O Ministério da Saúde recebeu 3.336 inscrições nesta quarta-feira (21) para completar as vagas abertas no programa Mais Médicos, após a saída dos médicos cubanos do Brasil.
O resultado foi obtido nas três primeiras horas de abertura de inscrições e em meio a um "ataque cibernético" ao site, informou a pasta em nota.
"O Ministério da Saúde informa que recebeu mais de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura do sistema para os médicos interessados na inscrição do Mais Médicos. O volume é característico de ataques cibernéticos. Para comparação, é mais que o dobro do número de médicos em atuação no país. Para garantir a inscrição dos interessados, o Departamento de Informática do SUS (DATASUS/SE/MS) está isolando a aplicação dos ataques que se mantiveram ao longo da manhã, além de outras ações para estabilidade e performance do site", informou o governo.
A recomendação do ministério é que, mesmo em meio à instabilidade, os interessados mantenham a tentativa de acesso.
O governo busca recompor 8.517 vagas abertas no Mais Médicos que eram ocupadas por cubanos que estão deixando o programa.
Os profissionais irão ocupar postos em 2.824 municípios e 34 DSEI (Distritos Sanitários Especiais Indígenas).
O programa convoca médicos formados em instituições de ensino superior brasileiras ou que tenham diploma revalidado no Brasil. Outros pré-requisitos são não ter participado do Mais Médicos anteriormente, não ser participante de algum programa de residência médica, não estar prestando Serviço Militar Obrigatório e não ter pendências criminais no Brasil.
Os médicos selecionados receberão salário de R$ 11.865,60. Como há vagas em áreas distantes, será repassada ajuda de custo para o médico que solicitar. Além do requerimento, o profissional deverá anexar comprovantes de residência no local.
Segundo o edital, os médicos devem incluir, no ato da inscrição, o local que desejam ficar alocados durante o programa. O sistema priorizará os primeiros candidatos que optarem por determinado município ou DSEI. As inscrições serão realizadas pelo site oficial do Mais Médicos.
Mais de 300 mil vistorias já foram realizadas em prédios públicos com o aplicativo Sigelu Combate Aedes desde o seu lançamento, em 2017. A ferramenta já identificou mais de 8 mil focos do mosquito Aedes aegypti. O inseto é transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré.