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O uso dos canabinóides, substância derivada da Cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha, é um avanço da ciência que promove inúmeros feitos na medicina. No Piauí, o Ceir e as universidades Federal e Estadual, estão à frente das pesquisas, e com a produção, o medicamento poderá ser melhor estudado.

 

O presidente da Associação Reabilitar, Benjamim Pessoa, explica que o uso do canabidiol é liberado para pessoas com crise convulsiva refratária e que a produção vai ajudar a mostrar para a população os seus efeitos. “A produção dessa substância é um avanço para o Estado e para a medicina, iremos ter mais material de estudo para analisarmos os benefícios e todos os seus efeitos colaterais” afirma.

 

A pesquisa, que foi iniciada no primeiro semestre de 2017, é um investimento do Estado que visa uma melhora na qualidade de vida da pessoas que sofrem com convulsões e epilepsias, como afirma o governador Wellington Dias. “Adotamos na rede de saúde do Piauí, pacientes que fazem uso do medicamento, de forma gratuita. Antes importávamos o canabidiol da Califórnia e do Israel, o que gerava um custo muito elevado, e a partir da autorização da produção, o Piauí passa a produzir seu próprio produto, com um investimento de cerca de 1 milhão de reais”, pontua.

 

As Universidades, começarão a produzir o medicamento no início do ano de 2018, juntamente com a fundação de pesquisas da secretaria de Saúde e o Ceir. Em 2018, o estado contará com uma câmara setorial de biotecnologia para apoiar a produção.

 

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melatoninaApesar de ser vendida livremente em muitos países da Europa e também nos Estados Unidos, no Brasil o suplemento de melatonina ainda é pouco conhecido, já que é considerado um medicamento e só é produzido sob prescrição médica em farmácias de manipulação.

 

No entanto, há vários usos para esse tipo de hormônio natural, que vão desde enxaqueca a distúrbios do sono. Além disso, um pesquisador brasileiro mostrou que a melatonina também pode ajudar a controlar o diabetes e até mesmo diminuir o apetite.

 

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo organismo. “É o neurohormônio do sono”, diz Fábio Porto, neurologista do Hospital Sírio-Libanês.

 

“Ela pode ajudar a regular o sono. Como o distúrbio de sono é um dos principais gatilhos ou fatores desencadeantes para enxaqueca, quem tem insônia ou restrição de sono tem muito mais chance de ter crise”, explica.

 

Porto afirma que, quando o sono chega, ele fica relativamente estável na maioria das pessoas, e o papel da melatonina aí é apenas promover a mudança do estado de vigília para o estado do sono.

 

Como a melatonina é produzida naturalmente pelo organismo ao cair do dia, quem tem a produção normal e se afasta de fontes luminosas – especialmente da luz azul – costuma ter um bom ritmo biológico.

 

No entanto, há pessoas que têm deficiência na secreção do hormônio – idosos podem ter uma baixa – ou até mesmo não produzem adequadamente por causa do estilo de vida. E é aí que o suplemento de melatonina pode agir com bastante eficácia.

 

“Oficialmente, a melatonina não faz parte do arsenal terapêutico para tratamento do transtorno da insônia”, explica Andrea Bacelar, neurologista e coordenadora do Departamento Científico do Sono da Academia Brasileira de Neurologia.

 

Ela, porém, reconhece que há indicação quando a produção de melatonina da pessoa está baixa. E explica o porquê: “É preciso saber se a pessoa tem dificuldade de iniciar o sono porque tem insônia ou se ela está querendo dormir ou indo para a cama em um horário diferente do seu ritmo biológico”.

 

Se o problema for se forçar a dormir em horários que o corpo não está acostumado, a melatonina até pode ser administrada para regular o relógio biológico da pessoa, mas isso exige uma disciplina enorme.

 

“Não é na primeira noite que resolve. Tem que ser disciplinado para fazer o uso da melatonina no horário adequado, e deitar e despertar sempre no mesmo horário.”

 

Um pequeno furo, como dormir até mais tarde em um final de semana, pode fazer o esforço todo ir por água abaixo, já que o horário biológico de cada um é definido por questões genéticas, e o organismo sempre vai lutar para voltar às origens. Um exemplo é aquelas pessoas que não conseguem dormir cedo, mas que sofrem ao acordar para trabalhar ou estudar pela manhã.

