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Com alta prevalência em todo o país, o câncer de pulmão é mais frequente nas regiões Sul e Sudeste, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Nesta quarta-feira (29), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre a doença.

O câncer de pulmão é o mais comum no mundo entre todos os tipos de tumores malignos e um dos mais letais, segundo o órgão.

O Estado com o maior índice da doença é o Rio Grande do Sul. O Inca estima que, este ano, a prevalência chegue a 49 homens para cada 100 mil habitantes e 27 mulheres para cada 100 mil habitantes.

Em seguida está Santa Catarina, com 32 homens e 15 mulheres em cada grupo de 100 mil. O Paraná apresenta uma média de 25 homens e 16 mulheres para cada 100 mil. São Paulo vem seguida, com 20 homens e 13 mulheres para cada 100 mil.

Situação bem diferente de Estados como a Bahia, que deve registrar 8 casos de câncer de pulmão em homens em cada grupo de 100 mil habitantes este ano. O número de vítimas mulheres é ainda menor, 5 para cada 100 mil - o menor índice do Brasil.

O que Estados da região Sul e Sudeste têm em comum? O alto índice de consumo diário de cigarro.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) foi realizada com mais de 53 mil pessoas por meio de entrevistas telefônicas dos 26 Estados e do Distrito Federal. O resultado mostra que a população de adultos fumantes chega a 10% no Brasil.

A capital onde o hábito de fumar é mais comum tanto em homens quanto em mulheres é Curitiba, onde 18% da população fuma. São Paulo é a segunda colocada, com 17% de fumantes. Em terceiro lugar estão duas capitais, no caso dos homens, é Porto Alegre, com 16%. No caso das mulheres é Florianópolis, onde 9% fumam todos os dias.

Salvador, na Bahia, onde o número de casos de câncer de pulmão está entre os menores do Brasil, é a capital com o menor número de homens fumantes, 5,9%. Entre as mulheres, Salvador é a terceira na lista das capitais onde elas fumam menos, com 2,6%. A primeira é Aracaju, 1,6% seguida de São Luis, onde 2,2% das mulheres fumam.

A oncologista Denise Leite, do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, explica que fumar aumenta em até 20 vezes a chance de desenvolver câncer de pulmão. “Esse é o tipo de câncer que mais causa óbito no mundo e ações como parar de fumar podem ser determinantes para evitar a doença”, diz.

Câncer de pulmão é altamente letal

O cigarro é responsável por 90% dos casos do câncer de pulmão. Entre os 10% restantes, estão os fumantes passivos e os casos em que o câncer tem influência genética, de acordo com o Inca.

O órgão afirma que, a última estimativa mundial, feita em 2012, apontou 1,82 milhão de novos casos por ano. Entre os tumores malignos, é o mais comum, com um aumento de 2% ao ano da incidência mundial.

No Brasil, o câncer de pulmão é o quarto mais comum. A estimativa para este ano é que surjam 31.270 novos casos , sendo 18.740 em homens e 12.530 em mulheres.

A oncologista Mariana Laloni, do CPO (Centro Paulista de Oncologista), explica que o câncer de pulmão é considerado de alta letalidade porque o diagnóstico normalmente é feito quando a doença já está em estado avançado, quando os tratamentos funcionam para controle da doença e normalmente não têm efeito de cura.

“No começo da trajetória, o câncer de pulmão é assintomático, o nódulo vai crescendo sem comprometer a função do órgão, além disso, a gente não tem sensibilidade no pulmão, ele não dói. Quando o paciente começa a ter sintomas, o tumor já está mais avançado e as chances de cura são menores”, explica.

Entre os sintomas comuns nesta fase avançada estão pneumonias recorrentes e crises de tosse, às vezes com sangue, e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. “Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença”, alerta Mariana.

O tratamento deve ser determinado de acordo com o nível da doença. Denise Leite explica que na fase inicial, quando a doença está restrita ao pulmão, a cirurgia tem grande potencial de cura e pode ser feita para retirar uma parte do pulmão doente. A radioterapia, quimioterapia e drogas relativamente novas, como terapias-alvo e imunoterapia, também podem ser indicadas.

“Geralmente doenças em graus mais avançados são tratadas com medicamentos que visam cuidar do organismo como um todo e que podem postergar o avanço da doença, mas para estes casos esperamos que o tratamento controle a doença mais do que tenha potencial de cura definitiva”, explica Denise.

Além do câncer de pulmão, o mau hábito do cigarro aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia.

Câncer de pulmão x câncer de mama

No Brasil, a mortalidade de mulheres por câncer de mama é maior do que por câncer de pulmão, mas, nos próximos anos, os índices podem se inverter.

Um estudo publicado este mês na revista Cancer Research sugere que até 2030 as mulheres em todo o mundo terão 43% mais chance de morrer de câncer de pulmão do que o câncer de mama. Nos Estados Unidos, o câncer de pulmão já é a principal causa de morte por câncer em mulheres.

