O primeiro Centro Estadual de Referência e Recuperação AD Feminino do Piauí vai atender 60 usuárias de álcool e drogas, com idade mínima de 18 anos. As mulheres permanecerão como moradoras por até nove meses de tratamento e contarão com o apoio de uma equipe multiprofissional para atendimento psicossocial.
De acordo com a gerente de Atenção à Saúde Mental, Álcool, Craque e Outras Drogas (Sesapi), Leda Trindade, para receber atendimento no Centro, a pessoa precisa procurar o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD) mais próximo. “De lá, elas serão encaminhadas para o Centro de Referência, onde será feita uma triagem com psicólogo”, esclarece a gerente, ressaltando que a internação é feita de forma voluntária. “A paciente precisa querer o tratamento”, enfatiza.
Leda Trindade destaca, ainda, que o Piauí possui 21 comunidades terapêuticas, porém, todas são masculinas. “O investimento no Centro é de extrema importância, porque em todo o Estado existe a necessidade de uma unidade de acolhimento voltada especificamente para as mulheres que estão desamparadas”, frisa.
Com estrutura e tratamento adequado às definições do Ministério da Saúde, o Centro contará com dormitórios, banheiros, refeitório, teatro, quadras e campo esportivos. Através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o Governo do Estado está readaptando o Centro Social Urbano (CSU) do bairro Buenos Aires, zona Norte de Teresina, para atender e promover a recuperação de mulheres. Conforme a gerente de Atenção à Saúde Mental, Álcool, Craque e Outras Drogas, as obras serão inauguradas até o próximo mês de julho.
Duas novas vacinas, contra a dengue e a febre chikungunya (CHIK), foram desenvolvidas pela empresa Themis, de Viena, e após estudos preliminares prometem uma proteção eficaz contra ambas as doenças. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 27, pela companhia austríaca Viennese biotech boutique Themis em comunicado, após publicar os dados dos estudos clínicos que acabam de ser concluídos.
Ambas as vacinas "candidatas" mostraram uma boa eficácia, afirma a nota.
"Com apenas uma vacinação contra a febre de chikungunya foi possível o alcançar uma proteção completa", enquanto a fórmula contra a dengue é efetiva para quatro esteriótipos conhecidos da doença. Baseada nos bons resultados, a Themis começará antes do fim deste ano o estudo da primeira fase clínica para ambas as vacinas.
As duas doenças são virais e transmitidas pelo mosquito "Aedes aegypti" e "Aedes albopictus", que são criados na água acumulada em recipientes e objetos em desuso.
A dengue, única Doença Tropical Desatendida (ETD) que se expandiu na última década, multiplicou sua incidência por 30 nos últimos 50 anos, segundo afirmou em janeiro a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela pode ser mortal e já é uma doença endêmica em 100 países do mundo, incluindo quase todos da América Latina.
A chamada artrite epidêmica chikungunya é uma cepa de febre viral transmitida pelos mosquitos "Aedes aegypti" e "Aedes albopictus", endêmica no Sudeste Asiático e zonas da África.
As dietas líquidas que propõem a substituição de refeições por milk shakes são mal vistas por nutricionistas. Os especialistas normalmente defendem que a perda rápida de peso pode ser ruim para o organismo e esse tipo de dieta não garante que a pessoa aprenderá a comer de forma saudável após o emagrecimento. E de fato muitas pessoas voltam a ganhar peso depois de dietas líquidas. Porém, uma pesquisa, divulgada pelo jornal Daily Mail, sugere que dietas líquidas de baixa caloria podem combater a obesidade e até reverter alguns casos de diabetes tipo dois.
O motorista de táxi escocês James Aitken, por exemplo, é um dos pacientes que se beneficiou com essa nova abordagem. Há um ano, com 1,67 m, ele pesava 165 kg e seu IMC era de 56, dados suficientes para que fosse diagnosticado como alguém com obesidade mórbida. Ele chegou a cogitar desistir da profissão, já que sua barriga era pressionada pelo volante, enquanto isso, o taxista também foi obrigado a passar a injetar insulina para controlar sua diabetes. “Até a Lola, minha cachorra, estava engordando, porque eu não podia levá-la para caminhar mais pois meus joelhos doíam muito. Eu queria brincar com meu neto Cooper, mas agachar era impossível”, contou.
Muitos médicos afirmaram que a única maneira de James perder de 15 kg a 30 kg, o mínimo recomendado para fazer diferença na condição geral de sua saúde, seria fazer uma cirurgia de redução de estômago. "Eu estava nervoso de ter que fazer a operação pelos riscos e também por ter ouvido falar que grande parte dos pacientes precisam fazer uma nova cirurgia mais tarde”, disse.
