• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Pesquisa publicada na "Emerging Infectious Diseases" nesta quarta-feira (26) dá um panorama das sequelas deixadas pela infecção por ebola em sobreviventes. Dores de cabeça, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e enxaqueca debilitante estão entre os rastros deixados pela infecção. "Alguns sobreviventes são incapazes de cuidar de si mesmos", relata nota sobre a pesquisa.

O estudo analisou dados de sobreviventes do mais recente surto de ebola, que provocou mais de 11.300 mortes entre 2014 e 2016 na África Ocidental. Foram mais de 29.000 casos registrados, segundo a Organização Mundial de Saúde.

A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Liverpool e King's College London, no Reino Unido, em parceria com pesquisadores de Serra Leoa (África Ocidental). "Sabíamos que uma doença tão grave como o ebola deixaria sobreviventes com grandes problemas", diz Janet Scott, uma das autoras do estudo e pesquisadora da Universidade de Liberpool.

"Me surpreendi ao ver pessoas jovens previamente ativas agora incapazes de mover metade de seus corpos, ou de conversar, ou de pegar seus filhos" -- Janet Scott (Universidade de Liverpool).

No total, pesquisadores observaram anotações de mais de 300 sobreviventes do ebola. Desses, cientistas selecionaram 34 pacientes. Eles foram submetidos a exame neurológico completo, triagem psiquiátrica e investigações especializadas -- incluindo imagens do cérebro.

O diagnóstico neurológico mais frequente foi o de enxaqueca, seguido por Acidente Vascular Cerebral e lesões nervosas periféricas locais. Dentre diversas disfunções psiquiátricas, cientistas diagnosticaram depressão mais grave e transtorno de ansiedade generalizada.

"Nós encontramos um amplo conjunto de sintomas neurológicos e psiquiátricos, desde os menos graves aos mais incapacitantes", diz Patrick Howlett, um dos autores do estudo e pesquisador do King's College London.

O conjunto de sintomas, dizem os cientistas, está sendo conhecido como síndrome do pós-ebola e é urgente a formação de profissionais que sejam capazes de lidar com todas as sequelas, afirmam pesquisadores.

RDC com novo surto

Desde o início de maio deste ano, a República Democrática do Congo passou a apresentar novos casos da doença. Ao todo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foram 53 novos registros - 38 confirmados e 15 prováveis. Vinte e nove pessoas morreram devido à infecção.

A primeira equipe da OMS foi ao país em 9 de maio, um dia após a declaração do novo surto da doença. Seis dias depois, um lote com mais de 4 mil vacinas saiu de Genebra, na Suíça, para Kinshasa, maior cidade do país africano. A imunização começou em 21 de maio.

 

G1

A internet é uma ótima aliada para crianças e jovens, abrindo portas para o conhecimento, entretenimento e até socialização. Mas ela pode ser uma ferramenta perigosa aos filhos quando utilizada sem certas precauções. Bruno Prado, especialista em segurança na internet, indica os perigos do mundo virtual e os cuidados que devem ser tomados ao entregar um celular para crianças.

Cyberbullying

O bullying, violência em forma de “brincadeira” na escolas, é um problema antigo pelo qual muitos jovens passam e que podem gerar diversas consequências no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. “Na era moderna, o bullying ganhou uma nova roupagem e transcendeu o horário das aulas. As humilhações chegaram às redes sociais, causando um sofrimento interminável à vítima”, salienta Prado.

Como evitar: Nesses casos, os pais devem ficar atentos a possíveis mudanças de comportamento dos filhos e estabelecer um diálogo para o acompanhamento psicológico.

Superexposição

Todo mundo compartilha suas experiências nas redes sociais, indica os locais que costumam frequentar e posta fotos em momentos de lazer e até de intimidade. Ao dar um celular para crianças, fique alerta: “Essas informações são vestígios que ajudam qualquer desconhecido a identificar facilmente onde o jovem estuda e passeia, sua classe social e quem são seus parentes. Assim, fica muito mais fácil de se tornar um alvo de crimes”, salienta o especialista.

