aspirinaUma das mais amplas análises já feitas sobre o assunto, encomendada pelo Serviço Nacional de Saúde britânico (National Health Service - NHS), aconselha que pessoas saudáveis não usem aspirina para evitar ataques cardíacos ou câncer. O levantamento, realizado pelo setor de pesquisas do NHS, afirma que o remédio não deve ser consumido em doses diárias até que sejam levantadas mais provas de seus benefícios.

 

A aspirina faz com que o sangue fique menos espesso e, por isso, reduz as chances de formação de coágulos que podem causar um ataque cardíaco ou derrame. Já foram feitas até pesquisas que sugerem que o remédio pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer, o que levou a discussões sobre as possíveis vantagens do uso de aspirinas por pessoas saudáveis.

 

Diante de novos questionamentos sobre o assunto, o NHS pediu a uma equipe da Universidade de Medicina de Warwik que avaliasse estudos sobre os efeitos do medicamento. Segundo os pesquisadores, dar aspirina a todos para evitar ataques cardíacos e derrames "causaria danos, devido ao aumento do potencial de sangramentos".

 

 

Quanto à prevenção do câncer, os pesquisadores avaliam que as provas não são fortes o suficiente para que se chegue a uma conclusão, mas os testes com aspirina feitos atualmente darão resultados mais claros nos próximos cinco anos.

 

"Os riscos estão em um equilíbrio delicado e, no momento, não há provas para aconselhar as pessoas a tomar (o remédio)", diz Aileen Clarke, que liderou a análise na Universidade de Medicina de Warwik. "Seria ótimo falar que pessoas acima dos 50 anos devem tomar uma aspirina por dia e terão menos casos de câncer, mas a pesquisa ainda não foi concluída e devemos ser cautelosos."

 

 

 

"Temos que ser extremamente cuidadosos com a promoção em excesso da aspirina", acrescentou a pesquisadora.

 

 

BBCBrasil

O governador Wilson Martins e o secretário de saúde Ernani Maia lançam, nesta quinta-feira, 24, às 11:30h, a Força Estadual da Saúde (FES-SUS). A Força é um programa de cooperação da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí, que tem como objetivo a prevenção de fatores de risco, doenças e agravos de relevância epidemiológica, prestação de assistência médica, odontológica e psicológicas a populações desassistidas, bem como a implantação de instalações sanitárias em situações onde esteja caracterizada a situação de risco à saúde pública.

 

É uma ação permanente, que tem início pela cidade de Floriano na sexta, 25 e sábado, 26, na área de cirurgia pediátrica. Médicos do estado vão realizar cirurgias de média complexidade nas áreas de oftalmologia, ortopedia, cirurgia-geral, ginecologia, urologia e cirurgia-pediátrica em cidades do interior. “Os médicos já estiveram em Floriano fazendo uma triagem e selecionaram 70 crianças que precisam passar por um procedimento cirúrgico”, explica o secretário Ernani Maia.

 

As cirurgias serão realizadas no Hospital Regional Tibério Nunes. Compõem a FES-SUS, quatro cirurgiões, três anestesiologistas, três enfermeiros e quatro técnicos auxiliares. Os profissionais foram selecionados através de inscrição realizada no site www.saude.pi.gov.br

 

“Estamos discutindo esse trabalho há mais de seis meses para tentar minimizar a falta de profissionais no interior. Tudo foi discutido com as entidades médicas. A Força Estadual da Saúde vai trabalhar em regiões que estejam desassistidas”, afirma o secretário de saúde, Ernani Maia.

 

 

Ernani conta ainda que a Força terá, ainda, um papel de ensino e aprendizagem. “Teremos um convênio com a UESPI, através da Facime, onde poderão estar os preceptores com os residentes, os acadêmicos e os médicos efetivos do estado nos locais onde tem desassistência”, afirma o gestor.

 

govpi

gorduracoracaoAs gorduras saturadas da manteiga, do queijo e da carne vermelha não são tão prejudiciais para o coração como se pensava até agora, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira, 23, na revista médica British Medical Journal. A pesquisa foi coordenada por Aseem Malhotra, um dos cardiologistas mais prestigiados do Reino Unido e especialista do hospital universitário de Croydon, em Londres. Em seu artigo, Malhotra afirma que o consumo de produtos com pouca gordura "paradoxalmente" aumentou o risco de ter doenças cardiovasculares.

 

 

Segundo o especialista, as pessoas consomem todo tipo de produtos desnatados pensando que são melhores para a saúde e que ajudarão a perder peso, mas que, na realidade, muitos deles contêm grandes quantidades de açúcares acrescentados. A explicação é que a indústria alimentícia substitui as gorduras eliminadas nos alimentos por açúcares e adoçantes, já que a comida livre de gordura não é tão saborosa, acrescentou Malhotra.

 

 

No entanto, acrescenta o especialista, é necessário diferenciar as chamadas "gorduras trans" (encontradas em fast food, produtos de confeitaria e margarina), que são prejudiciais, e as gorduras do leite, do queijo e da carne, que não são ruins para a saúde. O especialista criticou a "obsessão" médica com os níveis de colesterol, que levou milhões de pessoas a tomarem muitos remédios com estatinas para reduzir a quantidade de gorduras prejudiciais no sangue. Para isso, o cardiologista recomenda que as pessoas com risco de sofrer doenças cardiovasculares façam uma dieta mediterrânea rica em peixes oleosos, azeite de oliva, verduras e frutos secos.

 

 

"É hora de romper o mito do papel das gorduras saturadas nas doenças do coração" que esteve presente na indicação dietética e nas recomendações nutricionais durante quase quatro décadas, afirmou Malhotra. A teoria foi respaldada por outros especialistas como David Haslam, Chefe do Fórum Nacional sobre a Obesidade, que afirmou que a evidência científica está demonstrando atualmente que os carboidratos refinados e o açúcar são na realidade os culpados pelo aumento da gordura no sangue.

 

 

 

Timothy Noakes, professor de ciências do esporte e da atividade física na Universidade da Cidade do Cabo, acrescentou que "o pior erro médico de nossa época foi considerar a alta concentração de colesterol no sangue como a causa exclusiva da doença cardíaca coronária".

 

 

EFE

A vacina de gripe pode fazer mais do que prevenir a infecção. Uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association" mostra que pessoas vacinadas tiveram menos risco de sofrer problemas cardíacos no ano seguinte à imunização do que quem recebeu uma injeção com placebo.

 

A relação valeu especialmente para quem tinha tido problemas cardíacos recentemente.

 

"Se ainda há pessoas que por qualquer motivo não tomam a vacina ou acham que não precisam, essa é mais uma demonstração de por que ela ajuda", afirmou Jacob Udell, líder do estudo, da Universidade de Toronto.

 

Estudos anteriores mostram que pessoas que ficam gripadas têm maior risco de sofrer derrame, falência cardíaca e doenças cardíacas. A infecção pode causar inflamação pelo corpo todo e piorar problemas cardíacos preexistentes.

 

O novo estudo analisou trabalhos anteriores com 6.735 participantes, a maioria na faixa dos 60 anos e um terço com histórico de doenças cardíacas. No total, 3% dos que receberam a vacina tiveram infarto ou derrame no período de um ano. Entre os não vacinados, 5% tiveram problemas.

 

Entre as pessoas que haviam tido problemas cardíacos recentemente, a diferença foi maior. Cerca de 10% dos vacinados cardíacos tiveram problemas após a vacina, enquanto que 23% dos não vacinados sofreram eventos cardiovasculares.

 

Folha de são Paulo