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Um novo tipo de células do sistema imune que ajudam a combater infecções no bebê foi encontrado no leite materno, diz estudo publicado nesta quinta-feira (3) no "JAMA Pediatrics'. Essas células atuam na linha de frente do combate de ameaças enquanto o sistema imunológico do bebê está em formação, dizem os cientistas.

As células encontradas no leite materno são chamadas de "células linfoides inatas" do tipo 1. Esse tipo de célula de defesa é considerada de primeira linha contra agentes infecciosos e tem uma descoberta mais recente em relação a outras do sistema imune.

O que os cientistas sabem até agora é que elas atuam na linha de frente da defesa, não possuem receptores específicos como as demais e sua desregulação está ligada a algumas doenças autoimunes (quando o sistema imunológico passa a atacar estruturas saudáveis do corpo).

"Estávamos procurando a fonte que pode fornecer proteção imunológica para o bebê, enquanto ele desenvolve seu próprio sistema imunológico", diz o Jack Yu, da Faculdade de Medicina da Universidade Augusta, na Geórgia (EUA), em nota.

Nessa procura, os cientistas encontraram também que essas células do sistema ajudam a formar a microbiota intestinal do bebê (conjunto de bactérias instestinais que também atuam na defesa do organismo contra doenças). Essas células também podem sobreviver vários anos no intestino das crianças.

Os pesquisadores também acham que essas células ajudam a proteger a mãe de contrair uma infecção do próprio bebê que está sendo amamentado. Segundo o estudo, essas estruturas podem inclusive mudar para que o bebê a supere a infecção que está ocorrendo.

"Há um ciclo de feedback que muda a estrutura do leite materno quando há uma infecção no bebê", diz Yu, em nota.

O estudo mostrou também que essas células estão presentes nos tecidos do bebê durante todo o desenvolvimento. Algumas delas também ficam inativas à espera de um sistema imunológico desenvolvido para se comunicar.

Sabe-se que o leite materno contém milhões de células, incluindo muitos tipos de células de defesa. Os cientistas mostraram, no entanto, que essa linhagem de célula recente -- estudada pelos cientistas há pouco menos de uma década, também fazem parte do conjunto de estruturas que compõem o leite materno.

As células mais prevalentes no leite materno são os macrófagos. Trata-se de grandes glóbulos brancos "comedores". Eles envolvem bactérias completamente e atuam como se as digerissem, explicam os cientistas.

 

G1

Durante todo o mês de maio, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) coordena mais uma etapa da Vacinação Contra a Febre Aftosa. Até o dia 31 deste mês, espera-se que todo o rebanho bovídeo do estado, incluindo bovinos e bubalinos, seja vacinado. Também ao longo desse período, e com limite até 15 de junho, os criadores deverão procurar o escritório da instituição mais próximo para realizar a certificação da vacinação.

"É importante frisar que nessa etapa todos os bovinos e bubalinos, independente de idade, devem ser vacinados. Houve uma mudança na estratégia de vacinação, mas apenas na etapa referente a novembro. É bom que continuemos obtendo bons índices, superiores a 90%, que é a meta estabelecida pelo Mapa e pela Adapi", afirmou o gerente de Defesa Animal, Idilio Moura, que destacou o papel fundamental que têm todos os criadores piauienses, pois são eles os principais personagens na manutenção dos bons resultados conquistados pelo Piauí.

Desde a fundação da Adapi, no ano de 2006, foram vários os avanços na sanidade animal piauiense, como a saída do status de risco desconhecido e a certificação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Agora, o estado se encaminha para a classificação de Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, prevista para acontecer no ano de 2020, de acordo com o novo cronograma estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa (Pnefa). Resultados que destacam a eficiente parceria já consolidada entre o corpo da agência e a sociedade piauiense.

Orientações para uma melhor vacinação

Compre as vacinas somente em lojas cadastradas pela Adapi;

Verifique se as vacinas estão em refrigeração (temperaturas entre 2°C a 8°C);

Para transportá-las, use caixas térmicas (isopor), coloque três partes de gelo para uma vacina e lacre com fitas em volta do depósito;

Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação;

Ao usar a pistola de vacinação: desmonte, lave com água e sabão e ferva  por no mínimo 10 minutos;

Separe os animais e escolha a hora mais fresca do dia para realizar a vacinação;

Durante a vacinação, mantenha a seringa ou a pistola de vacinação na caixa térmica;

Utilize agulhas novas, adequadas e limpas com tamanhos 15x15, 15x18 ou 20x20;

A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação e evita o surgimento de abscessos;

Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5ml;

O local correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele;

Faça uma boa contenção dos animais e aplique a vacina com calma.

Aproveite a ocasião e também vacine contra a Brucelose

A Adapi ainda orienta aos criadores que aproveitem a concentração dos animais no período da campanha para já vacinar as bezerras, que têm entre 3 e 8 meses de idade, contra a brucelose. Tendo em vista que é´uma vacinação também obrigatória e, dessa forma, gastos e estresse posteriores podem ser evitados - tanto para os animais quanto para os produtores.

