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Um levantamento realizado em nove países e publicado em Londres nesta quarta-feira (23) mostra que menos de um terço dos alimentos industrializados pode ser considerado saudável. O Access to Nutrition Index (ou Acesso ao Índice de Nutrição) foi feito com apoio do empresário americano Bill Gates e do Ministério de Relações Internacionais da Holanda e analisou 23.013 produtos em nações como Austrália, China, Índia, Reino Unido e Estados Unidos.

Em entrevista exclusiva ao R7, Inge Kauer, diretora-executiva da Fundação Access to Nutrition e uma das responsáveis pelo estudo, explica que o dado é preocupante especialmente porque a maior parte do que comemos e bebemos atualmente tem origem industrial.

“Analisamos produtos de 21 empresas ao redor do mundo e achamos importante que os fabricantes ofereçam opções de comidas e bebidas com ingredientes saudáveis especialmente se você olhar países como o Brasil, onde quase 54% da população nas capitais apresenta excesso de peso”.

Inge esclarece que, durante o levantamento, foram analisados fatores como presença de sal, açúcar e gordura saturadas nas comidas e bebidas. A apresentação de frutas, grãos, legumes e outros ingredientes orgânicos na composição dos produtos também foi levada em consideração.

Conscientização do público infantil

Outro dado alarmante revelado pelo estudo é que, entre as comidas e bebidas analisadas, apenas 14% cumprem os critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde) de comercialização para crianças: “Isso diz respeito principalmente às crianças pequenas. A OMS recomenda que os produtos sinalizem — em propagandas, embalagens — que os bebês devem ser alimentados exclusivamente de leite materno até os seis meses de idade. Descobrimos que muitos fabricantes falham em avisar seus consumidores sobre isso”, diz Inge.

Segundo o levantamento, das 21 empresas analisadas, apenas seis investem em todos os tipos de mídia na hora de fazer marketing para comercializar produtos infantis. E apenas uma das empresas estende essa política de propaganda responsável para adolescentes de 13 a 18 anos.

Pontos positivos e transparência

A diretora-executiva da Access to Nutrition afirma que, entre as conclusões positivas do estudo, destaca-se o fato de que as empresas têm focado mais em desenvolver produtos saudáveis nos mercados emergentes — embora, muitas vezes, falhem em conscientizar o público consumidor.

Sete das companhias abordadas reforçaram suas estratégias de nutrição e sistemas de gestão, enquanto dez demonstraram considerar o valor nutritivo dos produtos vendidos quando adquirem ou se fundem a empresas menores.

Por fim, Inge Kauer sugere que os fabricantes sejam mais transparentes ao fornecer dados sobre seus produtos e mesmo contratem auditorias independentes para analisar as propriedades nutricionais das bebidas e comidas:

“Em muitos casos, a diferença entre nossa análise e as avaliações que as empresas fazem de si mesmas mostrou a necessidade do estabelecimento de metas e de mais transparência. São instrumentos fundamentais para combater o problema da obesidade — que hoje atinge 2 milhões de pessoas no mundo”.

 

R7

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) confirma mais duas mortes causadas pelo vírus da Influenza A H1N1 em Teresina e anuncia que não tem mais vacina em estoque na capital. No boletim divulgado na manhã desta terça-feira (22), foram confirmados 62 casos para Influenza A (contra 46 casos confirmados na semana passada, no dia 15) de janeiro até o momento e somando a estes números, quatro óbitos (na semana passada foram confirmados dois óbitos).

A primeira morte confirmada foi do motorista de iniciais F.L.S, que se negou a ser internado na primeira ida à Unidade de Saúde e quando retornou já estava em estado gravíssimo. O segundo caso foi confirmado na semana passada, onde a vítima foi uma mulher por volta de 50 anos, diabética, cardiopata e pneumopata.

