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Um estudo publicado pela Imperial College de Londres, realizado com 200 mil pessoas de meia idade, do Reino Unido, ao longo de dez anos, constatou que a ingestão de alimentos industrializados e ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos e salgadinhos, aumentam o risco de morte por câncer em 6%. O artigo foi publicado no periódico científico eClinicalMedicine.

De acordo com o levantamento, o aumento no grau de mortalidade por cancros se deu com o aumento, também, do consumo de alimentos ultraprocessados em uma dieta em 10%. O risco de ter câncer em geral foi de 2% para cada aumento de 10% na ingestão de ultraprocessados na dieta. Em análises específicas, os níveis sobem para 16% em tumores na mama e19% em tumores ovarianos. O estudo mostrou ainda que, mesmo regulando outros fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo e IMC (índice de massa corpórea), o risco de desenvolvimento da doença e morte em sua decorrência continuaram.

"Este estudo aumenta a evidência crescente de que os alimentos ultraprocessados ​​provavelmente impactam negativamente nossa saúde, incluindo o risco de câncer", afirma em comunicado a autora sênior do artigo, a professora Eszter Vamos, da Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, os ultraprocessados consistem em alimentos industrializados, ricos em gordura ou açúcares, muitas vezes os dois. "É comum que apresentem alto teor de sódio, por conta da adição de grandes quantidades de sal, necessárias para estender a duração dos produtos e intensificar o sabor, ou mesmo para encobrir gostos indesejáveis oriundos de aditivos ou de substâncias geradas pelas técnicas envolvidas no ultraprocessamento", afirma o documento.

Entre os alimentos que fazem parte dessa lista, estão os refrigerantes e outras bebidas prontas, pães e bolos industrializados, biscoitos, salgadinhos, chocolates, refeições prontas, entre outros alimentos.

A identificação dos ultraprocessados é simples: se ao olhar o rótulo houver ingredientes que você não tem na sua cozinha, certamente ele não fará bem à saúde. Elementos como xarope de glicose, extrato de proteína, emulsificante, corante, adoçante, gordura hidrogenada, aromatizantes e amido modificado, usados na indústria, têm como função, mascarar o sabor da industrialização.

"Nossos corpos podem não reagir da mesma forma a esses ingredientes e aditivos ultraprocessados ​​como reagem a alimentos frescos e nutritivos minimamente processados. No entanto, os alimentos ultraprocessados ​​estão em todos os lugares e são altamente comercializados com preço barato e embalagens atraentes para promover o consumo. Isso mostra que nosso ambiente alimentar precisa de uma reforma urgente para proteger a população dos alimentos ultraprocessados", acrescenta em nota outra autora do estudo, a pesquisadora Kiara Chang.

R7

A suplementação de vitamina D pode ser capaz de reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em adultos que já estejam pré-diabéticos. A descoberta é de cientistas do Tufts Medical Center, em Boston, nos Estados Unidos.

suplemento

Em um artigo publicado nesta segunda-feira (6) nos Anais de Medicina Interna, o grupo apresenta a revisão de três ensaios clínicos que comparam os impactos da suplementação de vitamina D no risco de diabetes. Eles concluíram que indivíduos que fizeram uso de vitamina D durante três anos apresentaram diabetes de início recente em 22,7% dos casos.

Já entre os que tomavam placebo, o índice foi de 25%. Isso representa uma redução relativa de 15% do risco de desenvolver diabetes tipo 2. Em todo o mundo, cerca de 374 milhões de adultos vivem com pré-diabetes. Levando em consideração a taxa de 15% da redução do risco, os autores do artigo ainda fazem uma estimativa em níveis globais. Segundo os pesquisadores, a suplementação de vitamina D pode retardar o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em mais de 10 milhões de pessoas.

E como isso ocorre? Há evidências de que a vitamina D tem, entre outras funções no organismo, um papel na secreção de insulina e no metabolismo da glicose.

Estudos anteriores já haviam encontrado uma associação entre baixos níveis de vitamina D e alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Por outro lado, não se trata de comprar cápsulas de vitamina D na farmácia e tomar por conta própria.

O excesso de vitamina D pode ser extremamente danoso, especialmente para os rins.

Em um editorial, pesquisadores da University College Dublin alertam que sociedades médicas e os próprios profissionais têm obrigação de informar sobre os níveis seguros e os limites da ingestão de vitamina D.

R7

Foto: Freepik

Os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos estão investigando casos de cegueira permanente e uma morte, cujos pacientes teriam feito uso de um colírio para olhos ressecados que era vendido livremente nas farmácias.

Em comunicado, o órgão afirma que 55 pacientes em 12 estados apresentaram várias infecções, inclusive oculares, provocadas por uma cepa rara da bactéria Pseudomonas aeruginosa, amplamente resistente a medicamentos.

