• hospital-de-olhos.jpg
  • prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

O que você percebe quando vai ao banheiro? A gastroenterologista Luciana Lobato explicou no Bem Estar desta quinta-feira (15) que qualquer mudança no comportamento do intestino é um sinal importante de alerta. O sangramento nas fezes, por exemplo, pode ser um problema mais sério, como um câncer ou uma doença sexualmente transmissível (DST), alertou o consultor e cirurgião do aparelho digestivo Fabio Atuí.

 

A evacuação é considerada normal quando ocorre de uma a três vezes por dia ou uma evacuação a cada três dias. Os hábitos de vida e alimentares provocam até 95% dos casos de prisão de ventre. É importante incluir fibras na alimentação, ingerir água, praticar exercícios físicos e respeitar a vontade de evacuar.

 

   Além dos hábitos, a prisão de ventre pode surgir por outras causas: doenças endócrinas, remédios, doenças locais do intestino e câncer. Para cada causa existe um tratamento diferente.

 

Hemorroida x fissura anal

 

Todo mundo tem hemorroida, mas é a doença hemorroidária que é o problema. O tratamento nem sempre é cirúrgico (depende do grau). Muitas vezes, melhorar o hábito de evacuação, alimentação e estilo de vida já tratam o problema.

 

Já a fissura é um machucado no canal anal. Ela é mais comum em quem tem o intestino preso e o tratamento, geralmente, é um remédio para diminuir a dor e uma pomada para relaxar a musculatura do ânus.

 

A principal diferença entre as duas está no sangramento – o da hemorroida não dói e o da fissura sim. Mas o cirurgião faz o alerta: se tem sangue, dor e/ou cocô diferente? Precisa ir ao médico para investigar.

 

G1

vacinO Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (14) que o país tem 920 casos e 300 mortes decorrentes da febre amarela de julho do ano passado até o momento.

 

No mesmo período do ano passado, foram registrados 610 casos e 196 mortes pela doença.

 

Ao todo, foram notificados 3.483 casos suspeitos, sendo que 1.794 foram descartados e 769 permanecem em investigação. No último boletim do Ministério da Saúde, divulgado há uma semana, eram 846 casos e 260 mortes em consequência da doença no país.

 

Minas Gerais e São Paulo são os Estados mais afetados pela febre amarela. Segundo o governo, Minas Gerais apresenta 415 casos e 130 mortes, São Paulo, 376 casos e 120 mortes, e Rio de Janeiro, 123 casos e 49 mortes.

 

O Espírito Santo, que no boletim anterior tinha aparecido pela primeira vez nas estatísticas com seis casos confirmados, nesta semana apresentou um caso a menos – cinco. Já o Distrito Federal se mantém com um caso e uma morte.

 

A campanha de vacinação fracionada ocorre em São Paulo até esta sexta-feira (16). Até o momento, 8,8 milhões de pessoas foram vacinadas no Estado, o que equivaleria a 94,9% da meta da campanha, segundo dados do Ministério da Saúde.

 

Minas Gerais, que lidera em número de casos e de mortes de febre amarela, apresenta cerca de 90% da população vacinada, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. O Estado não conta com estratégia de campanha de vacinação, como ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, porque a região já faz parte do calendário nacional de vacinação, também de acordo com a secretaria.

 

No Rio de Janeiro, a meta é vacinar 14 milhões de pessoas, sendo que 10,7 milhões já foram imunizadas, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. Já na Bahia, que não apresenta casos da doença, a campanha de vacinação foi encerrada na última sexta-feira (9) e teve 57% do público-alvo vacinado.

 

O Ministério da Saúde orientou aos Estados que a campanha deve ser estendida até que toda a população tenha sido vacinada.

 

r7

Foto: BBCBrasil

alimtO intestino é conhecido como o “segundo cérebro”. E não é por acaso. Vamos explicar tudo agora.

 

A barreira hematoencefálica é uma estrutura que tem como finalidade proteger o sistema nervoso central de substâncias químicas presentes no sangue.

 

Essa barreira nos protege muito mais do que as células endoteliais, que estão presentes em várias partes do corpo e têm a função de restringir a entrada de certos componentes. Quando tudo está funcionando perfeitamente, nosso cérebro se mantém saudável e absorvemos apenas nutrientes benéficos, enquanto impedimos a passagem de toxinas.

 

No entanto, é possível que a qualquer momento a barreira hematoencefálica comece a falhar, causando graves problemas. Um dos motivos está na multiplicação de bactérias nocivas dentro do intestino.