 

Para quem tem realmente dificuldade em adormecer – e quando isso não está relacionado a um desrespeito ao próprio horário biológico, o suplemento de melatonina tem um papel importante na indução do sono, diz Andrea.

 

Diabetes, obesidade e controle do apetite

O professor José Cipolla Neto, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, é estudioso no assunto. De acordo com ele, a melatonina pode ter um papel importante no diabetes, na obesidade e no controle do apetite.

 

A tecnologia, por sua vez, não tem sido uma aliada de um bom sono. Cipolla Neto explica que a razão é a famigerada luz azul que, emitida por celulares e computadores, bloqueia quase que instantaneamente a produção de melatonina pelo organismo.

 

Quem, portanto, acessa o celular à noite ou, por razões profissionais precisa trabalhar até mais tarde, é prejudicado não só com um sono mais conturbado, mas também com um aumento de risco de diabetes e tendência maior à obesidade.

 

Cipolla Neto mostra que a melatonina também regula vários pontos do balanço energético e pode ajudar a regular a quantidade de alimentos ingeridos no dia, bem como aumentar o gasto energético. Logo, esse hormônio pode ser considerado um importante mecanismo antiobesogênico.

 

Mais estudos serão necessários para confirmar se a suplementação de melatonina pode ser indicada para ajudar no controle da glicemia, evitar a obesidade e controlar o apetite.

 

Até o momento, sabe-se que, ao contrário do que acontece em muitos países, os comprimidos de melatonina só são seguros se ingeridos sob orientação médica. A automedicação, portanto, é contraindicada.

 

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Foto: Shutterstock

Os preenchedores injetáveis, feitos de substâncias como ácido hialurônico e colágeno, famosos por dar volume aos lábios ou preencher rugas, estão aumentando em popularidade em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o número desses procedimentos passou de 1,8 milhão em 2010 para 2,6 milhões em 2016, de acordo com dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos. No Brasil não é diferente. Segundo o Censo 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), nos últimos dois anos, a procura por procedimentos estéticos não cirúrgicos, incluindo o preenchimento, aumentou 390%.

 

Entre esses milhões de procedimentos, que são minimamente invasivos, a maioria é realizada de forma segura e efetiva, com poucos efeitos colaterais. Ainda assim, com o aumento da popularidade, também sobe o número de complicações, de acordo com informações da rede americana CNN. Um artigo publicado na quinta-feira no periódico científico JAMA Facial Plastic Surgery ressalta as complicações comuns e raras associadas com preenchedores, incluindo processos legais, nos Estados Unidos.

 

“O artigo demonstrou que os preenchedores são muito seguros e que as complicações mais comuns são inchaço e infecção, que são complicações relativamente benignas, sem efeitos colaterais permanentes”, disse Hani Rayess, residente em otorrinolaringologia na Universidade Wayne State e principal autor do estudo, à CNN.

 

Por outro lado, cegueira é uma complicação extremamente rara que foi mais notificada nos últimos anos. “Essa pesquisa é importante porque os preenchedores estão sendo cada vez mais usados para o rejuvenescimento facial. É importante que os pacientes entendam os riscos, as alternativas e os benefícios antes do procedimento”, afirmou Rayess.

 

Riscos baixos

No estudo, os pesquisadores analisaram eventos adversos associados a preenchimentos relatados no banco de dados do consumidor e do fabricante da FDA, agência americana que regula alimentos e medicamentos, entre 1 de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2016. Eles analisaram também dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos para estimar o número total de injeções de preenchimento realizadas durante esse período, e analisaram os registros judiciais relacionados a problemas com preenchimentos da base de dados Westlaw Next Database.

 

Os resultados mostraram que nesse período, foram identificados 1.748 eventos adversos envolvendo danos devido a preenchimento entre 2014 e 2016 e nove processos sobre o assunto. As complicações mais comuns foram inchaço, infecção, presença de nódulo ou caroço e dor. Muitos casos (43%) foram provenientes de injeções nas bochechas e 30% nos lábios. “O inchaço compreendeu cerca de 0,01% de todas as injeções”, disse Rayess.