No entanto, James decidiu fazer parte de um programa do governo escocês que tentava testar a eficácia de uma dieta líquida contra o sobrepeso. Durante três meses o taxista ingerir todos os alimentos na forma de bebidas nutricionalmente balanceadas. As vitaminas de frutas e alimentos salgados forneciam 800 calorias por dia. “É um choque inicial para os pacientes. Essas pessoas poderiam ingerir de 3 a 4 mil calorias por dia. Então, nos primeiros dias eles passam fome, mas, surpreendentemente, a maioria se adapta rapidamente e dentro de uma semana já não sentem tanto desejo por alimentos”, relatou a enfermeira Mhri Swanson.
No final do tratamento James havia perdido 38 kg e atingiu um IMC de 43,5. Um ano depois, ele ainda mantém um plano de alimentação saudável e não apenas manteve o peso, como perdeu ainda mais. Atualmente ele está perto dos 120 kg, graças também a visitas regulares a academia. Porém, o mais importante são as melhorias em sua saúde. Agora ele não apenas pode abandonar o uso de injeções de insulina como até diminuiu o uso de medicamentos, já que sua glicose está sob controle.
De acordo com a edição de fevereiro do British Journal of General Practice, cerca de 30% das 90 pessoas que participaram da pesquisa perderam entre 15 e 20 kg e conseguiu manter o peso durante um ano.
As autoridades escocesas estudam a aplicação de dietas líquidas a partir do sistema público de saúde. Mike Lean, professor de nutrição da Universidade de Glasgow que liderou a pesquisa, esta discutindo sobre o financiamento de um estudo ainda maior com 200 pessoas para estudar o benefício da dieta para diabéticos. "O aumento do número de pessoas obesas ou diabéticas custará bilhões. Se os resultados da pesquisa se repetirem isso poderia representar uma economia muito grande”, defendeu o especialista em obesidade Tont Leeds.
Outro benefício para James, foi a melhora das dores nos joelhos. "Lola está satisfeita também, porque nós estamos saindo para passear de novo e depois eu ainda tenho energia para brincar com Cooper", contou.
De fato, na Dinamarca, uma dieta líquida está prestes a se tornar a primeira linha de tratamento para pessoas com osteoartrite do joelho. O tratamento nasceu através de um estudo realizado com 175 pacientes. Durante a pesquisa eles não apenas perderam muito peso com 60% apresentou também melhora significativa na dor e incapacidade de realizar tarefas.
“Até alguns anos atrás a única oferta a esses pacientes era o uso de analgésicos e conselhos para perder peso. A osteoartrite normalmente torna os ossos fracos, reduzindo a densidade mineral óssea. E a dieta líquida pode melhorar essa condição porque permite que o paciente ingira a dose diária recomendada de todos os aminoácidos, vitaminas e minerais. Receber uma dose extra de vitamina D, por exemplo, é vital para a reconstrução dos ossos”, contou o reumatologiata Henning Bliddal.
De acordo com o especialista, cerca de 10% das pessoas com mais de 55 anos têm problemas nos joelhos e está acima do peso. A dieta é uma alternativa para que esses pacientes melhorem as condições da cartilagem danificada. O estudo dinamarquês, publicado no European Journal of Clinical Nutrition, em 2011, concluiu que a dieta líquida foi "eficaz e segura".
De fato, apesar das preocupações de que uma queda rápida de calorias pode ser ruim, novas evidências apontam que ela pode diminuir os níveis de colesterol também. Alguns pesquisadores sugeriram ainda que ela pode até reduzir os sintomas de asma. No entanto, para fazer um regime com restrição de calorias, seja líquida ou sólida, é essencial fazer um acompanhamento com um especialista.
O plenário do Senado aprovou ontem, 26, projeto que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a reconstrução da mama de mulheres que sofrerem de câncer, preferencialmente na mesma cirurgia em que ocorrer a retirada.
Pelo projeto, caso não seja possível fazer a reconstrução na mesma cirurgia, ela deve ocorrer logo que a mulher tiver condições clínicas de passar pelo procedimento. O objetivo é impedir que a cirurgia seja adiada seguidas vezes de modo a fazer com que a mulher que perdeu a mama desista do procedimento.
O projeto havia sido aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e seguiu, em regime de urgência, para o plenário. Por não ter sido alterado em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto segue para sanção presidencial.