A V Jornada de Autismo aconteceu no Cine Teatro da Assembleia Legislativa do Piauí neste final de semana 5, 6 e 7 com o objetivo de discutir o tema: “Autismo e inclusão: discutindo metodologias” para promover o conhecimento das pessoas e familiares que se relacionam com algum autista, seja no ambiente de trabalho, escolar ou nas relações sociais do dia a dia.

 

O encontro foi alusivo ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, comemorado no dia 2 de abril e promovido pela Associação de Amigos Autistas do Piauí (AMA).

 

A psicóloga da associação, Jaísa Marques, explica que o autismo não é uma doença como a população pensa, segundo ela o autismo se trata de uma síndrome, sendo que cerca de 10% a 15% dos casos de autismo tem uma causa genética específica e identificável e afirma ainda que os sintomas mais comuns são as birras, déficit de atenção e deficiência na hora de se expressar.

 

Para a psicóloga o acompanhamento da família durante o tratamento é importante e lembra que uma terapia disciplina é capaz de amenizar ou mesmo extinguir as deficiências psíquicas causadas pela síndrome. Para ela ainda existe um preconceito considerável por parte da sociedade, “existe preconceito sim, embora já seja possível mensurar a diminuição dele, por conta de palestras como essa, com a finalidade de informar e conscientizar a população sobre o problema”. Completou.

 

Danilo de Sá Carvalho, psicólogo e palestrante no encontro, disse que o acompanhamento escolar de pessoas com necessidades especiais é complexo, levando em conta as dificuldades de aprendizado que elas possuem. Ele também lembra que a escolha da escola é fundamental para se ter um aprendizado adequado e satisfatório e confessa que o maior desafio ainda é a desqualificação de muitos profissionais que lidam com essa debilidade nas redes públicas e privadas do Estado do Piauí, razão pela qual considera a necessidade de mais investimentos assistências por parte do  poder público local.

 

“A legislação que proporciona à atenção a pessoas com a síndrome está avançando, mas em contramão ainda falta uma execução dessas medidas, por parte dos poderes competentes”. Destaca.

 

De acordo com a organizadora da associação, Fátima Pinho, a atuação dos parlamentares estaduais petistas tem sido importante para a AMA, ao relatar que o deputado Fábio Novo PT, apresentou um projeto, que já se encontra em fase de licitação na Secretaria de Educação e Cultura do Piauí (Seduc); para ela, o projeto visa à reforma do atual prédio da associação e diz também, que foi por intermédio da deputada Rejane dias PT, que o governador do Piauí cedeu o atual prédio onde está instalada a AMA, hoje.

 

cidadeverde

hipertensao832013O Dia Mundial da Saúde, comemorado nesse domingo, 07, colocou em debate a hipertensão arterial, responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais, segundo a Organização Mundial da Saúde.  Silenciosa, a doença não apresenta sintomas na maioria dos casos, segundo o cardiologista da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Heno Ferreira Lopes, e os casos só aumentam, indica pesquisa do Ministério da Saúde: a proporção de brasileiros diagnosticados passou de 21,6% em 2006, para 23,3% em 2010. “Hoje, no Brasil, um em cada três brasileiros em idade adulta sofre com a pressão arterial elevada”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Roberto Franco.

 

“A maioria dos pacientes hipertensos não sente absolutamente nada porque a doença se vai se desenvolvendo aos poucos na vida da pessoa. Começa lá embaixo e vai aumentando no decorrer dos anos. O organismo vai se acostumando com a pressão e não emite alerta”, explicou Lopes. A ação discreta da hipertensão culmina no descobrimento tardio. Apenas quando a doença não é crônica, é possível perceber sintomas nos picos de pressão alta, como desconforto no peito, dores de cabeça, na nuca e visão com pontos cintilantes.

 

Após anos de estudo, segundo o cardiologista, a pressão ideal foi definida em 140 por 90. “Maior, é considerada hipertensão”, reforçou Lopes. Os números citados, aplicados na prática, representam a tensão nas paredes dos vasos sanguíneos gerada pelo bombeamento do sangue, que é feito pelo coração. O número maior indica a pressão provocada quando o coração se contrai para distribuir o sangue e o menor, quando ele relaxa. 

