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Fatores genéticos influenciam até 50% do alcoolismo, de acordo com o psiquiatra Guilherme Kortas, pesquisador médico do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).

O título desta matéria foi alterado na quarta-feira, (1º) às 15h00, que anteriormente era “Histórico familiar aumenta em 50% chance de desenvolver alcoolismo”.

Ele explica que filhos de pessoas com dependência de álcool têm de 3 a 4 vezes mais risco de desenvolver a doença.

O alcoolismo, doença causada pelo uso crônico e dependente do álcool, afeta cerca de 6% da população brasileira, o que equivale a cerca de 12 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Celebridades como os atores Anthony Hopkins e Ben Affleck revelaram recentemente a luta que enfrentaram para largar o vício.

Segundo o psiquiatra Arthur Guerra, especialista em dependência química e presidente-executivo do Cisa, atualmente, o alcoolismo não é mais definido pela frequência ou quantidade de bebida alcoólica ingerida, mas pelos danos que a bebida causa para a pessoa e para aqueles à sua volta, seja pela saúde ou acidentes de trânsito e até mortes que podem ser provocadas nestas ocasiões. “Tem gente que bebe todos os dias e não tem dependência e tem gente que bebe uma vez por mês e tem dependência”, afirma.
De acordo com Kortas, o fator genético não é o único causador do alcoolismo. Fatores ambientais, como a exposição precoce, ou seja, pessoas que consomem álcool na adolescência, por exemplo, têm 5 vezes mais chance de desenvolver problemas relacionados ao álcool em comparação com as que começam a beber já na fase adulta - após os 21 anos.

O médico ainda alega que pessoas que fazem maior consumo de bebidas alcoólicas – cinco doses, sendo cada uma equivalente a 30 ml de destilado, 300 ml de cerveja ou 110 ml de vinho, por exemplo, dentro de duas horas em uma mesma ocasião para homens, e quatro doses dentro de duas horas na mesma ocasião para mulheres – também têm maior probabilidade de desenvolver a doença.

Guerra explica que a pessoa que sofre com alcoolismo acha que tem a situação sob domínio e conseguirá se controlar e beber o quanto quiser, mas perde o controle quando entra em contato com a bebida. Essa negação do problema faz parte do estado clínico do paciente. “O paciente precisa querer ajuda para se tratar e cabe ao médico orientá-lo a fazer o tratamento. Para a pessoa ficar bem, ela precisa querer parar de beber”, esclarece. O médico ainda afirma que chantagens emocionais e ameaças não funcionam como maneira de “incentivo” ao tratamento da dependência.
O alcoolismo, que possui os graus leve, moderado e grave, não deve ser confundido com uma “noite de bebedeira”, e a quantidade de ingestão depende do limiar de cada pessoa.

Quem quer fazer o tratamento deve recorrer a uma unidade de pronto-atendimento, já que a dependência se trata de uma emergência psiquiátrica. Em casos de dependência, quando há uma interrupção abrupta do consumo, a pessoa pode enfrentar efeitos de abstinência em fase inicial, como coração acelerado, tremores, insônia e irritabilidade.

Casos mais graves podem gerar também alucinações e crises convulsivas. Nesses casos, o tratamento é realizado à base de medicamentos específicos com vitaminas e benzodiazepínicos para prevenir lesões neurológicas e ainda podem ocorrer internações hospitalares. Já no caso de graus mais leves é possível recorrer a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e receber atendimento ambulatorial.
O tratamento principal contra o alcoolismo é feito à base da abstinência e, muitas vezes, por conseguir ficar meses sem o álcool, o paciente acredita ter controle doença e pode ter recaídas.

Além da abstinência, o tratamento é individualizado e pode ter receituário médico. Entre os medicamentos mais comuns para tratar o alcoolismo estão o Dissulfiram, medicação que causa o efeito antabuse - reação de desconforto no organismo quando usa álcool – e Naltrexona, medicação que diminui a sensação de prazer do álcool, fazendo a pessoa diminuir seu consumo. Esses tratamentos são realizados aliados à ajuda psicológica e grupos de apoio, como o Alcoólicos Anônimos, que conta apenas com voluntários e integrantes, sem a influência de psicólogos.

Guerra ressalta que o apoio emocional por parte da família e que o exemplo, como não beber na frente a pessoa, são as melhores maneiras de ajudar e incentivar o dependente químico durante o tratamento. Em casos de idosos que fazem o tratamento, é necessário avaliar a administração medicamentosa mediante a outros eventuais problemas que possam ser encontrados.

 

R7

cancermamaA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou dois novos medicamentos: o Kisqali (succinato de ribociclibe), indicado para o tratamento de câncer de mama localmente avançado ou metastático em mulheres na pós-menopausa; e o Cinqair (reslizumabe), indicado como terapia adjuvante de manutenção em pacientes adultos com asma grave.


De acordo com a Anvisa, o Kisqali será comercializado na forma de comprimido revestido, com concentração de 254,4 miligramas (mg) de succinato de ribociclibe (200 mg de ribociclibe), fabricado pela empresa Novartis Singapore Pharmaceutical Manufacturing PTE. LTD, em Cingapura. A detentora do registro no Brasil é a Novartis Biociências S.A.