 

govpi

isipidusQuando falamos de diabetes, sempre vem à cabeça o tipo 1 e tipo 2. Mas existem outros tipos, como mostrou o Bem Estar desta quarta-feira (2). Você já ouviu falar da diabetes insípidus? A doença dá muito sede! Esse tipo pode ser a falta do hormônio antidiurético ou a incapacidade de ação desse hormônio. Isso vai levar a um aumento da produção de urina pelo paciente.

Uma das principais dificuldades para quem tem diabetes insípidus é não conseguir controlar a vontade de ir ao banheiro. Segundo o cirurgião especialista em hipófise Pedro Paulo Mariani, em mais de 95% dos casos, a diabetes insípidus é adquirida. “Pela presença de um tumor na região do hipotálamo ou da hipófise; pode ser consequência também de uma lesão, após uma cirurgia realizada nessa região; ou também decorrente de um traumatismo craniano grave”. A única saída é a reposição do hormônio.

Doença com um nome e vários sobrenomes

O endocrinologista João Eduardo Salles lembra que a diabetes tem muitos sobrenomes. Um estudo identificou cinco grupos de diabetes tipo 2 com características e riscos de complicações significativamente diferentes.

Grupo 1: nesse grupo a pessoa é mais magra, mais jovem (35 a 40 anos) e precisa usar insulina mais cedo. Esse paciente tem o mesmo anticorpo que o diabético tipo 1 tem – que destrói a produção de insulina. Costuma ter mais problemas de retinopatia diabética.

Grupo 2: perfil igual ao do grupo 1, só que o anticorpo é negativo, portanto não é autoimune. Também tem problemas com retinopatia diabética.

Grupo 3: acima dos 40 anos e com bastante gordura abdominal, IMC alto e muita alteração metabólica, por causa da glicemia mais alta. Além de diabetes, tem pressão alta, triglicérides alto e colesterol bom baixo. É importante controlar e evitar a nefropatia. Controle da glicemia é fundamental.

Grupo 4: acima dos 40 anos, também tem alteração de peso, mas tem o corpo em formato de pera. Não tem alteração metabólica e responde bem ao medicamento.

Grupo 5: diabetes ligada ao envelhecimento. Pacientes têm entre 65 e 70 anos. Ele troca a massa magra por gordura, come menos proteína e mais carboidrato e perde massa muscular. Com menos músculo, sobra glicose no sangue. Musculação e alimentação rica em proteínas ajudam a diminuir os riscos de diabetes.

Diabetes infantil

O número de crianças diabéticas tem crescido a cada ano. A endocrinologista Sylka Rodovalio explicou que esse aumento tem relação com a obesidade. Estima-se que 7,3% das crianças menores de cinco anos estão acima do peso, sendo as meninas mais afetadas: com 7,7%.

A boa notícia é que na criança a doença é mais fácil de tratar e reverter. Se a criança perde peso, faz atividade física e melhora a alimentação, ela pode se livrar da doença.

 

G1

Quando o filho de Sarah Hill reclamou de dores nas pernas, seu médico lhe disse para não se preocupar. Mas foi um dos primeiros sinais de que Alex tinha o mal de Parkinson, uma condição geralmente associada a pessoas com mais de 60 anos.

Alex Hill tinha apenas oito anos quando sua mãe achou que ele poderia estar com um sério problema de saúde. Ele reclamava que suas pernas doíam durante dias após aulas de educação física. Sarah já havia notado que ele arrastava uma perna quando estava cansado.

"Imaginei que não fosse algo normal para uma criança", diz ela à BBC.

Ela levou Alex ao seu médico em Folkestone, na Inglaterra, que lhe disse que não havia motivo para preocupação. Mas Alex começou a desenvolver sintomas mais estranhos. "Ele não queria me deixar, apesar de gostar de ir à escola. Ele também ficou obsessivo. Passou a levar pares de cuecas em sua mochila e não nos permitia sair de casa sem as peças", diz Hill.

Certo dia, Alex abriu a janela do quarto e gritou para os pássaros calarem a boca.

"Foi muito estranho, fora de suas características. Então, voltei ao médico para ver se ele precisava ir a um psiquiatra, mas novamente fui ignorada."

Médicos chegaram a dizer que dores e mudanças de Alex não eram motivo de preocupação

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Alguns meses depois, Sarah estava conversando com o filho quando, de repente, ele caiu de costas. Ele não conseguia explicar o que havia acontecido. Sua caligrafia se deteriorou e o pai de Sarah também notou que Alex tremia. Ele perguntou ao clínico geral se aquilo poderia ser Parkinson, mas o médico riu da ideia.

Alex foi encaminhado a um pediatra, que decidiu tratá-lo como um caso de epilepsia. No entanto, a medicação não fez diferença e em poucos meses ele estava caindo no chão até 28 vezes por dia.

"Ele não podia se sentar porque estava machucado e passou a se deitar com a barriga para baixo", diz Hill.

Ele finalmente foi encaminhado para o Hospital Infantil Evelina, em Londres. Os especialistas diagnosticaram Alex como tendo o mal de Parkinson. Um escaneamento cerebral revelou baixos níveis de dopamina, o que confirmou o diagnóstico.