Trata-se do primeiro surto dessa bactéria detectado nos Estados Unidos, de acordo com a agência sanitária.

"A investigação até o momento identificou lágrimas artificiais como uma exposição comum para muitos pacientes", acrescenta o comunicado, ao recomendar que a população deixe de usar o produto EzriCare e qualquer outro feito pela fabricante Delsam Pharma.

Cinco pacientes perderam a visão e uma pessoa faleceu por infecção na corrente sanguínea.

O laboratório afirmou não ter recebido qualquer reclamação de consumidores sobre reações adversas, tampouco solicitação de órgãos governamentais para fazer um recall do produto.

Apesar disso, a empresa endossou a recomendação dos CDC e pediu que as pessoa deixem de usar o EzriCare até que a investigação sobre a segurança do colírio seja concluída.

"Testes laboratoriais dos CDC identificaram a presença de VIM-GES-CRPA [a bactéria] em frascos EzriCare abertos de vários lotes; essas garrafas foram coletadas de pacientes com e sem infecções oculares e de dois estados. A VIM-GES-CRPA recuperada de produtos abertos corresponde à cepa do surto", salienta a agência americana.

A bactéria que provocou o surto se mostrou resistente a uma série de antibióticos em testes realizados em laboratório, algo que preocupa ainda mais especialistas.

R7

Um vídeo no TikTok chamou atenção de muita gente ao mostrar a perfuração da orelha de um bebê que, além de se assustar, chora em seguida. É possível ver certa dificuldade da pessoa ao manusear a "pistola" (um dos aparelhos utilizados para o procedimento), que escorrega da mão do profissional quando ainda está presa na orelha da criança.

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De acordo com o pediatra Paulo Telles, membro da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), as orelhas das crianças podem ser perfuradas logo após o nascimento, desde que o procedimento não traga riscos para o bebê, seja feito por um profissional qualificado e siga protocolos de higiene.

Ele afirma que a SBP recomenda que o furo seja feito 15 dias após o nascimento, de modo que o médico responsável tenha tempo de avaliar e autorizar a perfuração, e que confirme que não existem problemas, como a icterícia, que possam interferir ou causar desconforto à criança.

A enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, doutora em enfermagem pela Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo), orienta que o procedimento seja realizado em crianças com mais de 3 kg e que já tenham passado pelos ajustes iniciais de amamentação. Os profissionais afirmam que a perfuração pode ser realizada tanto por enfermeiras ou médicos, como também por métodos de acupuntura.

Indica-se o uso de pomadas anestésica para diminuir o desconforto momentâneo de materiais com menor risco de provocarem reações alérgicas, como ouro maciço, aço cirúrgico ou aço inoxidável.

O pediatra acrescenta que fazer o furo enquanto oferece amamentação à criança pode gerar também efeito analgésico e acalmar o bebê.

Telles alega que não é recomendado o uso das pistolas para fazer o furo pois, além do barulho, que pode assustar, o método pode gerar furos assimétricos. Nem todos esses equipamentos passam por esterilização e higienização adequadas, o que facilita processos infecciosos.

Cinthia lembra que, para haver uma boa e adequada cicatrização, é importante que os pais estejam com as mãos higienizadas ao manusear o lóbulo da orelha da criança e que limpem o local com álcool 70%, com a ajuda de um algodão ou cotonete e, uma vez ao dia, girar o brinco, de modo que não fique grudado à pele.

O pediatra ressalta, também, que os pais devem se atentar ao trocar as roupas do bebê para que não se prendam ao brinco e gerem feridas.

Segundo o médico, a cicatrização demora em torno de 35 a 40 dias — quando é necessário verificar a existência de possíveis infecções.

Entre os sinais que podem ser observados nesses casos estão vermelhidão e calor local ou secreções. Ele orienta que, ao aparecimento desses sinais, os pais procurem o médico para ver o grau de inflamação.

"É importante lembrar que bebês recém-nascidos ainda têm a imunidade mais baixa e, apesar de se tratar de um procedimento simples, a contaminação pode ocorrer", completa Telles. Os especialistas asseguram que, nesses casos, o ideal é higienizar bem o local com sabonete neutro, retirar o brinco, e buscar ajuda pediátrica. Em alguns casos, é necessário esperar a cicatrização do furo para realizar novo procedimento.

Após a avaliação, caso seja identificada uma má cicatrização ou reação alérgica, o tratamento é feito com pomadas antialérgicas ou antiinflamatórias. Caso seja infeccioso, se não for possível o tratamento tópico, pode ser preciso o uso de antibióticos via oral ou até intravenosos.

Por fim, eles lembram que não existe uma idade certa para a perfuração, podendo ser realizada no momento em que a família se sentir confortável.

"A perfuração por brincos é algo cultural da América Latina, mas na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, não há esse costume logo ao nascer", finaliza Telles.

R7

Foto: Freepik