Como evitar: configure as permissões dos aplicativos para definir quem pode visualizar as postagens. Uma conversa também é válida para apresentar os riscos da superexposição e orientar o que pode ou não ser compartilhado.

Conteúdos impróprios

“Conversas e grupos em aplicativos de mensagens instantâneas são um meio eficiente para conversas com familiares e amigos, compartilhamento de imagens e vídeos de piadas, por exemplo. Ao mesmo tempo, alguns conteúdos podem ser ofensivos e/ou impróprios para as crianças”, ressalta Prado.

Como evitar: autorize a utilização desses aplicativos somente após uma idade mais avançada.

Criminosos virtuais

As redes sociais são ótimas para conhecer pessoas com as mesmas afinidades e fazer novos amigos, mas também há o risco de encontrar gente mal intencionada. “Esses criminosos procuram se aproximar das vítimas até ganhar a confiança para organizar um encontro no mundo real, o que é uma armadilha para diversos golpes. Muitas vezes, as crianças dão abertura aos estranhos em busca de uma atenção que não recebem em casa”, comenta o especialista.

Como evitar: a proximidade e o diálogo com os filhos são fundamentais para prevenir sobre os riscos e saber com quem eles estão conversando.

 

msn

Por que o sarampo, que já tinha praticamente sumido, está de volta? Há casos principalmente no norte do país. Segundo a vigilância de saúde, os novos casos foram trazidos por venezuelanos que chegaram ao Brasil. Já são duas mortes em Roraima e uma no Amazonas – um bebê de apenas sete meses.vacinasarampo

O sarampo é um vírus de fácil transmissão e que pode gerar até complicações neurológicas, explica a infectologista Rosana Richtmann. As bolinhas vermelhas só aparecem alguns dias depois e a doença começa com tosse, coriza e febre. Muitas pessoas não tomam a vacina porque acham que o sarampo é uma doença leve, mas a verdade é que ela pode até levar a complicações neurológicas nas crianças.

Entre as complicações estão:

Infecção nos ouvidos

Diarreia

Vômito

Hemorragia

Alterações neurológicas (convulsões e encefalites)

Pneumonia bacteriana secundária

Hepatite

Todo mundo precisa tomar duas doses da vacina a partir de um ano de idade. A imunização está dentro da vacina tríplice viral (protege contra sarampo, rubéola e caxumba).

Hepatites

Casos de hepatites também preocupam. A hepatite A aumentou mais de 70% no Brasil, principalmente entre homens. A hepatite B também preocupa, porque muita gente esquece de se vacinar.

É possível controlar e mesmo eliminar os vírus da hepatite. Isso porque os vírus A e B têm vacina e ainda existem outros métodos de prevenção e tratamento.

Hepatite A: transmitida pelo contato de fezes com a boca. É preciso higienizar os alimentos, consumir só água potável, higienizar as partes íntimas e usar proteção no sexo. Tem vacina.

Hepatite B: transmitida pelos fluídos sexuais e sangue. Usar camisinha, não compartilhar objetos cortantes e cuidados com procedimentos invasivos são meios de prevenção. Tem vacina.

Hepatite C: também transmitida pelos fluídos sexuais e sangue. A prevenção é a mesma da hepatite B. Esse tipo é o que mais gera adoecimento e óbitos, apesar de 90% dos casos poderem ser curados e os remédios estarem disponíveis no SUS. Não tem vacina.

 

G1

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Uma pesquisa recém-publicada sobre alimentação de bebês pode indicar o caminho para a revisão de uma máxima, endossada por autoridades mundiais e hoje em voga, sobre a saúde dos pequenos: a de que eles só devem ser alimentados com leite materno até os seis meses de idade.

