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Talvez você não note, mas o seu pé pode dizer muito sobre a saúde do seu organismo como um todo. Conversamos com especialistas no assunto para saber mais detalhes.

 

Dedos dormentes

 

Sentir dormência nos dedos dos pés pode ser sinal de problemas de circulação. “Quando os dedos perdem a sensibilidade significa que o sangue não está circulando como deveria nesta região”, alerta Paulo Camiz, professor do Hospital das Clínicas de São Paulo.

 

Isso pode acontecer por fatores do dia a dia, como o usar calçados muito apertados, ou até mesmo por complicações mais sérias, como a síndrome de Raynaud. Esse segundo caso se trata de uma condição que chega a atingir 3% da população mundial e afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo quando exposto a baixas temperaturas. O problema pode ser prevenido facilmente (em geral, basta manter a região afetada aquecida), mas vale conversar com seu médico para entender um pouco mais sobre o assunto.

 

Formigamento

Se você sente seus pés formigarem com frequência, é hora de ligar o sinal vermelho. Seu corpo pode estar indicando problemas em processar o açúcar do sangue. Em outras palavras, essa sensação nos pés pode indicar diabetes. “A doença danifica os nervos mais compridos e longos do corpo, localizados na extremidade dos membros inferiores”, alerta Camiz. Este é, geralmente, o primeiro sinal da doença.

 

Unhas frágeis e quebradiças

Você sabia que as unhas têm o poder de refletir a qualidade nutricional das suas refeições? Por isso, caso perceba que as suas andam precisando de uma boa base fortalecedora, antes de ir à manicure, faça uma visita à sua nutricionista. Pois é possível que você precise reforçar o cardápio, com mais ingredientes ricos em vitaminas e minerais.

 

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hipertensaoA ajuda médica imediata é fundamental para limitar os danos ao cérebro, muitas vezes devastadores, de pacientes que sofrem um Acidente Vascular Cerebral (AVC) - conhecido também como derrame cerebral.

 

Tal intervenção pode, de fato, marcar a diferença entre ter uma lesão cerebral leve ou uma grave incapacidade ou até morte.

 

No entanto, a maioria das pessoas que sofre deste mal não identifica o que está acontecendo no momento de um derrame e deixa de buscar ajuda mesmo várias horas depois dos primeiros sintomas.

 

Com frequência, os pacientes minimizam estes sintomas, acreditando que são temporários e vão desaparecer. Mas, após poucos minutos em que a circulação de sangue no cérebro é interrompida, as células começam a morrer.

 

Sintomas de alarme

O sintoma mais comum de um derrame é a fraqueza repentina no rosto, no braço ou na perna, quase sempre em um lado do corpo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

De acordo com o serviço de saúde pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), é preciso chamar imediatamente os serviços de emergência caso seja notado algum dos seguintes sintomas:

 

- Paralisação no rosto: Uma parte do rosto pode parecer "pendurada". O paciente pode não sorrir, ou a boca e o olho podem parecer flácidos.

 

- Fraqueza nos braços: Uma pessoa que está sofrendo um AVC pode não ser capaz de levantar os dois braços e mantê-los suspensos. Ela pode, por exemplo, sentir-se fraca ao levantar um copo. Outro sinal de alerta é a dormência no braço.

 

- Dificuldade na fala: O paciente pode perceber sua fala lenta, articular mal as palavras ou dizer coisas confusas e incoerentes. Algumas pessoas podem ficar totalmente incapazes de falar, apesar de estarem acordadas.

 

Outros sintomas que precisam de atenção são problemas súbitos com um ou ambos os olhos; dificuldade repentina em andar; tonturas; perda de equilíbrio ou falta de coordenação; dor de cabeça súbita e severa; confusão e problemas de percepção.

 

O que ocorre durante um derrame?

Como todos os órgãos, para funcionar corretamente, o cérebro precisa do oxigênio e dos nutrientes que o sangue carrega. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando esse fluxo sanguíneo é interrompido.

 

Isso pode acontecer devido a um coágulo que bloqueia a passagem do sangue ou a ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro.

 

O NHS estima que uma em cada quatro pessoas que sofrem um derrame cerebral morre - e aqueles que sobrevivem muitas vezes adquirem sérios problemas de longo prazo como resultado de danos cerebrais.

 

Pessoas mais velhas correm maior risco de ter um AVC, embora eles possam acontecer a qualquer idade, incluindo entre crianças. Mas, de acordo com a médica e apresentadora da BBC Saleyha Ahsan, a probabilidade de sofrer um derrame cerebral dobra a cada década após os 55 anos.

 

Ainda assim, em 2015, um relatório da organização britânica Stroke Association alertou para um crescimento "preocupante" da incidência de AVCs entre homens e mulheres mais jovens, com idade entre 40 e 54 anos. No Reino Unido, foram registrados, em 2014, 6.221 homens vítimas de AVC nesta faixa etária - um aumento de 1.961 casos em comparação a 2000. Entre as mulheres, foram 1.075 casos a mais.

