Um novo estudo divulgado nos EUA mostra que o consumo de refrigerantes dietéticos não induz as pessoas a comerem alimentos mais açucarados ou calóricos, em comparação a pessoas que só bebem água.
Alguns pesquisadores desconfiavam que bebidas adoçadas artificialmente poderiam perturbar os hormônios envolvidos nas sensações de fome e saciedade, o que levaria as pessoas a comer mais. Outros teorizavam que os refrigerantes diet poderiam reforçar a preferência por sabores doces, o que se traduziria no consumo de alimentos mais calóricos.
"Nosso estudo não fornece evidências que sugiram que um consumo em curto prazo de bebidas dietéticas, em comparação com a água, aumente a preferência por alimentos e bebidas doces", escreveu a principal autora do estudo, Carmen Piernas, no American Journal of Clinical Nutrition.
Piernas, da Universidade da Carolina do Norte, e seus colegas avaliaram 318 adultos obesos ou com sobrepeso, todos eles consumindo mais de 280 calorias diárias em bebidas.
Dois terços deles foram orientados a substituírem pelo menos duas doses diárias por água. Outro terço foi orientado a adotar as bebidas dietéticas - Coca Diet ou chá Lipton diet.
Após três a seis meses, os dois grupos haviam perdido peso e passaram a consumir em média cerca de 500 calorias a menos por dia. A única diferença é que o grupo que passou a tomar mais água estava comendo mais frutas e legumes após seis meses, enquanto as pessoas que adotaram os refrigerantes dietéticos comiam menos sobremesas, em comparação aos hábitos alimentares prévios ao estudo.
"Isso é o contrário do que se esperaria se o consumo de refrigerante diet aumentasse a preferência por doces", disse o pesquisador de nutrição Vasanti Malik, da Escola de Saúde Pública de Harvard, que não participou do estudo.
Pacientes com dor crônica nas costas podem ter uma nova esperança para aliviar o desconforto: injeções de veneno de abelha para reduzir a inflamação. A descoberta tem suas raízes em antigos remédios tradicionais, quando picadas de abelhas eram usadas para curar uma ampla gama de doenças. As informações são do jornal Daily Mail.
Um experimento conduzido na University of North Carolina investigou os efeitos que o veneno da abelha exerce nas dores nas costas e nas pernas. Os pesquisadores descobriram que a dor pode ser reduzida em dois terços, mas como outros tratamentos também foram usados no estudo, é difícil pontuar precisamente o real efeito do veneno. Além disso, análises feitas na University of Exeter mostraram que o veneno é rico em componentes que podem amenizar as dores articulares.
Agora, um novo experimento usará injeções de veneno de abelha no combate à dor lombar crônica. O veneno seco será transformado em gel e injetado em 10 tradicionais pontos de acupuntura nas costas. Acredita-se que a prática pode estimular os nervos e os tecidos musculares.
O novo estudo, que será conduzido no University Hospital de Gangdong, na Coreia, irá envolver 100 pacientes. Metade deles receberá o tratamento real e metade uma medicação fictícia. Ambos os grupos receberão um total de seis sessões ao longo de três semanas.
Um segundo e mais amplo experimento irá envolver 300 pacientes e usará a injeções em pessoas com osteoartrite do joelho. Os participantes receberão 20 injeções no joelho em um período de 12 semanas. Um em cada três receberá apenas placebo e, ao final da experiência, os níveis de dor serão comparados.
A respeito dos estudos, o porta-voz da Arthritis Reserach, do Reino Unido, disse que há muitos indícios de que o veneno de abelha possa ser usado para tratar a artrite inflamatória e também reduzir a dor. “Ainda não foi feito um julgamento clínico robusto para provar que o veneno de abelha é um tratamento eficaz. Este novo estudo coreano pode fornecer evidências se ele pode ser um bom tratamento para dores nas articulações."
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) vai promover, nos dias 28 de fevereiro e 1° de março, em Teresina, um Seminário de Integração dos Gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento será realizado no Diferencial Buffet e reunirá os 224 secretários municipais de Saúde do Piauí e coordenadores da Atenção Básica.
Participarão do evento, profissionais de áreas técnicas da Sesapi, representantes do Ministério da Saúde, Ministério Público e entidades parceiras da saúde. "O objetivo é promover espaços de discussão e apropriação das políticas e programas em defesa do SUS no contexto atual", explica o secretário da Saúde, Ernani Maia, que ministrará palestra no seminário sobre o tema.
