• IMG_2987.png
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

aspirinainfatUm estudo publicado na JAMA Oncology, revista científica da American Medical Association, associou o uso contínuo de aspirina infantil à redução do risco de câncer de ovário.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, com o Brigham and Women's Hospital e Moffitt Cancer Center, nos Estados Unidos.

Eles acompanharam cerca de 200 mil mulheres ao longo de 25 anos que tomavam aspirina infantil, aspirina de dosagem normal e outros anti-inflamatórios. Dentro desse grupo foram observados 1.054 casos de câncer de ovário.

Como resultado final da pesquisa, foi constatado que mulheres que usavam diariamente a aspirina infantil — 100 mg ou menos — tiveram uma redução de 23% no risco de câncer de ovário, enquanto as que tomavam aspirina de dosagem normal, não. Já as que não usavam aspirina, mas sim anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), apresentaram um risco 19% maior de desenvolver a doença.

"O que realmente diferenciou este estudo foi que fomos capazes de analisar a aspirina em baixas doses separadamente da aspirina em dose padrão. Os resultados enfatizam que se deve considerar a dose de aspirina", afirmou Mollie Barnard, que liderou a pesquisa, no site da Escola de Saúde Pública de Harvard.

O ginecologista Jesus Carvalho, presidente da Comissão Nacional de Ginecologia Oncológica da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), afirma que as inflamações crônicas nas tubas uterinas, causadas pela ovulação, favorecem o aparecimento do câncer de ovário e o anti-inflamatório agiria para diminuir essas inflamações. "É uma descoberta recente e vale a pena prestar a atenção nos desdobramentos dessa pesquisa, pois pode trazer inúmeros avanços", afirma.

A pesquisa ressalta que estudos têm relatado ainda a associação entre um número maior de ciclos ovulatórios ao longo da vida e o risco de câncer de ovário.

Carvalho alerta que o medicamento não deve ser usado de maneira indiscriminado por conta de uma evidência científica. "A aspirina não é recomendada para todas as pessoas. O uso contínuo desse medicamento é recomendado para pessoas com hipertensão, com risco de infarto, e com colesterol alto, pois afina o sangue. Se usado incorretamente, pode provocar sangramentos indesejados de úlceras ou aumentar o volume de sangue durante a menstruação", explica o médico.

 

R7

Pixabay

Comer antes de praticar alguma atividade física pela manhã aumenta a velocidade da digestão, absorção e metabolização dos carboidratos após a próxima refeição, assim como acelera a queima de carboidratos durante o exercício. Essa foi a descoberta de um estudo realizado por cientista da University of Bath, do Reino Unido.

Segundo a pesquisa, tomar café da manhã antes das atividades físicas prepara o organismo para queimar mais carboidratos e digerir mais rapidamente os alimentos após o exercício. A análise sugere que tomar café da manhã antes do exercício prepara o corpo tanto no armazenamento rápido dos nutrientes quanto na alimentação após a atividade.

Algumas pessoas acreditam que o jejum pode ser bom para queimar as reservas de gordura e ajudar no processo de emagrecimento. Só que a musculatura necessita de energia para trabalhar e o carboidrato é a energia que age com mais eficiência.

Dicas de café da manhã

O café da manhã padrão, de uma pessoa que precisa de uma dieta de 2.000 calorias deve ter 25% das calorias do dia. A primeira refeição precisa ser completa para garantir o restante do dia. A sugestão é contemplar três grupos de nutrientes: carboidratos, proteínas e frutas.

Sugestão 1: pão com manteiga (pouca), café com leite e fatia de fruta

Sugestão 2: salada de fruta com granola e iogurte

Sugestão 3: crepioca e suco verde

Sugestão 4: pão com ovo ou queijo branco e suco de frutas

Evite alimentos ultraprocessados. As melhores escolhas fazem diferença em todo processo de ganho de saúde.

Para quem faz exercícios pela manhã

Exercícios leves: se você for se exercitar bem cedo, não é recomendado comer muito. O ideal é comer por parcelas: antes e depois do treino. Tomar meia hora antes do treino.

Exercícios pesados: é preciso avaliar o tipo de exercício. O acompanhamento de um profissional é importante. Tomar uma hora antes do treino.

 

G1

perdepesoMulheres que perdem peso após a menopausa reduzem o risco de câncer de mama, de acordo com um estudo publicado no periódico científico Cancer.

A pesquisa foi liderada pelo oncologista Rowan Chlebowski, do Departamento de Oncologia Médica e Pesquisa Terapêutica do Centro Médico Nacional City of Hope, na Califórnia, Estados Unidos.

