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formigaQuando elas surgem, é difícil se livrar. Podem ser vários tipos, das mais pequenas, até as maiores, aparecem aos poucos, mais logo tomam conta da cozinha. São as formigas domésticas, que quando menos se espera, começam um formigueiro na parede de casa. O biólogo Paulo Oliveira, do Instituto de Biologia da Unicamp, explica que as formigas, e outros insetos, conseguiram se adaptar ao ambiente urbano. "Nas residências há muitos buraquinhos, frestas na parede, entre os ladrilhos, no batente da porta, alguns dos nossos aparelhos domésticos são quentinhos. Então, sem querer, nós criamos ambientes propícios para que os insetos vivam perto de nós, em especial na nossa casa" .

Quem começa a colônia de formigas nas casas são as formigas rainhas. Durante o verão ou época chuvosa, elas costumam voar durante a noite para dentro das casas para ficar em volta das lâmpadas acesas. "Elas estão voando atrás do macho, e o macho está voando atrás de uma formiga rainha para fazer a cópula", explica o biólogo. Quando a rainha é fecundada, ela vai procurar um buraquinho da casa para começar a família. Ela vai botar os ovos e, assim, começar o formigueiro. As rainhas voam alto, sempre atraídas pela luz, por isso podem entrar até mesmo nos apartamentos mais altos. "Quanto mais alto o andar, mais difícil é, mas elas conseguem chegar mesmo assim, ou voando, ou pelo elevador. Elas entram e ficam lá até a porta abrir de novo. Elas têm paciência", brinca Paulo Oliveira.

O biólogo também explica que não existe apenas uma, mas várias espécies de formigas que se adaptam ao ambiente doméstico se dois erros forem cometidos: o primeiro é ter buraquinhos nas paredes, aqueles que surgem por causa de um mal acabamento, ou de um azulejo solto. Isso cria um ambiente propício para que a rainha entre e ponha ovos. Quando um buraquinho enche, as formigas vão tentar ocupar um outro buraquinho por perto e, assim, aos poucos, vão ocupando todos os espaços na parede ou no batente da porta.

Outro erro é deixar restos de alimentos na cozinha ou na pia. Quando as formigas moram na floresta, elas precisam sair para buscar comida, mas, em casa, quem dá o alimento são as pessoas. Por isso, a melhor maneira de impedir que a colônia de formigas vá para frente, é não deixar a pia com restos de alimentos, não deixar o açucareiro acessível ou o bolo descoberto. Quando as operárias, que são as filhas da rainha, nascem, elas vão buscar alimento na pia, no chão da cozinha ou em outro cômodo. "Se não tiver nada de alimento disponível, como a colônia vai para frente? Ela não vai ter como ir para frente, porque não vai ter nada para comer, ela vai ter que sair dali", explica o biólogo.

É possível encontrar diversos tipos de inseticidas no mercado, mas existe uma maneira segura para acabar com o formigueiro que não envolve nenhum tipo de veneno. O truque é usar detergente de cozinha, como explica Paulo Oliveira. "Tem que jogar bastante detergente dentro do buraquinho, depois com um pedaço de sabão em barra, como se fosse massinha de modelar, tem que fechar o buraquinho, isso, muitas vezes, mata a colônia de formigas".

Algumas pessoas acreditam que as formigas são tão ou mais sujas do que as baratas. Isso não é verdade. As baratas costumam passar por lugares normalmente mais sujos. Elas vão em excrementos, vão para os ralos, caminham pela rede de esgoto das cidades, as formigas não. Por outro lado, uma barata não vai caminhar até o açucareiro, este é o lugar das formigas. Segundo Oliveira, não dá para dizer que as formigas são limpas, mas elas não vão para os mesmos lugares que as baratas costumam ir.

Mas o fato de as formigas serem mais limpas do que as baratas, não significa que uma pessoa possa comê-las. Aquela história que as avós contavam de que "formiga faz bem para a vista", não é bem assim. Na verdade, de acordo com o biólogo, comer formiga "não faz nada bem". Ele explica que elas não trazem doenças, mas algumas podem dar uma mordidinha ou uma picadinha, e podem causar algum incômodo. O melhor é proteger o bolo e outros alimentos desses insetos, seja cobrindo ou colocando em um porta-bolo, suspenso, com um pouco de água com sabão embaixo.

