• hospital-de-olhos.jpg
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

Um vírus adormecido que faz um estrago quando desperta: herpes zoster.

 

A doença atinge uma a cada quatro pessoas com mais de 50 anos e a dor é terrível. Quem teve catapora corre mais risco. Existe vacina, mas para quem é indicada? A geriatra Maisa Kairalla explica tudo no Bem Estar desta quarta-feira, 20 de dezembro.

 

O Brasil tem hoje quase 30 milhões de idosos. Nós estamos vivendo mais, mas isto não significa que estamos vivendo melhor. 30% dos nossos idosos têm alguma limitação para fazer atividades diárias, como tomar remédio, se vestir e até atender ao telefone! Dra. Thereza de Lamare, diretora do departamento de ações programáticas e estratégicas do Ministério da Saúde, conta o que fazer para chegar melhor ao amanhã.

 

SERVIÇO - O Ministério da Saúde disponibiliza um aplicativo gratuito que possui três ferramentas para auxiliar os profissionais de saúde na avaliação de pessoas idosas. Para baixar, procure na loja virtual por "Saúde da Pessoa Idosa", somente para Android, por enquanto.

 

O Brasil tem 29,3 milhões de idosos, o que significa 14,3% da população. Hoje em dia, os brasileiros estão vivendo mais, mas isto não significa que chegam à terceira idade com qualidade de vida. O processo de envelhecimento no Brasil é um dos mais acelerados do mundo. A França, por exemplo, demorou 150 anos para ter 20% da população idosa, o que alcançaremos em 25 anos.

 

A idade diz muito pouco, pois o processo de envelhecimento é único, próprio de cada pessoa. Uma pessoa com 80 anos pode ser uma pessoa acamada, que necessita de ajuda para suas necessidades básicas, mas também pode ser um esportista, um professor, um trabalhador, um cuidador de crianças. Isso é resultado de genética (25%), mas em maior parte são os fatores que controlamos mais diretamente (alimentação e atividade física, por exemplo) e o ambiente e sociedade em que vivemos.

 

Autonomia - Segundo o Ministério da Saúde, da população de idosos, 30% já têm alguma limitação para atividades diárias, como tomar os remédios, cuidar das finanças, utilizar o telefone, o transporte, fazer as compras. Essas costumam ser as primeiras atividades a serem afetadas. A grande perda de autonomia ocorre, no entanto, quando se perde a capacidade para atividades básicas, como tomar banho, se vestir e comer.

 

As capacidades são muito mais significativas para definir saúde e qualidade de vida nessa fase da vida do que a presença ou ausência de diagnósticos de doenças. Uma pessoa pode ter vários diagnósticos de doenças e uma alta pontuação nas escalas de autonomia. Assim, esse deve ser o aspecto mais valorizado no atendimento aos idosos nos serviços de saúde, comunidade e famílias. Os velhos não devem ser tratados apenas de acordo com suas doenças, mas segundo seu grau de dependência, vulnerabilidade e hábitos de vida.

 

Maus hábitos - a maioria dos idosos no Brasil não consome verduras, legumes e frutas todos os dias, como deveriam.

 

Já mediu sua panturrilha? Já mediu a pressão deitado, sentado e em pé? - A nova caderneta do idoso do Ministério da Saúde traz essas e outras informações para acompanhar a saúde do idoso. A medida do perímetro da panturrilha esquerda é um bom parâmetro de avaliação da massa muscular no idoso. Medidas menores que 31 cm são indicativas de redução da massa muscular (sarcopenia) e estão associadas a maior risco de quedas, diminuição da força muscular e dependência funcional. Já a medição da pressão nas três posições é para o diagnóstico da hipotensão ortostática, causa frequente de tonturas e quedas em pessoas idosas. Seu diagnóstico é estabelecido quando há uma redução de 20 mmHg ou mais na medida da pressão sistólica ou de 10 mmHg ou mais na pressão diastólica, com a mudança da posição deitada para sentada ou de pé.

 

As quedas são eventos que podem ser devastadores para o idoso, por isso, objetos que as predispõem, como tapetes soltos, passadeiras, degraus sem corrimãos e não sinalizados são inimigos. Antiderrapantes, sinalizações e caminho livre de obstáculos e sinalizados, com uma luz de abajour a noite, por exemplo, fazem a diferença.

 

Vacinas para idosos: contra influenza (gripe) a cada ano, contra difteria e tétano (dupla adulto), a cada 10 anos, contra pneumonia causada por pneumococo, por recomendação do profissional de saúde.

 

Bem Estar

gonorreiaUma nova forma poderosa de gonorreia foi um dos fatos que alarmou a área de saúde em 2017. Em agosto, a comunidade médica divulgou a internação de um paciente na Austrália, por causa da DST (Doença Sexualmente Transmissível) com a variação da bactéria, que tem maior resistência aos medicamentos para a doença.

 

A descoberta resultou em um alerta de saúde no país e nas nações vizinhas. Clínicas de saúde sexual ficaram em alerta máximo, e o caso assustou cientistas e médicos em todo o mundo.

 

Na ocasião, o presidente da Sociedade de Saúde da Austrália, Edward Coughlan, disse que a maioria dos antibióticos desenvolvidos nos últimos 70 anos havia sido inútil no tratamento da infecção e não haveria formas novas opções de tratamento em um futuro próximo.

 

Resistência aos medicamentos

A gonorreia é uma doença antiga. Foi descoberta em 1879 e, agora, está criando resistência aos antibióticos. O que significa que ela está se fortalecendo. Foram detectados até então pelo menos três casos intratáveis por causa da resistência da bactéria aos medicamentos: um no Japão, um França e outro na Espanha.

