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Uma revisão de estudos publicada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Cochrane reuniu diversos estudos sobre os efeitos do ômega 3 e descobriu que o suplemento fornece pouco ou nenhum benefício na maioria dos resultados que eles observaram.

O Cochrane se dedica a analisar e compilar uma série de estudos de saúde para que os diferentes dados fiquem disponíveis para as pessoas com análises claras sobre os possíveis efeitos na saúde. A instituição independente declara que não recebe patrocínio de empresas para que não haja conflito de interesse nos resultados divulgados.

A revisão publicada na Cochrane Library, combina os resultados de 79 estudos envolvendo 112.059 pessoas. Estes estudos avaliaram os efeitos do consumo de gordura ômega 3 adicional, em comparação com ômega 3 usual ou menor, em doenças do coração e circulação. Vinte e cinco estudos foram avaliados como altamente confiáveis, porque foram bem desenvolvidos e conduzidos.

"A revisão fornece uma boa evidência de que tomar suplementos de ômega 3 (óleo de peixe, EPA ou DHA) não beneficia a saúde do coração ou reduz nosso risco de acidente vascular cerebral ou morte por qualquer causa", explicou Lee Hooper, da Universidade de East Anglia e um dos autores da revisão.

Ômega 3 é um tipo de gordura. Pequenas quantidades desta gordura são essenciais para uma boa saúde, e elas podem ser encontradas nos alimentos que comemos. De acordo com a revisão, o aumento do consumo de gorduras ômega 3 é amplamente divulgado em todo o mundo por causa de uma crença comum de que ele protegerá contra doenças cardíacas.

Há mais de um mecanismo possível de como estes suplementos podem ajudar a prevenir doenças cardíacas, incluindo a redução da pressão arterial ou a redução do colesterol.

O impacto dos suplementos

Os pesquisadores encontraram evidências de que as gorduras do ômega 3 suplementares tinham pouco ou nenhum efeito significativo sobre o risco de morte por qualquer causa. O risco de morte por qualquer causa foi de 8,8% em pessoas que aumentaram a ingestão de gorduras ômega 3, em comparação com 9% em pessoas nos grupos de controle.

Eles também descobriram que tomar ômega 3, principalmente através de suplementos, provavelmente faz pouca ou nenhuma diferença para o risco de eventos cardiovasculares, eventos de doença coronariana, acidente vascular cerebral ou irregularidades cardíacas.

As gorduras ômega 3 provavelmente reduziram algumas gorduras no sangue, triglicerídeos e colesterol HDL, conhecido como colesterol bom. É provável que a redução dos triglicerídeos seja protetora de doenças cardíacas, mas a redução do HDL tem o efeito oposto.

A revisão dos estudos também concluiu que ingerir ômega 3 através de alimentos como peixes gordurosos tem um pequeno impacto na redução de riscos de alterações cardíacas: de 3,3% para 2,6%. Aumentar o consumo de suplementos de ômega 3 também não mostrou resultados efetivos no controle de peso e gordura do corpo.

"Podemos confiar nas descobertas desta revisão que vão contra a crença popular de que os suplementos de ômega 3 protegem o coração. Os estudos mais confiáveis ​​mostraram consistentemente pouco ou nenhum efeito das gorduras de ômega 3 na saúde cardiovascular", disse Hooper.

"Por outro lado, enquanto o peixe oleoso é um alimento saudável, não é claro, a partir do pequeno número de tentativas, se a ingestão de peixes mais oleosos protege nossos corações", acrescenta ele.

Os estudos recrutaram homens e mulheres, alguns saudáveis ​​e outros com doenças na América do Norte, Europa, Austrália e Ásia. Os participantes foram aleatoriamente designados para aumentar suas gorduras de ômega 3 ou manter sua ingestão habitual de gordura por pelo menos um ano.

A maioria dos estudos investigou o impacto de dar um suplemento de ômega 3 a longo prazo em forma de cápsula e o comparou a um placebo. Apenas alguns avaliaram a ingestão através de peixes.

Outros estudos

Em 2016, um estudo publicado na revista médica "JAMA Internal Medicine" analisou os níveis de ômega 3 no sangue e nos tecidos de participantes de 19 estudos realizados em 16 países. Na época, o consumo de ácidos graxos ômega 3, pela ingestão de peixes como salmão, sardinha e anchova, estava ligado a uma redução de 10% do risco de morrer por ataque cardíaco.

Os pesquisadores descobriram que o ômega 3 "estava associado com um risco cerca de 10% menor de ataques cardíacos fatais", mas que essa mesma correlação não foi observada no caso dos infartos não mortais.

Isso sugere "um mecanismo mais específico para os benefícios do ômega 3 relacionados com a morte", disseram os pesquisadores.

 

G1

Para alguns, não passaria dos restos de uma lagarta. Mas, para muitas outras pessoas, trata-se de um produto extremamente valioso e cada vez mais escasso.

O yakasumba é um fungo que cresce em altitudes de 3 mil a 5 mil metros e só é encontrado na região dos Himalaias - em regiões como Nepal, Índia, Butão e no Tibete.

Ele se forma quando o fungo, na terra, ataca e disseca uma lagarta. Especialistas em medicina tradicional dizem que ele é eficaz contra impotência, asma e câncer.

Esse efeito torna o Yarsagumba, também conhecido como o 'Viagra do Himalaia', mais valioso do que ouro.

Um quilo do fungo pode custar US$ 100 mil (R$ 386,3 mil), mais do que o dobro dos US$ 40 mil cobrado pelo quilo de ouro.

Isso faz com que, entre maio e junho, vilarejos nos Himalaias fiquem desertos - seus moradores foram para as montanhas coletá-los.

Mas trabalhar a essas altitudes é perigoso.

“É muito frio aqui. Às vezes, somos pegos pela chuva. Já enfrentamos avalanches algumas vezes”, conta Sita Gurung, que coleta o fungo.

“Se a avalanche é muito grande, pode carregar todos nós. É assustador.”

Cada um rende de US$ 3,50 a US$ 4,50 para os moradores dos vilarejos.

Depois, o fungo é exportado para países como China, Cingapura, Estados Unidos, Reino Unido, Coreia, Japão, Mianmar e Tailândia, onde um grama do yakasumba pode custar até US$ 100.

O yakasumba responde por 56% da renda anual dos moradores desses vilarejos.

“Graça ao yakasumba, posso comprar roupas novas. Tenho dinheiro para visitar Katmandu e não dependo de ninguém financeiramente”, diz Sita Gurung.

Mas especialistas alertam que o yakasumba está cada vez mais escasso por causa do excesso de colheita e do aquecimento global.

“Antes, a gente achava muitos yakasumbas, às vezes, cem por dia. Agora, achamos de 2 a 20 - às vezes, voltamos para casa de mãos vazias.”

 

BBCBrasil

bucalTrês vezes mais comum nos homens, os tumores na cavidade oral representam o quinto tipo de câncer mais frequente entre os brasileiros, com 14,7 mil novos casos previstos para 2018 (11,2 mil na população masculina).

As estimativas são do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Desse total de diagnósticos, 70% a 80% ocorrem em fase mais avançada da doença, resultando em pior qualidade de vida, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação e maior complexidade no tratamento e na reabilitação do paciente.

O levantamento SEER, do ministério da saúde dos Estados Unidos, mostra que a sobrevida em cinco anos é realidade para mais de 80% dos pacientes quando descobrem a doença no estágio mais inicial.

Se há metástase, esta taxa cai para 20%. O Líder do Núcleo de Estomatologia do A.C.Camargo Cancer Center, Fábio de Abreu Alves, destaca que o cenário de predominância de diagnóstico tardio pode ser revertido por meio de atuação desde a saúde primária, já na cadeira do dentista.

"O dentista é capaz de detectar sinais como placas esbranquiçadas, lesões avermelhadas e feridas que não cicatrizam. Estas últimas já podem ser sinal de um câncer invasivo. Uma investigação clínica mais acurada é importante toda vez que o paciente passa pelo dentista.

Todas as partes da mucosa da boca devem ser examinadas. Se houver alguma suspeita, é fundamental que ele encaminhe o paciente para um centro de referência em diagnóstico. A partir disso, o médico ou o dentista especializado (estomatologista) avaliará a necessidade de se pedir outros exames para confirmar ou não o diagnóstico", afirma.

O atraso no diagnóstico, na opinião de Alves, se dá possivelmente pela ausência de programas de rastreamento e de políticas de educação em saúde. "É importante a sociedade saber que é possível prevenir e fazer diagnóstico precoce de câncer oral na cadeira do dentista. Quanto ao profissional, conforme aumenta sua capacitação, mais ele saberá identificar uma lesão suspeita que esteja em locais de difícil visualização como a borda posterior da língua e o palato mole", explica.

Julho Verde

Este mês está sendo celebrado o Julho Verde, mês de conscientização mundial sobre o câncer de cabeça e pescoço. Entre as principais mensagens do período estão a importância de alertar a sociedade sobre como prevenir a doença e não negligenciar a procura por um especialista, assim como reforçar o papel do profissional na interpretação das lesões na boca e na identificação da existência de sinais e sintomas que podem sugerir a existência de câncer.

 

Agência Estado

Thinkstock

O Senado aprovou, na última quarta-feira, o projeto que inclui a Política Nacional para Doenças Raras no Sistema Único de Saúde (SUS). Como o texto original foi alterado pelos senadores, a proposta deve voltar à Câmara dos Deputados para nova avaliação, antes de ser oficializada.

O novo projeto visa garantir que os pacientes diagnosticados com doenças raras possam ter acesso a cuidados e serviços adequados e aos tratamentos disponíveis no mercado. A política deverá ser implementada em até três anos nas esferas nacional, estadual e municipal para fortalecer a rede de cuidados aos pacientes.

Em 2014, o Ministério da Saúde já havia instituído uma política unificada para pacientes com doenças raras através da portaria 199, que oficializava a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras. No entanto, segundo especialistas, mesmo depois de quatro anos, pouco do que havia sido proposto foi de fato colocado em prática.

As doenças raras são definidas pelo número reduzidos de pessoas, afetando 65 indivíduos a cada 100.000 pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de enfermidade para enfermidade, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição. Informações da Associação Brasileira de Doenças Raras (ABDR) indicam que o Brasil tem registro de 8.000 doenças do gênero, que atingem cerca de 13 milhões de brasileiros, (6,5% da população).
Projeto de lei
Se aprovado em todas as instâncias, o projeto vai permitir a criação de um cadastro nacional e uma rede integrada de cuidados aos portadores de doenças raras, além de priorizar a análise de concessão de registro sanitário de medicamentos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também está previsto a incorporação de medicamentos órfãos (produtos médicos destinados à prevenção, diagnóstico ou tratamento de doenças muito graves ou que constituem um risco para a vida e que são raras) pelo SUS.

No que diz respeito a essa incorporação, o texto sofreu alterações: antes deveria ser considerado o aspecto da relevância clínica e não a perspectiva da relação custo-efetividade. Mas para o senador Ronaldo Caiado, relator do projeto, uma medicação não pode ter relevância clínica se não tiver efetividade. Segundo ele, o laboratório precisa cumprir todo um roteiro a fim de apresentar as exigências necessárias para que o governo saiba que tipo de medicamento está fornecendo ao cidadão.

Salmo Raskin, geneticista especialista em doenças raras, explica que é difícil exigir esse tipo de critério quando se trata de doença rara. Devido à baixa quantidade de pacientes que apresentam esses problemas, as farmacêuticas não conseguem atingir as exigências de efetividade da medicação, que são as mesmas usadas para analisar a eficácia de medicamentos para doenças mais comuns, como diabetes e cujas amostras de pacientes em estudos clínicos são compostas por milhares de participantes. Para ele, essa determinação é uma estratégia para evitar os gastos com remédios que, por serem pouco produzidos pela indústria farmacêutica, são muito caros.

 

Veja

Raskin ainda diz que está cético quanto a praticabilidade do projeto, uma vez que a portaria do Ministério da Saúde pouco tem feito para melhorar a vida dos pacientes com doenças raras.
Qualidade assistencial
A política deve ser implementada tanto na atenção básica à saúde quanto na atenção especializada. O objetivo é que os portadores de doenças raras sejam identificados precocemente (no pré-natal ou ainda recém-nascidos) e recebam o tratamento adequado desde a primeira infância.

Apesar do ceticismo, Raskin afirma que se for realizada de maneira adequada, a política vai permitir que os pacientes – e suas famílias – tenham acesso à informação, assistência e acompanhamento especializados. “Existe pouco conhecimento da população e até da classe médica em relação às doenças raras, por isso a criação de centros de referências em todo o país permitiria que as famílias dos portadores recebessem os cuidados necessários oferecidos por geneticistas especializados em doenças raras. Além disso, receberiam o aconselhamento genético para que compreendam os riscos de terem mais um filho com a doença”, explica.

Além disso, espera-se que a criação de centros especializados possa permitir que o governo faça o acompanhamento da eficiência da medicação fornecida pela rede pública para verificar se o tratamento é adequado e está garantindo uma melhora na qualidade de vida dos pacientes.