Por fim, o biólogo deixa um recado: as formigas são o bicho mais abundante do mundo, principalmente na região dos trópicos, onde está o Brasil. Elas vivem em colônias, sempre, e algumas são formadas por milhares de formigas, todas filhas da mesma rainha. São insetos que fazem parte da vida na cidade, então, o melhor é se adaptar. Quem não quiser formiga dentro de casa tem que deixar os ambientes limpos e assim, garantir que elas fiquem apenas no quintal ou no jardim.

 

R7

Foto: Nurcholis Anhari Lubis/Getty Images

vacO Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (5) que o país registra 8 mortes por sarampo – uma a mais que a semana anterior. Desde o início do ano até o momento, são 1.579 casos confirmados e 7.513 em investigação.

Entre as mortes, 4 ocorreram em Roraima, sendo três venezuelanos e um bebê yanomami brasileiro, e 4 no Amazonas, sendo três bebês brasileiros e uma agente de saúde de 44 anos.

O país registra surto da doença no Amazonas, que apresenta 1.232 casos confirmados e 7.439 em investigação, e em Roraima, com 301 casos confirmados e 74 suspeitos.

O Ministério afirma que, entre os casos confirmados em Roraima, 9 são pessoas que moram na Venezuela, mas foram atendidas no Brasil e estão recebendo tratamento.

Casos de sarampo foram registrados em outros Estados, mas são considerados isolados: São Paulo (2), Rio de Janeiro (18); Rio Grande do Sul (18); Rondônia (2), Pernambuco (4) e Pará (2).

A meta estabelecida pela campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a poliemielite, realizada de 6 a 31 de agosto, de imunizar 95% das crianças entre 1 e 4 anos, foi atingida apenas por sete Estados. Por essa razão, os demais Estados e o Distrito Federal prorrogaram a campanha até o dia 14 de setembro.

Os Estados que alcançaram a meta são Amapá, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo, Sergipe e Maranhão. O Rio de Janeiro apresenta o menor índice de vacinação, seguido por Roraima, Pará, Piauí, Distrito Federal, Acre, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte e Amazonas.

A média de cobertura vacinal no país está em 88%.

 

r7

ulgação/SES do Rio de Janeiro

Se você tenta levar uma vida saudável, provavelmente presta atenção ao tipo de alimento e ao tamanho das porções que consome.

Mas uma nova pesquisa indica que tão importante quanto isso é observar quando você come.

Nutricionistas vão recomendar que você se alimente em intervalos regulares e nunca pule uma refeição.
Os "ratos de academia" aconselham você a comer certos nutrientes antes, durante e depois de praticar exercício; e pesquisas indicam que ingerir a maior parte das calorias no início do dia ajuda a combater a obesidade.

Agora, um estudo que analisa o ritmo circadiano (período de 24 horas em que se baseia o relógio biológico) diz que devemos limitar nossa alimentação às primeiras oito a dez horas em que estamos acordados, para dar ao corpo tempo suficiente para digerir a comida, descansar e se recuperar.
O pesquisador Satchin Panda é professor do Salk Institute, em Dallas, nos EUA, e autor do livro The Circadian Code ("O Código Circadiano", em tradução livre), resultado de 10 anos de pesquisa sobre o assunto.

Ele explica à BBC que o corpo funciona melhor quando nossos hábitos alimentares estão alinhados ao ritmo circadiano.

"Quase todas as células do nosso corpo têm seu próprio relógio circadiano, o nosso relógio de 24 horas. Isso significa que todos os hormônios, todas as substâncias químicas do cérebro, todas as enzimas e até mesmo todos os genes no genoma aumentam e diminuem em determinados momentos do dia", diz Panda.

"Quer dizer que, assim como há um momento ideal para dormir, há um momento ideal para comer, estudar, fazer atividade física. O que estamos descobrindo é que nosso corpo é voltado para digerir alimentos e absorver nutrientes apenas de oito a dez horas por dia - no máximo, 12 horas talvez."

"Fora deste período, o nosso relógio circadiano vira a chave, e o nosso corpo entra num modo diferente para recuperar, restaurar e rejuvenescer", acrescenta.
A importância do intervalo
Em 2012, Panda e seus colegas do Instituto Salk conduziram um estudo com dois grupos idênticos de ratos.

O primeiro grupo recebeu alimentos ricos em gordura e açúcar, e os animais podiam comer sempre que quisessem.

Ao segundo grupo, foi fornecida quantidade equivalente dos mesmos alimentos - mas com um intervalo de oito horas.

Após 18 semanas, os ratos que se alimentaram sem restrição de horário estavam diabéticos e obesos, tinham ainda colesterol alto e problemas intestinais.