“Tendo em vista que 90% da gestão municipal foi renovada, queremos, através deste encontro, fazer um elo das ações da Sesapi com estes novos gestores, tratando na oportunidade de assuntos que sejam de interesse da população”, disse Eliandra Andrade, da diretoria de Planejamento da Sesapi.
A abertura do seminário está marcada para às 9h, do dia 28, com a participação de entidades como Conselho Estadual de Saúde (CES) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Antes, 8h, haverá inscrição dos participantes.
Para mais informações: Diretoria de Planejamento da Sesapi (86 3216 3598)
Local do evento: Diferencial Buffet (Rua São Pedro, nº 3.000, bairro Ilhotas, entre as ruas Mato Grosso e Goiás)
Uma pesquisa inédita conduzida na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) conseguiu comprovar que a acupuntura pode ser utilizada para combater complicações decorrentes de cirurgias para a retirada do câncer de mama, diminuindo, inclusive, o tempo de recuperação de males como a falta de mobilidade dos membros superiores e do linfedema (inchaço nos braços e pescoço provocado por má circulação).
A pesquisadora Michele Alem, da Faculdade de Ciências Médicas, mostrou, em sua tese de doutorado, que o método ajuda a combater os sintomas mais rápido do que a medicina convencional. "Houve melhora significativa nas limitações de amplitude de movimento de ombro na flexão, bem como no grau do linfedema, após o sexto mês de terapia com acupuntura", relata.
O procedimento padrão utilizado para combater o problema é drenagem linfática manual, que deve ser realizada em, no mínimo, três vezes por semana, com duração aproximada de 90 minutos. Além disso, a paciente deve permanecer com faixas nos locais, o que dificulta a realização das atividades diárias.
Já com a acupuntura, são necessárias menos sessões, que também duram menos tempo, para que os efeitos sejam alcançados. "Nosso trabalho utilizou uma sessão semanal, de 30 minutos", contou.
O tratamento com acupuntura para esse tipo de caso ainda não é disponibilizado na rede pública de saúde. "Por enquanto, apenas alguns fisioterapeutas, em consultórios particulares, estão utilizando essa técnica", comenta a pesquisadora, afirmando que, com a publicação do estudo, essa situação pode mudar. "Trata-se de uma comprovação inédita e, por isso, a técnica pode ser recomendada para a rede pública no futuro", disse.
Prevenção
Alem ressalta, porém, que a técnica mostra mais eficácia quando utilizada logo após a cirurgia, de maneira preventiva. "As mulheres são orientadas a aprender a conviver com o inchaço crônico do braço, somente procurando ajuda quando o quadro já está instalado, impedindo ou dificultando a realização das atividades de vida diária. Se as sessões forem feitas desde o pós-operatório, os resultados melhoram ainda mais, inclusive impedindo o aparecimento dos linfedemas", comenta.
Outro dado animador, segundo Michele, é que, além da melhora acontecer com menos sessões realizadas, nenhuma das pacientes analisadas apresentou quadros de flebite (inflamação na veia), mesmo aquelas que anteriormente ao tratamento apresentavam crises periodicamente, chegando em alguns casos a necessitar internação.
O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil. São quase 60 mil novos casos por ano, com uma média de 12 mil mortes, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Combate ao Câncer). Cerca de 25 mil mulheres precisam fazer a mastectomia (retirada cirúrgica da mama). Entre essas pacientes, 63,6% têm problemas no pós-operatório.
Nos casos mais severos, o linfedema causa grande dor e impede a realização de atividades corriqueiras, como tarefas domésticas. Já a diminuição na capacidade de movimentação ocorre quando a mulher perde mais de 20 graus de amplitude de movimento (o normal é 180 graus).
Como foi feita a pesquisa
Na pesquisa, realizada de fevereiro a dezembro de 2004 em pacientes das Redes de Combate ao Câncer de Rio Claro e São Carlos, foram avaliadas 29 mulheres portadoras de câncer de mama submetidas à mastectomia radical ou quadrantectomia com esvaziamento axilar e que apresentavam linfedema e diminuição na amplitude dos movimentos.
As mulheres que aceitaram participar do estudo foram submetidas ao total de 24 sessões de acupuntura, sendo uma por semana, totalizando seis meses de tratamento.
Foi realizada uma avaliação prévia à intervenção para a determinação do linfedema e da restrição da amplitude dos movimentos e as avaliações foram repetidas ao final do primeiro, do terceiro e do sexto mês de tratamento. Os critérios de avaliação foram aplicados em questionários que mensurava a sensação de bem-estar, impacto da cirurgia sobre a vida, sono, atividades de vida diária, sensação de peso e repuxamento no membro afetado.