Já o Cinqair (reslizumabe) está enquadrado na categoria de produto biológico novo e é indicado, por exemplo, quando o quadro clínico for inadequadamente controlado com o uso de corticosteroides inalatórios, em doses médias a alta, associado a outro medicamento para tratamento de manutenção.


“O Cinqair (reslizumabe) não deve ser utilizado para tratar os sintomas agudos da asma ou exacerbações agudas. Também não é indicado para o alívio de broncoespasmos agudos ou estado de mal asmático”, informou a agência. O produto será fabricado pela Lonza Biologicals Inc., nos Estados Unidos, e a detentora do registro no Brasil é a empresa Teva Farmacêutica Ltda.

R7

Foto: Nada Frágil - Moda e Beleza

A taxa global de mortalidade por câncer de pulmão nas mulheres deve aumentar em 43% até 2030, de acordo com uma análise de dados de 52 países. O crescimento do hábito de fumar entre elas puxa a alta, principalmente na Europa e na Oceania, mostra estudo.

O levantamento foi publicado nesta quarta-feira (1) no "Cancer Research", publicação científica da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, entidade localizada nos Estados Unidos.

Já a taxa de mortalidade pelo câncer de mama, mais alvo de políticas públicas e campanhas direcionadas a mulheres, tende a diminuir: a queda será em torno de 9% até 2030.

"Se não implementarmos medidas para reduzir os comportamentos de fumar nesta população, a mortalidade por câncer de pulmão continuará a aumentar em todo o mundo", diz Jose Martínez-Sánchez, professor na Universidade Internacional da Catalunha.

Martínez-Sánchez e colegas analisaram dados de mortalidade por câncer de pulmão e de mama a partir de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): no total, eles incluíram 52 países: 29 na Europa; 14 nas Américas; 7 da Ásia; e 2 da Oceania.

As maiores taxas de mortalidade por câncer de pulmão em 2030 estão previstas na Europa e na Oceania, enquanto as taxas mais baixas de mortalidade por câncer de pulmão em 2030 estão na América e na Ásia.

"É socialmente mais aceitável que mulheres fumem na Europa e na Oceania, o que pode explicar porque estamos vendo taxas mais altas de mortalidade por câncer de pulmão nesses países", diz Martínez-Sánchez, em nota.
Já no câncer de mama, a maior taxa de mortalidade está prevista na Europa, apesar da tendência de diminuição. O estudo encontrou menores taxas na Ásia, mas com tendência de aumento.

"Estamos vendo um aumento na mortalidade por câncer de mama na Ásia porque esta cultura está adaptando um estilo de vida ocidentalizado", diz Martinéz-Sanchez.
"O câncer de mama está associado a estilo de vida, como ingestão de álcool e obesidade", explicou Martínez-Sánchez.
O estudo foi feito tendo em vista a tendência de mortalidade a partir de 2004. A partir desses dados, cientistas projetaram a alta no número de óbitos por essas condições. Se forem implementadas mudanças e incentivos no estilo de vida, entretanto, as taxas até 2030 tendem a cair.

 

G1

 

bacteriaNem sempre muita higiene é sinal de boa saúde. Foi o que mostrou o Bem Estar desta quarta-feira (1) que contou com a participação do pneumologista Roberto Stirbulov e a infectologista Ana Cristina Gales.

De acordo com os especialistas, precisamos de algumas bactérias no nosso corpo. Elas auxiliam em diversos processos, inclusive na manutenção do equilíbrio da flora intestinal, da boca e órgãos genitais, evitando a entrada de organismos invasores e patogênicos.

Água e sabão são o suficiente para a limpeza, tanto da casa quanto das mãos. Claro que se a pessoa tiver um problema imunológico ou infecção, ela deve seguir a recomendação do profissional da saúde.

E as mãos? As mãos são os veículos que trazem bactérias estranhas ao corpo. Lavar com sabão normal é o suficiente para remover a maioria das bactérias. Outra alternativa é usar o álcool com concentração acima de 60%.

 

Produtos de limpeza x problemas respiratórios
Uma pesquisa revelou que mais da metade das pessoas que trabalham com produtos de limpeza têm algum problema respiratório. “Muitos componentes são irritantes ou sensibilizantes de vias aéreas. Dependendo da dose, composição química, isso pode resultar no aparecimento de sintomas ou de doenças respiratórias”, explica o pneumologista e chefe de medicina da Fundacentro Eduardo Algranti.


Um outro estudo publicado na Noruega mostrou que o uso frequente de produtos de limpeza, especialmente em spray, pode prejudicar os pulmões. Chega a aumentar em 40% o risco de asma.

Uma dica dos especialistas para não se intoxicar com produtos é nunca borrifar direto no vidro, por exemplo. Borrife primeiro no pano. Também não é indicado misturar produtos. E a última dica: use sempre a proteção adequada (óculos, luvas, máscara).

 

G1

Foto: Augusto Carlos/TV Globo