Beber suco de beterraba todos os dias pode ajudar as pessoas que sofrem de pressão alta, segundo pesquisadores. Eles descobriram que um copo diário da bebida pode diminuir a pressão em 7%. As informações são do Daily Mail.
Isso acontece por conta dos níveis naturalmente elevados de nitrato no alimento, substância também encontrada em repolho, aipo e outros vegetais de folhas verdes, como espinafre.
O estudo envolveu oito mulheres e sete homens com pressão entre 140 e 159 mm Hg, que não tomavam medicamentos para o problema. Os participantes ingeriram 250 ml de suco de beterraba ou de água contendo uma pequena quantidade de nitrato, e tiveram a pressão monitorada por 24 horas, segundo aponta um relatório do jornal Hypertension da American Heart Association.
Para o estudo, o suco de beterraba continha 0,2 g e nitrato, nível correspondente a uma bacia de alface ou duas beterrabas. “Ficamos surpresos porque foi necessária uma baixa quantidade de nitrato para um efeito tão grande“, disse Amrita Ahluwalia, líder do estudo e professor de farmacologia vascular na Escola de Medicina de Londres.
Comer alimentos ricos em nitrato desencadeia uma série de reações químicas no sangue, o que pode aumentar o oxigênio no organismo. “Nossa esperança é que a ingestão maior de legumes com alto teor de nitrato pode ser uma mudança simples no estilo de vida que melhora a saúde cardiovascular”, comemorou Amrita.
Pesquisas anteriores também mostraram que a beterraba aumenta a resistência e pode impulsionar o fornecimento de sangue para áreas vitais do cérebro.
Pessoas com mais de 65 anos são mais propensas a sofrer perda de memória e falta de estabilidade ao beber que as mais jovens. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de Baylor, nos Estados Unidos. Os dados são do jornal Daily Mail.
Os pesquisadores testaram o impacto do álcool em ratos de laboratório e concluíram que os mais velhos sofrem mais os efeitos negativos do álcool. “Implicações de saúde, como quedas, acidentes e se esquecer de tomar remédio são muito fáceis de concluir”, disse o cientista Douglas Matthews.
Vale acrescentar que um levantamento recente da University College de Londres, na Inglaterra, revelou que milhões de adultos enganam-se em pensar que são bebedores modestos, quando consomem o suficiente para serem classificados como excessivos. Fora isso, sugere que cerca da metade da população adulta bebe muito.
Os alimentos fortificados são aqueles que recebem a adição de algum nutriente, como ferro, vitaminas, ômega 3, cálcio, fibras e ácido fólico. Essa adição ajuda a reforçar o valor nutritivo do alimento e ainda previne a deficiência desses elementos importantes para a saúde, como explicou o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues no Bem Estar desta segunda-feira, 15.
Geralmente, farinhas, pães, bolos, sucos, iogurtes e leites são alguns dos tipos que são enriquecidos com essas substâncias. Por exemplo, no Brasil, toda farinha de trigo produzida tem que obrigatoriamente ser fortificada com ácido fólico – por isso, alimentos como pão de forma, bolos, macarrão, massas de pizza ou outros que levam farinha têm esse nutriente.
No caso do ácido fólico, o ginecologista José Bento ressalta que ele é importante principalmente para a mulher que pretende engravidar porque ajuda na formação do tubo neural do bebê – a deficiência desse nutriente pode levar a problemas de formação do feto ou até mesmo à anencefalia.
Por isso, quem quer ficar grávida deve aumentar a ingestão de ácido fólico 3 meses antes da gestação e manter essa dieta até o 3º mês de gravidez – depois disso, a mulher continua com uma suplementação, mas em menor quantidade.
Já o ferro também é importante para a saúde da mulher, não só na gravidez, mas também no período fértil. A deficiência desse nutriente é a causa mais freqüente de anemia nas mulheres, mas também nas crianças e idosos.
De acordo com o ginecologista José Bento, a carência de ferro pode causar também falta de ar, cansaço, fraqueza muscular, baixa imunidade, redução da capacidade de concentração, taquicardia, queda de cabelo, fraqueza nas unhas e até mesmo infertilidade.
Segundo o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues, o ferro é um mineral de baixa absorção e, por isso, a indústria fortifica vários alimentos com ele, como a farinha de trigo, leites, bolachas recheadas e massas, por exemplo. No entanto, esse nutriente pode ser adquirido naturalmente através da carne, que é o alimento com maior absorção pelo organismo.
Os especialistas falaram também do ômega 3, um tipo de gordura, que tem ação antioxidante, faz bem para o cérebro e pode evitar doenças e controlar o colesterol, como explicou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui. Entre os alimentos enriquecidos, está o ovo – nesse caso, a galinha é alimentada com uma ração rica em ômega 3 e o nutriente acaba sendo transmitido para o ovo, como mostrou a reportagem do Bem Estar.
Probióticos
No Bem Estar desta segunda-feira, 15, o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui explicou também a importância desses microorganismos, presentes em alimentos que sofrem fermentação, como iogurtes, queijos, fermentos e vinhos, por exemplo. Se ingeridos em quantidades adequadas, os probióticos podem contribuir muito para o funcionamento intestinal e, por isso, são considerados como bactérias boas para a saúde.
Segundo o médico, o intestino é composto por bactérias boas e ruins que competem pelo mesmo alimento. A ingestão de antibióticos, maus hábitos alimentares ou contato com outros microorganismos podem causar o desequilíbrio dessas bactérias e trazer conseqüências como diarreia, desidratação e problemas de absorção dos nutrientes. Por isso, a ingestão dos alimentos com probióticos podem ajudar a manter esse equilíbrio – porém, para ser considerado probiótico, as bactérias dos alimentos precisam chegar vivas ao intestino.
Além dos probióticos, existem os prebióticos, que são tipos de fibras que servem de alimento para os probióticos no trato gastrointestinal; e também os simbióticos, que são uma junção de probióticos com prebióticos em um mesmo produto.
Os secretários de saúde do Nordeste demonstraram preocupação ao tomarem conhecimento através do Piauí que a queda na taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da região deve chegar a 11,4% nos próximos anos. Os dados constam no estudo “Mudanças Climáticas, Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro, 2000-2050”, elaborado pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Fundação Oswaldo Cruz. Para evitar a perda de receita, os gestores decidiram, ao final da reunião desta sexta-feira em Fortaleza, formalizar uma “Carta do Nordeste” ao Governo Federal onde pedem um incremento no teto financeiro dos estados em 12%, o que equivale a R$ 10 milhões para cada estado.
“Esse estudo mostra a queda do nosso PIB, mostra o agravamento das doenças crônico-degenerativas da população de idosos, que aumentará de tamanho e deverá contribuir para uma elevação de R$ 1,43 bilhão nos gastos com saúde em 2040. Vamos agir. Não vamos cruzar os braços. Vamos atrás do Governo Federal, todos nós somos cidadãos. Estamos discutindo aqui problema de água para seres humanos do Nordeste, problema esse que só aumenta. Até quando? Não vamos largar isso até que seja resolvido” disse o secretário de saúde do Piauí, Ernani Maia.
A Carta do Nordeste pede ainda ao Governo Federal, dentre vários pontos, universalização da água em quantidade e qualidade para consumo humano de todas as famílias do Nordeste, Implantação de tecnologias diversificadas e apropriadas de captação e tratamento de água, assegurando o controle social na gestão e manejo de fontes de distribuição, que todas as escolas e unidades de saúde tenham oferta permanente em quantidade suficiente de água tratada, garantir o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) e que seja normatizado junto ao setor bancário para agilizar a liberação de recursos nos períodos de seca no Nordeste, além de garantir a aquisição de Estação de Tratamento Móvel para tratamento de água bruta a ser destinada ao consumo humano, particularmente ofertada por carro pipa.
O secretário da Saúde do Ceará e vice-presidente do Conass no Nordeste, Arruda Bastos, disse que a seca dificulta o planejamento da saúde por causa do comprometimento dos recursos. “Como um estado do Nordeste que já tem um orçamento insuficiente pode planejar fora da sua normalidade?”, questionou. A secretária adjunta da Saúde de Pernambuco, Tereza Campos, falou sobre a necessidade de cuidar da “aflição dos aflitos”, expressão que dá título à Carta do Nordeste.
O documento será entregue ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no dia 24 de abril, durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília. A Carta do Nordeste será também encaminhada à presidenta Dilma Rousseff. A próxima reunião dos secretários do Nordeste acontece no final de maio na cidade de Recife, Pernambuco.
Outras reivindicações da Carta do Nordeste
- Garantia de eficiência, efetividade e comprovação dos controles geomonitorados de carros pipas contratados pela Defesa Civil.
- Criar condições técnicas e financeira para ações de Vigilância Ambiental da qualidade da água ofertada para consumo humano.
- Garantia de financiamento para a gestão e controle da água distribuída coletivamente por programas federais e estaduais de governo.
- Garantir assistência técnica e financeira para o fomento de alternativas agroecológicas de produção de alimentos e forragem adaptadas à escassez de água.
- Implantar programa emergencial de suplementação alimentar para gestantes, nutrizes e crianças até dois anos de idade, assegurando um processo de educação alimentar.
- Desenvolver estudos em epidemiologia de desastres a fim de identificar repercussões na carga de doenças e nos custos adicionais para a saúde no Nordeste.
- Ampliar e fortalecer o Programa Saúde da Família (PSF) nos municípios atingidos pela seca, visando proteger crianças e adolescentes dos efeitos e riscos dos desastres naturais e favorecer ações educativas de convivência com o semi-árido.
- Ampliar e fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial visando o acolhimento dos sertanejos afetados e em sofrimento por desastres naturais.
- Ampliar e fortalecer o Programa de Saúde-Escola nos municípios atingidos pela seca, visando proteger crianças e adolescentes dos efeitos dos desastres naturais.
Fortalecer a Atenção Básica de saúde, ampliando recursos para as Equipes de Saúde da Família e a qualificação dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias.
-Assegurar financiamento diferenciado para o Nordeste do Piso da Atenção Básica (PAB fixo) e Teto da Vigilância em Saúde, visando reduzir os impactos na saúde coletiva da população exposta à seca e os efeitos de uma maior carga de doença.