O médico florianense Marlon Moreno, que é dos profissionais do atendimento no Hospital Regional Tibério Nunes, bairro Manguinha em Floriano-PI, recebeu uma certificação em cirurgia bariátrica, após um período de estudo.
“Desta que foi a primeira prova do Brasil, participaram 154 médicos especialistas ou residentes em cirurgia geral ou do aparelho digestivo de diversas regiões do país”, externou médico ao piauinoticias.
O processo de certificação, ainda segundo o Dr. Marlon Moreno que é cirurgião bariátrico, foi feito pela Associação Médica Brasileira (AMB) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD).
Pilotar ou transportar passageiros sem capacete pode levar o condutor a perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A punição, no entanto, não é tão grave quanto os riscos de andar sem o dispositivo de segurança. De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a chance de um indivíduo morrer em um acidente de moto é 20 vezes maior do que a de quem está dentro de um carro. Sem o capacete, o número passa para 60 vezes. Além de utilizar o componente, para se manter saudáveis, os pilotos devem ainda fazer a higienização do capacete pelo menos uma vez por semana.
A razão para isso é que, não bastasse as estatísticas alarmantes, muitos motociclistas ignoram as recomendações de manutenção do capacete. O médico e diretor de comunicação da Abramet, Dirceu Alves, chama a atenção para a validade do componente. “O tempo de vida útil de um capacete é de aproximadamente três anos. O condutor pode conferir, dentro do dispositivo, o prazo máximo de validade. Passada a data, o capacete tem obrigatoriamente que ser trocado“.
Se o componente sofrer uma queda, da moto ou até mesmo da mão do condutor, também deve ser substituído. O médico ressalta: “qualquer trauma é capaz de fragilizar o capacete. Mesmo que não haja lesão aparente, como rachaduras, o dispositivo pode não distribuir a energia como esperado e aumentar o impacto direto, diminuindo a proteção contra um traumas cranianos”. Colocar fitas adesivas para segurar as trincas é impensável.
Os capacetes estão expostos a várias condições que podem fazer mal a saúde. Oleosidade, poluição, suor, poeira e microrganismos podem provocar doenças na pele, nos olhos e até mesmo distúrbios respiratórios. Segundo Alves, a higienização deve ser feita toda semana, independente da estação do ano. Isso porque independentemente de suar, a pele produz oleosidade. O ambiente úmido e abafado do capacete é favorável para a proliferação de micoses, mofo e bactérias.
Como limpar o capacete
O ideal é utilizar um pano úmido com sabão neutro em toda a parte de tecido do dispositivo de segurança. Nos modelos em que o forro é removível, fica ainda mais fácil. Basta lavar o tecido na máquina ou à mão. A secagem deve ser feita na sombra em um lugar ventilado. A viseira deve ser higienizada com a mesma frequência.
O protetor é de uso individual e não é recomendável emprestá-lo. O dono do capacete está adaptado aos microrganismos presentes no seu dispositivo. Outra pessoa pode não ter imunidade para os microrganismos presente nele. É possível desenvolver até mesmo doenças como diarreia ao compartilhar um capacete.
Embora seja mais fácil fazer a manutenção de capacetes sem a proteção de mandíbula ou viseira, a Abramet indica o uso do capacete integral. Os óculos de proteção combinados com esse tipo de dispositivo de segurança são permitidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), mas não são capazes de proteger o rosto do motociclista, que pode sofrer graves contusões em acidentes ou com a projeção de pequenas pedras.
Confira, abaixo, as especificações do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) acerca do dispositivo de segurança:
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I – sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II – transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
É Infração – gravíssima, com penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir. Cabe ainda medida administrativa: recolhimento do documento de habilitação.
A diabetes é uma doença grave, bastante comum e silenciosa que afeta mais de 16 milhões de brasileiros adultos, sendo que a do tipo 2 corresponde a 90% de todos os casos. Não existe um fator único e específico que provoca a condição, mas sim uma série de fatores que, juntos, desencadeiam o problema. Conheça hábitos que podem favorecer o surgimento de diabetes:
Hábitos nocivos que podem causar diabetes
De acordo com um estudo espanhol, pessoas com deficiência de vitamina D, ou seja, que não recebem nutriente suficiente através da exposição solar, são mais propensas a ter diabetes tipo 2 e pré-diabetes. Isso porque a vitamina D desempenha importante papel no bom funcionamento do pâncreas, que produz insulina e ajuda a regular o açúcar no sangue.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Hiroshima, no Japão, e divulgada pelo American Heart Association, aponta que comer muito rápido também pode favorecer diabetes, pois provocaria variações no nível de glicose, que resultariam em um quadro de resistência à insulina, responsável por regular o açúcar no sangue.
Pessoas que ficam acordadas durante a madrugada são mais propensas a desenvolver diabetes do que aquelas que dormem cedo, mesmo descansando durante as 8 horas recomendadas. Isso ocorre porque a exposição a níveis mais altos de luzes artificiais, como as de TV, celular e computador, está ligado à menor sensibilidade à insulina e à menor regulação de açúcar no sangue.
O baixo consumo de alimentos probióticos, como iogurte, por exemplo, também pode favorecer a diabetes. A presença mais tímida de bactérias boas no intestino pode levar à inflamação, que resulta em resistência à insulina.
Passar muitas horas sem comer e pular o café da manhã, por exemplo, também pode abrir portas para a doença. Quando você priva seu corpo de alimentos, os níveis de insulina são interrompidos, tornando mais difícil o controle do açúcar no sangue.
