O sistema imunológico, para funcionar bem, requer equilíbrio e harmonia. Ainda há muito que os estudiosos não sabem sobre as complexidades e interconexão da resposta imune. Por enquanto, não há ligações diretas cientificamente comprovadas entre estilo de vida e aumento da função imunológica.

Muitos produtos afirmam aumentar ou ajudar a imunidade. Mas o conceito de aumentar a imunidade na verdade faz pouco sentido cientificamente. Na verdade, aumentar o número de células do corpo – imunológicas ou outras – não é necessariamente uma coisa boa. Por exemplo, os atletas que se envolvem em "doping de sangue" – bombeando sangue para os sistemas a fim de aumentar o número de células sanguíneas e melhorar desempenho – correm o risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC).

No entanto, isso não significa que os efeitos do estilo de vida no sistema imunológico não sejam intrigantes e não devam ser estudados. Os pesquisadores estão explorando os efeitos de dieta, exercício, idade, estresse psicológico e outros fatores na resposta imune, tanto em animais quanto em humanos. Enquanto isso, estratégias gerais de vida saudável fazem sentido, uma vez que elas provavelmente ajudam a função imunológica e vêm com outros benefícios comprovados para a saúde. A primeira parte da defesa é escolher um estilo de vida saudável. Seguir as diretrizes gerais de boa saúde é o melhor passo que pode ser dado para manter o sistema imunológico funcionando corretamente. Cada parte do corpo, incluindo o sistema imunitário, funciona melhor quando protegido de agressões ambientais e reforçado por costumes saudáveis.

Algumas delas são: não fumar; ter uma dieta rica em frutas e legumes; manter um peso saudável; ingerir álcool apenas com moderação; dormir adequadamente; tomar medidas para evitar infecções, como lavar as mãos com frequência e cozinhar cuidadosamente; tentar minimizar o estresse; manter-se atualizado com todas as vacinas recomendadas – vacinas preparam o sistema imunológico para combater infecções antes que elas tomar posse do corpo.

As ações do sistema imunológico acontecem também no estômago. Células do sistema imunológico saudáveis precisam de nutrição boa e regular. Por exemplo, os pesquisadores não sabem se algum fator dietético específico, como alimentos processados ou alta ingestão simples de açúcar, afetará negativamente a função imunológica. Ainda há relativamente poucos estudos sobre os efeitos da nutrição no sistema imunológico dos seres humanos.

Já a exposição a temperaturas frias e/ou moderadas não aumenta a suscetibilidade à infecção. Há duas razões pelas quais o inverno é "temporada de resfriado e gripe". Nele, as pessoas passam mais tempo dentro de casa, em contato mais próximo com outras pessoas que podem passar seus germes. Quanto menos úmido e mais frio o ar está, por mais tempo o vírus da gripe se encontrará presente no ar.

Por fim, o exercício regular é um dos pilares da vida saudável. As pessoas que se exercitam regularmente têm um risco menor de desenvolver muitas condições (crônicas) de longo prazo, como doenças cardíacas, diabetes tipo 2, derrame e alguns cânceres. Pode também pode aumentar a autoestima, o humor, a qualidade do sono e a energia, além de reduzir o risco de estresse, depressão clínica, demência e doença de Alzheimer. Assim como uma boa e equilibrada dieta, o exercício pode contribuir para uma boa saúde geral e, portanto, para um sistema imunológico fortalecido.

Lorena R7

 

Pesquisadores do Hospital Royal Adelaide e da UniSA (Universidade do Sul da Austrália) mostraram que os medicamentos utilizados para evitar que o corpo do paciente rejeite um rim transplantado também impossibilitam a eliminação do câncer.

rejeiçao

“O câncer é a principal causa de morte em receptores de transplante de rim, com a taxa de câncer sendo três vezes maior nesse grupo do que na população em geral”, afirma Rob Carroll, pesquisador da UniSA e especialista em rim do Hospital Royal Adelaide, em comunicado. “A terrível ironia é que os imunossupressores que os pacientes sempre devem tomar para impedir que o sistema imunológico ataque o órgão transplantado também são os medicamentos que impedem o sistema imunológico de se livrar das células pré-cancerosas", acrescenta Carroll. Para reverterem essa situação, os cientistas combinaram os remédios antirrejeição com inibidores de checkpoint – proteínas que ajudam a impedir que a resposta imunológica seja muito forte, mas também impedem que as células T matem as células cancerígenas.

Quando os checkpoints são bloqueados, as células T conseguem matar os carcinomas de forma mais eficaz.

Resultados

Os pesquisadores concluíram que a união das medicações antirrejeição de transplante com os inibidores de checkpoint não apenas reduziu as taxas de rejeição para 12% (em comparação com relatórios anteriores), mas também eliminou as células cancerosas em 25% dos pacientes, taxa equivalente a um em cada quatro transplantados.

“Para corrigir esse desequilíbrio, nosso estudo testou a eficácia da manutenção de medicamentos antirrejeição de linha de base (para proteger o transplante) e da adição de inibidores de checkpoint imunológico (para atacar o câncer). Os pacientes responderam bem", disse Carroll. De acordo com o professor, os estudos conferem mais esperança às pessoas que se preparam para um transplante de rim.

“É um grande avanço para pacientes de transplante renal, um novo sopro de vida”, concluiu Carroll.

R7

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Um estudo publicado nesta segunda-feira (25) na revista científica Hypertension, da Associação Americana do Coração, relaciona as sonecas regulares a um risco maior de desenvolver pressão alta e de sofrer um derrame.

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Os pesquisadores analisaram dados de 360 mil indivíduos entre 40 e 69 anos que viviam no Reino Unido e não tinham histórico de hipertensão ou AVC. Durante 11 anos, eles forneceram amostras de sangue, urina e saliva e informações sobre o estilo de vida. Em quatro ocasiões, entre 2006 e 2009, foram questionados sobre o hábito de cochilar durante o dia.

Além do critério observacional, os autores do estudo usaram uma validação de risco genético para investigar se as sonecas estavam associadas aos problemas de saúde investigados.

Todos os indivíduos estudados foram divididos em grupos com base na frequência com que relatavam cochilar: “nunca/raramente”, “às vezes” ou “geralmente”.

Ao analisarem os dados, os autores descobriram que as pessoas que costumavam cochilar haviam apresentado, em média, uma probabilidade 12% maior de desenvolver pressão alta e 24% maior de ter um derrame do que as que relatavam nunca tirar uma soneca.

Entretanto, o risco de ter pressão alta foi ainda maior (20%) entre indivíduos com menos de 60 anos que geralmente cochilavam, em relação aos que nunca o faziam. Após os 60 anos, o risco foi 10% maior.

A hipertensão e o acidente vascular cerebral não têm uma única causa, e isso foi também destacado no estudo.

Percebeu-se, por exemplo, que maior percentual de participantes que relatavam cochilar com frequência também eram pessoas com hábitos que contribuem para essas doenças, como tabagismo e consumo diário de álcool. Outros também diziam sofrer de insônia ou roncar.

"Embora tirar uma soneca em si não seja prejudicial, muitas pessoas que tiram sonecas podem fazê-lo por causa do sono ruim à noite. Dormir mal à noite está associado a problemas de saúde, e cochilos não são suficientes para compensar isso", explica em um comunicado o especialista em sono Michael A. Grandner, diretor do Programa de Pesquisa em Saúde do Sono e da Clínica de Medicina do Sono Comportamental e professor de psiquiatria da Universidade do Arizona em Tucson (EUA).

Para Grandner, o estudo "ecoa outras descobertas que geralmente mostram que tirar mais sonecas parece refletir o aumento do risco de problemas com a saúde do coração e outros problemas".

Mas isso não significa que tirar sonecas seja uma sentença de que você terá pressão alta ou sofrerá um derrame. O estudo serve mais como um fio condutor para futuras pesquisas científicas que venham a ser desenvolvidas.

Os próprios autores admitem que a duração dos cochilos não foi analisada, além de os participantes serem europeus de meia-idade, o que cria limitações em relação aos dados.

R7

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Em detrimento do novo surto da varíola dos macacos, a Anvisa emitiu um documento com recomendações atualizadas para potenciais doadores de sangue, para contornar a triagem das clínicas, em virtude do aumento dos casos da doença no Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária optou por agir com precaução, já que não existem evidências científicas de que o vírus seja transmitido através do sangue, tecidos, células ou órgãos. Não há registros que culminem no resultado de que houveram contaminações por meio de transfusões de sangue.

O Brasil já possui 449 casos confirmados do vírus da varíola dos macacos, é o que diz o Ministério da Saúde. Desses casos confirmados, 312 são do estado de São Paulo, 71 do Rio de Janeiro, 33 de Minas Gerais, 8 do Distrito Federal, seis no Paraná, quatro em Goiás, três no Rio Grande do Sul, três na Bahia, dois no Rio Grande do Norte, dois no Espírito Santo, dois do Ceará. Os estados que permanecem com apenas um caso confirmado são: Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Até onde se sabe, a doença em questão é causada por um vírus do gênero ortopoxvírus, e da família Poxviridae. Já existem dois grupos que dividem o vírus, um deles é da África Ocidental e o outro é da Bacia do Congo.

Os humanos infectados com o vírus do tipo da África Ocidental, parecem ter sintomas mais leves da doença, se comparados com os casos do tipo viral da Bacia do Congo, o primeiro grupo possui uma mortalidade de 3,6% enquanto o segundo grupo tem uma mortalidade de cerca de 10%.

Os principais sintomas da doença são: Bolhas no rosto, nos pés, nas mãos, boca e genitais, febre, linfonodos inchados, dores musculares, dor de cabeça e sensação de cansaço. O contágio é feito de pessoa para pessoa.

Lorena R7