Brasil registrou 19 mortes por zika, dengue ou chikungunya em 2018, mostra boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. A dengue fez o maior número de vítimas (15), seguido por chikungunya (3) e zika (1).
Os dados são os últimos disponibilizados pelo ministério e se referem ao período de 31 de dezembro de 2017 a 17 de fevereiro de 2018 (a semana epidemiológica 11).
As 19 mortes foram confirmadas laboratorialmente -- outras 68 permanecem em investigação (65 por dengue e 3 por chikungunya).
No mesmo período de 2017 (até meados de março), o Brasil contava com 42 óbitos por dengue e 32 óbitos por chikungunya. Um óbito por zika foi observado no ano inteiro de 2017, no estado de Rondônia.
No total, o Brasil teve 19.434 casos confirmados de dengue; 10.030 de chikungunya e 372 por zika em 2018.
No ano de 2018, também foram observados 313 casos prováveis de zika em gestantes -- 109 deles confirmados laboratorialmente.
Centro-oeste tem maior número de casos
Os dados do Ministério da Saúde mostram que o centro-oeste apresentou o maior número de casos de dengue, zika e chikungunya em 2018 -- com destaque para Goiás e Mato Grosso.
Na dengue, a região foi responsável por 38,6% dos casos; seguida pelo Sudeste (33.7%); Nordeste (15,2%); Norte (8,6%) e Sul (3,9%).
No chikungunya, o Centro-oeste respondeu por 49,5% dos casos; seguido pelo Sudeste (25,3%; Nordeste (13,8%); Norte (10,7%); e Sul (0,8%).
No zika, a região tem a maior prevalência a cada 100 mil habitantes: 3 a cada 100 mil; seguida pelo Nordeste (1,4) -- a outras regiões não apresentaram dados estatisticamente relevantes.
O uso periódico de maconha pode reduzir significativamente os níveis de ansiedade e de estresse no curto prazo, mas contribuir para piorar sensações associadas à depressão ao longo do tempo. Essa foi a conclusão de estudo realizado pela Washington State University (EUA). Autores pontuam que o estudo é um dos poucos feitos com usuários que utilizam a maconha em casa.
A possibilidade desse desenho de estudo se deve à adoção de leis menos proibicionistas nos Estados Unidos em relação à maconha medicinal -- antes, a maioria dos efeitos da erva no humor eram medidos em ambiente controlado com comprimidos de THC (tetrahidrocanabinol), uma das principais substâncias presentes na erva.
Atualmente, 32 estados nos Estados Unidos possuem algum tipo de lei que regulamenta o uso da maconha para fins medicinais.
"O que é único sobre o nosso estudo é que analisamos a cannabis inalada por pacientes de maconha medicinal que usam a erva no conforto de suas próprias casas", diz Carrie Cuttler, professora-assistente de psicologia na Washington State University e principal autora do estudo, em nota.
A pesquisa também foi publicada no "Journal of Affective Disorders" na quinta-feira (19), um dia antes do dia 20 de abril, data comumente associada ao consumo da erva (ver quadro abaixo).
O desenho do estudo também permitiu que fossem analisados diferentes tipos de maconha. Isso porque os efeitos da erva podem variar a depender das concentrações de cada substância presente em sua composição.
A diferença mais conhecida entre os componentes da droga se dá entre dois compostos: o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol). Estudos realizados na USP de Ribeirão Preto, por exemplo, mostraram que os compostos interagem entre si (o CBD acaba modulando os efeitos do THC, composto tido como o mais responsável pelos efeitos psicoativos da planta).
Levando essa diferença em consideração, os cientistas chegaram às seguintes conclusões:
Cannabis rica em CBD e baixa em THC pode reduzir sintomas da depressão no curto prazo;
Duas baforadas de qualquer tipo de cannabis reduzem os sintomas de ansiedade;
Dez ou mais baforadas de cannabis com altas concentrações de CBD e THC produziram as maiores reduções no estresse;
O uso de cannabis para o tratamento da depressão pode piorar os sintomas ao longo do tempo.
"Muitos consumidores acreditam que mais THC é sempre melhor", disse Cuttler. "Nosso estudo mostra que o CBD também é um ingrediente muito importante na cannabis e pode aumentar alguns dos efeitos positivos do THC", diz.
Pesquisadores também descobriram que, enquanto ambos os sexos relataram reduções do estresse e ansiedade, mulheres relataram uma redução significativamente maior na ansiedade após o uso de cannabis.
Os dados do estudo foram retirados do aplicativo Strainprint. No app, usuários de cannabis medicinal dão uma nota aos diferentes tipos da planta. Usuários também avaliam os seus sintomas (1-10) antes e depois de consumirem a droga. Para o estudo, pesquisadores analisaram 12.000 entradas de usuários no aplicativo.
Na análise, pesquisadores observaram uma redução de 58% no estresse e na ansiedade logo após o uso. Imediatamente após o consumo, também foi registrada uma redução de 50% na depressão. Ao longo do tempo, no entanto, os sintomas da depressão pioraram, enquanto os efeitos positivos sobre o estresse e a ansiedade permaneceram.
Por que o dia 20 de abril é associado à maconha?
Tanto o dia 20 de abril quanto o horário (16h20) são mundialmente conhecidos por remeter ao consumo da cannabis sativa.
A origem do termo remete ao ano de 1971, quando adolescentes do Ensino Médio na Califórnia costumavam se encontrar nesse horário para o consumo da erva.
O "4:20" virou uma espécie de senha para o encontro, que passou a ser disseminado nos Estados Unidos. Mas a popularidade veio mesmo quando o termo passou a ser adotado por uma banda de rock californiada: os Grateful Dead.
