Os Hospitais Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, e o Júlio Hartman, em Esperantina, realizam de 21 a 25 de novembro, mutirões de cirurgias de catarata, atendendo 650 pessoas de 22 municípios. Numa iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde, a ação simultânea é mais uma estratégia para diminuir a fila de espera por um procedimento cirúrgico especializado.
“Esse formato, de mutirão, dá mais agilidade no atendimento, garantindo uma assistência qualificada e resolutiva aos pacientes, que moram no interior do Estado. É o governo investindo cada vez mais na descentralização, nos cuidados aos pacientes”, afirma Florentino Neto, secretário de Estado da Saúde.
Os mutirões ocorrem em duas etapas, sendo que na primeira, são feitas consultas e exames oftalmológicas, momento em que os pacientes são triados. Nessa etapa, que foi realizada no início de novembro e ontem, 19, foram atendidas 737 pessoas.
Agenda dos mutirões de cirurgias:
Esperantina - 21 a 23 de novembro
Parnaíba - dias 24 e 25 de novembro
Municípios contemplados: Parnaíba, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Luiz Correia, Caraúbas, Caxingó, Cocal, Cocal dos Alves, Ilha Grande, Bom Princípio, Murici dos Portelas, Esperantina, Batalha, Morro do Chapéu, Joca Marques, Joaquim Pires, Luzilândia, Madeiro, São João do Arraial, Matias Olímpio, Nossa Senhora Remédios e Porto.
A insônia é um problema enfrentado por muitas pessoas e os efeitos refletem na qualidade de vida, saúde e bem estar. Segundo especialistas, quem dorme pouco engorda, fica mais doente e pode aumentar o risco de ter depressão. A pessoa que não chega em fases de sono importantes, deixa de liberar hormônios como o GH ( hormônio do crescimento), a melatonina e a testosterona. Para falar sobre o assunto, o Bem Estar desta terça-feira (20), recebeu o endocrinologista Bruno Halpern e a professora do sono da Unifesp, Mônica Levy Andersen.
Higiene do sono Se preparar para dormir pode contribuir muito para a produção da melatonina e a melhoria da qualidade do sono. Dormir bem significa reordenar o organismo para a melhora das funções do corpo, ajudando em vários processos. Cuidados simples, como deixar as luzes de casa mais baixas, evitar usar equipamentos que refletem muita luz como celulares, tablets e TV, podem ajudar. Deve-se também evitar discussões ou atividades estressantes e realizar atividades prazerosas, que proporcionem relaxamento ao corpo e mente.
Dicas para a higiene de sono:
Desligar as luzes da casa Evitar usar equipamentos como tablets e TV Evitar discussões Realizar atividades prazerosas
Melatonina A função principal desse hormônio é mandar o recado para o cérebro de que já é noite. A melatonina também tem funções antioxidantes e anti-inflamatórias já que interfere em todo o metabolismo. Por melhorar o sono, a melatonina influencia na desaceleração do envelhecimento, na capacidade cognitiva e na manutenção da memória.
Pouca melatonina pode reduzir o gasto energético, que contribui para o aumento de peso e aumenta problemas relacionados à obesidade, além de aumentar o risco de diabetes. Mas esse hormônio não deve ser usado sem a orientação médica.
Mais da metade dos brasileiros ou, mais precisamente 51%, afirmam sofrer com refluxo semanalmente, além de azia e pirose (queimação), que podem ser indícios do problema.
Isso é o que revelou um estudo realizado pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) divulgado nesta segunda-feira (19) na 17ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), realizada entre 17 e 20 de novembro em São Paulo.
O levantamento foi feito com mais de 3 mil pessoas, de ambos os sexos, em todas as regiões do país. Segundo a pesquisa, o grupo que mais sobre com a condição são mulheres obesas, sedentárias e fumantes entre 36 e 47 anos.
“Os resultados evidenciaram um grande desconhecimento da população sobre o assunto, uma vez que os principais sintomas, como azia e pirose, também podem ser uma simples má digestão. Além disso, 46% da população não sabe a diferença entre os principais tipos de tratamento. O refluxo, quando não identificado e tratado corretamente, pode gerar complicações bastante graves”, afirma o gastroenterologista Flavio Quilici, presidente da FBG.
O refluxo consiste na volta do alimento do estômago para o esôfago, juntamente com ácido gástrico, causando desconfortos, como azia e queimação. O motivo é uma falha no esfíncter esofágico inferior que funciona como uma válvula, não deixando que o alimento digerido, que está no estômago, retorne ao esôfago.
A azia e a queimação foram mencionadas como os sintomas mais recorrentes, 51% e 47% respectivamente, após a ingestão de alimentos específicos. Entre os principais estão petiscos, pratos condimentados e refrigerantes. O gastroenterologista explica que essa alta incidência se deve à acidez desses tipos de alimento e ao gás do refrigerante.
Segundo a pesquisa, o refluxo está diretamente relacionado à ingestão de produtos industrializados, fritos e gordurosos, pois sua frequência é maior entre as refeições.
