• hospital-de-olhos.jpg
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

sentadoO sedentarismo é a quarta causa de morte no mundo. Hoje, as pessoas passam, em média, 7,5 horas do dia sentadas. Há pessoas que chegam a ficar 15 horas sentadas. Ficar sentado a maior parte do tempo aumenta o risco de problemas cardíacos, obesidade, diabetes e até câncer. Além disso, pode causar danos à saúde da coluna e musculatura.

 

Pesquisas sugerem que se a pessoa ficar sentada por muito tempo, mesmo que faça exercícios, também tem risco de doença cardiovascular. É mais ou menos como fumar. Fumar é ruim sempre, mesmo que a pessoa pratique muito exercício. Ficar sentado também!

 

O Bem Estar desta terça (2) convidou dois especialistas para falar sobre sedentarismo: o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb e a também médica do esporte e reumatologista Fernanda Lima. Eles explicaram que ficar em pé, mesmo que parado, é melhor que ficar sentado.

 

A partir de 20 minutos sentado o metabolismo começa a ficar inibido. Ficar em pé a cada 30 minutos já ajuda na ativação. É preciso quebrar o tempo sedentário. Levantar, atender um telefone em pé, tentar se movimentar mesmo que seja no lugar.

 

E o que fazer? Faça intervalos a cada meia hora, se possível. Opte pelo banheiro mais distante, prefira escada a elevador, busque o cafezinho, encha a garrafinha em um local mais afastado. Se tiver espaço, alongue! Se estiver de folga no sofá, levante nos intervalos e evite longos períodos na inércia.

Síndrome da bunda morta: você sabe o que é?

 

Bumbum não é só estética. Ele também é fundamental para executar movimentos básicos do dia-a-dia como sentar, levantar, correr e também na prática de esportes.

 

Os músculos presentes nos glúteos estão divididos em três partes: mínimo, médio e máximo. Eles são responsáveis por movimentos como esticar, girar, abrir e fechar as coxas. “O glúteo é extremamente funcional. Para a prática desportiva, o mais importante é o glúteo médio. É comum um corredor perder performance por deficiência do glúteo médio”, explica o ortopedista e cirurgião de joelho Daniel Rosa.

 

A principal patologia ocasionada pela insuficiência do glúteo médio é a ‘bursite trocantérica’, ou a síndrome da bunda morta. A questão estética não é o único problema. A síndrome também causa fortes dores e o tratamento é o fortalecimento do glúteo médio.

 

G1 Bem Estar

Foto: divulgação Veja

O Programa Mais Médicos mudou a realidade dos moradores de diversos municípios do Piauí, com assistência domiciliar e interação mais próxima com a comunidade. Assim, os cooperados cubanos mudaram a forma como as pessoas entendiam a assistência em saúde, como aconteceu na comunidade Porto do Dé Zigno, em Miguel Alves.

 

A médica Keimys Hernanadez é responsável pela assistência médica na comunidade. Em um ano trabalhando a atenção primária, visitando domicílios com direcionamento à prevenção de enfermidades e problemas crônicos, a cooperada comenta que durante este período já percebeu que a saúde da comunidade está melhorando. “Eles cumprem com o tratamento para as doenças crônicas, a população está satisfeita com a assistência, inclusive os indicadores de saúde têm melhorado significativamente. Acho que nosso dever como médico aqui no Brasil está sendo cumprido”.

 

Atualmente o Piauí conta com 340 profissionais atuando pelo Programa em 146 municípios, dentre eles 200 são cubanos. Com a metodologia do Mais Médicos, o profissional se dedica e se envolve integralmente com comunidade e muitas vezes dessa relação são construídos laços de amizade e criando um sentimento de pertencimento com o local. Keimys conta que inicialmente a maior dificuldade era o entendimento mútuo da língua, mas já superado, em ambos os lados.

 

Ela conta ainda que é desenvolvido na comunidade o acompanhamento às crianças, grávidas e idosos, com a realização de consultas programadas e demanda espontânea, além das visitas domiciliares. Também é feito o mapeamento da quantidade de pacientes com hipertensão e diabetes, por meio de visitas planejadas para identificação de mais casos. Dessa forma, age-se intensivamente para o controle das doenças crônicas.

 

O morador da comunidade Dé Zigno, Samuel dos Santos (24), sua e esposa e dois filhos são assistidos pelo Programa. “Havia muita dificuldade pela assistência médica e alta demanda de pacientes, com muitas filas para conseguir consulta. Os médicos conseguem suprir nossa necessidade porque eles ficam manhã e tarde. Além disso, a atenção que eles têm com a gente é totalmente diferenciada, sentimos que o médico é mais envolvido e têm mais cuidado”.