 

Segundo especialistas, o aumento se deve a hábitos de vida menos saudáveis - como o aumento da obesidade, sedentarismo e dietas pobres -, além do crescimento populacional e mudanças nos hospitais.

 

Recomendações chave

Ahsan também recomenda monitorar a taxa de batimentos cardíacos por minuto.

 

A fibrilação atrial, um distúrbio do ritmo cardíaco que gera batimentos irregulares, pode multiplicar o risco de AVC em cinco vezes.

 

Além disso, é importante estar atento e pedir ajuda médica se houver um miniderrame, conhecido na medicina como acidente isquêmico transitório (AIT).

 

Neste caso, os sintomas são os mesmos, mas temporários, e desaparecem antes das 24 horas. Às vezes, podem durar apenas alguns minutos.

 

Mas ignorá-los é perigoso: de acordo com Ahsan, uma em cada 12 pessoas que tem um miniderrame sofre um grande AVC em menos de uma semana.

 

Muitos especialistas alertam que, além da hipertensão, colesterol, diabetes e fibrilação atrial existem outros fatores que aumentam o risco de sofrer um AVC, como tabagismo, obesidade, falta de atividade física e dieta pobre.

 

 

BBC Brasil

pernainquietasPor muitos anos, Mary Rose lutou para dormir e manter o sono, porque constantemente tinha a sensação de que sua pele estava sendo atacada por insetos.

 

"Imagine ter um enxame de abelhas zunindo dentro da pele das suas pernas, te picando", diz ela, descrevendo a sensação. "É muito, muito doloroso".

 

A historiadora de arte tem uma condição chamada síndrome das pernas inquietas, que a tortura durante a noite.

 

"Faz você querer arranhar suas pernas e levantar durante a noite para dar uma caminhada - é impossível se deitar e dormir, porque as pernas se contorcem de forma incontrolável", explica Rose, que hoje está na casa dos 80 anos de idade.

 

Os sintomas de Mary Rose eram tão severos que ela não queria dormir à noite.

 

'Não dormia de jeito nenhum'

Mary Rose não consegue lembrar quando o problema começou, mas sua condição ficou sem diagnóstico por muitos anos.

 

"As pessoas diziam: você tem cãibra, você deve tomar quinino ou dormir com rolhas de cortiça na sua cama (simpatia contra cãibra). E eu tentei tudo isso".

 

Claro que nada teve efeito. A historiadora também tentou passar pomada nas pernas para aliviar a sensação de picada, mas a melhora nunca durava o sufuciente para deixá-la dormir por toda a noite. Visitas ao seu médico também não adiantaram.

 

Um dia ela foi encaminhada para a clínica do sono do hospital Guy's and St Thomas's, em Londres. Lá, passou a ser tratada pelo neurologista Guy Leschziner.

 

"A síndrome das pernas inquietas é uma desordem neurológica muito comum, que causa uma necessidade incontrolável de se mexer, particularmente à noite, e é comumente relacionada a uma sensação desconfortável nas pernas", explica Leschziner.

 

"Afeta um em cada 20 adultos e pode causar severa deprivação do sono".

 

Nos seus piores dias, Mary Rose só conseguia dormir por poucas horas. "Eu já passei noites inteiras sem dormir absolutamente nada", diz ela. "Eu estava muito cansada e até pegava no sono, mas então eu acordava por uma ou duas horas e algumas vezes chegava até a me levantar".

 

A síndrome das pernas inquietas é frequentemente genética, mas também pode ter outras causas, inclusive deficiências de ferro e gravidez.

 

É geralmente fácil de tratar. Para a maioria das pessoas, simplemente evitar cafeína, álcool e alguns tipos de medicamento pode ser suficiente. Fazer um leve exercício, alongar-se ou massagear a perna também ajuda. Mas, para algumas pessoas, pode ser necessário tomar remédios.

 

A situação de Mary Rose é tão difícil que a medicação era sua única opção. Seu médico tem usado uma combinação de remédios para controlar os sintomas. E parece estar funcionando, desde que ela mantenha a dosagem.

 

"Eu estou livre das pernas inquietas", diz. "É verdade que algumas vezes eu ainda tenho um ataque, tão terrível que parece que estou andando toda a noite. Mas é minha culpa, porque eu esqueci de tomar os remédios".

 

Estratégias de distração

Embora o tratamento esteja funcionando, Mary Rose ainda não é capaz de ter uma noite de sono inteira.

 

"Eu sinto muito em dizer isso, mas o fato de minhas pernas estarem mais sob o controle não afetou meus padrões de sono".

 

"Acordo sempre às 3h da manhã".

 

Leschziner diz que isso não é incomum. "O que você descreve é na verdade muito comum em pessoas que tiveram seu sono interrompido por muitos anos, e isso se tornou um hábito adquirido".

 

O medo da noite adiante e a constante interrupção do sono podem persistir por muitos anos.

