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O tema é complexo, mas com a ajuda certa a gente destrincha o assunto. Estou me referindo aos marcadores tumorais, substâncias que apontam a possível existência de um tumor no organismo, porque estão diretamente relacionados à transformação celular maligna. Os marcadores podem ser encontrados no sangue, em tecidos e na urina, e sua presença auxilia na detecção precoce do câncer, ou na identificação de sua reincidência após o tratamento. Conversei com o médico Marcelo Bendhack, doutor em Uro-Oncologia pela Universidade de Düsseldorf (Alemanha), presidente da Associação Latino-americana de Uro-Oncologia e membro do Conselho da Federação Mundial de Uro-Oncologia, que explicou que o PSA (antígeno prostático específico) é um deles: “o PSA é medido no sangue e serve para avaliar a probabilidade de câncer da próstata e o grau de extensão da doença, embora sua simples presença não possa tornar o diagnóstico definitivo”. Quando os marcadores se encontram num tecido do organismo, o método é outro: chama-se imuno-histoquímica. No entanto, o próximo grande passo da medicina será dado através do estudo de fragmentos de DNA, que identificam a localização da doença pelas características da célula – por exemplo, se ela tem origem no pulmão, intestino ou outro órgão.

Imagine uma célula que morre: ela se rompe e o que se poderia chamar de seus resíduos cai na corrente sanguínea. “Esses fragmentos”, diz o doutor Marcelo, “carregam as impressões digitais da célula, como uma assinatura. Será possível detectar a doença apenas com uma amostra de sangue, em vez de termos que procurar uma enzima, ou uma proteína. Um bom exemplo é o câncer de bexiga, cuja taxa de reincidência é alta: cerca de 70% dos pacientes acabam apresentando um novo tumor nos anos seguintes. Em vez de exames invasivos, será possível fazer esse monitoramento com amostras de urina ou sangue, como se fossem uma biopsia líquida”. E acrescenta: “aliás, as pessoas têm uma imagem de que o sangue é homogêneo, mas, na verdade, ele mais parece uma correnteza que leva restos de todo tipo”.

O médico integra um grupo de pesquisadores que trabalha com novas técnicas de biologia molecular. Um dos campos de conhecimento que mais vem crescendo é o da epigenética. Todos temos a carga genética que herdamos de nossos pais. Entretanto, além dela temos a epigenética, que está relacionada com a funcionalidade dos genes e abrange as modificações sofridas pelo genoma. Essas alterações podem resultar da nossa interação com o meio ambiente e de todas as agressões com as quais convivemos (ou a que nos submetemos), como álcool, fumo e poucas horas de sono. “Trata-se de uma nova plataforma de diagnóstico, que inclui a avaliação epigenética da idade, ou seja, poderemos avaliar se o organismo da pessoa tem sua idade cronológica; se está mais preservado, isto é, mais jovem; ou se, exposto a muitas agressões, está mais velho do que o que consta na certidão de nascimento”, ele afirma.

No Brasil, o uro-oncologista Marcelo BendHack é pioneiro na introdução do tratamento de câncer de próstata por ultrassom focalizado de alta intensidade, o HIFU (High Intensity Focused Ultrasound), que se apresenta como uma opção com menor índice de sequelas se comparado com a cirurgia convencional e a radioterapia. A energia ultrassônica é utilizada a uma pequena distância e necrosa o órgão, destruindo o tumor. Estudos recentes mostram que, enquanto o risco de impotência depois de uma cirurgia fica entre 50% e 80%, com o HIFU essa taxa está entre 7% e 10%. O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no mundo. O principal fator de risco é a idade: 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos, mas o histórico familiar é importante: quem tem pai ou irmão diagnosticado com câncer de próstata antes dos 60 tem de três a dez vezes aumentado o risco de desenvolver a doença.

 

G1

cerebroJá passou por aquela situação em que você tenta desesperadamente lembrar o nome de alguém ou de um lugar e simplesmente dá um "branco"? Ouvimos dizer muitas vezes que a memória diminui com a idade, assim como outras funções cognitivas - como o raciocínio. Mas, calma, há esperança. Existem maneiras de "religar" nosso cérebro.

Então, se você quer aumentar sua capacidade cerebral, siga as dicas abaixo e se prepare para exercitar a mente:

  1. 1. Exercício aumenta o cérebro

É verdade – nosso cérebro cresce à medida que nos exercitamos.

A atividade física aumenta as sinapses, cria mais conexões dentro do cérebro e ajuda na formação de células extras. Uma boa saúde cardiovascular também significa que você transporta mais oxigênio e glicose para o cérebro, além de eliminar toxinas.

