• IMG_2987.png
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

No Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos.  Os dados mundiais indicam que ocorre uma tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. No total, chega-se a 1 milhão de suicídios no mundo. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas das mortes entre jovens, de 15 a 29 anos, e também de crianças e adolescentes.

No esforço para mudar esses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que a data de 10 de Setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.  Há quatro anos a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), promove a campanha nacional Setembro Amarelo.

À Agência Brasil, o presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) e superintendente técnico da ABP, Antônio Geraldo da Silva, destacou a importância da campanha para prevenção e conscientização.

“Esses números são altíssimos, mas nós sabemos que são falhos. Mesmo assim, são assustadores.”

Crianças e jovens

Pelos dados da OMS, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. É também a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos de idade. O caminho, segundo Silva, é adotar medidas preventivas de ajuda e auxílio.

“É uma maneira de a gente salvar vidas porque 90% dos suicídios poderiam ser evitados se as pessoas tivessem acesso a tratamento e pudessem tratar a doença que leva ao suicídio”, afirmou o presidente da Apal.

Segundo o psiquiatra, em geral, a maior parte das pessoas que tenta colocar fim à vida sofre de algum tipo de transtorno mental.

“Os estudos mostram que 100% de quem se suicida têm uma doença mental. Os trabalhos mostram isso. Nem 100% de quem pensa em suicídio têm doença mental, mas 100% de quem suicida têm transtorno mental”, afirmou.

Redes sociais

A Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) pretende lançar campanhas nas redes sociais ao longo deste mês para alertar sobre suicídio e oferecer apoio e ajuda. Antônio Geraldo da Silva disse que os especialistas devem abordar o assunto e buscar mais informações com psiquiatras.

A ABP quer levar isso para a população. “A ABP quer popularizar. Nós estamos levando isso para as escolas,  empresas e instituições”, afirmou o médico. “O que entristece os membros da ABP é ver que as pessoas querem abordar o assunto, mas negando a doença mental, que a depressão ou a esquizofrenia existam.”

O médico acrescentou: “Se a gente negar que a doença mental existe, como vai falar de suicídio, sabendo que 100% de quem suicida têm doença mental?”.  “É uma doença como outra qualquer. Não escolhe raça, cor, nada”.

Drogas

O psiquiatra Jorge Jaber, membro fundador e associado da International Society of Addiction Medicine, especialista no tratamento de dependentes químicos, ressaltou que o uso de álcool e drogas é o segundo fator depois das doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, que leva ao aumento de suicídios.

Segundo ele, o suicídio é a causa de morte mais facilmente evitável entre todas as doenças. “Enquanto doenças infecciosas, cardiovasculares e tumores precisam de grande aporte médico e cirúrgico de alto custo, o impedimento médico do suicídio pode ser atingido com remédios bem mais baratos e somente conversando com o paciente.”

Para Jaber, o fundamental é dar atenção e escutar aquele que pensa em cometer o suicídio. “O fato de alguém que tenta suicídio ser escutado por cerca de 20 minutos pode impedir que ele tenha o impulso de cometer o ato. Ouvir o suicida salva a vida dele”.

Na clínica onde atende dependentes químicos, Jaber informou que pelo menos 20% dos pacientes internados tentaram suicídio. “Quanto mais as pessoas falarem sobre o suicídio, menos suicídios ocorrerão” disse.

 

Agência Brasil

mrcatraDurante todo o ano de 2018, mais de 20 mil pessoas devem descobrir que possuem um tumor no estômago, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). O câncer de estômago é o quarto mais comum entre homens, o sexto entre as mulheres. Foi o câncer de estômago que matou o funkeiro Mr Catra (49), no último domingo (9).

O câncer de estômago pode estar diretamente ligado aos hábitos de vida, entre eles, a alimentação.

Dar preferência para alimentos sem conservantes, pouco processados ou naturais pode ajudar a evitar a doença. O gastroenterologista Thiago Costa Ribeiro, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Moriah, explica que existem estudos que mostram que pessoas que costumam consumir alimentos conservados, com grande quantidade de nitritos e nitratos, componentes que ficam em alimentos deste tipo, têm mais risco de desenvolver a doença.

Isso não significa que o câncer de estômago seja totalmente evitável, ou prevenível. De acordo com o especialista, existem alguns fatores de risco importantes, entre eles o hereditário – ou câncer de estômago familiar – quando várias pessoas da mesma família sofrem com o problema.

Mas o médico destaca que, mesmo nestes casos, é possível fazer o diagnóstico precoce. “Se a lesão é pequena, pouco avançada, você consegue tratar com uma expectativa de cura alta. No câncer de estômago, o ideal é fazer o diagnóstico precoce”, diz.

