Estudos feitos em ratos demonstraram que estimular uma região adormecida no cérebro pode reduzir a abstinência de dependentes de cocaína, uma técnica que também pode funcionar em humanos, afirmaram cientistas.

 

Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos treinou ratos para se "autoadministrar" cocaína ao pressionar duas alavancas.

 

Depois de algumas semanas de treinamento, os ratos levaram um choque elétrico de intensidade média sempre que buscavam a droga, fazendo com que 70% deles desistissem, escreveram os cientistas na revista científica Nature.

 

Mas uma minoria "compulsiva" continuou procurando a droga, assim como ocorre com os dependentes humanos.

 

A equipe de cientistas mediu a atividade cerebral no córtex pré-límbico, parte do cérebro envolvida no controle de impulsos nos dois grupos de ratos. Eles descobriram que a atividade caiu nos dois grupos, mas de forma mais marcante no grupo de compulsivos.

 

Quando os cientistas "ativaram" os neurônios desligados, usando estímulo optogenético, o comportamento compulsivo em busca de cocaína parou, disse o autor Antonello Bonci, do Instituto Nacional de Abuso de Drogas em Maryland. E eles também poderiam fazer os ratos não compulsivos voltarem a ficar compulsivos inibindo os neurônios.

 

"Esta nova pesquisa mostra que o estímulo nesta parte do cérebro reduz os comportamentos de dependência, como a busca por cocaína", explicou Bonci por e-mail à AFP.

Tratamento para humanos

 

Ele disse que as descobertas trazem uma esperança para os humanos, destacando que estudos anteriores demonstraram uma atividade reduzida no córtex pré-frontal de usuários de cocaína.

 

Nos humanos, no entanto, um tipo não invasivo de estímulo seria usado, tal como o estímulo magnético transcraniano (TMS, na sigla em inglês), no qual pulsos magnéticos estimulam uma área pequena da superfície do cérebro.

 

Em contraste, o estímulo optogenético usado com ratos envolve a implantação de fibras ópticas no cérebro de um animal para excitar ou inibir as células cerebrais em resposta a estímulos de luz.

 

As técnicas de estímulo cerebral não invasivas, como o TMS, já são usadas para tratar uma série de doenças em humanos, inclusive a depressão.

 

"Nossos resultados podem ser traduzidos imediatamente no ajuste de pesquisa clínica em humanos", disse Bonci. "De fato, estamos planejando testes clínicos para usar metodologias de estímulo cerebral como o TMS."

 

A mesma região do cérebro não pode ser envolvida na dependência de todas as drogas ou em todas as pessoas, disse Bonci.

 

"Minha especulação e esperança é que devemos ter casos em que um simples aumento da atividade na região cerebral, como a região pré-límbica, pode reduzir os sintomas, mas estamos longe de uma terapia para todas as drogas de abuso", acrescentou.

 

 AFP

deguefebrealta542013Febre alta e persistente, dores no corpo e enjoos. Esses são sintomas de uma doença que está crescendo no Brasil: a dengue. Nas crianças, o diagnóstico é mais complicado que em adultos, porque os sinais se confundem com uma virose ou uma gripe. Mas um detalhe ajuda a diferenciar a dengue de outras doenças: as manchas vermelhas na pele. “Essas manchas são mais comuns em crianças”, afirma o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eitan Berezin.

 

“No sudeste asiático, onde também ocorrem surtos de dengue, ela atinge mais crianças. Mas, no Brasil, tanto adultos quanto crianças são vítimas”, comenta o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Simão Ferreira. Conforme boletim divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde, cresceu o número de pessoas contaminadas pelo vírus em 2013 - de 1º de janeiro a 16 de fevereiro, foram registradas 204.650 notificações; contra 70.489 no mesmo período de 2012. Por outro lado, os casos graves da doença e os óbitos diminuíram.

 

Hoje, apenas oito estados brasileiros concentram quase 85% dos casos de dengue no País, entre eles o Rio de Janeiro. A Secretaria Estadual de Saúde daquele estado divulgou que, dos 92 municípios fluminenses, 42 apresentaram epidemias da doença neste ano, um dado preocupante.

 

O tratamento da dengue é o mesmo para adultos ou crianças. Como a doença não tem cura, os pacientes são medicados para tratar os sintomas. “Hidratação é o mais importante. Salva a vida das pessoas”, afirma Ferreira. Segundo o médico, as mortes em decorrência da enfermidade poderiam ser evitadas se o atendimento aos pacientes fosse precoce.

 

Cuidados e inseticida

Para evitar a doença, vale a recomendação clássica: não deixar água limpa e parada, local em que o mosquito se reproduz. Como o inseto costuma infectar pessoas que moram perto dos locais onde nasce,  evitar sua proliferação controla também a doença.

 

E um alerta aos pais: o Ministério da Saúde afirma que os focos de reprodução do mosquito estão principalmente em ambientes domésticos. Outra dica é usar outras formas complementares de controle. “Os inseticidas destroem qualquer tipo de mosquito, incluindo os que transmitem doenças como a dengue e a malária”, diz Ferreira.