 

O médico diz que algumas pessoas precisam de treinamento para dormir - reaprender que cama é igual a sono, em vez de um símbolo de tortura e de uma noite difícil.

 

Com estes conselhos, Mary Rose desenvolveu suas próprias estratégias para lidar com a insônia, resultante de anos de interrupção do sono, provocada pela síndrome das pernas inquietas.

 

"Ao escutar os meus áudio-livros ou música, meu cérebro começa a parar de trabalhar e então eu me sindo preparada para dormir. Mas isso não significa, necessariamente, que eu vou conseguir dormir mais do que algumas horas", diz ela.

 

"O que você está fazendo, na realidade, é distrair-se", explica o médico Leschziner. "Ao pensar na história ou na música que você está escutando, você deixa de prestar atenção no processo de ir dormir. Então, o cérebro entra no modo passivo e o sono chega como se fosse por acidente".

 

 

BBCBrasil

Foto: divulgação

Força para virar o jogo, para enxergar a vida de outro ponto de vista! A história da modelo Paola Antonini é parecida com a de milhares de brasileiros que enfrentaram, ou ainda enfrentam, o desafio de se adaptar a uma prótese. Paola perdeu a perna quando foi atropelada por uma motorista que dirigia embriagada.

 

Entre as principais causas de amputações no Brasil estão a diabetes e o tabagismo (entre os idosos) e as colisões e atropelamentos automobilísticos (entre os jovens).

 

No caso da diabetes, o controle da glicemia e os cuidados com feridas nos pés podem prevenir essa tragédia. No trânsito, se todos reduzissem a velocidade, poderiam reduzir também o potencial de mutilação e mortes. Estudos comprovam que, ao ser atropelado, o risco de morte de um pedestre é de 20% quando o veículo está transitando a 50 km/h e de 60% quando a 80 km/h. Uma pequena redução, de 5% da velocidade, pode diminuir o risco de mortes em 30%.

 

As amputações ocorrem quando há redução do fluxo sanguíneo para os membros ou quando as artérias são estreitadas (caso da diabetes e do tabagismo) ou são danificadas. A falta de irrigação sanguínea causa infecção e morte dos tecidos. Outras razões de amputações são cânceres e infecções. As deficiências motoras atingem 7% da população do país, segundo o Censo de 2010.

 

Saúde dos pés - No caso dos diabéticos é muito importante estar atento. Diariamente, deve-se verificar a presença de cortes, rachaduras, inchaços, bolhas, feridas, infecções ou achados incomuns. Um espelho pode ajudar a ver a planta dos pés. Observe sempre a cor das pernas e pés, caso haja inchaço, calor ou vermelhidão ou dor, procure uma equipe de saúde. Limpe cortes ou arranhões com sabonete neutro e água e cubra com um curativo seco para pele sensível. Corte as unhas sempre em linha reta. Lave e seque bem os pés todos os dias, especialmente entre os dedos. Aplique uma loção hidratante para a pele todos os dias e retire todos os excessos. Troque as meias também diariamente. Use sempre um sapato confortável e do tamanho adequado. Os saltos devem ser baixos (menos de 5 cm de altura) e procure comprá-los no fim da tarde, já que os pés costumam inchar ligeiramente ao longo do dia. Evite o frio e o calor extremo (incluindo a exposição ao sol).

 

Próteses - As próteses são tecnologias que substituem a função de partes do nosso corpo, como as pernas. As mais avançadas podem chegar a R$ 250 mil e o custo de manutenção, cuja frequência varia, é de 10% do valor. Infelizmente é uma realidade para poucos.

 

A maioria das pessoas que necessita não tem acesso à próteses adequadas ou tem de esperar mais de um ano por elas. O SUS garante próteses básicas que permitem caminhar e ter uma vida normal, mas não atividades de alta performance.

 

O sucesso das próteses também depende das condições de saúde gerais da pessoa, seus nervos, músculos, vasos, além da reabilitação para aprender a usá-las da maneira correta. As próteses de membros superiores, como mãos, raramente são usadas por ainda não terem sensibilidade e porque invariavelmente, o paciente consegue desenvolver a capacidade de utilizar outros membros.

 

Órteses e meios auxiliares - Também há dificuldade no acesso às órteses, por exemplo, as utilizadas para auxiliar no posicionamento das pernas das crianças que nascem com malformação. E há restrição ainda ao acesso aos meios auxiliares de locomoção, como muletas, cadeiras de rodas e bengalas. Em relação às bengalas e muletas, há muitos erros no uso. Por exemplo, as muletas axilares já foram banidas, mas continuam sendo prescritas e compradas. O melhor são as muletas canadenses, que ficam apoiadas no antebraço.

 

O trabalho de reabilitação é importante para aprender a distribuir o peso. No caso das bengalas, um erro comum é usá-las no mesmo lado da lesão, quando na verdade o ideal é utilizar do lado contrário, para aliviar a carga. Outro erro é a altura da bengala, o braço tem de ficar numa posição de relaxamento, nunca retraído ou muito esticado.

 

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