A oncologista Mariana Laloni explica que isso acontece por dois motivos: primeiro porque elas estão fumando mais. "As mulheres, hoje, têm uma vida mais urbana. Então, comparativamente, se a gente for falar de décadas para cá, a mulher passou a fumar mais".

O outro motivo é a evolução dos tratamentos e dos exames que podem identificar o câncer de mama em estágio inicial. "Hoje a gente faz diagnósticos de câncer de mama muito mais precoces por causa dos programas de rastreamento, a mamografia, o ultrassom", diz a especialista.

 

R7

narguilePesquisa feita com estudantes de escolas públicas e privadas de todo o País mostra que o uso do narguilé avança entre adolescentes. De acordo com o trabalho, 9% dos alunos do 9.º ano do ensino fundamental haviam fumado com o aparelho em 2015.

Três anos antes, eram 7%. O consumo se dá sobretudo entre estudantes de escolas particulares, nas Regiões Sul e Sudeste. Para fazer o trabalho, foram analisadas 54 mil entrevistas em 2015.

"É uma nova preocupação", resume a diretora de Coordenação Geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho - uma das autoras do trabalho. O fenômeno ocorre em um momento em que o Brasil enfrenta também a estagnação dos números de tabagismo. Depois de anos de queda, as taxas de população fumante começaram a dar sinais de estabilidade, em patamares ainda considerados altos.

Atualmente, 10% da população é fumante. "Isso não é pouca coisa. É quase sete vezes a população do Uruguai. Uma legião de pessoas expostas a fatores de risco de doenças graves", observa a médica do Instituto Nacional do Câncer (Inca) Tânia Cavalcanti. Para se ter uma ideia, um estudo do Inca estima que o Brasil gasta anualmente R$ 57 bilhões com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco e com despesas indiretas.

Para pesquisadores, o crescimento do narguilé representa uma ameaça à redução dos indicadores de fumo no País. Tânia afirma que o crescimento desse consumo traz dois problemas graves. Para começar, as implicações na saúde do adolescente. A Organização Mundial da Saúde afirma que uma sessão de narguilé de 20 a 80 minutos corresponde à exposição de componentes tóxicos presentes na fumaça de cem cigarros.

Segundo análises da Universidade de Brasília (UnB), a água utilizada no consumo diminui só em 5% a quantidade de nicotina, que se soma ao monóxido de carbono liberado pela queima do carvão e aos metais pesados presentes no produto.

Tânia, que também é secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), observa ainda que o uso do narguilé pode ampliar o risco de o adolescente também se transformar em um fumante de cigarros tradicionais. Fátima concorda. "O monitoramento dos dados dos adolescentes é essencial: eles dão um indicativo do comportamento futuro", explica.

Dados do Vigitel, uma pesquisa feita por telefone nas capitais brasileiras com maiores de 18 anos, também mostram que, apesar de os números gerais ficarem estabilizados, há uma tendência de aumento do tabagismo na faixa etária mais jovem, até 24 anos. Paula Johns, diretora executiva da ACT Saúde, avalia ser necessária a efetivação da proibição do uso de aditivos do tabaco. "Esse é um elemento de maior apelo para o consumo desses produtos entre jovens", observa. Há alguns meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legal a proibição feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária da adição de aromas e sabor em cigarro. Como a decisão não tem efeito vinculante, contudo, a judicialização do tema continua.

Fumantes passivos

Paula cita ainda a necessidade de efetivação e fiscalização permanente da lei antifumo. Em ambientes fechados, não se pode consumir nenhum produto fumígeno. Os próprios números do Ministério da Saúde, contudo, deixam claro que o problema persiste. O fumo passivo em ambientes de trabalho ainda é de 6%. No Recife, por exemplo, 13% são fumantes passivos no local de trabalho. "É preciso melhorar a fiscalização", reconhece Maria de Fátima.

A diretora também considera ser preciso reforçar as medidas para reduzir o tabagismo. "Há uma série de estratégias que podem ser usadas." Entre elas, cita, estão a adoção de uma embalagem genérica para o produto - reduzindo, assim, o apelo para os públicos mais jovens - e o aumento de preços. "Há espaço para novos aumentos. Os preços estão estabilizados", diz Paula. Ela observa que preços elevados ajudam a reduzir o consumo sobretudo entre classes econômicas menos privilegiadas e entre adolescentes.

 

Agência Estado

Foto: Pixabay

Os cientistas descobriram um novo tipo de neurônio só encontrado até agora em humanos. A descoberta foi chamada de "neurônio rosehip", ou rosa mosqueta, em tradução literal – uma planta silvestre cujo formato lembra uma rosa que perdeu as pétalas.

A expectativa dos pesquisadores é que ele ajude a responder por que muitos tratamentos experimentais para doenças do cérebro têm funcionado em camundongos, mas não em pessoas.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica "Nature Neuroscience". Um grupo internacional de 34 cientistas participou do trabalho, por meio de colaboração entre a Universidade de Szeged, na Hungria, e o Instituto Allen para a Ciência Cerebral, com sede em Seattle, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores afirmam que os resultados abrem as portas para um novo redesenho do cérebro humano.