 

Ou seja: há uma ligação estreita entre o cérebro e o intestino.

 

Segundo pesquisa publicada na revista Science Translational Medicine, cientistas do Instituto Karolinska, em Estocolmo, estudaram a barreira hematoencefálica em ratos que estavam "livres de bactérias probióticas na flora intestinal”, ou seja, não tinham boas bactérias dentro de seus intestinos.

 

Usando sofisticada tecnologia de varredura do cérebro, os pesquisadores demonstraram que a barreira hematoencefálica nesses camundongos foi comprometida significativamente, causando basicamente uma situação que podemos denominar de um "cérebro com vazamento," e a debilidade da barreira persistiu até a idade adulta.

 

Mais interessante foi a descoberta de que, quando os ratos recebiam uma transferência de fezes - os seus intestinos foram inoculados com o material fecal incluindo bactérias de um rato saudável -, a permeabilidade da barreira hematoencefálica foi marcadamente melhorada.

 

O dr. Datis Kharrazian, em seu livro “Why is not my brain working”, afirma que, quando há falhas na permeabilidade da barreira hematoencefálica, podemos desenvolver depressão, ansiedade, transtorno cognitivo, Alzheimer, Parkinson, dores de cabeça, déficit de atenção e esquizofrenia.

 

É horrível, não é?

 

Felizmente, é possível corrigir a situação:

 

1. Cuide do seu intestino

 

Como dissemos anteriormente, o cérebro e o sistema digestivo têm uma conexão.

 

Tudo o que acontece no intestino reflete no cérebro.

 

Se aumentarmos a quantidade de bactérias boas em nosso sistema digestivo, consequentemente melhoramos a saúde do cérebro.

 

Portanto, devemos comer mais fibras prebióticas e alimentos com amido resistente (como biomassa de banana verde).

 

Além disso, consumir probióticos de qualidade e alimentos fermentados com certa regularidade.

 

2. Evite o glúten

 

Uma dieta sem glúten por pelo menos 30 dias fará diferença na sua saúde.

 

O glúten do trigo moderno é maléfico para a berreira hematoencefálica, pois eleva a zonulina, que é uma proteína que aumenta as bactérias ruins no intestino.

 

3. Aumente a ingestão de magnésio

 

O magnésio é excelente para a saúde.

 

Ele é capaz de provocar mais de 300 reações bioquímicas no cérebro.

 

Também aumenta o hormônio do crescimento e protege o cérebro.

 

O magnésio está presente em alimentos como acelga, sementes de abóbora, amêndoas, abacate, chocolate amargo e bananas.

 

4. Durma bem

 

O descanso e noites bem-dormidas são necessárias para o bom funcionamento da barreira hematoencefálica.

 

Portanto, nada de negociar com o seu sono!

 

Durma pelo menos 8h por noite.

 

5. Aumente os níveis de melatonina

 

A melatonina é liberada por uma glândula pequena, mas nada dispensável.

 

É essa glândula que regula os ciclos de sono e vigília.

 

O fato é que a melatonina atua como um estabilizador da barreira hematoencefálica.

 

6. Evite bebidas alcoólicas

 

O álcool contribui para danificar o cérebro e enfraquecer a barreira hematoencefálica.

 

Se a pessoa beber com frequência, com certeza sofrerá graves problemas cognitivos.

 

curapelanatureza

A anemia falciforme pode não ser tão conhecida quanto doenças como a Aids, a turberculose e a febre amarela, mas afeta milhões no mundo todo.

 

Segundo a Fundação Sickle Cell Disease, da Califórnia, nos EUA, cerca 250 milhões de pessoas carregam o gene, que, se herdado do pai e da mãe, gera a enfermidade. Cerca de 300 mil crianças nascem todo ano com anemia falciforme.

 

Uma das doenças genéticas mais comuns do mundo, ela é caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e adquirem o aspecto de uma foice. Essa deformidade faz com que eles endureçam, dificultando a passagem do sangue pelos vasos e a oxigenação dos tecidos. Pode causar dor forte, anemia crônica e prejudicar órgãos vitais.

 

Um estudo recente conduzido por pesquisadores do americano Center for Research on Genomics and Global Health (CRGGH), feito com base na análise do genoma de 3 mil pessoas, liga a anemia falciforme a uma mutação genética que teria se manifestado em apenas uma criança há pouco mais de 7 mil anos.