Fonte: BBC
O estudo apontou dados da literatura em que 72% dos usuários de cannabis usam a erva para relaxar e aliviar a tensão. Um outro dado recente mostrou que em torno de metade dos usuários usam a droga para manejar sintomas da depressão.
Autores também apontam que os dados sobre o uso de cannabis têm divergido ao longo do tempo. Uma pesquisa de 2008 com pacientes com fibromialgia mostrou que o uso de um tipo de canabinoide sintético não teve efeito sobre a depressão. Muitos dos resultados divergentes, apontam os autores, se deve às diferentes concentrações de CBD e THC presentes nas ervas.
Quase cinco meses após as novas restrições exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta quinta-feira (19) que a vacina da dengue, vendida na rede privada na maior parte do Brasil, não seja tomada por quem nunca teve a doença.
A OMS recomendou que seja feito um teste antes da aplicação da "Dengvaxia", fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. Segundo a organização, a imunização deve ocorrer apenas quando há confirmação de que o paciente já foi exposto ao vírus.
A recomendação, segundo a agência Reuters, foi feita em um encontro em Genebra, na Suíça. Os representantes da OMS disseram que a vacina deve ser tratada de forma "mais segura".
"Agora temos informações mais claras de que a vacina precisa ser tratada de forma mais segura, sendo aplicada exclusivamente em pessoas já infectadas", disse Alejandro Cravioto, presidente do Grupo de Especialistas em Aconselhamento Estratégico da OMS (SAGE).
A vacina da Sanofi é a primeira do mundo licenciada contra a dengue. Após uma análise e resultados de pesquisas, o próprio laboratório informou em novembro do ano passado que a vacina poderia aumentar o risco de dengue grave, justamente em pessoas que nunca tinham sido expostas à doença.
A dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, e é a doença infecciosa que mais cresce no mundo. Ela causa meio milhão de infecções fatais e mata cerca de 20 mil pessoas, a maioria crianças, todos os anos. No Brasil, em 2017, foram mais de 239 mil casos.
Posição do Ministério
O Ministerio da Saúde disse que o Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) recomendou a não introdução da vacina para dengue produzida pela Sanofi até a finalização dos estudos de custo-efetividade. Como, segundo o órgão, essas pesquisas não foram concluídas, a vacina não deve ser introduzida no Sistema Único de Saúde (SUS).
O único estado brasileiro que disponibiliza por conta própria a vacina é o Paraná - no ano passado, mesmo após as novas declarações dos órgãos e da Sanofi, o goveno estadual decidiu manter a vacina em 30 cidades. Segundo o ministério, a proibição do registro devido a testes e pesquisas fica por conta da Anvisa.
O G1 entrou em contato com a assessoria da Sanofi, que disse que está avaliando um novo posicionamento sobre o assunto.
Tomar banho todos os dias é considerado um hábito básico de higiene que deveria ser seguido por todas as pessoas, certo? Segundo especialistas americanos, não é bem assim. Em vez de colaborar para a redução de infecções, banhar-se diariamente pode, na verdade, aumentar esse risco.
De acordo Elaine Larson, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, em entrevista ao site britânico Daily Mail, banhos excessivos podem reduzir a hidratação da pele, fazendo com que ela fique seca e rachada, facilitando a entrada de germes causadores de doenças.
Além disso, a ‘chuveirada’ diária remove os óleos naturais da pele, o que pode reduzir o número de bactérias saudáveis, vírus e outros micro-organismos que vivem dentro do nosso corpo e apoiam o funcionamento do sistema imunológico.
Além disso, a ‘chuveirada’ diária remove os óleos naturais da pele, o que pode reduzir o número de bactérias saudáveis, vírus e outros micro-organismos que vivem dentro do nosso corpo e apoiam o funcionamento do sistema imunológico.
Exemplo dos índios da Amazônia
Baseando-se em observações feitas em índios de aldeias remotas da Amazônia, pesquisadores da Universidade de Utah, também nos Estados Unidos, descobriram que essa população tinham a maior diversidade de bactérias e funções genéticas já relatadas em um grupo humano já que não se higienizavam todos os dias. Segundo eles, ao contrário dos aldeões amazônicos, os ocidentais são excessivamente limpos, o que afeta suas populações de micróbios e, consequentemente, sua saúde.
Para evitar a perda desses organismos que executam funções importantes no corpo humano, o dermatologista americano C. Brandon Mitchell dá um conselho radical: banho apenas uma ou duas vezes por semana. “Banhos diários não são necessários”, disse à revista Time.
Contradições
Segundo o Daily Mail, porém, outra pesquisa, realizada no Reino Unido, aconselha a limpeza diária. Isso porque, de acordo com as descobertas feitas pelo estudo, um indivíduo que trabalha em frente ao computador pode entrar em contato com 10 milhões de bactérias, que podem causar doenças como gripes e resfriados. Para efeito de comparação, esse número é 400 vezes maior do que a quantidade média encontrada no vaso sanitário.
Como essas bactérias podem ser encontradas no telefone, no teclado e no mouse, os especialistas recomendam que as pessoas desinfetem sua estação de trabalho com frequência. “Bactérias e vírus podem se multiplicar em superfícies duras, permanecendo infecciosas por até 24 horas”, disse Lisa Ackerley, especialista em higiene e professora da Universidade de Salford, na Inglaterra.
Medidas melhores de limpeza e higiene, incluindo banhos diários, também ajudam a reduzir as doenças adquiridas no ambiente de trabalho.