 

“Os principais desafios para mim são lograr mudanças nos estilos de vida da população, adesão ao tratamento nas doenças crônicas, evitar a automedicação e promover ações de saúde para prevenção de DST, violência familiar, cuidado dos idosos e as crianças. Nossa intenção é melhorar a qualidade de vida dos piauienses”, conclui a médica cubana.

 

sesapi

hpvA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na terça-feira uma vacina mais eficaz contra o papilomavírus humano (HPV). O imunizante, chamado de Gardasil 9, inclui os subtipos 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV, além dos subtipos 6, 11, 16, 18 que existiam na versão anterior do produto. Isso significa que ela aumenta a proteção contra o vírus ao aumentar de quatro para nove subtipos do vírus HPV, associados ao desenvolvimento câncer de útero, vulva, vagina e ânus.

 

A nova vacina, registrada pelo laboratório Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda, foi aprovada com indicação para pessoas de 9 a 26 anos, do sexo masculino e feminino. Como o HPV é transmitido por meio de relações sexuais, o ideal é que a imunização contra o HPV seja feita antes do início da vida sexual. Entretanto, diversos estudos já mostraram que a vacina tem benefícios mesmo em quem já é sexualmente ativo ou já contraiu o vírus.

 

Segundo estimativa de um estudo do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, e do Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira jovem, de 16 a 25 anos, tem HPV.

 

HPV

O papilomavírus humano (HPV, da sigla em inglês human papiloma virus) é o vírus sexualmente transmissível mais comum e possui mais de 200 subtipos. Desse total, mais de 40 são facilmente transmitidos pela via sexual, com o contato direto – seja genital-genital, oral-genital ou manual-genital – da pele ou de uma mucosa infectada.

 

Entre eles, cerca de 12 são considerados de alto risco e podem causar câncer. Os subtipos 16 e 18, por exemplo, são responsáveis pela maioria dos casos de câncer relacionados ao HPV. Já os tipos 6 e 11 não estão associados a tumores, mas são responsáveis por 90% das verrugas em regiões de mucosas, genitais e ânus.

 

Transmissão acontece mesmo na ausência de sintomas

 

Em 90% dos casos, o próprio sistema imunológico consegue derrotar o vírus no período de dois anos. O problema é que, mesmo sem sintomas, a pessoa pode transmitir para os parceiros. Também é possível que a doença só se manifeste anos após ter tido contato com alguém infectado, o que complica a tarefa de determinar quando ocorreu a infecção. Quando a infecção se manifesta, pode causar, tanto em mulheres quanto em homens, desde verrugas genitais, até câncer.

 

Prevenção

O uso do preservativo nas relações sexuais e a vacina contra o HVP são as principais formas de se prevenir contra as doenças causadas pelos vírus. A imunização é importante porque a camisinha não basta para proteger contra a infecção, já que o vírus pode estar presente em áreas que não estão cobertas pelo preservativo, como as mucosas. Desde 2014 o Ministério da Saúde oferece a vacina a crianças e adolescentes no Calendário Nacional de Imunização.

 

veja

iStock/Getty Images

Tracey Loscar, uma paramédica do Alasca, trabalha em turnos de 24 horas. E faz quatro plantões por semana há 17 anos.

 

"A gente brinca que, no primeiro dia, você está pronto para dominar o mundo. E lá pelo quarto dia, você está prestes a botar fogo em tudo", conta.

 

Em todo o mundo, milhões de pessoas trabalham à noite. Há poucos dados oficiais, mas de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, estima-se que de 7% a 15% da força de trabalho em países industrializados esteja envolvida de alguma forma com trabalhos noturnos.

 

E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o trabalho noturno é uma das prováveis causas de câncer, devido à ruptura do ritmo circadiano - período de aproximadamente 24 horas em que se baseia o ciclo biológico.

 

A origem

E como será que começou esse hábito de virar a noite trabalhando?

 

"Desde que (Thomas) Edison produziu a primeira lâmpada comercial barata, fomos capazes de virar a noite a um custo baixo, e o sono foi a primeira vítima", explica Russell Foster, professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, especialista em sono.

 

"A grande questão é que temos esse relógio biológico interno que é ajustado pelo mundo externo como resultado da exposição ao ciclo claridade / escuridão", acrescenta.

 

Segundo ele, os trabalhadores noturnos são expostos a níveis reduzidos de luz durante o turno da noite, mas como se deparam com a intensa claridade natural da manhã na jornada de volta para casa, o relógio biológico interno fica travado no padrão de claro/escuro dos trabalhadores diurnos.

 

"Então, você passa constantemente por cima do impulso biológico que diz que você deveria estar dormindo."