Sarah Hill diz que se sentiu como se tivesse "caído em um buraco negro".

Cerca de 145 mil pessoas têm Parkinson no Reino Unido, com a maior parte dos pacientes diagnosticados acima dos 60 anos. Cerca de 5% apresentam sintomas antes dos 40 anos, mas é muito raro pessoas receberem o diagnóstico antes dos 20 anos.

Depois de assistir a vídeos caseiros mais antigos da família, os médicos disseram que Alex já demonstrava sinais da condição aos três anos de idade. Eles não conseguiram, entretanto, explicar por que ele havia desenvolvido a doença. Nem Sarah nem o pai de Alex tinham histórico familiar de Parkinson.

Alex passou a tomar o medicamento Levodopa, que agiu como um "combustível de foguete" em seu organismo.

"Foi bom para ele se mexer, mas isso o deixou um pouco maníaco. Tive que esconder os telefones da casa porque ele ficava ligando para a polícia só para conversar com eles", diz Hill. Ela desistiu de trabalhar como personal trainer para se dedicar exclusivamente aos cuidados de Alex.

Diagnóstico e tratamento de Parkinson

Segundo David Dexter, vice-diretor de pesquisa de pesquisas sobre Parkinson no Reino Unido, há mais de 40 sintomas do mal, que podem incluir vômitos devido ao esforço do corpo para processar alimentos no estômago. O Parkinson também pode afetar o humor de uma pessoa, o que pode explicar o grito de Alex. Muitas vezes, quando o paciente passou a achar que seria capaz de lidar com a condição, surge um novo sintoma - e eles são variados e não há tratamento único para cada sintoma.

Pesquisas com células-tronco e terapias genéticas têm se mostrado promissoras, mas ainda estão em fase inicial.

Quando tinha 12 anos, Alex se locomovia, na maior parte do tempo, usando uma cadeira de rodas, o foi difícil se ver cercado nessa condição por colegas e amigos andando e correndo normalmente.

Ele acabou se mudando para uma escola para crianças com necessidades especiais, mas achou o nível de ensino muito baixo.

Depois de alguns anos, Alex parou de responder à medicação. Aos 14 anos, foi submetido a um tratamento invasivo conhecido como estimulação cerebral profunda. Ele teve eletrodos implantados em seu cérebro para fornecerem impulsos elétricos de alta frequência a áreas específicas.

A cirurgia reduziu seus tremores e "devolveu seu sorriso", conta Hill.

"Ele passou a poder fazer muito mais coisas, como jogar seu XBox."

Alex mudou-se para outra escola perto de Londres, que o ajudou a estudar para seus GCSEs (qualificação acadêmica intermediária do ensino médio nas escolas britânicas), usando um computador operado por comando de voz. Ele não foi capaz de levar completar a educação escolar, mas ainda gosta de estudar.

"Ele adora ciências e gosta de aprender matemática e inglês", diz Hill.

Quando a condição de Alex declinou lentamente, Sarah começou a achar que não daria conta.

"Senti como se estivesse lutando sozinha nessa luta, pelo fato de o Parkinson ser tão incomum na idade de Alex", diz ela.

"Perguntava sobre o prognóstico dele e apenas me diziam para mantê-lo em forma e o mais saudável possível.

"Eu estava exausta e como se estivesse de luto antes de precisar estar de luto. Dependia da minha irmã para levantar meu astral."

Hill decidiu que a melhor decisão - para ela e Alex - seria colocá-lo em uma casa de repouso perto de sua casa.

"Isso significa que posso ser sua mãe novamente, não apenas sua cuidadora. Podemos jogar e nos divertir", diz Hill.

Alex continua totalmente envolvido na vida da família, participando de churrascos e reuniões, como no casamento de sua irmã Becky.

"Ele aproveitou de maneira maravilhosa. Não teria sido o mesmo sem ele", diz Hill.

Alex é alimentado por meio de um tubo ligado ao seu estômago por causa da dificuldade que tem de engolir. Também tem dificuldades para dormir. Ele precisa de ajuda para fazer a maioria das coisas e tem um vínculo estreito com dois funcionários da casa de repouso. Sua mãe o visita todos os dias.

Agora com 24 anos, Alex não quer entrar em detalhes sobre sua condição, mas diz que seu maior desafio foi lidar com a perda da capacidade de andar.

"Alex não gosta de reviver sua experiência. Ele prefere focar em se divertir, que é realmente uma boa maneira de lidar com o Parkinson", diz Hill.

Seus interesses agora incluem "filmes como Harry Potter e programas de TV como Doctor Who". Ele também gosta de pintar.

"Ele já não pode jogar seu XBox, mas gosta de me ver jogando e apontar onde eu errei!", afirma Hill.

Alex descreve sua mãe como "a melhor mãe do mundo".

Eles estão esperando para viajar de férias para o País de Gales nos próximos meses.

Hill procura por novos medicamentos que possam aliviar os sintomas do filho, mas diz: "Vivemos cada dia da melhor maneira possível".

 

BBCBrasil

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