Entre os que consomem esses tipos de alimento e declaram ter o problema, 85% estão obesos. Ainda de acordo com o estudo, a associação entre bebida alcoólica e cigarro também intensifica o problema para 54% dos fumantes.
Refluxo afeta a qualidade do sono
Para 33% das pessoas, a azia é o que causa desconfortos mais intensos. Já 74% afirmaram que a qualidade do sono é o aspecto mais prejudicado pelo refluxo.
A pesquisa ainda revelou que 70% já sentiram sintomas em horário de trabalho e 68% têm a rotina social prejudicada pelo refluxo, que impede atividades rotineiras.
Além de obesos, outro grupo em que a condição é frequente é em gestantes. O estudo revelou que 85% das grávidas relataram ter sentido refluxo em algum momento da gestação.
De acordo com presidente da FBG, entre os fatores que levam a maior ocorrência estão o aumento da pressão intra-abdominal pelo crescimento do útero e o relaxamento do esfíncter (músculo) inferior do esôfago que fica entre o esôfago e o estômago.
“Ele torna-se mais intenso e frequente a partir da 27º semana de gestação, com mais chance de se desenvolver em mulheres que já tinham este problema antes ou já estiveram grávidas”, afirma.
Ele explica que medicamentos à base de alginato podem ser utilizados no segundo e terceiro trimestres da gravidez para aliviar sintomas do refluxo, como azia e queimação, pois não possuem ação sistêmica.
“O tratamento do refluxo depende da gravidade do caso. Em algumas situações, mudanças nos hábitos comportamentais são suficientes para que haja uma melhora. Em outros, o tratamento é feito por meio de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, em conjunto com uma reorientação alimentar, perda de peso e atividades físicas”, afirma.
Cinco em dez pessoas usam sal de fruta
A pesquisa mostra que quase metade dos entrevistados não sabe a diferença entre sal de frutas, antiácido, leite de magnésia, protetor gástrico e alginato. “A utilização incorreta dessas substâncias pode causar prejuízos à saúde”, diz.
Cinco em cada dez fazem uso de sal de fruta quando sentem sintomas de refluxo. “Dependendo da frequência e da gravidade dos sintomas, ele pode não ser eficiente porque possui apenas ação imediata e passageira. Depois de um tempo de uso , o medicamento aumenta o pH do estômago estimulando efeito rebote com a produção de mais acidez podendo agravar os sintomas do refluxo”, explica.
Já o alginato, utilizado por apenas 6% das pessoas, é eficaz no combate ao refluxo, segundo o gastroenterologista. “Além de possuir ação de longo prazo, por até 4 horas, age formando uma barreira mecânica que impede as sensações de queimação e azia comuns nos quadros de refluxo”.
Segundo ele, o tratamento varia de acordo com o estágio da doença. Ela afirma que algumas medidas podem contribuir para melhora da qualidade de vida como a perda peso, evitar alimentos e bebidas que pioram o refluxo, comer porções menores, não se deitar logo após as refeições e praticar atividade física, além de realizar acompanhamento médico.
Dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer da Próstata. Por esse motivo, o mês de novembro é também conhecido como “Novembro Azul”, destinado à conscientização mundial sobre esse tipo de câncer. A doença é a segunda maior causa de morte por câncer no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que os números de diagnóstico desse tipo de câncer devem ultrapassar os 68 mil este ano, 7 mil casos a mais do que no ano passado.
Segundo o Instituto Oncoguia, 1 a cada 9 homens será diagnosticado com a doença durante a vida. E o mais assustador é que 1 a cada 41 homens morrerá devido ao câncer de próstata. Por isso, o diagnóstico precoce da doença é tão importante. Segundo o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, o diagnóstico rápido da doença faz com que o tratamento seja eficaz em 9 entre 10 casos. “Quanto mais consciência os homens tiverem da doença e de como diagnosticá-la e preveni-la, maiores são as chances de cura e sucesso no tratamento, por isso campanhas como essa são tão importantes”, comenta.
A doença em estágio inicial normalmente não causa algum tipo de sintoma, mas em casos avançados, a pessoa pode apresentar fluxo urinário fraco ou interrompido, impotência, sangue no líquido seminal, franqueza ou dormência nas pernas e pés, dor ou ardor durante o xixi e até perda do controle da bexiga. Ainda segundo o especialista, justamente por não apresentar sintomas relevantes em estágio inicial é que existe essa importância da realização de exames periódicos.
Quanto à prevenção, deve-se ficar atento não só aos fatores de risco como a idade e o histórico familiar, a incidência de casos da doença é reduzida quando o homem adota medidas simples em seu dia a dia. Uma dieta saudável e a prática de exercícios são fundamentais para quem quer manter-se longe das doenças.
“Quando me refiro a hábitos saudáveis, não estou dizendo que o homem precise virar um atleta, se ele praticar exercícios de intensidade moderada por 150 minutos durante a semana, aliando isso a uma dieta mais equilibrada que inclua antioxidantes, dentre eles o selênio, vitamina E e o licopeno. Já terá grandes resultado”, completa o especialista.