sumirem, a mãe deve levar o bebê ao médico para investigar se ele não tem, de repente, uma doença imunológica.

 

A baixa imunidade também pode desencadear o surgimento das aftas, lesões que aparecem na mucosa interna da boca. Não há informações do que pode causar as aftas, mas o que se sabe é que há uma tendência genética. As lesões, que duram mais ou menos 12 dias, podem ser desencadeadas também por machucados na boca, alterações hormonais, estresse e até sensibilidade a alguns alimentos.

 

Por exemplo, abacaxi e tomate, que são ácidos podem aumentar a acidez na boca e causar a afta. Se isso acontecer, é importante manter a boa higiene bucal para que a escovação diminua essa acidez – outra solução é fazer bochecho com água e bicarbonato de sódio, mas nunca aplicar o bicarbonato diretamente na afta.

 

G1

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