Hoje (22), a FMS confirma o caso de uma mulher de 38 anos, que tinha asma e era fumante. Ela foi transferida já em estado grave do Hospital do Monte Castelo para o HUT e veio a óbito em menos de 24 horas. Outro caso confirmado hoje é de um adolescente do sexo masculino, de 13 anos, que deu entrada no Hospital do Satélite, mas foi transferido para o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, onde veio a óbito.

A FMS informa em nota à imprensa que “todo o estoque da vacina da gripe já foi distribuído nas mais de 100 salas de vacina da capital na última sexta-feira”. Em sete lotes de entrega por parte do Ministério da Saúde, foram distribuídas 213 mil doses na cidade.

A nota da FMS segue confirmando a falta de estoque: “Não tem mais doses da vacina contra a gripe em estoque na capital. O único estoque que a Rede de Frio, local que armazena as vacinas, são 5 mil doses que servirão para aplicar a segunda dose nas crianças entre 6 meses e um ano de idade. Pois a primeira vacinação contra a gripe, em crianças maiores de 6 meses, deve ser dada em duas doses, com intervalo de 30 dias. Depois, a dose anual passa a ser única”, confirma.

“A FMS esclarece ainda que está aguardando resposta por parte do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde se ainda irá receber algum lote de vacina residual. Os dados de quantas doses já foram aplicadas na capital ainda estão sendo compilados para que sejam repassados ao Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações”, finaliza a nota da FMS.

 

cv

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou esta semana o registro do Sofosbuvir, medicamento genérico destinado ao tratamento de infecções causadas por hepatite C crônica.

O remédio, que será utilizado como um componente da combinação do regime de tratamento antiviral, atua como inibidor da polimerase NS5B, enzima essencial para a replicação do vírus que provoca a doença.

Ainda de acordo com a Anvisa, a aprovação do Sofosbuvir deve reduzir os custos do tratamento para hepatite C, uma vez que medicamentos genéricos entram no mercado com valor no mínimo 35% menor que o do produto de referência.

Hepatite C

Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), presente no sangue de pessoas infectadas. Entre as causas de transmissão estão a transfusão de sangue e o compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas e cachimbos), para higiene pessoal (lâminas de barbear, escovas de dente e alicates de unha) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings.

A transmissão também pode acontecer da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, e por sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.

Ainda de acordo com a pasta, quando a infecção persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica da hepatite C. Cerca de 20% dos infectados cronicamente pelo vírus podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5%, para câncer de fígado.

 

Agência Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) confirma 37 casos de influenza H1N1, sendo que quatro evoluíram para óbito. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (22), pela Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde.

Os casos de Influenza H1N1 estão inseridos no perfil epidemiológico da síndrome respiratória aguda grave (Srag), que totalizaram 219 casos notificados, sendo:

 - 37 casos confirmados com Influenza H1N1

 - 6 por adenovírus;

 - 23 por metapneumovírus;

 - 3 por parainfluenza 1;

 - 45 não especificada;

 - 88 em investigação.

Dos 219 casos de Srag, foram notificados 17 óbitos: sendo nove por causa não especificada; dois por metapneumovírus; quatro para H1N1 e um ainda estão em investigação.

A Secretaria de Estado da Saúde já disponibilizou 20.500 unidades de Tamiflu para rede pública estadual e municipal para a assistência aos pacientes da síndrome respiratória aguda grave.

Imunização

Até agora, cerca de 340 mil piauienses foram imunizados contra influenza, representando 49,13 % da população alvo da campanha.

O Ministério da Saúde enviou ao Piauí todas as 816 mil doses da vacina previstas para o Estado, que já foram redistribuídas integralmente aos municípios.

A campanha segue até o dia 1º de junho, com a meta de vacinar 800 mil piauienses prioritariamente dos grupos:

- indivíduos com 60 anos ou mais de idade;

- crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias);

- gestantes e puérperas;

- trabalhadores da saúde;

- povos indígenas;

- grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;

- professores das escolas públicas e privadas;

- adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;

  • população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

sesapi

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