O acontecimento com a norte-americana Sheila O' Leary, se encaminhou para à prisão perpétua nos Estados Unidos. Sheila foi acusada de homicídio do próprio bebe por desnutrição e desidratação dos nutrientes, após submetê-lo a uma alimentação apenas com frutas, vegetais crus e leite materno.

Pesquisadores enfatizam sobre a recomendação é evitar uma alimentação sem fontes de origem animal até os dois anos de vida, pois é importante garantir um aporte adequado de nutrientes, vitaminas e minerais. O processo envolve estudo das escolhas dos ingredientes que irão nas refeições do bebê. Todo esse procedimento deve ser acompanhado por profissionais de saúde, como pediatras e nutricionistas, para evitar problemas de desenvolvimento no corpo e mente.

"Os dois primeiros anos de vida são um período crítico, em que o cérebro e o corpo da criança se desenvolvem bastante e precisam de uma grande variedade de nutrientes", comenta a profissional de saúde Fabíola Suano e presidente do Departamento Científico de Nutróloga da SBP."Ou seja, uma carência nutricional nessa fase pode representar um risco para toda a vida", complementa.

A ausência dos ingredientes que aparecem exclusivamente ou em abundância nos alimentos de origem animal, como as vitaminas B12, ferro e o cálcio está relacionado aos déficits do desenvolvimento dos ossos na fase de formação das estruturas cerebrais também. Como aprendizado, memória e raciocínio.

Para evitar problemas na alimentação do bebê, que é preciso considerar que nem sempre uma dieta menos calórica ou com pouca gordura. As crianças necessitam desses nutrientes na medida certa para o desenvolvimento bem.

Uma revisão de estudos realizados pelos hospital das clínicas da cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo explicou que as crianças que são propícias a uma dieta vegana tendem a ser mais baixas e magras, embora os valores de altura e peso ainda estejam sendo considerados normais.

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Na Europa, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos), órgão equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, aprovou nesta quinta-feira (1º) as vacinas contra a Covid-19 adaptadas para a variante Ômicron da Pfizer/BioNTech e Moderna, com alvo em campanhas de reforço para prevenir uma nova onda.

modernavacina

Em um comunicado, a EMA, com sede em Amsterdã, informou que as vacinas "destinam-se à subvariante Ômicron BA.1, além da cepa original" do coronavírus, que surgiu na cidade chinesa de Wuhan em 2019. As doses estão destinadas a pessoas maiores de 12 anos que tenham recebido ao menos um esquema de vacinação primário contra a Covid-19.

Essas vacinas são versões adaptadas da Comirnaty, da Pfizer/BioNTech, e da Spikevax, da Moderna.

No entanto, não estão destinadas às cepas BA.4 e BA.5 da variante Ômicron, que dominaram o mundo nos últimos meses.

A EMA declarou recentemente que espera a aprovação dessas vacinas destinadas a essas subvariantes "já no outono".

Ontem, A FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos) já tinha aprovado as versões atualizadas dos imunizantes.

No Brasil, a Pfizer entrou com pedido junto à Anvisa, no dia 19 de agosto, para a liberação da vacina. O imunizante da Moderna não é usado aqui.

AFP

Foto: David W Cerny/Reuters

O Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (NICE), do Reino Unido, aprovou e recomendou nesta quarta-feira (31) o transplante de microbiota fecal (FMT) – transplante de cocô – de pacientes saudáveis para pessoas com resistência ao tratamento da superbactéria Clostridium difficile, uma das causas da doença conhecida como colite.

A indicação é feita aos pacientes que no último ano foram tratados duas ou mais vezes com infecção sem obter sucesso. O intestino humano é repleto de micro-organismos e, até os 3 anos, desenvolvemos um conjunto deles, chamado de microbiota intestinal, que segue a mesmo até o fim da vida. Com o passar dos anos essas bactérias são moduladas por fatores, como doenças, vacinas, remédios e estresse. O objetivo de transplantar fezes para os pacientes doentes é transferir bactérias intestinais e outros microrganismos do cocô saudável do doador para o intestino do receptor. Assim, restaurar uma população saudável de bactérias intestinais.

O transplante dos microrganismos pode ser feito por meio de um tubo inserido diretamente no estômago, passando pelo nariz ou ser depositado diretamente no cólon, também através de um tubo, ou ainda, engolido por meio de pílulas. “Atualmente, existe a necessidade de um tratamento eficaz de C. diff em pessoas que receberam duas ou mais rodadas de antibióticos. A recomendação do nosso comitê sobre este tratamento inovador fornecerá mais uma ferramenta para os profissionais de saúde usarem no combate a essa infecção, ao mesmo tempo em que equilibra a necessidade de oferecer o melhor atendimento com o custo-benefício. O uso desse tratamento também ajudará a reduzir a dependência de antibióticos e, por sua vez, reduzir as chances de resistência antimicrobiana, o que apoia a orientação do NICE sobre uma boa administração antimicrobiana”, explicou diretor interino de Tecnologia Médica do Nice Mark Chapman, no comunicado oficial do NICE. Qual é a doença causada pela Clostridium difficile?

Segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, o C. difficile causa uma inflamação do intestino grosso (cólon) que resulta em diarreia. Essa inflamação é causada por uma toxina liberada pelo patógeno e geralmente se desenvolve após as pessoas tomarem antibióticos.

"Muitos antibióticos alteram o equilíbrio entre os diferentes tipos e quantidade de bactérias que vivem no intestino. Assim, certas bactérias causadoras de doenças, tais como C. difficile, podem crescer demais e substituir as bactérias inofensivas que normalmente vivem no intestino. C. difficile é a causa mais comum de colite que se desenvolve após serem tomados antibióticos.

Quando as bactérias C. difficile crescem excessivamente, elas liberam toxinas que causam diarreia, colite e formação de membranas anormais (pseudomembranas) no intestino grosso", conforme explicação do MSD.

O NICE deixou claro que o tratamento deve ser fabricado de acordo com as orientações da MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde – sigla em inglês) para a regulamentação de medicamentos humanos. Além disso, indica que tenha um programa rigoroso de triagem de doadores, para estabelecer fatores de risco para doenças transmissíveis e fatores que influenciam a microbiota intestinal.

Cinco ensaios clínicos randomizados com 274 adultos mostraram que mais infecções por essa bactéria foram resolvidas com FMT do que com antibióticos em quatro dos ensaios e não houve diferença no outro.

O TMF pode levar a diferentes níveis de cura clínica, dependendo de como o tratamento é administrado, mas pode resolver até 94% das infecções.

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Por muito tempo, diversas crenças sociais alimentaram a ideia de que o cérebro e o músculo não têm relação e funcionam de forma “separada”, inclusive algumas pessoas chegam a caçoar de indivíduos que cuidam muito do corpo, popularmente chamados de “marombas”, descredibilizando o seu intelecto com frases do tipo “todo maromba é burro”.

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Entretanto, recentemente estudos demonstraram que manter o músculo ativo e/ou uma rotina de exercícios colabora com o cérebro e pode auxiliar na prevenção de algumas perdas cognitivas. O músculo esquelético, de acordo com o site MIT Technology Review, é o que permite o movimento do corpo e também é um tecido endócrino, portanto libera moléculas de sinalização – que dizem para outras partes do corpo o que elas devem fazer.

Essas moléculas que transmitem mensagens para outros tecidos são chamadas de miocinas e são liberadas na corrente sanguínea cada vez que os músculos se contraem. Em um estudo, cientistas mostraram que algumas miocinas participam do controle das funções cerebrais, como aprendizado, memória e humor.

Além disso, podem atuar como mediadoras e desencadear processos benéficos no cérebro em decorrência do exercício físico, como a formação de novos neurônios, apontada pelo MIT. Uma outra pesquisa voltada às miocinas descobriu que elas têm efeitos neuroprotetores contra lesões de isquemia (interrompem o fluxo sanguíneo no cérebro) e doenças neurodegenerativas, incluindo o Alzheimer.

Ainda com relação à doença de Alzheimer, evidências indicam que ser ativo fisicamente reduz o risco da demência e está ligado a uma progressão mais lenta de declínio cognitivo – em adultos mais velhos ou que já possuem doenças ou danos cerebrais existentes –, pois a atividade física, de alguma forma, impede os sinais clássicos do Alzheimer: a formação de placas e emaranhados prejudiciais ao cérebro.

Cientistas também observaram que quanto mais tempo um indivíduo investe em atividades físicas moderadas maior é a produção de glicose no cérebro, ou a transformação de glicose em combustível. Essa relação pode diminuir o risco de desenvolvimento do Alzheimer.

Um outro estudo, publicado na página do Instituto Nacional de Envelhecimento dos EUA, revelou que o exercício estimula o cérebro a manter antigas conexões de rede e fazer novas que são vitais para a saúde cognitiva.

Além disso, os cientistas acreditam que o exercício aeróbico, como uma caminhada, é mais benéfico para o cérebro do que os não aeróbicos, de alongamento e tonificação.

Levando em consideração a faixa etária de cada indivíduo, pesquisadores constataram que os movimentos musculares de um jovem saudável ativam diversas vias químicas do músculo, que estimulam a produção de proteínas integradas às fibras musculares. Isto faz com que o músculo aumente de tamanho.

Já em pessoas mais velhas, os sinais enviados pelos movimentos, e que incentivam o crescimento do músculo, são muito mais fracos. Por esse motivo, é mais complicado para idosos ganharem e manterem a massa muscular, mas é possível, e essa tentativa é crucial para dar suporte ao cérebro.

O MIT classifica que "embora seja mais difícil para os idosos [ganhar e manter massa muscular], ainda é possível fazê-lo, e essa manutenção é fundamental para apoiar o cérebro. Mesmo o exercício moderado pode aumentar o metabolismo em regiões do cérebro importantes".

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