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exame-de-sangueO ministro da saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta terça-feira uma portaria que muda as regras para a doação de sangue. A portaria determina a obrigatoriedade da realização de um exame considerado mais seguro para a detecção do vírus da aids e da hepatite tipo C nas bolsas de sangue coletadas para doação. O NAT (teste de ácido nucleico) detecta a infecção dos vírus em menos tempo que os demais exames aplicados e, com isso, reduz as chances de transmissão de sangue contaminado. Os hemocentros de todo o país terão 90 dias para se adaptar às novas normas.

 

Atualmente, o sangue coletado para doação passa pelo teste Elisa, para averiguar, entre outros vírus, se há a contaminação de HIV e das hepatites B e C. O NAT vai se somar a esse exame e ao questionário que avalia o histórico do doador para diminuir os riscos ao paciente que vai receber a doação. Ao contrário do Elisa, que consegue detectar a incidência dos vírus por meio dos anticorpos produzidos pelo paciente infectado, o NAT identifica a contaminação com base em indicadores do ácido nucleico.

 

Janela imunológica, o NAT é considerado mais seguro por diminuir a janela imunológica, período em que o paciente já está contaminado, mas os exames não detectam o vírus. Ele reduz de 35 para doze dias a possibilidade de identificação da hepatite C e de vinte para dez dias do vírus da aids. "O teste é um padrão mundial, usado como uma forma de excluir potenciais doadores que possam transmitir algum risco", explicou Padilha.

 

Segundo o ministro, o NAT já é oferecido em todos os bancos de sangue do Sistema Único de Saúde (SUS) e agora vai ser obrigatório também para a rede privada, hoje responsável por cerca de 30% das transfusões sanguíneas no Brasil. O exame foi desenvolvido pela Fiocruz e vai ser oferecido gratuitamente aos hospitais particulares. O Ministério da Saúde estima que até o fim de 2014 o NAT vai ser usado também para a detecção da hepatite B e do vírus da dengue.

 

Ampliação da idade: A portaria assinada pelo ministro Alexandre Padilha amplia de 67 para 69 anos a idade máxima para doação de sangue no Brasil. Com essa nova faixa etária, a expectativa é aumentar em dois milhões o público de potenciais doadores. A mudança foi baseada em países como Estados Unidos, França e Espanha, que já adotam os 69 anos como limite para a doação sanguínea. 

 

Em 2012, a pasta diminuiu de 18 para 16 anos a idade mínima dos doadores, contanto que os responsáveis autorizem o procedimento. Com a ampliação das idades mínima e máxima, houve a abertura de 8,7 milhões de possíveis doadores.

 

Fonte: veja.abril