 

Efeito colateral

A história da doença é um exemplo de como uma coisa boa acabou tendo péssimas consequências.

 

Há milhares de anos, quando o deserto do Sahara era uma área úmida e chuvosa, coberta com uma floresta, uma criança nasceu com uma mutação genética que lhe deu imunidade à malária.

 

A doença era tão mortal há milhares de anos quanto é hoje – nos dias atuais a malária mata uma criança a cada dois minutos.

 

Em um ambiente que era habitat dos pernilongos que carregam a doença, essa mutação deu grande vantagem a essa criança, que viveu, cresceu e teve filhos.

 

Seus filhos herdaram a mutação e, graças à imunidade, se espalharam e se reproduziram. Até hoje, as pessoas que têm o gene são mais resistentes à malária.

 

Mas é aí que entram as más consequências: se uma pessoa herda o gene com aquela mutação de ambos os pais, ela pode acabar desenvolvendo anemia falciforme, moléstia que resulta em fortes dores e diversas complicações de saúde. Entre eles problemas pulmonares e cardiovasculares, dores nas articulações e fadiga intensa.

 

E, para piorar, quem herda os gene dos dois pais perde a proteção que eles têm contra a malária.

 

Em um estudo publicado na semana passada na revista científica American Journal of Human Genetics, os cientistas Daniel Shriner and Charles Rotimi apresentaram a descoberta sobre a origem da doença feita após uma análise do genoma de cerca de 3 mil pessoas, das quais 156 tinham anemia falciforme.

 

Ambos são pesquisadores do Center for Research on Genomics and Global Health, entidade ligada ao National Institutes of Health (NIH) - uma reunião de centros de pesquisa que formam a agência governamental de pesquisa biomédica do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

 

Os pesquisadores dizem que rastrearam a mutação 7,3 mil anos atrás e descobriram que ela começou em apenas uma criança.

 

Porque isso importa?

Segundo Rotimi, a descoberta ajuda na classificação da doença. "Possibilita aos médicos um entendimento melhor sobre como classificar pacientes doentes de acordo com a severidade da enfermidade", diz ele à BBC.

 

Isso pode ajudar a melhorar o tratamento clínico oferecido às pessoas, segundo ele. Não há cura para a anemia falciforme. Os portadores da doença precisam de acompanhamento médico constante para garantir a oxigenação adequada nos tecidos, prevenir infecções e para controlar as crises de dor.

 

No entanto, um dos médicos mais proeminentes no estudo da doença - Frederick B. Piel, do Imperial College, em Londres - afirmou ao jornal americano The New York Times que gostaria de ver estudos mais abrangentes para checar se eles chegam à mesma conclusão.

 

Células falciformes foram descobertas pela primeira vez nos Estados Unidos, em pessoas com ascendência africana, mas também são comuns em povos do Mediterrâneo, do Oriente Médio e de partes da Ásia.

 

Até agora os cientistas identificavam os diversos tipos da doença usando grupos separados de acordo com etnia e língua, o que, na verdade, segundo Rotimi, não ajuda a entender a doença do ponto de vista clínico.

 

Por décadas os cientistas se perguntam se a mutação aconteceu apenas uma vez e se espalhou ou se diversas crianças não relacionadas desenvolveram a mutação separadamente.

 

Mas Shriner e Rotimi descobriram que as pessoas que eles analisaram tinham mutações genéticas muito parecidas. Pessoas do Quênia, de Uganda, da África do Sul e da República Centro Africana tinham genes tão similares que se encaixariam em um padrão compatível com a distribuição da mutação através da migração do povo bantu.

 

Os bantu se espalharam do oeste da África para o leste e para o sul há cerca de 2,5 mil anos.

 

Rotimi dá risada ao ser questionado pela BBC se está 100% seguro sobre os resultados de sua pesquisa.

 

"Como cientista é sempre uma péssima ideia dizer que uma conclusão é definitiva. Eu nunca assumo a posição de que existe uma resposta definitiva", diz ele.

 

"Mas as informações que temos hoje deixam bem claro que não é possivel sustentar, no momento, a teoria de uma origem múltipla para a mutação."

 

Estudos maiores podem ou não trazer o mesmo resultado. Por enquanto, no entanto, a imagem que fica é de uma criança que nasceu com sorte e espalhou seus genes para descendentes no mundo todo – que podem não ter a mesma sorte que ela.

 

BBCBRasil

Subcategorias