Cuidado com os utensílios usados para esquentar alimentos no micro-ondas. Pesquisadores da NYU Langone Medical Center, de Nova York, descobriram que dois produtos químicos usados na fabricação de embalagens plásticas estavam associados a um aumento do risco de diabetes em crianças e adolescentes. Os elementos poderiam aumentar a resistência à insulina, um precursor do diabetes, e elevar a pressão arterial.
A associação de uma proteína do abacaxi com celulose produzida por bactérias resultou em um curativo eficiente como anti-inflamatório cicatrizante de ferimentos, ulcerações e queimaduras, segundo trabalho de pesquisadores das universidades de Sorocaba (Uniso) e Unicamp, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Ele produziram um composto na forma de gel ou emplastro que tem como base a proteína do abacaxi, chamada de bromelina, e a celulose bacteriana - dois elementos que já vinham sendo estudados há tempos para aplicações nas áreas médica, farmacêutica e cosmética.
A bromelina tem a propriedade de quebrar moléculas de outras proteínas - o chamado debridamento celular - e, por isso, é usada até para amaciar carne.
"Essa mesma característica faz com ela remova as células mortas na ferida, limpando-a e acelerando sua cicatrização", explica Janaína Artem Ataide, da Unicamp, autora principal do artigo publicado no periódico Scientific Reports, do grupo Nature, que mostra os resultados do trabalho conjunto.
A celulose é o biopolímero mais abundante da natureza, produzido principalmente por plantas. Mas também há alguns microorganismos, como a bactéria Gluconacetobacter xylinus, capazes de sintetizá-la.
"Essa bactéria é uma biofábrica", explica a pesquisadora Angela Faustino Jozala, do Laboratório de Microbiologia Industrial e Processos Fermentativos da Uniso, outra autora do artigo. "Ela produz a celulose como se tricotasse polímeros de glicose (açúcar). Como o produto é tecido em nanoestruturas (um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro ou um bilionésimo de metro) o chamamos de nanocelulose."
Em termos mais técnicos, Jozala explica que a "celulose bacteriana é um polímero linear de glicose, altamente cristalino, sintetizado extracelularmente pela bactéria Gluconacetobacter xylinus na forma de nanofibras. Como ela é produzida livre de outros polímeros (como hemicelulose e lignina), pode ser considerada um material biocompatível".
Por isso já vem sendo utilizada em diversas aplicações médicas, como, por exemplo, em enxertos e substitutos temporários de pele ou curativos no tratamento de lesões.
Unir esforços
As duas equipes conheciam o trabalho uma da outra e resolveram unir esforços para produzir o novo curativo. "Como a nanocelulose bacteriana já vem sendo aplicada como produto cicatrizante, nós tivemos a ideia de associar a ela uma proteína com propriedades anti-inflamatória e antimicrobiana", conta Jozala.
"Escolhemos a bromelina porque já conhecíamos suas características e porque a indústria de alimentos, quando produz a polpa de abacaxi, joga a casca e o talo da fruta fora. É fonte barata de obtê-la. Aproveitamos que a equipe da Unicamp já a vinha extraindo desses resíduos para trabalhar em conjunto."
A pesquisadora Priscila Gava Mazzola, da Unicamp, orientadora de Ataide e outra autora do artigo, diz que a extração da bromelina de resíduos de abacaxi diminui o impacto ambiental da industrialização da fruta e gera um produto de alto valor agregado. Além disso, ela destaca outro pontos importantes do trabalho.
"As biomembranas de nanocelulose são promissoras na entrega de princípios ativos", diz. "Suas características interessantes para o desenvolvimento de um produto farmacêutico ou cosmético foram alinhadas com as da bromelina. O curativo final tem potencial uso para auxiliar os processos de cicatrização."
Ataide, por sua vez, conta que há alguns anos a bromelina tem sido objeto de pesquisa na Unicamp. "Passamos da extração dessa biomolécula a partir de resíduos do abacaxi para o estudo de sua aplicação em produtos farmacêuticos e cosméticos para via tópica", explica.
"Nesse cenário, surgiu a ideia de inseri-la na nanocelulose bacteriana, que se mostrou como o sistema mais promissor para sua veiculação. Hoje, temos pesquisado o aumento da estabilidade da proteína com o uso de nanopartículas de quitosana (substância encontrada no exoesqueleto de crustáceos, que tem propriedades cicatrizantes)."
Os primeiros testes em laboratório foram feitos para verificar se a bromelina criava de fato uma barreira antimicrobiana. "Ferimentos não cuidados são uma porta aberta para micro-organismos, o que pode levar a infecções graves", diz Jozala. "Por isso, necessitam de um bom curativo, que ajude na cicatrização e evite contaminação. Além disso, deve ser capaz ainda de propiciar atividade antioxidante, para diminuir o processo inflamatório de células mortas e pus."
A proteína do abacaxi se mostrou capaz de preencher esses requisitos.
Fase de testes
Para realizar os testes, as membranas de nanocelulose bacteriana foram mergulhadas por 24 horas em uma solução de bromelina. Os pesquisadores observaram que, 30 minutos após ela ser incorporada à celulose, houve maior liberação e aumento de nove vezes na atividade antimicrobiana da membrana.
"Ou seja, foi criada uma barreira seletiva, que potencializou a atividade proteica e outras ações importantes para a cicatrização, como o aumento de antioxidantes e da vascularização", conta Jozala.
De acordo com ela, o novo curativo já passou a pela primeira fase de desenvolvimento de um medicamento, que é feito em laboratório, para verificar se tem o efeito desejado e não é tóxico.
Agora, virá a fase dois, que são os testes com animais. Os trabalhos estão sendo feitos no novo laboratório da Uniso. Além do curativo, as novas instalações servirão para testes, produção e purificação de biomoléculas de interesse em diversos segmentos industriais (biotecnológico, ambiental, alimentício, farmacêutico).