Surpreendentemente, aqueles que consumiram a mesma dieta com um espaçamento de oito horas não apresentaram qualquer doença.
Panda explica que quando paramos de comer, as toxinas do ambiente e dos alimentos são eliminadas, os níveis de colesterol são reduzidos, os músculos, a pele, o revestimento do intestino e até mesmo o DNA são reparados.

Continuar comendo após essa janela de oito a dez horas afeta esses processos, pois o corpo passa a focar na digestão e no processamento de nutrientes.

"Fazer esse intervalo oferece os melhores resultados para a saúde. Mas muitas pessoas não gostam da palavra jejum", afirma Panda.

"Nós não sugerimos o que e em que quantidade você deve comer. Mas tenha em mente os horários em que você se alimenta, e reserve de oito a dez horas - 12 horas, no máximo - para isso. Fora desse horário, até comida saudável pode se tornar uma porcaria", esclarece.

Outras pesquisas
Panda diz que suas descobertas são respaldadas por outros estudos.

 

"Um estudo mostrou que mulheres que jejuavam por mais de 13 horas todas as noites apresentavam um risco significativamente menor de câncer de mama", conta.

Esses trabalhos entram intrinsecamente em conflito com o hábito de algumas pessoas de beliscar até a hora de dormir - e, sem dúvida, daquelas que adotam um estilo de vida mais intenso e movimentado.

Em 2015, Panda realizou uma pesquisa com voluntários, que concordaram em ser monitorados por meio de um aplicativo de smartphone. O resultado mostrou que eles comiam por um período de 15 horas ou mais ao dia.

Mas quando indivíduos com excesso de peso, que comiam ao longo de mais de 14 horas, restringiram a alimentação para um período de 10 a 11 horas, durante 16 semanas - sem mudar a dieta -, eles reduziram o peso corporal, relataram ganho de energia e melhora na qualidade do sono.

 

BBCNews

Estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira (4) confirma que o brasileiro - apesar do fenômeno das "musas fitness" e da rápida expansão das academias nas médias e grandes cidades - se exercita menos do que deveria.

O levantamento, feito com dados coletados nos últimos 15 anos, revela que praticamente uma em cada duas pessoas em idade adulta (47%) no país não pratica atividades físicas suficientemente.exercicio

Entre as mulheres, a ociosidade é ainda maior que a média, 53,3%, enquanto a prevalência de inatividade entre os homens é de 40.4%.

No mundo todo, 1,4 bilhão de pessoas que correm risco de saúde por causa da ociosidade, que pode aumentar a propopensão ao desenvolvimentos de doenças cardiovasculares, por exemplo, diabetes do tipo 2, demência e de alguns tipos de câncer.

Para chegar à estimativa, o órgão da ONU computou dados de 168 países e revisou 358 pesquisas populacionais feitas entre 2001 e 2016, sondando 1,9 milhão de pessoas.

No contexto global, o Brasil se encontra no grupo de países onde há maior ociosidade, superando nações como os Estados Unidos (40%), o Reino Unido (36%).

O estudo define como "atividade física insuficiente" o descumprimento da recomendação padrão da OMS, que aconselha que seja praticado pelo menos duas horas e meia de esforço moderado por semana ou 75 minutos de atividade intensa.

Em nível mundial, a falta de exercícios é um mal que atinge 32% das mulheres e 23% dos homens adultos.

Essa discrepância entre os sexos é um problema cultural, segundo os médicos da OMS, e revela uma questão de desigualdade. "Mulheres enfrentam mais barreiras sociais e culturais para participar de atividades físicas, particularmente nas horas de lazer", afirma Melody Ding, da Universidade de Sydney, na Austrália, coautora do estudo.

As tendências foram organizadas por regiões e, no caso da América Latina e Caribe, o estudo concluiu que houve uma piora significativa no intervalo de 15 anos pesquisado.

De 2001 a 2016, a parcela ociosa da população saltou de 33,4% para 39,1%.

A Oceania, onde apenas 16,3% da população se exercita pouco, foi a região mais bem colocada. Só foi registrada melhora, contudo, no leste e sudeste da Ásia, onde a proporção de pessoas inativas caiu de 26% em 2001 para 17% 15 anos depois. A boa notícia se deve principalmente à popularização do hábito de se exercitar entre os chineses.

Os países ocidentais ricos, de maneira geral, apresentaram piora nos níveis de sedentarismo, que passou de 30,9% em 2001 para 36,8% em 2016.