Se você conseguir se exercitar ao ar livre, melhor ainda - terá o benefício adicional de absorver mais vitamina D.

Dica: combinar a prática de exercício à exploração de um ambiente diferente, a novas maneiras de fazer as coisas ou compartilhar ideias - dessa forma, você aumenta as chances das células nervosas novas formarem um circuito adequado.

Por exemplo, se você gosta de jardinagem, vale participar de uma horta comunitária para fazer amigos enquanto mexe na terra, ou se juntar a um grupo em vez de ir sozinho. O mais importante é garantir que você esteja se divertindo - é o desejo de se envolver em algo que ajuda a impulsionar os efeitos do exercício e da interação social no cérebro.

  1. 2. Memória em movimento

Essa é uma técnica respaldada por cientistas e reconhecida há muito tempo no mundo da dramaturgia. Se você tentar decorar algo enquanto se movimenta, é muito mais provável que a informação seja retida.

Dica: na próxima vez que você tiver uma apresentação ou discurso para fazer, que tal dar uma volta ou dançar para ajudar a guardar o conteúdo?

  1. 3. Coma os alimentos certos para abastecer o cérebro

Cerca de 20% do açúcar e da energia que você consome vão para o cérebro, fazendo com que a função cerebral dependa dos níveis de glicose. Se os níveis de açúcar não forem controlados, sua cabeça pode ficar confusa.

Comer algo de que se goste libera dopamina, que ativa a área de recompensa do cérebro. E é por isso que você sente prazer em comer determinados alimentos. Mas, além de nutrir os mecanismos de recompensa do cérebro, você precisa alimentar seu intestino com cuidado.

Existem mais de 100 trilhões de bactérias no sistema digestivo humano, que se conectam com o cérebro pelo eixo intestino-cérebro. E o equilíbrio desses micróbios é fundamental para o bem-estar da mente.

Na verdade, o intestino é muitas vezes chamado de "segundo cérebro". Uma dieta variada e saudável ajuda a manter essas bactérias em sincronia e o cérebro saudável.

Dica: as células do cérebro são compostas por gordura, por isso, é importante não erradicar a gordura da dieta. Ácidos graxos essenciais presentes em nozes, sementes, abacate e peixes são bons para desenvolver o cérebro, assim como o alecrim e açafrão.

Tente também fazer as refeições na companhia de outras pessoas quando puder - a socialização reforça os benefícios de uma boa dieta saudável no cérebro.

  1. 4. 'Desligue' e relaxe

Uma certa dose de estresse é necessária porque nos ajuda a responder rapidamente em situações de emergência. O estresse produz o hormônio cortisol que, ao ser liberado, nos dá energia e ajuda a concentrar.

Mas a ansiedade prolongada e os altos níveis de estresse desconfortável são realmente tóxicos para o cérebro.

É importante, portanto, que a gente aprenda a "desligar" de vez em quando, para permitir que essa parte do cérebro descanse.

E, ao se desconectar, você exercita uma parte diferente do cérebro: a chamada rede neural de modo padrão, que nos permite sonhar e é importante para consolidar a memória.

Ao "desligar" do mundo externo, permitimos que essa parte do cérebro seja ativada e faça seu trabalho.

Então, da próxima vez que você for pego sonhando acordado no trabalho, explique ao seu chefe que você estava fazendo uma atividade cerebral crucial.

Dica: se você achar que é difícil relaxar, por que não tentar técnicas de relaxamento, como meditação, que podem ajudar a reduzir o nível dos hormônios do estresse?

  1. 5. Encontre novas formas de desafiar a si mesmo

Uma outra maneira de estimular o cérebro é se desafiar a fazer ou aprender algo novo.

Atividades como aulas de arte ou cursos de idioma aumentam a flexibilidade do cérebro.

Dica: jogue uma partida online contra amigos ou familiares.

Não apenas vai te desafiar, como vai estimular a interação social, o que ajuda o cérebro.

  1. 6. Ouça música

Pesquisas indicam que a música estimula o cérebro de um jeito muito peculiar.

Quando você observa a imagem cerebral de alguém que está ouvindo ou tocando música, quase todo o órgão está ativo.

A música pode melhorar a cognição geral, e a memória musical é muitas vezes a última a desaparecer, quando somos afetados por certas condições, como a demência.

  1. 7. Estude para uma prova na cama

Se você aprender algo novo durante o dia, será formada uma conexão entre células nervosas no cérebro.

Quando você dorme, essa conexão é fortalecida e reforçada – e aquilo que você aprendeu vira uma lembrança.

O sono é, portanto, um momento realmente importante para a consolidação da memória.

