O Brasil tem 1935 casos de sarampo confirmados em 2018, informou o Ministério da Saúde em atualização divulgada nesta quarta-feira (3). O país enfrenta atualmente dois surtos da doença nos estados do Amazonas e Roraima e mais de 7 mil casos ainda são investigados. No Amazonas são 1.525 casos e 7.873 em investigação, e em Roraima são 330 casos da doença, sendo que 101 continuam em investigação.
Sergipe e Distrito Federal, que ainda não tinham registrado casos da doença, aparecem na nova lista do ministério. O Rio Grande do Sul teve um aumento de 15 casos no último mês.
Casos confirmados de sarampo até o dia 1º de outubro
Estado Casos confirmados Amazonas 1525 Roraima 330 Rio Grande do Sul 33 Rio de Janeiro 18 Pará 14 Sergipe 4 Pernambuco 4 Rondônia 3 São Paulo 3 Distrito Federal 1 Fonte: Ministério da Saúde Número de mortes Até o momento, foram confirmados dez mortes por sarampo, sendo quatro no estado de Roraima (3 em estrangeiros e 1 em brasileiro), 4 no Amazonas (todos brasileiros, sendo 2 do município de Manaus e 2 do município de Autazes) e 2 no Pará (indígena venezuelano).
País atinge meta de vacinação O Brasil atingiu a meta geral de vacinação de crianças contra sarampo e poliomelite estabelecida pelo Ministério da Saúde. A meta do governo era vacinar 95% do público-alvo (crianças de 1 a cinco anos).
Segundo o balanço final, a cobertura vacinal ficou em 95,4% para a pólio e 95,3% para sarampo, totalizando 10,7 milhões de crianças vacinadas.
Porém, 516 mil crianças não receberam as doses recomendadas. A única faixa etária que não chegou ao índice de 95% foi a de um ano de idade, cuja cobertura está em 88%. Apesar do fim da campanha, a vacina continua disponível o ano inteiro nos postos de saúde.
Quando a agente de saúde Regiane Costa, 40, descobriu que tinha câncer de mama, o tumor já havia se espalhado para o pulmão e os ossos. O motivo: erro de diagnóstico. “Aos 35 anos, notei uma bolinha na base do seio e fui à ginecologista. Ele pediu um ultrassom e constatou que era nódulo de gordura”, conta.
Mais de um ano depois, a bolinha havia se tornado uma ferida. No entanto, mais uma vez, a ginecologista não cogitou câncer. “Ela afirmou ser bactéria e me prescreveu corticoide”. Encaminhada para uma microcirurgia, uma mamografia pré-operatória revelou que a “ferida” era um tumor maligno em estágio avançado. Foram 12 sessões de quimioterapia, a retirada e reconstrução da mama e um tratamento que se prolonga até hoje.
Regiane não está sozinha. Assim como ela, mais de 35% das mulheres descobriram o câncer de mama já em estágio avançado, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (2), pelo Instituto Oncoguia, que dá apoio a pacientes com câncer.
A média de idade para o primeiro diagnóstico é aos 37 anos, e do diagnóstico da metástase, aos 40, sendo a idade média para o câncer de mama, de maneira geral, aos 44 anos. “Ficamos impressionados ao observar, neste levantamento, a presença de doença metastática em mulheres muito novas”, afirma Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. A pesquisa foi realizada com mais de 250 pacientes com câncer de mama metastático – que já espalhou para outros órgãos. O Instituto ressalta que o câncer metastático é um estágio avançado da doença. Controlar a doença e manter a qualidade de vida são as prioridades desta fase.
A maioria das mulheres que participaram do estudo não tinha histórico de câncer na família, o que poderia explicar a pouca idade no momento do diagnóstico, segundo Luciana.
Metástase é descoberta por acaso
Cerca de 36% delas descobriram a metástase por acaso, sem ter conhecimento do câncer no organismo. Mais de 60% das pacientes disseram ter metástases no osso, seguido de pulmão, fígado e cérebro, ainda de acordo com o estudo.
A pesquisa demonstrou ainda que 20% não sabe qual o seu tipo de câncer de mama. O Instituto destaca que os tumores de mama diferem entre si e isso influencia no tipo de tratamento que será realizado.
“O tumor pode variar de acordo com o tipo de receptor que ele tem. Receptores são como fechaduras específicas e somente a chave certa pode ativá-los. Há tumores que são hormônio-positivos, outros expressam uma proteína chamada HER2. E há tumores chamado de triplo negativo, que não expressam nem HER2 nem hormônios”, informa o Instituto.
Segundo Luciana, são essas informações que vão definir o tratamento adequado e proporcionar mais tempo e qualidade de vida a um paciente.
De acordo com o levantamento, 58% consideraram ter um nível razoável de conhecimento sobre o câncer. No entanto, Luciana questiona a qualidade dessas informações. “Em tempos de fake news, é fundamental procurar fontes confiáveis de notícias e evitar disseminar conteúdo de origem duvidosa, sem comprovação científica”, afirma.
Cerca de 40% queixaram-se de perda de qualidade de vida após descobrirem o câncer. A própria doença e o tratamento podem apresentar uma série de efeitos colaterais. Isso somado ao tratamento periódico para o resto da vida podem explicar, de acordo com Luciana, por que 78% das pacientes terem respondido que não trabalham.
No momento do diagnóstico, cerca de 80% dessas pacientes estavam trabalhando. Um quarto dessas mulheres está aposentada pelo INSS.
Regiane é uma delas. Atualmente, vai iniciar tratamento para combater metástases no fígado. Apesar de algumas limitações, como restrição a grandes esforços físicos e perda de mobilidade da perna esquerda, ela conta que vive normalmente – é mãe de três filhos.
“Não sei qual a razão da doença. Não tenho histórico familiar, nunca fumei nem bebi e sempre fui bem ativa. Hoje tenho uma vida ‘quase normal’. É possível conviver com o câncer. Dá para ser feliz. Faço valer cada dia que conquisto”, afirma.
Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia mostrou que, a realização de mamografias pelo Sitema Único de Saúde (SUS) em mulheres entre 50 e 69 anos — faixa etária prioritária —, no ano passado, foi a menor dos últimos cinco anos.
Os dados apontam que, entre os 11,5 milhões de exames na rede pública esperados para essa faixa etária, apenas 2,7 milhões foram realizados, o que representa 23% do total.
Já em relação a este ano, o Ministério da Saúde informa que, de janeiro a julho, foram feitas mais de 2 milhões de mamografias, sendo 1,3 milhão delas de mulheres entre 50 a 69 anos.
A mamografia é o exame realizado para a detecção de câncer de mama. Trata-se de um exame de raio-X na qual a mama é comprimida para que pequenos tumores, menores que 1 cm, e lesões em início possam ser identificadas. A recomendação da SBM é de que esse exame seja realizado a partir dos 40 anos, a cada dois anos, e, após os 50, anulamente.
Segundo Ruffo Freitas Jr., coordenador da pesquisa e presidente do Conselho Deliberativo da SBM, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentaram menor resultado. Ele afirmou, por meio de nota, que a baixa procura se deve à dificuldade para agendar e fazer a mamografia, à falta de técnicos para a realização do exame e equimentos danificados.
Contatado pelo R7, o Ministério da Saúde afirmou que o atendimento é regulado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. "O atendimento aos pacientes do SUS deve ser regulado pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, tendo como objetivo garantir a adequada prestação de serviços à população, regulando o acesso do paciente conforme a sua necessidade, realizando a programação das ações e serviços de saúde e alocando os recursos de acordo com a quantidade necessária de produção nos diferentes municípios", informou por meio de nota.
Entre os locais com piores resultados estão o Amapá, com realização de 260 exames dos 24 mil esperados, o Distrito Federal, que realizou 5 mil exames da expectativa de 158,7 mil, e Rondônia, que realizou 5,7 mil dos 76,9 mil exames esperados.
Antônio Frasson, presidente da SBM afirmou, por meio de nota, que, se o estudo abrangisse mulheres desde os 40 anos, idade na qual é recomendada a realização anual do exame, o cenário seria ainda mais desesperador.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o câncer de mama afetará cerca de 85.600 mulheres este ano no Brasil, sendo o mais comum no país. Assim como o câncer de pulmão, o câncer de mama é o que apresentará maior número de novos casos: 2,1 milhões de novos casos devem ser diagnosticados neste ano.
O Brasil está entre os países mais sedentários do mundo. Um estudo publicado na revista The Lancet aponta que 47% dos brasileiros são sedentários. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para sair do sedentarismo a gente precisa dar 10 mil passos por dia. Esses passos podem estar tanto dentro de uma atividade ou exercício físico.
Quem é sedentário precisa encontrar uma atividade que provoque estímulos positivos. E por que não a caminhada? Caminhar é a forma mais simples e democrática de sair do sedentarismo e iniciar um exercício físico regular. Se mexer traz muitos benefícios:
Libera endorfina, que causa sensação de bem-estar O indivíduo ganha mais consciência na alimentação, porque a endorfina ajuda a controlar as compulsões. Melhora o sono Ajuda no controle e prevenção de diabetes, hipertensão, depressão. Cuide do seu coração! 150 minutos de exercício físico moderado por semana previne e trata problemas de saúde. São 30 minutos de caminhada por dia, cinco vezes na semana. Atividade física x exercício físico: qual a diferença? A atividade física é qualquer movimento que você faz que tenha algum gasto energético. É tudo o que realizamos no dia a dia quando não estamos descansados: subir escada, levantar para pegar água, andar para pegar um ônibus, lavar a louça, etc). Ela não é programada, simplesmente acontece pela necessidade natural do ser humano.
Já o exercício físico é toda atividade que você faz regularmente. Você se prepara, planeja a atividade (academia três vezes por semana, aula de dança uma vez por semana, caminhada no parque duas vezes por semana, etc). Ela é repetida e deve ser feita com a ajuda de um profissional de saúde.