 

A pressão alta pode começar cedo, segundo Lopes, 3% das crianças e adolescentes enfrentam o problema no mundo. No entanto, ela costuma “se instalar” entre 30 e 50 anos e tem mais risco de se desenvolver conforme a idade. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, o índice de pacientes com idade entre 18 e 24 anos é de 8% contra 50% para a faixa etária acima de 55 anos. O diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%), do que em homens (20,7%).

 

Além dos riscos de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, a pressão alta pode prejudicar a visão, disse o oftalmologista Rento Braz. Segundo ele, a doença crônica provoca alterações na micro circulação, enrijece as artérias e pode causar trombose na retina. “É um quadro agudo, o sangue não passa pela veia, ocorre hemorragia e o comprometimento da visão”, detalhou.

 

O histórico genético tem alto peso sobre a incidência da hipertensão. “Se o pai e a mãe têm, a chance é de 50%. Se apenas um dos genitores possui, vai para 30%. Mas mesmo quando o caso não é com os pais, mas com avôs, existe o risco”, disse Lopes. Maus hábitos alimentares, consumo de alimentos industrializados, obesidade, bebidas alcoólicas, uso frequente de descongestionantes nasais e abuso do sal intensificam os riscos. Pessoas com problemas renais, endocrinológicos, hipertireoidismo, hipotireoidismo, entre outras, têm mais tendência a desenvolver o problema.

 

A prevenção, segundo os especialistas, é evitar todos os hábitos que aumentam a incidência da doença. “A receita é não ser sedentário, consumir legumes e frutas, controlar o consumo de bebidas alcoólicas e o estresse”, enumerou o cardiologista.  O tratamento inclui uma rotina mais saudável e o uso de medicamentos de acordo com o perfil do paciente.

 

Terra

Estima-se que, anualmente, sejam diagnosticados mais de 12 milhões de casos de câncer em todo mundo, causando mais de 7 milhões de mortes. No Brasil, todos os tipos da doença possuem tratamento na rede pública de saúde.

 

Estudo do Instituto Nacional de Câncer - José Alencar Gomes da Silva (Inca) - aponta que o câncer representa a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças do coração. Para chamar a atenção de todas as nações sobre importância da discussão sobre a doença e instituir políticas de prevenção,  foi instituído o Dia Mundial do Combate ao Câncer, 8 de abril.

 

No Brasil, no ano passado, foram descobertos mais de 52.680 casos de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Em relação ao câncer da próstata, foram registrados mais 60.180 casos entre brasileiros em 2012. Em 2013 são esperados mais de 500 mil novos casos.

 

Para diminuir esta incidência, o Ministério da Saúde intensificou estratégias para ampliar o acesso da população aos serviços públicos de diagnóstico e tratamento de câncer. No caso das mulheres, por exemplo, a oferta do serviço de mamografia móvel contribui para ampliar o número de mulheres, na faixa etária prioritária (50 a 69 anos), que devem se submeter ao exame de mamografia e que vivem, preferencialmente, em áreas remotas e de difícil acesso.

 

Vale destacar que todos os pacientes com a doença podem obter tratamento gratuito na rede pública de saúde, incluindo novas terapias.  O paciente tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60 (sessenta) dias contados a partir do dia em que for confirmado o diagnóstico em laudo médico ou em prazo menor, conforme a necessidade. Pacientes com câncer também têm acesso privilegiado para a obtenção de remédios para tratar a doença.

 

Números do câncer no mundo

 

A cada ano, o câncer provoca cerca de 8 milhões de mortes no mundo. Estima-se que um terço dessas mortes poderia ter sido evitado com mais prevenção, detecção precoce e acesso aos tratamentos existentes

 

A doença

 

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo.

 

As causas externas referem-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de uma sociedade. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas.

 

Tratamento

 

Existem várias modalidades de tratamentos. A principal é a cirurgia, que pode ser empregada em conjunto com radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas pelo SUS.

 

Lei 12.732

 

A Lei 12.732  fixa  prazo de até 60 dias para o tratamento de câncer maligno pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O prazo vale a partir do diagnóstico da doença.

 

De acordo com a publicação, o prazo de 60 dias será considerado cumprido quando o tratamento for efetivamente iniciado, seja por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais graves, o prazo poderá ser inferior ao estabelecido.

 

Prevenção

 

A prevenção do câncer nem sempre é possível, mas há fatores de risco que estão na origem de diferentes tipos de tumor. O principal é o tabagismo. O consumo de bebidas alcoólicas e de gorduras de origem animal, dieta pobre em fibras, vida sedentária e obesidade também devem ser evitados para prevenir os tumores malignos.

 

Instituto Nacional de Câncer (Inca)

 

Desde 1938, o Inca presta assistência médico-hospitalar gratuita a pacientes diagnosticados com câncer.

 

Vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), possui cinco unidades hospitalares na cidade do Rio de Janeiro. Para ser atendido, o médico deve encaminhar o paciente já com diagnóstico confirmado de câncer ou com grande suspeita da doença (exame de radiografia, tomografia ou ressonância magnética).

 

 Brasil.gov.br

zumbido842013Muita gente pode achar careta ou “coisa de velho”, mas o protetor de ouvido é um acessório fundamental para a saúde da audição. Em situações de som muito alto, como festas ou shows ou até mesmo no trânsito, por exemplo, é importante ter consciência dos riscos e tomar algumas atitudes simples que podem evitar o zumbido e até mesmo danos futuros muito maiores para o ouvido, como alertou a otorrinolaringologista Tanit Sanchez no Bem Estar desta segunda-feira, 8.

 

De acordo com a otorrinolaringologista, depois de uma festa, é muito comum que ocorra uma perda temporária da audição, geralmente acompanhada de um zumbido, reflexo de uma lesão no ouvido. Por isso, além do protetor auricular, é essencial também fazer pequenos intervalos de 5 a 10 minutos a cada hora para se afastar dos ambientes mais barulhentos.

 

Na maioria das vezes, o zumbido dura apenas algumas horas, o que faz a pessoa acreditar que é normal, quando na verdade, é um grande sinal de fragilidade auditiva e deve ser levado a sério. Caso o zumbido permaneça no dia seguinte, é fundamental procurar um médico o quanto antes porque a reversão desse quadro é mais provável no período de até 48 horas – se não tratado corretamente, pode ficar para sempre.

 

Porém, é importante alertar que o zumbido não é uma doença, mas um sintoma de diversas doenças diferentes. Existem casos de pacientes que o escutam apenas no silêncio ou quando prestam atenção em seus ouvidos, mas nem todos se incomodam. Se incomodar, o zumbido pode atrapalhar bastante a qualidade de vida, inclusive a leitura, a concentração no trabalho e até mesmo o sono - principalmente no caso de pessoas que têm bruxismo ou problemas na articulação da mandíbula.

 

Fora a lesão isolada causada pela exposição ao som alto, existem diversas outras causas do zumbido – a mais comum é a perda auditiva, mas pode ser provocado também pelo envelhecimento, pressão alta, colesterol alto, diabetes, maus hábitos alimentares, otites, labirintites, tumores do nervo auditivo ou até mesmo depressão.

 

De acordo com a otorrinolaringologista Tanit Sanchez, vale ressaltar que a perda de audição não é “coisa de velho” e pode ocorrer muito antes da velhice. Estima-se que a perda auditiva comece a partir dos 30 anos, quando as células ciliadas vão se perdendo – danos irreversíveis. A partir dos 50 anos, a perda pode evoluir e fazer com que a pessoa tenha dificuldade no entendimento da fala, o que pode interferir em seu convívio social.

 

Já a relação da depressão com a perda auditiva foi explicada pelo psiquiatra Orestes Forlenza – quem tem problemas de audição ou visão tem mais chances de desenvolver esse distúrbio, além da psicose tardia e também da demência. Segundo o médico, o ser humano é um ser social, que vive melhor em comunidade, por isso o isolamento por causa de uma limitação de sentido é um fator de risco para problemas mentais e cognitivos.

 

Por causa dessa relação, o tratamento da perda auditiva pode, inclusive, ajudar a melhorar o quadro desses distúrbios psicológicos. Para evitar essas conseqüências, a dica da otorrinolaringologista Tanit Sanchez é usar próteses auditivas, mas sempre com orientação médica. Além disso, praticar atividades que estimulem outras regiões do cérebro também pode ajudar.

 

G1