 

De acordo com infectologista e diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Marcos Antônio Cirillo, apesar de a bactéria ainda ser tratada com antibióticos antigos, se não houver uma mudança tanto dos medicamentos quanto da consciência da população, ela vai se tornar uma doença intratável.

 

— Existem novos medicamentos que estão sendo estudados, mas como antigamente a gonorreia não era uma doença como o HIV ou a hepatite C, que tiveram milhões de reais investidos em pesquisa, os estudos de novos tratamentos não avançaram com tanta rapidez ou eficiência. Ainda hoje, a bactéria pode ser tratada com antibióticos antigos, mas se não houver uma ação para combater a gonorreia, a possibilidade é que ela se torne uma doença intratável, como aquelas bactérias de hospital.

 

Sintomas e forma de transmissão

 

Dor, ardência ao urinar e corrimento são alguns dos sinais da gonorreia, que infecta a cada ano infecta 78 milhões de pessoas, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

 

Apesar de curável, se não for tratada, a DST pode causar infecção nas articulações, nos gânglios e em vários órgãos do corpo — nas mulheres, por exemplo, pode atacar o útero, levando à infertilidade.

 

O infectologista explica que a gonorreia é uma infecção provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que atinge o órgão sexual tanto de homens como das mulheres. "A doença é transmitida pelo contato com a secreção por relação vaginal, anal e oral".

 

De acordo com o médico, caso a pessoa contraia a doença, os sintomas aparecem em até dez dias. Porém, na maioria dos casos, a bactéria já se manifesta no corpo em 24 horas. E são diferentes para cada sexo, diz o especialista.

 

— O homem acorda com o que nós chamamos de gota matinal: tem dor para urinar e corrimento. Já a mulher sente dor para urinar, tem corrimento amarelado que, muitas vezes, acham que é normal. A mulher pensa que vai menstruar, e não percebe que já pode estar com a infectada com a gonorreia.

 

Prevenção

 

De acordo com a OMS, a única maneira segura de prevenir a gonorreia é com sexo seguro, ou seja, com preservativo.

 

r7

Foto: Thinkstock

“Diferentemente do que ocorre com o autoexame das mamas, o de testículos é praticamente desconhecido”, dispara o médico andrologista e urologista Jorge Hallak.

 

Em pesquisa inédita com quase 4 000 homens no Estado de São Paulo, ao questionar se conheciam e faziam o autoexame masculino, mais de 90% afirmou nunca ter ouvido falar na importância da prática — já bastante debatida em países da Europa e Estados Unidos. “Somente 170 responderam que sim. Esse dado é alarmante, pois se isso ocorre na maior metrópole do país, imagina como deve ser a realidade do restante do Brasil”, analisa.

 

À frente de importantes estudos sobre a saúde do homem, o médico explica que o autoexame é uma medida preventiva simples, indolor e acredita que, “se fosse divulgado como qualquer outro tema do universo da saúde feminina, poderia identificar precocemente não apenas o câncer de testículos, mas uma série de doenças que impactam na saúde e na fertilidade do homem”, ressalta.

 

Entre as principais, ele destaca a diminuição da produção de testosterona e espermatozoides, infecções, varizes no escroto — que influenciam diretamente na fertilidade do homem — entre outras. Sobre os tumores malignos que atingem o sexo masculino, ele explica que cerca de 5% ocorrem nos testículos. ‘É preciso estar sempre atento”.

 

Para o médico, o ideal é que o autoexame seja realizado a cada três meses, para que haja familiaridade om o tamanho e a consistência dos seus testículos considerados normais.

 

Além da produção de espermatozoides, os testículos são responsáveis por até 95% da testosterona, um dos principais hormônios masculinos. Em geral, no homem adulto, os testículos têm formato oval, consistência firme e volume ao redor de 20 ml – semelhante a um ovo de galinha, entre 4,5 e 5 cm de comprimento por 3 a 4 cm de largura.

 

Abaixo, o profissional indica como o autoexame deve ser realizado:

 

1- Examine cada um dos testículos com ambas as mãos.

 

2- Os dedos indicador e médio devem ficar na parte inferior dos testículos, e o polegar, na parte superior.

 

3- Gire cada testículo entre o polegar e os dedos médio e indicador — um testículo normalmente pode ser maior que o outro.

 

4- Na parte de trás de ambos estão os epidídimos, que têm a função de amadurecer e armazenar os espermatozoides. Procure por qualquer área endurecida, nódulos ou irregularidades na superfície do testículo. Em geral são indolores.

 

5- Se estiverem endurecidos podem estar obstruídos ou inflamados, é hora de visitar um andrologista.

 

veja

hivA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou dois novos autotestes para detectar o vírus HIV. Eles poderão ser vendidos em farmácias para realização em casa e usam amostras de saliva.

 

O "HIV Detect Oral" e o "Saliteste" são produtos de empresas brasileiras, de Minas Gerais e São Paulo. A agência afirma que é necessário seguir exatamente as instruções da bula para a coleta do fluido oral, como a quantidade necessária de passadas no "swab" (tipo de cotonete) sobre a gengiva. O teste só funciona se a amostra retirada da boca for suficiente para não gerar um falso negativo.

 

Após a coleta da saliva, o resultado pode ser em lido em 20 minutos. Esses autotestes só conseguem detectar o HIV após três meses de exposição, devido à janela imunológica.

 

A Anvisa já havia aprovado um outro autoteste para detectar o vírus em maio deste ano, mas ele utiliza uma gota de sangue. Todos os produtos funcionam para os dois subtipos do HIV e, em caso de resultado positivo, recomenda-se uma confirmação por exame laboratorial.

 

Bem Estar

Subcategorias