Em pessoas abaixo de 40 anos, a doença está relacionada a fatores genéticos predisponentes. Já acima dessa idade a causa geralmente está associada fatores ambientais, como presença da bactéria H. pylori e à dieta

Existe ainda um outro fator que pode causar câncer de estômago: a bactéria chamada H. pylori, que pode ser considerada comum. Entre 70 e 80% da população, em algum momento da vida, vai ter H. pylori no estômago, isso não significa que todos vão desenvolver câncer. “Esta bactéria está associada ao câncer de estômago, mas não é toda a cepa, ou todo o tipo. Existem algumas específicas, normalmente mais frequentes na parte oriental do planeta, que estão associadas ao maior risco”, explica Ribeiro.

A H. pylori pode ser assintomática e costuma chegar ao estômago por meio de alimentos contaminados e sobrevive no órgão, mesmo sendo um local de alta acidez.

Câncer de estômago não apresenta sintomas

O câncer de estômago pode ser assintomático, principalmente nas lesões precoces, na fase inicial, quando o tratamento pode oferecer maior chance de cura.

Para se chegar a um diagnóstico nessa fase inicial, é importante que, a partir dos 40 anos, as pessoas comecem a fazer um programa de rastreamento. A forma como isso é feito varia de país para país. No Brasil, se faz com endoscopia. “Não precisa ser anual, pode ser um a cada dois anos, mas a primeira endoscopia deve ser feita entre 40 e 45 anos”, alerta Ribeiro.

Quando se fala em tratamento para curar o câncer de estômago, o único capaz de fazer isso é a cirurgia. “Mesmo em lesões extremamente precoces, tem de ressecar a lesão de alguma forma”, explica Ribeiro.

De maneira geral, a gastrectomia é a cirurgia indicada, com algumas raríssimas exceções, na qual é possível fazer a retirada por meio de uma endoscopia. A gastrectomia pode ser parcial – para a retirada de uma parte do estômago – ou total, quando todo o estômago é retirado e o paciente passa a viver com o esôfago ligado diretamente ao intestino.

Ribeiro explica que é possível levar uma vida normal, mesmo sem o estômago. Nos primeiros meses, é esperado que o paciente perca uma porcentagem do peso, entre 10 e 15%. "Mas o resto, é vida muito semelhante ao normal. Só é preciso acompanhar algumas deficiências de vitamina, o que se consegue repor normalmente de forma oral”.

 

R7

Foto: Reprodução/Instagram

obesoO Ministério da Saúde abriu uma enquete pública para elaborar o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para tratamento de casos de obesidade e sobrepeso. O documento poderá receber contribuições de representantes da sociedade civil e profissionais de saúde até a próxima Terça-feira (11). Clique aqui para participar.

Segundo o Ministério, o objetivo é aprimorar e qualificar o atendimento e a conduta terapêutica de pacientes na atenção básica e especializada no Sistema Único de Saúde (SUS). A pasta alerta que a adoção do protocolo pode contribuir para prevenir e controlar a obesidade e o sobrepeso no país, além de garantir mais segurança e efetividade clínica e científica aos profissionais de saúde.

A obesidade é uma das doenças que mais tem crescido nos últimos anos em nível global. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que os índices de obesidade e sobrepeso quase triplicaram desde 1975. Em todo o mundo, existem pelo menos 650 milhões de obesos. No Brasil, um em cada cinco pessoas estão obesas e mais da metade da população das capitais estão com excesso de peso, segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

O impacto sobre o SUS também tem crescido. Em 2012, a rede pública realizou pouco mais de mil cirurgias bariátricas e reparadoras de pacientes obesos. O número de intervenções subiu para 8,1 mil, em 2016, segundo o Ministério da Saúde.

Participação

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia convocou a participação de endocrinologistas na elaboração do protocolo. A Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) também se manifestou favorável à contribuição dos nutrólogos para elaborar o protocolo, devido à preocupação com a gravidade e o aumento da doença na população.

“A obesidade é uma doença crônica e multifatorial, que vai desde meio ambiente até condição de alimentação, meios de saúde e até genética. Por ser considerada uma doença crônica, infelizmente, se você para de tratar, ela volta. Ela é responsável por mais de 30 patologias, desde a hipertensão, diabetes, colesterol elevado, infarto, acidente vascular cerebral e até câncer”, alertou Dimitri Homar, representante da regional da Abran, em Brasília.

Uma das demandas que o especialista coloca é a volta de medicamentos de baixo custo que auxiliavam no tratamento da obesidade e foram retirados do mercado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Ministério da Saúde explicou que a enquete garante a participação popular desde a primeira etapa do processo de elaboração do protocolo, que ainda deve passar por consulta pública para deliberação final.

 

Agência Brasil

Chris Jackson/Getty Images

 

Os queijos minas frescal podem não ser tão saudáveis como dizem ser. Das 10 marcas de queijo avaliadas por uma pesquisa da Proteste, 9 continham mais gordura do que informavam na embalagem. Além disso, todas continham mais gordura do que o permitido para a categoria.

que

A Proteste Associação de Consumidores realizou testes para verificar os níveis de sódio e gordura de cada marca e se estavam de acordo com as informações na embalagem. Como esses queijos são mais procurados por consumidores que desejam ter uma vida mais saudável, sódio e gordura foram considerados parâmetros importantes para avaliação.

