Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma das preocupações fundamentais na saúde pública do mundo são as superbactérias, microrganismos que se mostram resistentes aos antibióticos disponíveis. Especialistas apontam que um dos patógenos de preocupação é o Mycoplasma genitalium, que causa uma infecção sexualmente transmissível (IST) sem nome, mas conhecida pela forte resistência a todos os antibióticos já criados para tratá-la.
A bactéria foi vista pela primeira vez em 1980 em Londres, no Reino Unido, e até os dias de hoje só possui um teste inventado no mundo para diagnosticá-la, o exame foi aprovado no ano de 2019, mas só é comercializado nos Estados Unidos. A comunidade científica avisa que é preciso focar pesquisas e investimentos para o combate à M.genitalium antes que ela se torne uma ameaça à população.
Em 2016, cientistas americanos relacionaram a bactéria a questões de infertilidade e a alegaram como fator de risco para outros problemas graves, como uretrite não específica em homens, doença inflamatória pélvica e aborto espontâneo em mulheres.
Em outra pesquisa publicada este ano na revista científica "British Medical Journal", cientistas das universidades de Berna, na Suíça, e de Nova Gales do Sul em Sydney, na Austrália, perceberam que pacientes contaminadas pela superbactéria possuem um risco duas vezes maior de ter parto prematuro. Apesar do resultado, os cientistas ainda não sabem responder exatamente como a bactéria afeta a gravidez. Formas de transmissão
A Mycoplasma genitalium é transmitida principalmente por meio de relações sexuais, mas também ser transmitida da mãe para o bebê. Entre os sintomas mais comuns da IST estão:
Sangramento e inchaço na genitália; Inchaço e irritação da uretra; Dores ao urinar; Inflamação no colo do útero.
Nas pacientes mulheres, é comum também dor no abdômen inferior e ocorrer sangramento após relações sexuais. Não só mulheres, mas homens podem ser assintomáticos, essas são as principais transmissoras, na avaliação dos pesquisadores. Só nos Estados Unidos, estudo da empresa Hologic é aproximado que, nos dias de hoje, um a cada 100 adultos, a maioria jovens, estejam infectados com a superbactéria. O estudo demonstra que um quinto dos americanos será diagnosticado com a M.genitalium em algum momento da vida.
Termina hoje (30) em todo o país a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação. O objetivo é reforçar as coberturas vacinais contra a pólio e outras doenças que podem ser prevenidas, além de evitar a reintrodução de vírus que já foram eliminados no Brasil.
A campanha chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde por causa da baixa adesão. As doses estão disponíveis em mais de 40 mil salas de vacinação. A meta da pasta é imunizar 95% do público-alvo, formado por 11.572.563 crianças menores de 5 anos, segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde. Crianças de 1 a 4 anos devem receber uma dose da VOP (Vacina Oral Poliomielite), desde que já tenham recebido as três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite) previstas no esquema básico.
De acordo com dados do vacinômetro do ministério, até o momento 54,21% do público-alvo foi imunizado. O índice representa 6.273.472 doses contra a pólio distribuídas durante a campanha na faixa etária estabelecida. Em todas as idades, a cobertura vacinal não atingiu mais de 60%. A faixa etária que mais vacinou foi a de 1 ano, que atingiu 57,23% do público-alvo.
Até o momento, os números mostram que os estados com a pior taxa de vacinação contra a doença são Acre, Rondônia e Roraima, sendo a do último a mais baixa, com 23,17%.
Vale ressaltar que um município localizado no interior de Roraima, atualmente, investiga um caso suspeito de poliomielite em uma adolescente de 14 anos.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a jovem "se encontra com boa evolução do quadro clínico, apresentando recuperação da força muscular, já movimentando os quatro membros, em fisioterapia. Ela permanece internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, sendo acompanhada pelo serviço de neurologia da unidade".
Em contrapartida, as regiões que mais imunizaram as crianças contra o vírus da pólio foram Paraíba (86,82%), Amapá (82,55%) e Alagoas (74,65%). Multivacinação
Para a campanha de multivacinação, as doses disponíveis são: hepatite A e B, penta (DTP/Hib/Hep B), pneumocócica 10 valente, VRH (Vacina Rotavírus Humano), meningocócica C (conjugada), febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), varicela e HPV quadrivalente (papilomavírus humano).
Para adolescentes com idade até 15 anos, estão disponíveis as vacinas HPV, dT (dupla adulto), febre amarela, tríplice viral, hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada). O ministério reforça que todos os imunizantes que integram o PNI (Programa Nacional de Imunizações) são seguros e foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministério ressaltou que doenças já eliminadas devido à vacinação podem ser reintroduzidas no país devido às baixas coberturas, “voltando a ser um problema de saúde pública”.
Termina hoje (30) em todo o país a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação. O objetivo é reforçar as coberturas vacinais contra a pólio e outras doenças que podem ser prevenidas, além de evitar a reintrodução de vírus que já foram eliminados no Brasil.
A campanha chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde por causa da baixa adesão. As doses estão disponíveis em mais de 40 mil salas de vacinação. A meta da pasta é imunizar 95% do público-alvo, formado por 11.572.563 crianças menores de 5 anos, segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde. Crianças de 1 a 4 anos devem receber uma dose da VOP (Vacina Oral Poliomielite), desde que já tenham recebido as três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite) previstas no esquema básico.
De acordo com dados do vacinômetro do ministério, até o momento 54,21% do público-alvo foi imunizado. O índice representa 6.273.472 doses contra a pólio distribuídas durante a campanha na faixa etária estabelecida. Em todas as idades, a cobertura vacinal não atingiu mais de 60%. A faixa etária que mais vacinou foi a de 1 ano, que atingiu 57,23% do público-alvo.
Até o momento, os números mostram que os estados com a pior taxa de vacinação contra a doença são Acre, Rondônia e Roraima, sendo a do último a mais baixa, com 23,17%.
Vale ressaltar que um município localizado no interior de Roraima, atualmente, investiga um caso suspeito de poliomielite em uma adolescente de 14 anos.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a jovem "se encontra com boa evolução do quadro clínico, apresentando recuperação da força muscular, já movimentando os quatro membros, em fisioterapia. Ela permanece internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, sendo acompanhada pelo serviço de neurologia da unidade".
Em contrapartida, as regiões que mais imunizaram as crianças contra o vírus da pólio foram Paraíba (86,82%), Amapá (82,55%) e Alagoas (74,65%). Multivacinação
Para a campanha de multivacinação, as doses disponíveis são: hepatite A e B, penta (DTP/Hib/Hep B), pneumocócica 10 valente, VRH (Vacina Rotavírus Humano), meningocócica C (conjugada), febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), varicela e HPV quadrivalente (papilomavírus humano).
Para adolescentes com idade até 15 anos, estão disponíveis as vacinas HPV, dT (dupla adulto), febre amarela, tríplice viral, hepatite B, dTpa e meningocócica ACWY (conjugada). O ministério reforça que todos os imunizantes que integram o PNI (Programa Nacional de Imunizações) são seguros e foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministério ressaltou que doenças já eliminadas devido à vacinação podem ser reintroduzidas no país devido às baixas coberturas, “voltando a ser um problema de saúde pública”.
Existem diversas especulações sobre o tipo sanguíneo estar relacionado a uma predisposição para determinadas doenças, até mesmo a Covid-19. A fim de sanar essas curiosidades, o R7 separou algumas das teorias mais difundidas.
“Nós temos quatro tipos sanguíneos do grupo ABO, que são O, A, B e AB. O tipo O é o mais frequente no Brasil e na maior parte do mundo; em alguns países, principalmente na África Equatorial, o tipo O chega a 80% da população; em algumas regiões, chega a 90%”, explica o médico do hemocentro de Ribeirão Preto e membro do comitê de hematologia da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular) Gil Cunha de Santis. Os quatro tipos sanguíneos são classificados de acordo com a presença ou ausência de aglutinogênio (antígeno). São eles:
sangue A: contém antígenos A na superfície das hemácias e só pode receber sangue de pessoas tipo A ou O;
sangue B: produz antígenos tipo B e só pode receber sangue do tipo B ou O;
sangue AB: têm antígenos tipo A e B, portanto é um receptor universal — de todos os tipos sanguíneos;
sangue O: tido como comum, é conhecido como doador universal, pois não possui antígenos A nem B. Pode doar para todos os grupos, mas só recebe sangue de pessoas tipo O. Sangue A
Um estudo publicado pela Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês) constatou que pessoas com esse tipo sanguíneo são mais propensas a ter ataque cardíaco ou sofrer insuficiência cardíaca, se comparadas a pessoas com o tipo O.
A mesma pesquisa mostrou que homens desse grupo tinham maiores chances de desenvolver trombose, por exemplo, quando comparados a homens com tipo sanguíneo O.
Os voluntários com sangue A também eram 51% mais propensos a ter trombose venosa profunda e tinham mais chance (47%) de desenvolver embolia pulmonar.
“Quando você tem trombose venosa — é muito mais comum nas pernas —, um pedaço do trombo pode ser descolado, aí ele se chama êmbolo, e vai para o pulmão, onde obstrui alguma artéria, e pode dar embolia pulmonar”, esclarece o médico.
Vale ressaltar que as duas condições citadas anteriormente são distúrbios que afetam a coagulação do sangue, então também podem aumentar o risco de insuficiência cardíaca.
O Ingoh (Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia) ainda ressalta a associação desse grupo sanguíneo com a ocorrência do câncer gástrico.
Na mesma linha, uma pesquisa publicada na eLife mostrou que o câncer de pâncreas foi associado especificamente a esse tipo de sangue.
Resultados publicados na revista Neurology, da Associação Americana de Neurologia, também concluíram que pessoas com sangue tipo A têm 18% mais risco de sofrer um derrame antes dos 60 anos em comparação com qualquer outro tipo sanguíneo.
Um estudo do New England Journal of Medicine também descobriu que pessoas do tipo A tinham um risco 45% maior de contrair a Covid-19 do que as que estão em outros subgrupos.
Além disso, uma pesquisa brasileira publicada na revista científica Transfusion and Apheresis Science constatou ainda que esse tipo sanguíneo está associado a um maior risco de desenvolver Covid grave em relação ao sangue O. Sangue B
Um estudo divulgado no Journal of Cancer Epidemiology constatou que pessoas do tipo B tinham uma probabilidade 59% maior de serem diagnosticadas com câncer.
A Associação Americana do Coração também incluiu o tipo sanguíneo B no grupo com maior probabilidade de ter um ataque cardíaco ou passar por insuficiência cardíaca.
Os homens, assim como aqueles com sangue A, também têm chances aumentadas de desenvolver trombose, trombose venosa profunda (51%) e embolia pulmonar (47%).
O Ingoh ainda alerta que o sangue B tem chance maior de desenvolver câncer pancreático.
Um lado positivo, segundo a pesquisa publicada na eLife, é que o risco de cálculo renal nesse grupo é menor em comparação ao do tipo O. Sangue AB
Alguns problemas de memória podem estar ligados ao tipo sanguíneo AB, segundo um estudo do Journal of Neurology. Cientistas demonstraram que esse grupo tinha um risco 82% maior de enfrentar um comprometimento cognitivo.
O sangue AB também está incluído no tipo mais propenso a ter ataque cardíaco ou insuficiência cardíaca, de acordo com a AHA.
Para o Ingoh, essa variação sanguínea também corre maior risco de ter câncer pancreático.
O estudo da eLife, por sua vez, mostrou que a colelitíase — presença de pedras (cálculo) no interior da vesícula biliar — foi mais comum nesse sangue, junto ao tipo A, em comparação ao tipo O. Sangue O
Diferentemente do grupo A, o tipo sanguíneo O foi relacionado a uma probabilidade 35% menor de sofrer uma infecção pelo coronavírus.
“O indivíduo que é do tipo O tem menor propensão a ter trombose mais grave, e ele tem menos inflamação também. Então, são dois aspectos que são interligados e um influencia o outro: menos trombose, menos inflamação — e a Covid provoca muita inflamação, é uma doença hiperinflamatória. Talvez isso explique por que o tipo O tenha conferido alguma vantagem”, relata o hematologista.
Já o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia alertou que as úlceras (gástricas e duodenais) acontecem com mais frequência nesse grupo.
“O tipo O parece também favorecer a infecção pela H. pylori, que é uma bactéria que ataca o estômago, só que não costuma ser uma infecção grave; em geral, é assintomática”, diz Cunha.