Se você der uma lista para alguém memorizar antes de dormir, há uma grande chance da pessoa se lembrar na manhã seguinte - uma chance maior do que se você tivesse entregado a lista a ela pela manhã.

Dica: se estiver estudando para uma prova, tente repassar na cabeça as respostas em um simulado enquanto adormece.

Caso você tenha passado por um evento traumático ou tenha a memória ruim, tente não pensar nisso antes de dormir, pois pode pressionar a memória e fortalecer as emoções negativas associadas a ela.

Pela mesma razão, evite filmes de terror ou histórias assustadoras na hora de dormir.

Em vez disso, concentre-se em algo positivo que você aprendeu ou experimentou durante o dia para que seja consolidado.

  1. 8. Acorde bem

Todo mundo sabe que o sono é importante. Com menos de cinco horas de sono, você não fica tão forte mentalmente. Já se dormir mais de 10 horas, pode sentir os efeitos do "jet lag".

Mas a chave para ajudar você a ter um desempenho melhor ao longo do dia é como você acorda.

Idealmente, durma em um quarto escuro e acorde com luz natural, que vá aumentando gradualmente.

Essa luz penetra nas pálpebras fechadas e estimula o cérebro para que tenhamos uma resposta maior de cortisol ao despertar.

A quantidade de cortisol no corpo quando você acorda afeta o desempenho do cérebro durante o dia.

Para quem tem o sono profundo, vale a pena se certificar de que o despertador venha com um alarme de som tradicional acoplado.

 

BBC

Foto: Raman Oza/Pixabay

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo termina na próxima sexta-feira (31). Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem receber as doses, independentemente de sua situação vacinal. Dados do Ministério da Saúde mostram que 4,1 milhões de crianças em todo país ainda precisam ser imunizadas.

De acordo com a pasta, até a última sexta-feira (24), 62% do público-alvo havia sido vacinado. Foram aplicadas, ao todo, mais de 14 milhões de doses – cerca de 7 milhões de cada. A meta do governo federal é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças na faixa etária estabelecida e criar uma barreira sanitária de proteção da população.
Este ano, a vacinação será feita de forma indiscriminada, o que significa que mesmo as crianças que já estão com esquema vacinal completo devem ser levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço.

No caso da pólio, as crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida vão receber a vacina injetável e as que já tomaram uma ou mais doses devem receber a oral. Para o sarampo, todas as crianças com idade entre um ano e menores de 5 anos vão receber uma dose da tríplice viral, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

Entre os estados com menor cobertura estão Rio de Janeiro, com 40,15% do público-alvo vacinado para pólio e 41,45% para sarampo, e Roraima, que tem 44,61% para pólio e 41,09% para sarampo. Já os estados com as melhores coberturas vacinais são Amapá, com 90,33% para pólio e 90,14% para sarampo, seguido por Rondônia, com 89,86% para pólio e 88,44% para sarampo.

Casos de sarampo

Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e no Amazonas. Até o último dia 21, foram confirmados 1.087 casos no Amazonas, enquanto 6.693 permanecem em investigação. Já Roraima confirmou 300 casos da doença e 67 continuam em investigação.

Há ainda, de acordo com o ministério, casos isolados e relacionados à importação nos seguintes estados: São Paulo (2), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (16), Rondônia (1), Pernambuco (2) e Pará (2).

 

Agência Brasil

medicamentoA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a importação, distribuição, comercialização e uso de uma substância chamada valsartana, usada no tratamento da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.

De acordo com a bula, o medicamento é capaz de “melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis”.

A resolução foi publicada na última sexta-feira (24) e já está em vigor. A decisão foi tomada depois de um comunicado expedido pela EDQM (Direção Europeia da Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde) — a agência responsável pela regulação e fiscalização de medicamentos na Europa. De acordo com a EDQM, foi encontrada uma substância tóxica no medicamento, produzido por duas indústrias, uma chinesa e outra indiana.

A substância é a N-nitrosodimetilamina, um composto químico cancerígeno, que, de acordo com a Anvisa, possui “elevado risco sanitário para a saúde pública”.

Nos Estados Unidos esta substância já é considerada altamente tóxica, principalmente pela capacidade de levar ao surgimento de tumores no fígado. A N-nitrosodimetilamina é comumente usada para desenvolver tumores cancerígenos em ratos usados para pesquisas.

As empresas responsáveis pela fabricação da valsartana são a Zhejiang Tianyu Pharmaceutical Co. Ltd, localizada em Taizou, província Zhejiang, República Popular da China; e a Hetero Labs Limited, que possui unidades nas cidades de Gaddapotharam Village e Narasapuram Village, na Índia. A reportagem não conseguiu contato com as empresas.

 

R7

Christopher Furlong/Getty Images