 

Casos mais graves, como cegueira, foram associados a apenas seis procedimentos, a maioria realizado no nariz – preenchedores são usados para alterar a forma do nariz sem a necessidade de cirurgia. Globalmente o fenômeno também é raro. Um estudo publicado ano passado no periódico The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology mostrou que apenas cerca de 50 casos de cegueira após injeções estéticas faciais foram relatados até hoje no mundo.

 

Mas, afinal, qual é a conexão entre o nariz e o olho que poderia levar a uma complicação tão grave? “As veias ao redor do olho e do nariz tendem a ser mais perigosas porque estão em continuidade com as veias atrás da retina e do olho”, explicou Daniel Maman, cirurgião plástico em Nova York, que não estava envolvido no estudo, à CNN.

 

É preciso ressaltar que o estudo apresentou algumas limitações, como o fato dos dados do número total de procedimentos terem sido baseados em pesquisas da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos e terem sido extrapolados para produzir o número total de injeções e que a base de dados da FDA pode ser sub-notificado.

 

“Eventos adversos deveriam ser relatados à FDA, então é bom usar sua base de dados para analisar quais complicações foram relatadas dessa forma. Dito isso, é limitada pelo fato de que tais relatos são voluntários e podem não ser tão completos quando gostaríamos.”, disse Clark Schierle, diretor de cirurgia estética da Northwestern Specialists in Plastic Surgery, à CNN.

 

Profissionais qualificados

Uma preocupação entre os especialistas é o fato de um grande número de profissionais não treinados em cirurgia plástica realizarem o procedimento. “O problema [dos profissionais não treinados] é que eles estão injetando substâncias embaixo da pele em uma área que eles não tem a menor ideia da anatomia. Quando um cirurgião plástico ou alguém treinado para fazer isso injeta o material, nós sabemos exatamente em qual camada estamos fazendo isso, sabemos onde estão os nervos, sabemos onde estão as possíveis armadilhas e as veias perigosas”, explicou Maman. Por isso, é importante saber se o profissional procurado é qualificado.

 

Preenchimento caseiro

Sobre os quites caseiros de de preenchimento labial – sim, isso existe e já está disponível no Reino Unido e no Canadá – , a tendência é “muito perigosa”. “Os riscos potenciais incluem infecção, deformidade, cegueira e até morte. É importante procurar um profissional qualificado que tenha um extenso conhecimento na anatomia local e saiba tratar as possíveis complicações”., afirma o médico.

 

veja

gastriteO que pode causar a dor de estômago? O Bem Estar desta quarta-feira (27) mostrou que as causas podem ser variadas, como úlcera, gastrite, pedra na vesícula e verminosas. Para falar sobre o assunto, convidamos o gastroenterologista Ricardo Barbutti e o oncologista Felipe Fernandez Coimbra.

 

São dois os tipos de gastrite, no popular dado a qualquer desconforto gástrico: a orgânica, que pode ser causada por problema químico, bioquímico, inflamatório, infeccioso ou anatômico; e a funcional: conhecida como gastrite nervosa.

 

H. Pylori

Estima-se que 50% da população mundial tenha essa bactéria no estômago. No Brasil pode chegar a 70%. Segundo o gastroenterologista Ricardo Barbutti, a maioria das pessoas que tem a inflamação não tem sintomas.

 

O diagnóstico é feito através de exames, como endoscopia, fezes, sangue e teste respiratório com cápsula de ureia. Já o tratamento é feito com antibiótico.

 

Câncer gástrico

O câncer de estômago costuma ter diagnóstico tardio por duas razões: falta de acesso à um bom serviço de saúde ou demora para buscar ajuda. No início ele pode não dar sintomas, mas em geral dá gastrite, má digestão, queimação e emagrecimento.

 

Veja os fatores de risco para o câncer de estômago:

 

   Bactéria H. Pylori

   Gastrite crônica atrófica

   Pólipos no estômago

   Alimentação inadequada

   Familiares de 1º grau com câncer de estômago

   Tabagismo

 

G1

Foto: divulgação

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