Em um estudo publicado no periódico JAMA Pediatrics, cientistas britânicos compararam indicadores de sono entre dois grupos: o primeiro, de bebês que, aos três meses, passaram a comer alimentos sólidos além do leite materno; e o segundo grupo, de bebês que só o fizeram a partir dos seis meses.

Foi justamente aos seis meses de idade que as diferenças se tornaram mais evidentes: o primeiro grupo dormiu cerca de 16 minutos a mais por noite (quase duas horas a mais por semana) e acordou com menos frequência durante o período (1,74 por noite contra duas vezes por noite).

No entanto, especialistas ainda indicam que as famílias sigam a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de alimentação exclusiva com leite materno até os seis meses.

O estudo foi conduzido por pesquisadores das universidades King's College e Saint George, em Londres, e acompanhou 1.303 bebês. Famílias preencheram questionários online até os três anos de idade de suas crianças.

Percepção das mães

O estudo confirmou uma percepção que muitos parentes já tinham, pelo menos na Grã-Bretanha.

Apesar das recomendações oficiais, uma pesquisa de 2010 mostrou que 75% das mães britânicas davam alimentos sólidos a seus bebês antes dos cinco meses, sendo que um quarto (26%) justificou a decisão com o argumento de que isto melhoraria o sono dos bebês à noite.

"Os resultados desta pesquisa (publicada no JAMA Pediatrics) apoiam a ampla percepção parental de que a introdução mais precoce de alimentos sólidos melhora o sono", diz Gideon Lack, pesquisador da King's College. "Sugere-se que a recomendação oficial seja reexaminada sob a luz das evidências que reunimos.".

Já Michael Perkin, da Universidade de Saint George, apontou que as diferenças entre os grupos analisados podem parecer pequenas, mas representariam grandes benefícios para os pais.

"Considerando que o sono dos bebês afeta diretamente a qualidade de vida dos pais, até uma pequena melhora pode trazer benefícios importantes", afirma Perkin.

O grupo dos bebês que receberam alimentos sólidos precocemente registrou metade da incidência de problemas no sono como choro e irritabilidade do que o outro grupo - indicando condições mais favoráveis para que os pais pudessem voltar a dormir.

Ao comentar o estudo, Mary Fewtrell, líder no departamento de nutrição do Royal College of Paediatrics and Child Health (RCPCH, na sigla em inglês, órgão que supervisiona a saúde infantil no Reino Unido), destacou que as recomendações sobre alimentação de bebês estão atualmente sob revisão de autoridades britânicas.

"A base de evidências para o conselho em voga hoje pela alimentação exclusiva (até os seis meses) tem mais de dez anos de idade", aponta Fewtrell. "Esperamos ver recomendações atualizadas sobre alimentação infantil em um futuro não muito distante".

Quais alimentos dar ao seu bebê

A alimentação do bebê nos primeiros seis meses de vida pode ser um assunto controverso; muitas mães acabam sentindo-se julgadas se não conseguem amamentar direito ou se introduzem mamadeiras ou alimentos sólidos.

No mês passado, o Royal College of Midwives (instituição que forma enfermeiras-parteiras no Reino Unido) reagiu a essa pressão sentida pelas mulheres ao declarar publicamente novas diretrizes para que profissionais de saúde respeitem a escolha de uma mãe de não amamentar.

O estudo sobre alimentos sólidos publicado no JAMA Pediatrics foi parcialmente financiado pela Food Standards Agency (FSA, na sigla em inglês, agência de segurança alimentar britânica), que também analisou como as alergias se desenvolvem em bebês.

Um porta-voz da FSA disse: "Estamos encorajando todas as mulheres a seguir os conselhos atuais para exclusivamente amamentar pelos primeiros seis meses de idade".

"Se houver alguma dúvida sobre o que é melhor para o seu bebê, por favor, procure orientação do seu médico ou profissional de saúde."

 

BBC