A obesidade é considerada um fator de risco para o câncer de mama na pós-menopausa, mas ainda não haviam pesquisas que avaliassem como a perda de peso interfere no risco da doença nessa fase da vida. Conforme consta no estudo, isso teria motivado os pesquisadores a investirem no assunto.

Foram analisadas 61.335 mulheres após a menopausa que não tinham histórico de câncer de mama. Elas foram submetidas a mamografias periódicas. O índice de massa corporal também foi analisado no início do estudo e três anos depois.

Ao final de 11 anos de acompanhamento, 3.061 novos casos de câncer de mama foram diagnosticados entre as participantes da pesquisa. Mulheres que ao longo dos anos perderam ao menos 5% do peso – 8.175 delas – apresentaram risco de câncer de mama 12% menor do que aquelas que permaneceram com o peso estável.

Saiba mais: Bacon e outras carnes processadas aumentam risco de câncer de mama, aponta estudo

Mas, embora o ganho de peso de ao menos 5% não tenha sido associado a um risco maior de câncer de mama, de maneira geral, esse ganho representou um aumento de 54% de chance de um tipo de câncer específico, o câncer de mama triplo negativo.

Os pesquisadores afirmam que os dados são observacionais, mas ressaltam que foram apoiados em evidências de ensaios clínicos do Women’s Health Initiative Dietary Modification, no qual foi adotado uma dieta de baixa gordura, e que chegou a resultado similar: a perda de peso demonstrou relação com a melhora significativa na sobrevida do câncer de mama.

 

R7

Foto: Pixabay

Há dez anos, a dona de casa Marta Cunha começou a perder a força dos braços e sentir dificuldade para andar. Em poucos meses, já sem conseguir se locomover, aos 51 anos de idade, ela recebeu o diagnóstico que mais temia: estava com esclerose múltipla.

No início, os medicamentos ajudaram a barrar os efeitos da doença autoimune, que afeta o sistema nervoso central e pouco a pouco paralisa os movimentos do corpo. Mas, depois de algum tempo, os remédios também não faziam mais efeito.

Foi então que Marta decidiu ser voluntária de uma pesquisa desenvolvida pelo Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto (SP). Junto de cientistas da Suécia, Inglaterra e Estados Unidos, os médicos brasileiros passaram a tratar a esclerose múltipla com células-tronco.

“Eu tropeçava muito, fui perdendo força, porque perde a mobilidade, até que chegou ao ponto e eu parar de andar”, relembra. “Hoje, tenho uma vida normal. Tenho a sequela que ficou, um pouquinho só, mas levo minha vida normal”, comemora a dona de casa.

O tratamento funciona da seguinte forma: células-tronco são extraídas do corpo do paciente e passam por uma espécie de filtragem. Em seguida, o doente é submetido a alta intensidade de quimioterapia, para praticamente “zerar” o sistema imunológico.

Por fim, as células-tronco congeladas são reintroduzidas no organismo e fazem uma espécie de “reconfiguração” do sistema imunológico. Essa técnica já é usada também para o tratamento de diabetes tipo 1 e esclerose sistêmica, no Hospital das Clínicas em Ribeirão.

Assim como Marta, outros 54 pacientes de quatro países foram submetidos ao tratamento e 94% deles não voltaram a sofrer com os sintomas da esclerose múltipla. Entre os tratados com a medicação convencional, 60% apresentam reincidência da doença.

“O objetivo era ver se o transplante era melhor ou pior do que o tratamento convencional. Nós observamos, ao longo do tempo, que o transplante foi melhor em termos de controlar a doença”, explica a pesquisadora Maria Carolina de Oliveira.

Os médicos destacam que esse tipo de transplante deve ser aplicado apenas se doença estiver em estágio inicial, quando o paciente apresenta dificuldade para andar e mexer os ombros, por exemplo. O doente não pode estar em cadeira de rodas ou acamado.

“No grupo transplantado, houve melhora neurológica. Então, esses pacientes tiveram capacidade neurológica melhor: andar, força, todas essas funções. É uma alternativa quando a esclerose múltipla é mais inflamatória e que não responde bem ao tratamento inicial”, diz.

Os voluntários serão acompanhados durante cinco anos. Além disso, Maria Carolina destaca que, por enquanto, o Sistema Único de Saúde (SUS) só oferece tratamento com medicação, porque o transplante de células-tronco está em fase experimental.

“Ainda é considerado pesquisa, então esse tratamento é feito em centros de pesquisa ao redor do mundo. Mas, nós esperamos que logo venha a ser um tratamento padrão”, afirma.