Inatividade física e dinâmica de desenvolvimento

"Diferentemente de outros grandes riscos à saúde, os níveis insuficientes de atividade física não estão diminuindo mundialmente. Na média, um quarto dos adultos não está alcançando os níveis de atividade física recomendados para uma boa saúde", alertou a principal autora do estudo, a médica Regina Guthold.

Citado no estudo da OMS, o pesquisador brasileiro e reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, acredita que o conceito de "atividade física insuficiente" não é a melhor forma de tentar expressar o nível de ociosidade física em uma determinada população.

Ele avalia que o mais correto seria falar em "inatividade física", e questiona as conclusões do estudo, que classifica como redundantes quando confrontados com levantamentos anteriores feitos pelo professor James F. Sallis, da Universidade da Califórnia em San Diego.

Hallal reconhece, porém, que o documento da OMS tem o mérito de destacar que "efetivamente não estamos conseguindo lidar com a pandemia de inatividade física".

"A população não está se tornando mais ativa com o passar do tempo, e isso é extremamente preocupante, ainda mais pelo fato de que 5,3 milhões de mortes por ano no mundo são causadas pela inatividade física", disse à BBC News Brasil, citando estudo de I-Min Lee, de Harvard, publicado na revista The Lancet em 2012.

O pesquisador gaúcho observa que há um contraste entre países muito pobres e ricos. Nos primeiros, os indivíduos são fisicamente ativos em suas tarefas diárias, fazendo deslocamentos a pé ou de bicicleta para o trabalho e se engajando em tarefas domésticas intensas.

Já em boa parte dos países mais desenvolvidos, os hábitos de transporte estão relacionados ao uso de veículos motorizados e o trabalho não envolve esforço. Isso leva a uma situação de sedentarismo que, se não for compensada com a prática de esportes, resulta em problemas de saúde.

"Quando os países começam a se desenvolver, essas atividades físicas que são mais obrigatórias do que voluntárias diminuem, e permanece apenas a atividade física de lazer. Acontece que a atividade de lazer ainda é procurada por muito pouca gente no mundo", diz.

"Por isso a tendência é que esses dados piorem ao longo dos anos, porque, quando as pessoas dos países pobres começarem a ter mais recursos financeiros, elas vão sair da ocupação que exige atividade".

Hallal pondera, porém, que elas não adotarão necessariamente a prática da atividade recreacional se não houver um incentivo a isso.

Políticas públicas e norma cultural

A OMS teme que o objetivo global de reduzir os níveis de inatividade em 10% até 2025 não será atingido se novas medidas não forem implementadas - políticas públicas para a promoção de atividade física regular, por exemplo, que impulsionem mudanças de hábitos.

"A gente precisa que a população incorpore a prática no seu cotidiano, e não como uma coisa pontual, só antes do verão", diz Hallal. "Não adianta dizer: 'eu jogo futebol com meus amigos às terças-feiras'. Isso não é ser ativo fisicamente", critica.

"Precisamos que as pessoas incorporem o hábito de fazer atividade regularmente. Esse é o grande desafio da população brasileira nesse sentido. As grandes medidas que têm eficácia para aumentar o nível de atividade física são estruturais e ambientais", afirma o reitor.

A construção de parques, academias populares, calçadões de orla e ciclovias são alguns exemplos de políticas públicas citados por Hallal como medidas que comprovadamente trazem resultados.

"Não vamos resolver o problema da inatividade física com academias privadas. Isso vai melhorar a vida dos 5% mais ricos da população. Para atingir os 95% restantes, precisamos mesmo é de políticas coletivas, especialmente as que atingem a questão do meio em que vivemos".

A brasileira Fabiana Rodrigues de Sousa Mast, doutora em ciências esportivas pela Universidade de Basileia, pesquisou o uso desse tipo de infraestrutura pelas mulheres na comunidade da Cidade de Deus no Rio de Janeiro.

Ela concluiu que instalações públicas, ainda que em condições precárias, nitidamente favorecem uma maior prática de exercícios e melhoram a qualidade de vida da população.

"Precisamos focar em construir um ambiente, particularmente em áreas sociais vulneráveis, se quisermos atingir os níveis de atividade física necessários para conquistar indicadores de saúde desejáveis", diz Sousa Mast.

"Quando falamos da promoção de atividade física na esfera global, falamos de política pública e de norma cultural. É como no caso de Amsterdã, por exemplo. Hoje a norma cultural em Amsterdã é andar de bicicleta. No dia que a gente chegar a um estágio onde a atividade está incorporada na rotina, o problema já vai ter diminuído consideravelmente", conclui Hallal.

 

BBC News Brasil

Foto: Getty Images