 

 

Agencia de conteúdo-Cartola

 

O edital do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (SUS): gestão compartilhada em saúde (PPSUS), edição 2012 foi lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi). O edital é fruto de uma parceria firmada entre a Fundação com a Secretaria de Estado da Saúde do Estado do Piauí (Sesapi), com o Ministério da Saúde (MS) e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

O valor dos recursos para financiamento do Programa é oriundo do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), vinculado ao Ministério da Saúde e do Tesouro Estadual do Piauí. “Esse é um grande edital da Fapepi. A gente vai disponibilizar recursos da ordem de mais de 1 milhão de reais, e vai contratar propostas de aproximadamente 70 mil reais. Então a idéia da Fapepi, do Governo do Estado como um todo, e da Sesapi é que a gente possa apoiar pesquisas cientificas, acadêmicas e tecnológicas na área da saúde, e que essas pesquisas saiam do laboratório para chegar ao Sistema Único de Saúde, para chegar a população e para melhorar a vida das pessoas”, ressalta Bárbara Melo.

 

Os projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos deverão ser enquadrados nos seguintes temas: Vigilância e Atenção em Saúde, Doenças Negligenciadas e Políticas de Gestão e Educação na Saúde. “Em maio do ano passado aconteceu aqui no Piauí, organizado pela Sesapi e pela Fapepi, uma Oficina de Prioridades (de Pesquisa em Saúde), em que foram escolhidas as três grandes áreas temáticas, que são áreas demandadas para pesquisa na área da saúde no estado do Piauí”, lembra Bárbara Melo.

 

O edital 03/2013 da Fapepi “objetiva apoiar pesquisas no âmbito do SUS. São pesquisas que serão financiadas com recursos do Tesouro Estadual por meio da Fapepi e da Sesapi. Esse edital é muito importante porque ele foi regionalizado, foi uma perspectiva do Ministério da Saúde e do CNPq, de descentralizar recurso, de forma que esses recursos atendam as demandas locais”, explica Bárbara Melo, presidente da Fapepi.

 

As modalidades dos projetos de pesquisa estão definidas em Faixa A e Faixa B. A primeira contempla as propostas para pesquisador Doutor, no valor de até R$ 70.000 (setenta mil reais) e a segunda para Mestre ou Doutor, no valor de até R$ 30.000 (trinta mil reais). Ambas deverão respeitar a proporcionalidade de 70% para custeio e 30% para capital.

 

De acordo com o cronograma de execução do edital, a submissão das propostas ocorrerá entre os dias 01 de Abril a 15 de maio deste ano, e deveram ser apresentadas sob a forma de projetos de pesquisa. Para tanto, é necessário seguir os passos descritos no item 3.1. do edital. Já as propostas impressas deverão ser protocoladas na FAPEPI até o dia 17 de maio acompanhadas da documentação complementar.

 

Clique aqui e veja o edital completo.

 

Assessoria de Comunicação da Fapep

 

 

 

 

ernanaiO secretário estadual da Saúde do Piauí, Ernani Maia,  falou em entravista sobre a situação da saúde no estado. Segundo o secretário, ainda há deficiência de profissionais nos hospitais do interior do Piauí, mas a Sesapi adota medidas, como a criação da Força Estadual do SUS.

 

Ernani falou sobre a carência de médicos nos hospitais do interior: "Os 22 hospitais do interior têm ainda deficiência de médico para as especialidades, principalmente oftalmologia, ortopedia, cirurgia-geral, ginecologia, neurologia, cirurgia-pediátrica. A deficiência maior coincide com a demanda maior também, onde tem maior demanda nessas seis áreas, é também onde tem a maior deficiência de médicos, tanto que no concurso foram ofertadas 4 mil vagas, mas só passaram 1500. Esses hospitais regionais têm deficiência de médico e aí a demanda está lá porque três quartos da população do estado está no interior e Teresina possui um quarto da população do estado", disse o secretário.

 

Para solucionar o problema da falta de médicos será criada a Força Estadual do SUS: "Nós vamos proporcionar, pelo fato de lá não ter médico, nós vamos levar daqui, para cirurgia de média complexidade sob a forma de rodízio permanente, não é mutirão, é uma ação permanente de assistência na média complexidade de cirurgia dessas seis áreas. Nós vamos levar médicos efetivos do estado, e que será regulamentado através de um decreto do governador, que nós vamos chamar de Força Estadual do SUS. Existe a Força Nacional do SUS e terá a Força Estadual do SUS para cirurgia de média complexidade nos hospitais regionais, pelo fato de lá não ter profissional, lá não tem e nós vamos levar médicos do quadro do estado", garantiu.

 

Outra medida apresentada pelo secretário será alterar a lei do plano de cargos e carreira dos médicos: "Estamos avaliando também a possibilidade de alterar a lei do plano de cargos e carreira dos médicos, no sentido de que o médico que faça parte da Força Estadual do SUS. Nós vamos discutir isso com o sindicato dos médicos, mas o médico que ficar um ano na Força Estadual prestando essa assistência, ele vai ascender no plano de cargo mais rápido, a gente quer lançar isso ainda nesse semestre".

 

GP1