A empresa analisou as seguintes marcas: Tirolez, Ipanema, Quatá, Fazenda, Puríssimo (uma das amostras com 40% menos sódio), Sol Brilhante (com 35% menos sódio), Balkis (sem sal) e Keijobon (tanto a versão normal quanto a sem sal).

As amostras foram coletadas em redes de supermercado do estado de São Paulo. Segundo a legislação brasileira, a diferença entre as informações contidas no rótulo e o que de fato está no produto não pode ser maior que 20%.
Gordura

Quase todas as amostras do teste apresentaram ter mais gordura total do que a indicada na embalagem, com exceção do Keijobon, versão normal.

Já o Keijobon sem sal foi o que apresentou a maior diferença entre os testes e o que foi apresentado na embalagem. Uma fatia de 30g deste produto deveria tem 3 g de gordura. Porém, de acordo com os resultados do teste, eram 7,4g de gordura.

As marcas Puríssimo e Sol Brilhante também apresentaram altas divergências entre a embalagem e o teste em quantidade de gordura: 56% e 53% respectivamente.

Não só os produtos tinham mais gordura do que o que a embalagem indicava – eles também eram mais gordurosos do que o permitido para esta categoria de queijo, minas frescal.

Para testar o parâmetro, o laboratório contratado pela Proteste retirou toda a água e umidade dos alimentos e analisou a quantidade de gordura do restante, chamado de extrato seco. Todos os alimentos tinham mais gordura do que o permitido.
Sódio

A marca Puríssimo light indicou ter 47% a mais de sódio do que o prometido na embalagem, de acordo com pesquisa da Proteste.

Por outro lado, as marcas Quatá e Keijobon informam na rotulagem ter mais sódio do que realmente têm. A variação entre o descrito no rótulo e o medido em laboratório foi de 29% e 31%, respectivamente.

Os demais apresentaram conformidade entre a quantidade de sódio declarada no rótulo e a encontrada nas análises.
Outros parâmetros

A Proteste também avaliou as amostras em outros parâmetros. Um deles foi o de higiene, se havia presença de microorganismos nocivos à saúde humana.

Outro, avaliava se o teor de umidade estava dentro dos parâmetros para serem considerados queijos minas frescal. Por fim, se os alimentos continham amido – para ser considerado um queijo desta categoria, não pode haver adição de amido.

Todas as amostras estavam dentro destes três critérios.
Resposta

A Fazenda afirmou que o único item considerado fora do padrão foi o conteúdo de matéria gorda. “Entretanto, não tivemos acesso aos resultados da pesquisa conduzida pela Proteste, para melhor avalição. Constantemente realizamos análises em laboratórios oficiais, além de análises de todos os lotes pelo controle de qualidade interno da empresa. Os resultados obtidos nesses testes se encontram dentro dos padrões normais”, disse a empresa em nota.

A Ipanema disse que, em relação ao seu Queijo Minas Frescal Ipanema fabricado em 24/2/2017 LOTE nº 17022301, os testes internos mostraram que o produto está em conformidade com as informações descritas no rótulo.

“Registros do nosso Controle de Qualidade indicam que o referido lote apresentou conformidade aos padrões intrínsecos do produto, nos testes realizados durante a fabricação. Por ser um produto de alta umidade, é possível que condições adversas de transporte, refrigeração e acondicionamento tenham contribuído para um dessoramento excessivo e a consequente concentração de sódio e gordura na amostra colhida, apesar de aplicarmos nossos melhores esforços para que o produto mantenha suas características e propriedades originais até o momento do consumo”, disse a empresa em nota.

A Laticínios Remar Ltda, que fabrica o queijo Puríssimo, afirmou que “realiza periodicamente as análises físico-quimicas em laboratórios externos credenciados pelo MAPA e também controles internos para garantir o cumprimento e manutenção da qualidade de seus produtos. Segundo estas análises realizadas em cumprimento com a legislação vigente o teor de Umidade e de Gordura no Extrato Seco, para ambas apresentações Tradicional e Light, estão em conformidade com os limites estabelecidos pelo MAPA. Estas mesmas análises demonstram uma redução no teor de sódio na apresentação Light acima de 40% em relação ao produto Tradicional.”

A empresa ainda diz que o transporte e condicionamento podem ter causado as mudanças: “tendo o Minas Frescal como uma de suas características a alta umidade, o potencial dessoramento do mesmo, devido a determinadas condições adversas de acondicionamento, pode acarretar em significativas alterações de concentração de sódio e gordura, provavelmente acusando os desvios demonstrados na reportagem da Proteste”.

A Balkis também afirmou que, segundo seus testes internos, os produtos estão dentro do padrão. Ela ainda acrescenta que “o queijo minas frescal, durante sua vida de prateleira/exposição à venda (se exposto a temperaturas de estocagem acima do recomendado), pode liberar soro (umidade), alterando o padrão/composição percentual de gordura na peça”.

exame