O neurônio rosa mosqueta foi encontrado na camada 1 do cérebro, também chamada de neocórtex, a mais externa e responsável pela consciência, uma característica considerada exclusivamente humana e de extrema importância.

Danos ao neocórtex podem afetar seriamente as habilidades cognitivas de um ser humano, ou seja, as capacidades de aprender e assimilar informações, por exemplo.

Ainda falta, porém, esclarecer qual seria a sua função específica.

Neurônios inibidores

O rosa mosqueta faz parte de um subtipo de neurônios chamados inibidores, aqueles que impedem a ação de outros organismos celulares cerebrais.

Sua morfologia tem intrigado aos cientistas, já que parece que a união com seu ''parceiro celular" é feita apenas por meio de uma parte muito específica de sua massa.

"Isso pode significar que eles controlam o fluxo de informações de uma maneira muito específica", explica o neurologista Gábar Tamás, da Universidade de Szeged, na Hungria, e coautor do estudo.

Segundo os pesquisadores, nunca antes havia se encontrado um corpo celular com essas características.

"Ele é especial por sua forma, por suas conexões e também por causa dos genes que contém", explicou Trygve Bakken, coautora da pesquisa e neurocientista do Instituto Allen, dos EUA.

Experimentos

Segundo os cientistas que conduziram o estudo, o fato de essas células não terem sido encontradas, entre outros, nos animais mais estudados pelos laboratórios – os camundongos – poderia explicar por que muitos dos experimentos realizados posteriormente em humanos não tiveram os mesmos resultados atingidos com os roedores.

Eles identificaram o neurônio incomum em células de tecidos cerebrais doados por dois adultos do sexo masculino enquanto catalogavam células com base em suas impressões digitais anatômicas e genéticas.

A descoberta pode levar à criação de modelos mais precisos e ajustados do nosso órgão mais importante.

"Se quisermos entender como o cérebro humano funciona, precisamos estudar os seres humanos ou espécies que estejam estreitamente relacionadas", disse Bakken em um comunicado.

Os próximos passos do estudo serão explorar o córtex externo de primatas e, em seguida, em pessoas que sofrem de distúrbios neuropsiquiátricos, para comprovar se apresentam alterações.

 

G1

Comer mal, pular refeições, jantar tarde e dormir em seguida. São maus hábitos que atrapalham muito a digestão. Mas o que nem todo mundo sabe é que um dos sintomas do refluxo pode ser a dor de garganta.

“Desde a faculdade, tive episódios de esofagite e refluxo. De sentir queimar desde a garganta até o estômago. Tive três ou quatro episódios. Em novembro do ano passado tive um pior, com sensação de carvão na garganta, com alteração de voz”. Quem conta a experiência é o cirurgião do aparelho digestivo Albino Augusto Sordello.

Tosse seca e rouquidão podem ser sintomas de refluxo

Os sintomas eram de queimaduras na laringe e nas cordas vocais, provocadas por um refluxo atípico, conhecido como laringofaríngeo. “Nosso estômago é uma caldeira que dissolve os alimentos. Esse estômago tem ácidos, sais biliares que funcionam como soda cáustica, tem enzimas que digerem os alimentos, mas ao invés delas ficarem no estômago, elas sobem e chegam até a garganta”, explica a otorrinolaringologista Cláudia Alessandra Eckley.

Muitas vezes, essas substâncias vão para a garganta por causa de maus hábitos. Isso tudo irrita e desorganiza o funcionamento do estômago.

A certeza de que os sintomas na garganta eram refluxo de um problema no estômago veio depois que Albino fez alguns exames. Um deles foi a laringoscopia, que permite ver o estrago que os ácidos do estômago fazem na laringe. Com o resultado, Albino precisou de remédios e fez mudanças radicais na rotina. “Me afastei do café, dos temperos mais fortes, álcool. Passei a fazer refeições mais cedo”.

Refluxo: como tratar?

O refluxo é a volta do conteúdo estomacal ao esôfago. Alguns alimentos ou hábitos alimentares podem favorecer esse processo.

Entre os sintomas clássicos estão o arroto, queimação na garganta e estômago, azia, má digestão, sensação de empachamento e dor de estômago.

Obesidade, gravidez, tendência genética, alimentos muito gordurosos, comer e dormir logo em seguida, café, cigarro, abuso de álcool podem favorecer o refluxo. Omeprazol, antiácido, sal de frutas, procinético e alginato são medicamentos que podem ajudar quem tem refluxo.

O tratamento do refluxo é feito com mudança de hábito alimentar, remédios e, às vezes, cirurgia. É importante evitar alimentos muito condimentados, frituras, gorduras, alimentos muito ácidos e bebidas gaseificadas. Coma sempre pelo menos duas horas antes de deitar e evite a ingestão de líquidos antes das refeições para não distender o estômago.

 

G1