 

E não importa se você estiver trabalhando em turnos noturnos regularmente, acrescenta Foster. A menos que você consiga se esconder completamente da claridade, após terminar de trabalhar e o sol começar a raiar.

 

Efeitos no organismo

Mas que tipo de efeitos o trabalho noturno pode ter no organismo?

 

Foster explica que a ato de passar por cima do relógio biológico faz com que você ative seu "eixo de estresse", que é como o corpo reage em uma situação de luta ou fuga.

 

"Estamos esguichando glicose na circulação, estamos aumentando a pressão arterial, estamos gerando alerta para lidar com ameaças potenciais e, claro, não deveria ser o caso, estamos apenas trabalhando", afirma o especialista.

 

Ele alerta que níveis continuados de estresse podem levar a doenças cardiovasculares ou distúrbios metabólicos, como diabetes tipo 2.

 

O estresse também pode suprimir o sistema imunológico, o que pode ser a origem de uma incidência maior de câncer colorretal e de mama.

 

Esses são os possíveis resultados em longo prazo, mas a privação de sono também tem consequências mais imediatas.

 

O efeito mais evidente é o cansaço. A dificuldade de assimilar informações corretamente, os lapsos em captar sinais sociais e a perda de empatia são alguns sintomas.

 

Ações trabalhistas

Segundo Foster, as empresas cujos funcionários trabalham no turno da noite podem se preparar para ações judiciais no futuro, se não mostrarem que estão tomando medidas razoáveis para tentar mitigar os problemas associados ao trabalho noturno.

 

Além de instituir exames de saúde periódicos para os funcionários, Foster afirma que "uma medida simples seria (fornecer) a alimentação adequada".

 

"Sabendo que você tem o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e problemas metabólicos, como diabetes, eles devem disponibilizar uma alimentação apropriada para os trabalhadores do turno da noite", completa.

 

Como qualquer pessoa que já trabalhou à noite sabe, não é fácil ter acesso a alimentos saudáveis.

 

E, curiosamente, pesquisas mostram que o consumo de carboidratos pode aumentar de 35% a 40% após apenas quatro ou cinco dias de sono reduzido, devido à elevação do nível de grelina, hormônio responsável por estimular o apetite.

 

Ele faz com que a gente sinta fome, incentivando o consumo de açúcar e carboidrato.

 

"Em última análise, isso não é bom para obesidade ou algumas condições, como diabetes tipo 2", ressalta.

 

Perdas econômicas

Além de apresentar riscos para a saúde, a privação de sono também tem um custo para a economia.

 

"No Reino Unido, descobrimos que a falta de sono custa à economia até US$ 40 bilhões por ano, o que representa cerca de 1,8% do PIB do Reino Unido - é uma mistura de perda de produtividade e efeitos na mortalidade", analisa Marco Hafner, economista da instituição de pesquisa Rand Europe.

 

E os governos, estão tomando providências no que se refere a estabelecer políticas públicas?

 

Hafner diz que as iniciativas ainda são incipientes.

 

"Nós sabemos que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês, nos EUA) está olhando para isso e, na verdade, já considera a falta de sono uma epidemia de saúde pública. Então há uma conscientização crescente sobre a falta de sono ser um problema de saúde pública", pondera.

 

Há benefícios?

Diante de tantas evidências sobre os riscos para a saúde, por que as pessoas insistem em trabalhar à noite?

 

Muita gente não tem escolha. Mas a paramédica Tracey Loscar menciona algumas vantagens:

 

"A escala que temos hoje funciona muito bem para minha família... Eu tenho duas semanas de folga todo mês. Trabalho uma semana longa, mas depois tenho sete dias de folga consecutivos, e são sete dias consecutivos com meus filhos e em que consigo fazer planos."

 

Ela diz, no entanto, que procura se cuidar:

 

"Sou muito disciplinada com meu horário de sono, com atividade física e alimentação, cancelo compromissos para me recuperar e me certificar que eu consiga mitigar (os efeitos) ao máximo."

 

Segundo Loscar, o trabalho noturno pode satisfazer determinados tipos de personalidade:

 

"Eu diria que o tipo de pessoa que prefere ou faz exclusivamente turnos noturnos é um pouco mais introvertida por natureza."

 

"Há menos exposição ao público, então você tende a encontrar pessoas que preferem trabalhar à noite porque gostam mais de ficar sozinhas para fazer seu trabalho", acrescenta.

 

Mas será que 17 anos de trabalho noturno não tiveram nenhum efeito na saúde física ou mental dela?

 

"Eu certamente passei grande parte desse tempo cansada!", responde, rindo.

 

BBCBrasil

Subcategorias